LOCAL: Estuário do Ave

Da pesquisa que fiz aqui no fórum penso não existir nenhum tópico para este local, que pode muito bem ser uma opção a considerar visitar.
Apesar de ter uma dimensão mais reduzida que os estuários do Douro ou do Cávado, é o único estuário existente entre os 45km (+/-) que separam estes dois estuários.
Existem já algumas observações interessantes (algum “gaivotame” e o Oenanthe deserti de 2011) neste local que estão um pouco espalhadas pelo fórum.
Aqui vai a lista de observações mais recente:
02/05/2013

Limosa lapponica 5 ind.
Numenius phaeopus 21 ind.
Sterna sandvicensis 8 ind.
Sternula albifrons 2 ind.
Sterna hirundo 2 ind.
Larus michahellis vários ind.
Larus ridibundos vários ind.
Calibris alba vários ind.
Arenaria interpres vários ind.
Charadrius alexandrinus 3 ind.
Charadrius hiaticula 2 ind.
Motacilla flava 1 ind.
Motacilla cinerea 1 ind.
Motacilla alba 1 ind.
Hirundo rustica 3 ind.
Riparia riparia 2 ind.
Passer domesticus vários ind.
Carduelis carduelis vários ind.

Saúdo esta iniciativa. O estuário do Ave é hoje uma pálida imagem do aspecto e do ambiente de há 30 e tal anos atrás (mais precisamente Setembro de 1979) quando por lá comecei a andar. Curiosamente o aspecto ambiental, zonas alagadiças etc eram melhores mas a quantidade de aves que por lá andavam era provavelmente menor, para além de um núcleo "fixo" de narcejas que por lá invernavam iam passando algumas limicolas um ou outro pato garças raramente. Passarinheiros estendiam as redes em vários sítios, com a cumplicidade de quem os devia controlar e era frequente encontrar cartuchos de caça no estuário e na praia. Mas foi aqui que durante anos observei aves e as aprendi a conhecer.
Se houver interesse posso fornecer as minhas observações da altura, penso que ainda as tenho

Fica aqui uma imagem área do local (extraída do GEarth).
A nível de habitat a área sombreada a vermelho é a mais interessante e tem bons acessos.

Na altura a área do sapal estendia-se praticamente até à ponte não havia estaleiros nem urbanizações nem vivendas por ali. A zona onde estão os estaleiros era onde paravam mais as 20 e tal narcejas O riacho estava muito mais poluído, aliás mudava de cor ao longo do dia de acordo com os tintos de alguma tinturaria, o sapal servia de vazadouro de lixos e entulhos que foram entulhando as áreas alagadiças cobrindo inclusivamente alguns barcos abandonados que lá ficaram enterrados (trabalho para os arqueólogos do futuro?). Na década de 80 as vivendas na pequena arriba multiplicaram-se e os estaleiros invadiram o local depois foi a extracção de areias, e a seguir as urbanizações, mas apesar de tudo a natureza foi-se impondo e nunca deixou de ser local de passagem ou paragem de aves

Alcedo, na minha opinião acho que tem todo o interesse partilhar essa informação (se tiver datas ainda melhor). Assim sempre dá para ter uma ideia da evolução da avifauna do local.

Entre o limite sul dos estaleiros e a margem direita do Ribº da Granja há uma mancha de junco onde normalmente durante o Inverno param algumas narcejas.

Se quiser entre em contacto comigo. Proximamente (22 de Junho) vamos fazer um encontro e mostra de fotografia de aves no Museu da Póvoa de Varzim (oportunamente darei pormenores ao fórum) se quiser participar teremos todo o gosto

Infelizmente não será possível. Não estarei pelo Norte nessa altura. Obrigado pelo convite.
E continue (continuem) com estas iniciativas que são de louvar.

Uma pergunta a quem conheça bem o local: ainda existe a estação aquícola do rio Ave?

Sim, não sei é se mantém a operacionalidade e funcionamento de outros tempos mas o edifico ainda lá está

Como provavelmente viram na Galeria, ontem fotografei uma Sterna dougallii no estuário aqui vai outra fotografia

Até dói ... excelente registo!

Excelente José.
Por acaso consegues alguma leitura das anilhas através de outras fotos?

EXCELENTE!!!!

Tenho aqui centenas de fotografias de hirundo da semana passada na esperança de encontrar alguma paradisaea na foz do Cávado... nada!

E agora você sai-me com este "monumento"... (que inveja )

Muitos parabéns!

Jorge

Araújo da Silva escreveu:EXCELENTE!!!!

Tenho aqui centenas de fotografias de hirundo da semana passada na esperança de encontrar alguma paradisaea na foz do Cávado... nada!
e

uii, mas essa é pior para separar...

Começo por agradecer os parabéns. Repito e torno a repetir no entanto o que disse na Galeria obter fotografias destas só se conseguem com persistência, capacidade de observação, muita sorte e um Pedro Ramalho disponível para encontrar as raridades quando eu só tinha achado que era um bocado diferente das outras.
Quanto às anilhas só as vi em casa no computador e não se consegue destrinçar nada nas fotos são só uns pixeis indistintos

José estás na mailing list das raridades? A observação da dougallii merece bem divulgação pela dita lista...

Gonçalo Elias escreveu:José estás na mailing list das raridades? A observação da dougallii merece bem divulgação pela dita lista...

Sim, embora a ave aparentemente já tenha seguido caminho é um alerta para o que pode estar a passar

Sem dúvida.

Gonçalo Elias escreveu:José estás na mailing list das raridades? A observação da dougallii merece bem divulgação pela dita lista...

Já mandei ontem a informação

pedro121 escreveu:

Araújo da Silva escreveu:EXCELENTE!!!!

Tenho aqui centenas de fotografias de hirundo da semana passada na esperança de encontrar alguma paradisaea na foz do Cávado... nada!
e

uii, mas essa é pior para separar...

Tenho que te dar trabalho, Pedro

Araújo da Silva escreveu:
Tenho que te dar trabalho, Pedro

Ui, acho que dispenso pior só separar as duas cotovias e os dois andorinhões...

pedro121 escreveu:

Araújo da Silva escreveu:
Tenho que te dar trabalho, Pedro

Ui, acho que dispenso pior só separar as duas cotovias e os dois andorinhões...

Se quiseres também te posso mandar uma molhada de andorinhões

José Frade escreveu:
Se quiseres também te posso mandar uma molhada de andorinhões

Pois, dispenso mesmo, as sternas é interessante já que se aprende sempre alguma coisa... mas andorinhão? Os raros são fáceis de identificar, os comuns é que são chatos.

pedro121 escreveu:Pois, dispenso mesmo, as sternas é interessante já que se aprende sempre alguma coisa... mas andorinhão? Os raros são fáceis de identificar, os comuns é que são chatos.

No dia que te aparecer pela frente um Apus unicolor vais ter de rever esta tua última afirmação