LOCAL: Caparica (Almada)
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Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:Ok, já percebi o que me queres dizer! Não especifiquei por exemplo se era o canto ou chamamento. Sim, concordo que assim descreve melhor o que ouvi, por acaso neste caso em concreto eu em Abril tanto ouvi umas vezes o chamamento como o canto. Mas pronto, para a próxima já sei o que hei-de escrever!
E saliento que se for o chamamento convém explicares porque é que era collybita e não era, por exemplo, trochilus.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
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Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Pois, isso também é verdade!Gonçalo Elias escreveu:Miguel Berkemeier escreveu:Ok, já percebi o que me queres dizer! Não especifiquei por exemplo se era o canto ou chamamento. Sim, concordo que assim descreve melhor o que ouvi, por acaso neste caso em concreto eu em Abril tanto ouvi umas vezes o chamamento como o canto. Mas pronto, para a próxima já sei o que hei-de escrever!
E saliento que se for o chamamento convém explicares porque é que era collybita e não era, por exemplo, trochilus.
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
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Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Pois, lá está, depois de tudo o que tu escreveste eu continuo sem perceber em que te baseaste para concluir que eram collybitas.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Respondo-te a essa questão depois de não ignorares selectivamente a minha crítica ao registo do suposto morinellus.Miguel Berkemeier escreveu:
"Mas só uma questão, espécies como P. senegalus, M. monachus e T. acuticaudatus (este nunca foi visto por aqui) pertencem apenas à cat. E? Já foram registadas reproduções em liberdade em PT, não?"
Quanto às dúvidas do gavião nidificar na Costa da Caparica, eu continuo sem perceber porque raio um registo em Junho muda o panorama de conhecimento actual. Depois, comparar collybita com gavião não faz mínimo sentido.
E há um ponto muito relevante do Gonçalo: alguém dizer que uma espécie é X não a torna na espécie X. Não, evidentemente nem todos os observadores em Portugal são qualificados para identificar todas as espécies porque senão não havia CPR, não havia revisores no eBird nem controlo de qualidade em lado nenhum.
Eu em todas as minhas listas, sempre que reporto espécies raras, tento justificar porquê. Comentários como "tenho a certeza" valem muito pouco ou nada. Se eu por acaso conheço o observador, isso até me pode dizer alguma coisa. Mas na maioria dos casos eu não conheço as competências de cada observador para identificar cada espécie individualmente. E mais, quem for pegar nos dados depois de mim, para o próximo revisor, ou daqui a 5, 20, 50, 100 anos, não sabe quem é quem e por isso olha para a evidência. "Heard", "tenho a certeza", etc etc não justificam porque uma espécie é x, e logo serão dados irrecuperáveis. Tentar convencer alguém de que se tem a certeza é mostrar o que se conhece, e não dizer à força toda que se conhece.
PNicolau- Número de Mensagens : 7852
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Data de inscrição : 28/12/2008
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Já referi que ouvi o normal canto da espécie, tal como tu "ouviste" um "male singing". Queres que escreva aqui as notas, a progressão musical? Eheh Até posso escrever a partitura se quiseres, mas sugiro que me indiques se queres o andamento indicado à semínima ou mínima ou seja lá como forGonçalo Elias escreveu:Pois, lá está, depois de tudo o que tu escreveste eu continuo sem perceber em que te baseaste para concluir que eram collybitas.
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Nota que eu fiz-te essa questão antes de abordares a questão do morinellus, não percebo porque é que realmente ignoraste seletivamente a minha pergunta, mas se não queres ou não sabes responder não há problema, não é preciso é fazeres chantagem ahahPNicolau escreveu:Respondo-te a essa questão depois de não ignorares selectivamente a minha crítica ao registo do suposto morinellus.Miguel Berkemeier escreveu:
"Mas só uma questão, espécies como P. senegalus, M. monachus e T. acuticaudatus (este nunca foi visto por aqui) pertencem apenas à cat. E? Já foram registadas reproduções em liberdade em PT, não?"
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Sobre o morinellus, fizeste alguma questão que não tenha sido respondida?
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:Já referi que ouvi o normal canto da espécie, tal como tu "ouviste" um "male singing".
Não Miguel, tu não escreveste que ouviste o "normal canto da espécie".
O que tu escreveste foi isto:
por acaso neste caso em concreto eu em Abril tanto ouvi umas vezes o chamamento como o canto
Eu olho para as informações que estão no ebird, tens várias ocorrências em que dizes que ouviste mas não explicas o que ouviste em cada situação.
Miguel Berkemeier escreveu:Queres que escreva aqui as notas, a progressão musical? Eheh Até posso escrever a partitura se quiseres, mas sugiro que me indiques se queres o andamento indicado à semínima ou mínima ou seja lá como for
Por mim até podes usar semicolcheias, fusas ou semifusas, e se quiseres usar clave de dó na terceira linha em compasso composto de 6 por 8, com arranjo para um quarteto de cordas eu não tenho nada contra. Usas a representação que quiseres.
Só tenho pena é que optes por fazes piadolas e que com isso passes ao lado do essencial. É que eu continuo sem perceber muito bem que sons é que tu sabes identificar. Não faço ideia se tu identificas bem os cantos e principalmente os chamamentos dos vários Phylloscopus. E mais: nem sequer percebo se tu sabes a diferença entre um canto e um chamamento.
Fico com a sensação de que tu baseias as tuas identificações unicamente nas tuas certezas. E mais, parece-me que ficas muito melindrado se alguém te coloca alguma questão sobre uma id. que tu fizeste, porque está a pôr em dúvida a tua palavra e as tuas certezas e isso tu não admites porque isso é um ataque pessoal!
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Só estou a fazer piadolas porque confesso que não estou mesmo a perceber onde queres chegar ahah em termos práticos qual é a tua solução? Como é que queres que eu descreva o que ouvi? O canto tem muito mais notas do que o chamamento, tem uma melodia propriamente dita, enquanto o chamamento consiste em 1, 2 notas que as aves muitas vezes emitem repetidamente. Os cantos da trochilus e da collybita são notavelmente diferentes, penso que podemos considerar que o da trochilus seja mais rápido. Os chamamentos são mais semelhantes mas o da trochilus é mais agudo e menos "limpo" julgo, no qual dá mais a sensação de serem reproduzidas 2 notas. É este tipo de descrições que queres que eu ponha nos registos, tentando narrar o que ouvi?Gonçalo Elias escreveu:Miguel Berkemeier escreveu:Já referi que ouvi o normal canto da espécie, tal como tu "ouviste" um "male singing".
Não Miguel, tu não escreveste que ouviste o "normal canto da espécie".
O que tu escreveste foi isto:por acaso neste caso em concreto eu em Abril tanto ouvi umas vezes o chamamento como o canto
Eu olho para as informações que estão no ebird, tens várias ocorrências em que dizes que ouviste mas não explicas o que ouviste em cada situação.Miguel Berkemeier escreveu:Queres que escreva aqui as notas, a progressão musical? Eheh Até posso escrever a partitura se quiseres, mas sugiro que me indiques se queres o andamento indicado à semínima ou mínima ou seja lá como for
Por mim até podes usar semicolcheias, fusas ou semifusas, e se quiseres usar clave de dó na terceira linha em compasso composto de 6 por 8, com arranjo para um quarteto de cordas eu não tenho nada contra. Usas a representação que quiseres.
Só tenho pena é que optes por fazes piadolas e que com isso passes ao lado do essencial. É que eu continuo sem perceber muito bem que sons é que tu sabes identificar. Não faço ideia se tu identificas bem os cantos e principalmente os chamamentos dos vários Phylloscopus. E mais: nem sequer percebo se tu sabes a diferença entre um canto e um chamamento.
Fico com a sensação de que tu baseias as tuas identificações unicamente nas tuas certezas. E mais, parece-me que ficas muito melindrado se alguém te coloca alguma questão sobre uma id. que tu fizeste, porque está a pôr em dúvida a tua palavra e as tuas certezas e isso tu não admites porque isso é um ataque pessoal!
É que isto nada tem a ver com o que tu escreveste, tu limitaste-te e escrever "male singing" sem descrever como era o som que ouviste.
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:É este tipo de descrições que queres que eu ponha nos registos, tentando narrar o que ouvi?
Miguel eu não sou revisor do ebird e portanto não me compete a mim decidir sobre a aceitação dos teus registos. Neste sentido eu não "quero" que tu metas lá nada de concreto, é-me um bocado indiferente se descreves as notas ou se dás outra descrição qualquer. Para mim o que é relevante é se a identificação foi bem feita. É essencial (na minha opinião) que o teu comentário mostre que sabes do que estás a falar, quais os critérios que usaste para excluir outras espécies semelhantes.
Miguel Berkemeier escreveu:É que isto nada tem a ver com o que tu escreveste, tu limitaste-te e escrever "male singing" sem descrever como era o som que ouviste.
Quando inseri esse comentário pareceu-me que essa descrição seria suficiente como justificação. Ou seja, considerei que isso chegava para demonstrar que eu sabia identificar a ave como sendo um P. collybita e não outra coisa qualquer. Claro que quando algum revisor tem dúvidas sobre algum registo, pede-me mais informações (já aconteceu muitas vezes, embora não tenha sido o caso deste registo). Repara que há aqui uma grande carga de subjectividade, cada um é que decide o grau de detalhe que é necessário para mostrar que sabe fazer uma id. correcta. Mas como também já referi anteriormente, todos os registos são passíveis de escrutínio e ninguém deve ter receio de ver os seus registos questionados.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel, basta pesquisares no Google ou consultares qualquer bibliografia sobre exóticas em Portugal. Eu não tenho de fazer esse trabalho por ti. Mas já que insistes...
http://www.avesdeportugal.info/exoticas.html
Também aconselho a leitura sobre a definição da categoria C, que resumidamente explico: engloba as espécies introduzidas que mantêm populações estáveis. Reproduzir-se no estado selvagem (o que é provavelmente verdade para o monachus no Porto, e possível para o senegallus), não admite uma espécie à categoria C. Mas seja uma águia-de-bonelli, uma felosa, um pardal-comum ou um periquito australiano, todos pertencem à categoria E se forem libertados ou fugirem de uma gaiola, quer tenham populações estáveis ou não.
O que me parece notório é que a tua busca incessante por adicionar espécies às listas que compilas, qualquer que seja o custo, não abrandou. Continua. E por esse motivo eu começo a ter muita dificuldade em aceitar registos teus sem qualquer, ou fraca, documentação, porque fico sempre sem saber se viste mesmo X ou apenas quiseste ver, como me parece que foi o caso do morinellus, por exemplo. Já te disse no passado que a credibilidade é um aspecto fulcral em qualquer observador ou mesmo pessoa ligada à ciência. Podes fazer um trabalho espectacular, se não tem qualquer credibilidade, passa a não ter valor.
http://www.avesdeportugal.info/exoticas.html
Também aconselho a leitura sobre a definição da categoria C, que resumidamente explico: engloba as espécies introduzidas que mantêm populações estáveis. Reproduzir-se no estado selvagem (o que é provavelmente verdade para o monachus no Porto, e possível para o senegallus), não admite uma espécie à categoria C. Mas seja uma águia-de-bonelli, uma felosa, um pardal-comum ou um periquito australiano, todos pertencem à categoria E se forem libertados ou fugirem de uma gaiola, quer tenham populações estáveis ou não.
O que me parece notório é que a tua busca incessante por adicionar espécies às listas que compilas, qualquer que seja o custo, não abrandou. Continua. E por esse motivo eu começo a ter muita dificuldade em aceitar registos teus sem qualquer, ou fraca, documentação, porque fico sempre sem saber se viste mesmo X ou apenas quiseste ver, como me parece que foi o caso do morinellus, por exemplo. Já te disse no passado que a credibilidade é um aspecto fulcral em qualquer observador ou mesmo pessoa ligada à ciência. Podes fazer um trabalho espectacular, se não tem qualquer credibilidade, passa a não ter valor.
PNicolau- Número de Mensagens : 7852
Idade : 29
Local : Lisboa
Data de inscrição : 28/12/2008
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Sim, claro, e neste caso em concreto das collybitas de Abril o revisor para o concelho de Almada não me pediu mais info sobre as observações e validou-as. Se pedisse eu naturalmente acrescentaria mais detalhes.Gonçalo Elias escreveu: Claro que quando algum revisor tem dúvidas sobre algum registo, pede-me mais informações (já aconteceu muitas vezes, embora não tenha sido o caso deste registo). Repara que há aqui uma grande carga de subjectividade, cada um é que decide o grau de detalhe que é necessário para mostrar que sabe fazer uma id. correcta.
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Ok, muito obrigado pela informação!PNicolau escreveu:Miguel, basta pesquisares no Google ou consultares qualquer bibliografia sobre exóticas em Portugal. Eu não tenho de fazer esse trabalho por ti. Mas já que insistes...
http://www.avesdeportugal.info/exoticas.html
Também aconselho a leitura sobre a definição da categoria C, que resumidamente explico: engloba as espécies introduzidas que mantêm populações estáveis. Reproduzir-se no estado selvagem (o que é provavelmente verdade para o monachus no Porto, e possível para o senegallus), não admite uma espécie à categoria C. Mas seja uma águia-de-bonelli, uma felosa, um pardal-comum ou um periquito australiano, todos pertencem à categoria E se forem libertados ou fugirem de uma gaiola, quer tenham populações estáveis ou não.
O que me parece notório é que a tua busca incessante por adicionar espécies às listas que compilas, qualquer que seja o custo, não abrandou. Continua. E por esse motivo eu começo a ter muita dificuldade em aceitar registos teus sem qualquer, ou fraca, documentação, porque fico sempre sem saber se viste mesmo X ou apenas quiseste ver, como me parece que foi o caso do morinellus, por exemplo. Já te disse no passado que a credibilidade é um aspecto fulcral em qualquer observador ou mesmo pessoa ligada à ciência. Podes fazer um trabalho espectacular, se não tem qualquer credibilidade, passa a não ter valor.
Relativamente ao morinellus tal como eu especifiquei eu não observei a ave, mas em tempos tinha escutado frequentemente as vocalizações da espécie no xenocanto para tentar ficar familiarizado e reconhecê-las durante a migração, portanto tinha de alguma forma uma certa "experiência virtual". Se leres bem o comentário eu não indiquei qualquer semelhança com P. apricaria, aliás, referi bem que o som que ouvi era completamente diferente (eu só referi a tarambola devido ao habitat e ao facto de ser uma das espécies mais prováveis de limícolas para aparecer ali). Não concordo que seja especialmente semelhante a L. meridionalis e nem fiz qualquer comparação com Calidris porque me parece perfeitamente surreal para o local, ainda mais sem o menor pingo de água como estava na altura. O habitat é de alguma forma propício para o aparecimento de C. morinellus naquela altura do ano, muito mais do que para a grande maioria de limícolas. Ouvi-o por várias vezes e na altura fiquei claramente convencido de que se tratava dessa espécie, mesmo neste momento não consigo pensar que tenha sido outra espécie mas eu efetivamente não observei a ave nem pude registar o som. De qualquer forma removi a espécie da lista, bem como o A. baeticatus. Concordas que não devo manter o rouxinol, não é?
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:De qualquer forma removi a espécie da lista
Isto é tão giro, não é? Removeste da lista que está no início do tópico mas não removeste do ebird
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel, tu é que mantens esta lista, tu é que sabes os teus critérios. Eu já expliquei a questão do rouxinol, com essa informação toma uma decisão.
Por isso também tu é que sabes qual a credibilidade necessária para qualquer espécie integrar esta tua lista.
Por isso também tu é que sabes qual a credibilidade necessária para qualquer espécie integrar esta tua lista.
PNicolau- Número de Mensagens : 7852
Idade : 29
Local : Lisboa
Data de inscrição : 28/12/2008
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Sim, claro, estava-me a referir à lista que coloquei neste tópico!Gonçalo Elias escreveu:Miguel Berkemeier escreveu:De qualquer forma removi a espécie da lista
Isto é tão giro, não é? Removeste da lista que está no início do tópico mas não removeste do ebird
No Ebird pelo que percebi o registo foi invalidado, já não aparece publicamente, embora eu não esteja de acordo. Já percebi que o Ebird é de facto algo muito importante para ti, tudo bem, mas porque razão dás tanta importância às espécies que os outros registam e tentas controlar tudo o que o fazem? Nem sequer és revisor pá Eu penso que percebo porquê mas prefiro não referir
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:Já percebi que o Ebird é de facto algo muito importante para ti, tudo bem, mas porque razão dás tanta importância às espécies que os outros registam e tentas controlar tudo o que o fazem?
Sim, eu considero o ebird uma ferramenta muito importante e extremamente útil em termos de análise de dados. Como possivelmente já reparaste (ou não), eu preocupo-me bastante, aliás muito mesmo, com a qualidade da informação. E por isso, sim, dou muita importância às espécies que são registadas e ao tipo de listas inseridas, na medida em que isso afecta a qualidade da informação e a análise de dados que pode ser feita a partir daí. Informação de má qualidade provoca enviesamentos que distorcem os resultados. Portanto não se trata de controlar o que este ou aquele anda a fazer, mas sim de conseguir separar correctamente aquilo que é boa informação e aquilo que é lixo. Fui claro, agora?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Bem, esta conversa já vai longa. A questão principal depois de ler tudo é: Miguel tens a certeza que ouviste um Charadrius morinellus?
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 33
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Se leste a conversa verificaste que já respondi a essa questãoJoão Tomás escreveu:Bem, esta conversa já vai longa. A questão principal depois de ler tudo é: Miguel tens a certeza que ouviste um Charadrius morinellus?
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
@João Tomás: conheces este livro? Consta que a autora também tinha a certeza das observações todas que lá colocou. E assim se descobriram as primeiras populações nidificantes de dom-fafe, tordo-comum e felosa-das-figueiras no Algarve
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:Se leste a conversa verificaste que já respondi a essa questão
Estás a referir-te a resposta que está em baixo?
Miguel Berkemeier escreveu:Nisso de facto concordo contigo!
Se sim, estava à espera de outro tipo de resposta e/ou acção.
Gonçalo Elias escreveu:@João Tomás: conheces este livro? Consta que a autora também tinha a certeza das observações todas que lá colocou. E assim se descobriram as primeiras populações nidificantes de dom-fafe, tordo-comum e felosa-das-figueiras no Algarve
Não conhecia Gonçalo e pelos que dizes não perco nada em conhecer. Agora deixaste-me curioso de o ver x) É tudo uma questão de conhecimento da biologia das espécies. Ou se tem e aí sim produzem-se documentos ou não se tem e se tenta ter.
João Tomás- Número de Mensagens : 4570
Idade : 33
Local : Batalha
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
João Tomás escreveu:Não conhecia Gonçalo e pelos que dizes não perco nada em conhecer. Agora deixaste-me curioso de o ver x) É tudo uma questão de conhecimento da biologia das espécies. Ou se tem e aí sim produzem-se documentos ou não se tem e se tenta ter.
Podes ver uma sinopse aqui.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel Berkemeier escreveu:Sim, é para algo que estou a tentar elaborar tendo como base o gráfico de barras do Ebird. Disseram-me que para fazer uma lista completa no Ebird o ideal seria o tempo de contagem ser pelo menos 5 minutos, daí geralmente as listas com menos tempo que costumo fazer terem entre 5 a 6 minutos.
Voltando às listas de 5 minutos, podes explicar melhor o que é que estás a tentar elaborar? Gostava de perceber a relação entre os gráficos de barras do eBird e as contagens estacionárias.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25559
Idade : 55
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Não. Estou-me a referir à minha descrição da observação (neste caso auditiva) do C. morinellus em resposta ao Pedro Nicolau.João Tomás escreveu:
Estás a referir-te a resposta que está em baixo?
Última edição por Miguel Berkemeier em Sáb Jun 09, 2018 5:49 am, editado 1 vez(es)
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Não, não posso explicar melhor, muito menos aqui, é algo que, pelo menos agora, ainda não é público. Peço que não insistas e respeites isso.Gonçalo Elias escreveu:Miguel Berkemeier escreveu:Sim, é para algo que estou a tentar elaborar tendo como base o gráfico de barras do Ebird. Disseram-me que para fazer uma lista completa no Ebird o ideal seria o tempo de contagem ser pelo menos 5 minutos, daí geralmente as listas com menos tempo que costumo fazer terem entre 5 a 6 minutos.
Voltando às listas de 5 minutos, podes explicar melhor o que é que estás a tentar elaborar? Gostava de perceber a relação entre os gráficos de barras do eBird e as contagens estacionárias.
De qualquer forma para perceberes como funcionam os protocolos das listas do Ebird podes sempre ir procurar na secção "ajuda" na base de dados, deves lá ter essa informação. A diferença entre listas ocasionais e completas reflete-se no gráfico de barras, se uma pessoa estivesse constantemente a inserir listas com o protocolo ocasional o impacto nos gráficos seria diferente e menos real. Sempre me explicaram que quando o observador está concentrado somente na observação de aves e regista todas as espécies que consegue identificar no momento a regra é inserir uma lista completa. Também me explicaram que o tempo mínimo ideal de observação para fazer uma contagem estacionária é 5 minutos, daí geralmente as listas que insiro com menos duração terem 5 ou 6 minutos, que corresponde ao tempo em que estou focado na observação.
Miguel Berkemeier- Número de Mensagens : 1374
Local : Portugal
Data de inscrição : 21/10/2013
Re: LOCAL: Caparica (Almada)
Miguel estás aqui a misturar uma data de coisas. Vamos por partes:
Claro que podes explicar melhor. Não queres é explicar, o que é uma coisa diferente. E eu até compreendo as tuas motivações para não quereres explicar. Mas eu acho que devias repensar a tua atitude e explicar muito bem o que pretendes fazer, pelas razões que vou apresentar a seguir.
Acontece, Miguel, é que estás a usar uma base de dados pública, num programa que é usado por todos e cujos resultados são do interesse de todos. Como já referi anteriormente, a propósito das várias listas nocturnas que inseriste, quem contribui com os seus dados para uma base de dados pública, sujeita-se que os seus registos sejam escrutinados publicamente (quem não quer ser escrutinado, não insere os dados numa b.d. pública). A forma como estás insistentemente a inserir este tipo de contagens afecta as estatísticas globais do ebird, nomeadamente na parte de abundância das espécies. E saliento que afecta todas as espécies, e não apenas as que registaste nestas listas. Portanto é evidente que me interessa perceber a tua motivação para continuares a fazer algo que tem impacto nos resultados globais.
Eu sei muito bem como funcionam os protocolos das listas do ebird portanto não preciso de ir ler a secção que sugeres. Aliás deixa-me lembrar-te que muito antes de tu nasceres eu já fazia censos de aves, já usava diferentes protocolos de visitas, já elaborava gráficos de barras semelhantes aos do ebird e já publicava livros com base nessa mesma informação, portanto sei muito mais muito mais sobre a determinação das abundâncias de aves do que tu possas imaginar. Em vez de mandares os outros estudar, sugiro que procures aprender com quem tem mais experiência que tu.
O problema é que a inserção de listas completas afecta a percentagem de ocorrência de todas as espécies. Ou seja, o facto de estares recorrentemente a inserir listas completas com pombo-fatela, pardal, gaivotas, andorinhões, melros e outras espécies muito comuns vai afectar as percentagens de ocorrência de todas as espécies (das que viste e principalmente das que não viste), quer a nível do concelho, quer até a escalas mais alargadas. Conscientemente ou não, estás a provocar enviesamentos nas abundâncias / frequências das várias espécies e estás a condicionar a utilidade dos resultados do ebird.
Miguel, vou ser muito claro: o facto de insistires neste tipo de listas muito curtas, quase sempre nos mesmos locais e com as mesmas espécies provoca distorções nos resultados do ebird e quanto mais insistires nessa prática maiores as distorções. Em minha opinião este tipo de listas, feito de forma recorrente, é nocivo para o ebird e, a menos que exista uma razão de peso que o justifique, esta prática deve ser desincentivada. Estou a dar-te oportunidade de apresentares aqui essas tuas razões, de modo a que todos nós, utilizadores do ebird, possamos compreender qual é o benefício resultante dessas listas que de alguma forma compense os enviesamentos que essa abordagem provocam.
Miguel Berkemeier escreveu:Não, não posso explicar melhor, muito menos aqui
Claro que podes explicar melhor. Não queres é explicar, o que é uma coisa diferente. E eu até compreendo as tuas motivações para não quereres explicar. Mas eu acho que devias repensar a tua atitude e explicar muito bem o que pretendes fazer, pelas razões que vou apresentar a seguir.
Miguel Berkemeier escreveu:é algo que, pelo menos agora, ainda não é público. Peço que não insistas e respeites isso.
Acontece, Miguel, é que estás a usar uma base de dados pública, num programa que é usado por todos e cujos resultados são do interesse de todos. Como já referi anteriormente, a propósito das várias listas nocturnas que inseriste, quem contribui com os seus dados para uma base de dados pública, sujeita-se que os seus registos sejam escrutinados publicamente (quem não quer ser escrutinado, não insere os dados numa b.d. pública). A forma como estás insistentemente a inserir este tipo de contagens afecta as estatísticas globais do ebird, nomeadamente na parte de abundância das espécies. E saliento que afecta todas as espécies, e não apenas as que registaste nestas listas. Portanto é evidente que me interessa perceber a tua motivação para continuares a fazer algo que tem impacto nos resultados globais.
Miguel Berkemeier escreveu:De qualquer forma para perceberes como funcionam os protocolos das listas do Ebird podes sempre ir procurar na secção "ajuda" na base de dados, deves lá ter essa informação.
Eu sei muito bem como funcionam os protocolos das listas do ebird portanto não preciso de ir ler a secção que sugeres. Aliás deixa-me lembrar-te que muito antes de tu nasceres eu já fazia censos de aves, já usava diferentes protocolos de visitas, já elaborava gráficos de barras semelhantes aos do ebird e já publicava livros com base nessa mesma informação, portanto sei muito mais muito mais sobre a determinação das abundâncias de aves do que tu possas imaginar. Em vez de mandares os outros estudar, sugiro que procures aprender com quem tem mais experiência que tu.
Miguel Berkemeier escreveu:A diferença entre listas ocasionais e completas reflete-se no gráfico de barras, se uma pessoa estivesse constantemente a inserir listas com o protocolo ocasional o impacto nos gráficos seria diferente e menos real.
O problema é que a inserção de listas completas afecta a percentagem de ocorrência de todas as espécies. Ou seja, o facto de estares recorrentemente a inserir listas completas com pombo-fatela, pardal, gaivotas, andorinhões, melros e outras espécies muito comuns vai afectar as percentagens de ocorrência de todas as espécies (das que viste e principalmente das que não viste), quer a nível do concelho, quer até a escalas mais alargadas. Conscientemente ou não, estás a provocar enviesamentos nas abundâncias / frequências das várias espécies e estás a condicionar a utilidade dos resultados do ebird.
Miguel Berkemeier escreveu:Sempre me explicaram que quando o observador está concentrado somente na observação de aves e regista todas as espécies que consegue identificar no momento a regra é inserir uma lista completa. Também me explicaram que o tempo mínimo ideal de observação para fazer uma contagem estacionária é 5 minutos, daí geralmente as listas que insiro com menos duração terem 5 ou 6 minutos, que corresponde ao tempo em que estou focado na observação.
Miguel, vou ser muito claro: o facto de insistires neste tipo de listas muito curtas, quase sempre nos mesmos locais e com as mesmas espécies provoca distorções nos resultados do ebird e quanto mais insistires nessa prática maiores as distorções. Em minha opinião este tipo de listas, feito de forma recorrente, é nocivo para o ebird e, a menos que exista uma razão de peso que o justifique, esta prática deve ser desincentivada. Estou a dar-te oportunidade de apresentares aqui essas tuas razões, de modo a que todos nós, utilizadores do ebird, possamos compreender qual é o benefício resultante dessas listas que de alguma forma compense os enviesamentos que essa abordagem provocam.
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