ESPÉCIE: Rouxinol-grande-dos-caniços (Acrocephalus arundinaceus)

bem, por aqui vai depender muito da chuva, mas sem contar com Tornada seria entre 3 a 6 machos, acho que no plano nacional, qualquer coisa como 200-300.

222

Helder Vieira escreveu:Já há datas?

1 de Abril a 30 de Junho mas com preferência pelo período 16 de Abril a 15 de Junho.

Gonçalo Elias escreveu:

Helder Vieira escreveu:Já há datas?

1 de Abril a 30 de Junho mas com preferência pelo período 16 de Abril a 15 de Junho.

Obrigado, Gonçalo.

Bem, eu vou apostar em 250 machos

Toca a apostar cafés

Samuel Patinha escreveu:65

Vou reapostar em 175.

Na minha opinião neste censo não devia haver possibilidade para contar intervalos de aves. O número máximo não adiciona nada, pelo que deve ser contado o número mínimo, na minha opinião.

PNicolau escreveu:Na minha opinião neste censo não devia haver possibilidade para contar intervalos de aves.

De onde surgiu a ideia de que iria haver intervalos?

Gonçalo Elias escreveu:

PNicolau escreveu:Na minha opinião neste censo não devia haver possibilidade para contar intervalos de aves.

De onde surgiu a ideia de que iria haver intervalos?

Do censo das pesqueiras de das garças

E como pensam minimizar o possível desvio dos dados pelo facto de haver a hipótese dos observadores menos experientes com a espécie confundirem o canto com o do primo pequeno-dos caniços?
Ps.: Já sei que pelo menos uma pessoa (grande especialista em onomatopeias que servem de mnemónicas) escreverá em resposta: "ka-ra-ka-ra..."

Ricardo Melo escreveu:E como pensam minimizar o possível desvio dos dados pelo facto de haver a hipótese dos observadores menos experientes com a espécie confundirem o canto com o do primo pequeno-dos caniços?  
Ps.: Já sei que pelo menos uma pessoa (grande especialista em onomatopeias que servem de mnemónicas) escreverá em resposta: "ka-ra-ka-ra..."      

Erros de identificação há sempre, também houve nas pesqueiras (houve um observador que me informou que tinha visto uma pesqueira numa albufeira e depois enviou-me uma foto para confirmar e era um Cir aer). Tentaremos confirmar com as pessoas menos experientes se tiveram dúvidas na id. e pediremos para gravar o canto quando tal for possível. E também avaliar pelos locais de ocorrência se houve ou não possibilidade de engano (as preferências de habitat não são exactamente iguais). Mas nota que eu não gosto de partir do princípio que a maioria das id. vão ser erradas. Acredito que a maioria estará correcta, haverá possivelmente alguns erros e logo veremos qual é a melhor forma de lidar com eles.

Acima de tudo convém não esquecermos que isto é um censo experimental, nenhum de nós sabe o que vai sair daqui e quando tivermos os resultados logo veremos qual é a qualidade da informação e o que se pode fazer com ela.

Gonçalo Elias escreveu:E também avaliar pelos locais de ocorrência se houve ou não possibilidade de engano (as preferências de habitat não são exactamente iguais).

Eu só observei duas vezes a espécie, em Agosto, em Salreu e na Barrinha de Esmoriz. Nunca a ouvi cantar, pese embora esteja bem familiarizado com o canto. De todo o modo só os observei em zona de caniços ou nas imediações (salgueiros). De que forma difere a preferência de habitat do rouxinol-grande-dos-caniços relativamente à do pequeno em época de nidificação?

Mas nota que eu não gosto de partir do princípio que a maioria das id. vão ser erradas. Acredito que a maioria estará correcta, haverá possivelmente alguns erros e logo veremos qual é a melhor forma de lidar com eles.

De acordo, pese embora ache que neste censo específico (a não ser que se grave o canto no local) o desvio pode ser significativo devido à "semelhança" dos cantos.

Acima de tudo convém não esquecermos que isto é um censo experimental, nenhum de nós sabe o que vai sair daqui e quando tivermos os resultados logo veremos qual é a qualidade da informação e o que se pode fazer com ela.

Certo.

Ricardo Melo escreveu:De que forma difere a preferência de habitat do rouxinol-grande-dos-caniços relativamente à do pequeno em época de nidificação?

O pequeno prefere manchas de caniços maiores (mais extensas) ao passo que o grande se contenta com manchas mais pequenas. Parece um contra-senso mas é mesmo assim. Por vezes o grande também ocorre em galerias ripícolas de vegetação densa, mesmo que não haja caniço.

De acordo, pese embora ache que neste censo específico (a não ser que se grave o canto no local) o desvio pode ser significativo devido à "semelhança" dos cantos.

Pois eu sei, já muita gente referiu isso. Admito que me faz uma certa confusão, porque eu acho que os cantos não se confundem (passe o pleanasmo). Mas logo se verá até que ponto isso é um problema...

Gonçalo Elias escreveu:

Ricardo Melo escreveu:De que forma difere a preferência de habitat do rouxinol-grande-dos-caniços relativamente à do pequeno em época de nidificação?

O pequeno prefere manchas de caniços maiores (mais extensas) ao passo que o grande se contenta com manchas mais pequenas. Parece um contra-senso mas é mesmo assim. Por vezes o grande também ocorre em galerias ripícolas de vegetação densa, mesmo que não haja caniço.

Esclarecido.

Pois eu sei, já muita gente referiu isso. Admito que me faz uma certa confusão, porque eu acho que os cantos não se confundem (passe o pleanasmo). Mas logo se verá até que ponto isso é um problema...

Ok.

1º Censo nacional de rouxinol-grande-dos-caniços

O portal avesdeportugal.info vai organizar o 1º censo nacional de rouxinol-grande-dos-caniços (Acrocephalus arundinaceus). Este censo tem como objectivo determinar o número de territórios de reprodução da espécie em Portugal continental, através da deteção de machos cantantes. Estabelecem-se os meses de Abril a Junho como sendo o período de tempo para a deteção dos machos nos seus territórios de reprodução, centrando-se o período ideal de visitação entre a segunda quinzena de Abril e a primeira quinzena de Junho.

Para participar neste censo basta estar familiarizado com a espécie, nomeadamente o seu canto, e com outras espécies semelhantes, como é o caso do rouxinol-pequeno-dos-caniços (Acrocephalus scirpaceus).

Para este censo foi criada uma folha informativa, na qual poderão saber mais sobre a espécie, metodologia e coordenadores de cada um dos distritos, e que visa ajudar os participantes na detecção da espécie. Para acederem à ficha basta descarregá-la neste link: https://files.fm/u/y9vbtexv

Se quiser participar no censo basta contactar o coordenador do distrito da área em que quererá ajudar ou então manifestar o interesse aqui no tópico.

Boa iniciativa. Se estivesse em Portugal dava uma ajuda.
Por curiosidade, porque escolheram esta espécie?

luis correia escreveu:Boa iniciativa. Se estivesse em Portugal dava uma ajuda.
Por curiosidade, porque escolheram esta espécie?

Well, a questão é porque não?
É uma espécie, assim como muitas, em que não existe informação da população e tendência em PT e que até canta bem alto para ser detectada Claro que é apenas um censo piloto... vamos ver como corre.

Sei que há aqui pessoal do sotavento, e como ainda não faz um ano que ando nestas andanças será que é espécie para a zona da ribeira da assêca/pego do inferno?

nfpconceicao escreveu:Sei que há aqui pessoal do sotavento, e como ainda não faz um ano que ando nestas andanças será que é espécie para a zona da ribeira da assêca/pego do inferno?

Não tenho uma resposta directa para essa questão e um dos objectivos deste censo é exactamente tentar perceber onde é que a espécie ocorre.

Esta ave é mais conhecida por frequentar caniçais e tabuais (seja grandes extensões, seja ao longo de valas e cursos de água). No entanto, há muitos anos cheguei a encontrar machos a cantar ao longo de ribeiras sem qualquer tipo de caniço, nomeadamente na bacia do Guadiana. É possível que também ocorram ao longo de ribeiras com canavial ou outro tipo de vegetação densa.

Assim, caso tenhas interesse em explorar essa zona, avança! - pode ser que haja surpresas

Ontem por acaso estive neste local 37.153830, -7.673318 e tem uma interessante mancha de tabua ao longo do rio, mesmo junto à ponte; aliás eu tenho a sensação de que a tabua está em forte expansão em várias regiões do país.

Imagem do Google Street View: https://www.google.pt/maps/@37.1537686,-7.6733557,3a,73.1y,92.01h,77.48t/data=!3m7!1e1!3m5!1swWI3lS7-M3KPURRTEdePNw!2e0!6s%2F%2Fgeo1.ggpht.com%2Fcbk%3Fpanoid%3DwWI3lS7-M3KPURRTEdePNw%26output%3Dthumbnail%26cb_client%3Dmaps_sv.tactile.gps%26thumb%3D2%26w%3D203%26h%3D100%26yaw%3D187.31247%26pitch%3D0%26thumbfov%3D100!7i13312!8i6656

Quando deixo o serviço e tenho algum tempo disponível antes de ir apanhar as crianças à escola é aí que vou. Onde a ribeira que vem do pego do inferno se junta a essa faz um T e é um extenso canavial. Vou ver essa zona.

Está é a tal junção das ribeiras, já há uns tempos que lá não vou. https://earth.app.goo.gl/?apn=com.google.earth&ibi=com.google.b612&isi=293622097&ius=googleearth&link=https%3a%2f%2fearth.google.com%2fweb%2f%4037.1552328,-7.6947228,9.70032023a,499.96261406d,35y,156.19497968h,0t,0r.

Pego do Inferno
Alfinete
Perto de: Santa Maria
https://maps.app.goo.gl/JfG9g

Uma coisa, conheces bem o canto da espécie? Isso é o critério essencial no que a este censo diz respeito.

Não é um canto fácil!!! Ando a ouvir nas plataformas os cantos e chamamentos mas tenho estado a ver que não é fácil.

O grande e o pequeno são parecidos e para quem não está habituado vai ser difícil.