LOCAL: Lisboa

A espécie (Periquito-rabijunco) é vulgaríssima em Lisboa, e coabito com eles junto à Afonso III. Um percurso que lhes é frequente é a deslocação de 200 metros entre o jardim fronteiro à Escola Primária nº15 (ao lado das linhas da estação de Santa Apolónia) e as palmeiras do cemitério dos judeus, na Afonso III, passando por cima do Forte de Santa Apolónia. Neste percurso, no final de Agosto, contei 19 indivíduos em dois grupos separados uns 30 segundos entre si, direitos à bela tâmara judaica. Nunca tinha visto tantos juntos. Serão adultos e juvenis nascidos no próprio ano?

Gonçalo Elias escreveu:Esta manhã observei um pisco-de-peito-ruivo Erithacus rubecula no Jardim do Cabeço das Rolas (ao Parque das Nações), Lisboa. Esta espécie é rara na capital durante a época reprodutora. Será que está a nidificar na zona?

Esta tarde dei um salto ao Jardim do Cabeço das Rolas e o pisco-de-peito-ruivo que lá estivera em Junho continuava hoje a cantar exactamente na mesma árvore. Começo a suspeitar que seja residente

Entretanto, e talvez por efeito dos ventos de leste que se fizeram sentir desde ontem, havia aqui bastantes migradores, nomeadamente dois chascos-cinzentos, vários papa-moscas-cinzentos e também alguns papa-moscas-pretos.

Em meados de Julho deste ano (14 ou 15) observei um juvenil de Pisco de Peito Ruivo (Erythacus rubecula) junto à Escola no Bairro de S. Miguel, Entrecampos. Eu estava de passagem e na altura não observei mais nenhum (adulto ou juvenil) na área.

Hoje de manhã ouvi um Parus ater nos pinheiros junto ao Hotel Tivoli Tejo (Parque das Nações).

Não é a primeira vez que a espécie aparece por estas bandas.

Piscos-de-peito-ruivo já se ouvem bastante pela cidade fora. Já vi a minha primeira collybita deste Inverno junto às Piscinas da Cidade Universitária, e também aí pareceu-me ouvir Parus ater, mas como geralmente confundo o canto com o do Parus major, não garanto muito que a ID esteja certa....

Este ano de 2010, fotografei um gaio (penso ser o mesmo indivíduo), em dois fins-de-semana distintos, no jardim contíguo à escola do Bairro de S. Miguel, Avenida de Roma. Pergunto: é normal esta ave viver num pequeno jardim da cidade de Lisboa?

Por outro lado, nos jardins que rodeiam o edifício da Torre do Tombo, vi duas aves parecidas com o melro, mas sem penas no pescoço. Pensei no estorninho, mas esta ave tem penas no pescoço. Tentarei fotografar.

Um abraço

Bom dia,

O gaio é uma ave que realmente frequenta os jardins urbanos, tolerando bastante bem a presença humana.

Curiosamente está um casal de gaios a construir o ninho a 20 metros do escritorio onde trabalho mesmo em frente á minha janela (estava eu a escrever isto e um dos gaios a chegar com mais um pauzinho para o ninho).
Neste proximo mes vou gostar de vir trabalhar...

Cumprimentos
Antonio Ribeiro

Olá,
Na Torre do Tombo, Jardim da Cidade Universitária e Jardim Botânico da FCUL eram sítios onde via gaios com frequência.

Cumprimentos

Olá,

Obrigada pelos comentários. Saberão dizer-me se o gaio alterou o comportamento alimentar na cidade ou mantém o hábito de ir aos ninhos dos outros pássaros? Nas duas vezes que o observei vi-o voar de uma árvore baixa direito ao chão (com relva) e voltar para a mesma árvore, mas não percebi o que apanhou, se um verme, se uma semente qualquer, ou material para o ninho (não sei onde ou se terá o ninho próximo deste sítio).
Sobre o segundo pássaro, parecido com o melro (macho) mas sem penas no pescoço, bico e patas escuros, alguém tem uma ideia?

Cumprimentos

Olá Margarida,

Margarida Cunha escreveu:Saberão dizer-me se o gaio alterou o comportamento alimentar na cidade ou mantém o hábito de ir aos ninhos dos outros pássaros?

Eu penso que esse já é um comportamento antigo, e não apenas na cidade de Lisboa. Um estudo feito na década de 1990, salvo erro na zona de Coimbra, revelou que os ninhos de chamarizes eram predados principalmente por gaios.

Margarida Cunha escreveu:Sobre o segundo pássaro, parecido com o melro (macho) mas sem penas no pescoço, bico e patas escuros, alguém tem uma ideia?

Com essa descrição, não estou a ver nenhuma ave europeia (não por causa da falta de penas no pescoço, que pode ser uma situação temporária) mas sim pelo bico e patas pretas. Poderá ser uma exótica...? Não conseguiste fotos?

1 abraço,
Gonçalo

Continua com os maus hábitos

Ainda ontem na Amadora um gaio levava no bico um pequeno melro e claro atrás iam os pais que não se calavam por nada.

Boa tarde

Em que local da Amadora é que isso aconteceu?

Beatriz

Olá,

Foi na Zona Industrial da Venda Nova.
Mas também podes ver gaios na Academia militar e arredores

Abraço,
Pedro

Moro na Amadora e também já vi gaios no Parque Aventura.

Beatriz

Hoje eu e a Maria Elias descobrimos galeirões em Lisboa - trata-se do primeiro registo da espécie para a capital. O mais surpreendente é que não vimos um nem dois, mas cerca de VINTE indivíduos e logo com nidificação confirmada - duas ninhadas de crias pequenas a serem alimentadas pelos pais.

No local observámos também cerca de 5 mergulhões-pequenos (que também é uma espécie nova para a capital) e várias galinhas-d'água (esta última não é nova para Lisboa, pois costuma ser observada no lago do Jardim Calouste Gulbenkian).

Estas observações foram efectuadas num local que à primeira vista parece pouco atraente: uma espécie de baldio alagado, com manchas de caniço, que fica situado na zona oriental da cidade, entre o Poço do Bispo e a Matinha. O local em questão, que não deverá ter mais de 2 hectares de área, encontra-se protegido por um muro, o que poderá explicar a ausência de perturbação e a ocorrência destas aves no interior da malha urbana.

Deixo aqui um mapa da zona, com o marcador vermelho a assinalar o local onde se encontravam as aves que referi. Existe um portão que, embora fechado, permite observar o local e observar as aves - esse portão fica na Rua Fernando Palha, em frente à loja da Sotinco (na esquina com a Avenida Infante Dom Henrique).

Ganso-pequeno-de-testa-branca? Estavam no lago do Campo grande. Pergunto eu, se é uma ave comum ou merece a pena acompanhar?
(Bom, não consegui associar a imagem, paciência)

Obrigada desde já,
Margarida

Gonçalo,
Já tinha visto nesse sitio garças e patos reais. Mas aos galeirões nunca pus a vista em cima, nem me passou pela cabeça que pudessem lá andar.
Tanto quanto sei, estes terrenos pertencem à Obriverca e julgo já haver projecto (aprovado na CML?) para este lote. Mas forma como as coisas andam não sei se haverão obras aí assim tão cedo.
Até lá os galeirões que aproveitem!

Margarida Cunha escreveu:Ganso-pequeno-de-testa-branca? Estavam no lago do Campo grande. Pergunto eu, se é uma ave comum ou merece a pena acompanhar?

Margarida,

Os gansos e patos "de jardim" são muitas vezes bichos domesticados, introduzidos com fins ornamentais e aos quais foram cortados as penas para não poderem voar. Deste modo, não se trata verdadeiramente de aves selvagens.

xavier pita escreveu:Gonçalo,
Já tinha visto nesse sitio garças e patos reais. Mas aos galeirões nunca pus a vista em cima, nem me passou pela cabeça que pudessem lá andar. Tanto quanto sei, estes terrenos pertencem à Obriverca e julgo já haver projecto (aprovado na CML?) para este lote. Mas forma como as coisas andam não sei se haverão obras aí assim tão cedo.
Até lá os galeirões que aproveitem!

Xavier,

Eu não conhecia o sítio, tinha visto uma reportagem na televisão sobre esse local, mas não sabia bem onde ficava. Encontrámo-lo por mero acaso, mas foi uma boa surpresa.

Obrigada Gonçalo.

Na Praça da Alegria, esta ave comporta-se como um melro, mas ainda é mais amigável, porque permite uma aproximação muito superior. Agradeço ajuda na sua identificação (espero conseguir colocar a imagem no Forum).

Obrigada

Na Praça da Alegria, esta ave comporta-se como um melro, mas ainda é mais amigável, porque permite uma aproximação muito superior. Agradeço ajuda na sua identificação (espero conseguir colocar a imagem no Forum).

Obrigada

http://img251.imageshack.us/content_round.php?page=done&l=img251/9052/img0007rz.jpg&via=muploadhttp://img251.imageshack.us/content_round.php?page=done&l=img251/9052/img0007rz.jpg&via=mupload

Olá, Margarida


É um melro juvenil. Talvés por isso ainda esteja demasiado confiante.

Saudações,

Pedro Correia

Obrigada, Pedro, pela dica.

A cauda preta típica do melro parece ser o indício mais importante para serem dois juvenis machos...? Tinham um colar branco no pescoço e pintas em toda a cabeça até metade do dorso, cauda preta, como as dos melros, assim como o canto.

Outra opinião indica-os como sendo fêmeas do melro. Pela cauda preta, serão antes machos?

Obrigada de novo
MCunha

http://img268.imageshack.us/content_round.php?page=done&l=img268/1695/img0032eg.jpg&via=mupload

Hoje voltei a ver uma mão cheia de galeirões e de mergulhões-pequenos em Lisboa, precisamente na mesma zona em que foram observados há uns meses atrás (ao Poço do Bispo).

Gonçalo Elias escreveu:Hoje de manhã ouvi um Parus ater nos pinheiros junto ao Hotel Tivoli Tejo (Parque das Nações).

Não é a primeira vez que a espécie aparece por estas bandas.

Esta manhã estava um Parus ater a cantar na Av. Dom João II, Parque das Nações, mais ou menos no mesmo local de há um ano atrás.