LOCAL: Rerserva Natural das Dunas S. Jacinto (Aveiro)

Boas

Sábado andei pelo RNDSJ e registei:

- Estrelinha-de-poupa (Regulus regulus) - 1 ind.
- Estrelinha-de-cabeça-listada - 3 ind.
- Numerosos patos: Marrequinha, Pato-real, Piadeira e Pato-trombeteiro.
- Negrinha - 6 ind.
- Arrabio - 3 ind.
- Frisada - + 25 ind. (saliento esta espécie porque ainda não tinha observado   um grupo desta dimensão).
- Mergulhão-pequeno
- Galeirão

No mar algumas (poucas centenas) de (deduzo) Pato-negro (Melanita nigra), Ganso-patola e Pardelas (algumas poucas centenas) não identificadas (os binóculos não permitem mais) em direçao ao sul.

Olá Paulo,

Vejo que os patos-reais eram mesmo muitos, até os listaste duas vezes

Só uma nota: o local é uma RN e não um PN.

E uma curiosidade: esta área protegida não foi criada por causa da pateira, que na verdade é um lago artificial foi feito depois da criação da reserva. Esta reserva foi criada com o objectivo de proteger "a colónia de garças mais setentrional do país" - ironicamente essa colónia desapareceu no ano em que o local passou a ser protegido. - mas com a criação da pateira os patos encontraram um bom refúgio face à pressão de caça existente na ria.

1 abraço,
Gonçalo

Boas Gonçalo

Gonçalo Elias escreveu:Olá Paulo,

Vejo que os patos-reais eram mesmo muitos, até os listaste duas vezes

Só uma nota: o local é uma RN e não um PN.


1 abraço,
Gonçalo

Obrigado pela correção/info.

Gonçalo Elias escreveu:E uma curiosidade: esta área protegida não foi criada por causa da pateira, que na verdade é um lago artificial foi feito depois da criação da reserva. Esta reserva foi criada com o objectivo de proteger "a colónia de garças mais setentrional do país" - ironicamente essa colónia desapareceu no ano em que o local passou a ser protegido. - mas com a criação da pateira os patos encontraram um bom refúgio face à pressão de caça existente na ria.

1 abraço,
Gonçalo

Esse aspecto pesou na classificação, mas não foi o objectivo primário, que foi a preservação da formação dunar.

Abraço

Paulo

Viva Paulo,

De facto a protecção das garças não era o único objectivo, o dec. lei 41/79 refere a necessidade de salvaguardar o património faunístico e florístico, mas no que se refere às dunas como explicar que tenha sido seleccionado apenas aquele pequeno rectângulo e não um troço mais vasto da costa?

1 abraço,
Gonçalo

Da mesma maneira que muitas das áreas integradas na Rede Natura 2000 não coincidem com os limites das áreas protegidas. Por decisão do Divino Espirito Santo.

A área da Reserva está "entalada entre a Torreira e S.Jacinto e era propriedade do Estado Português. Pode ter sido uma das razões para a escolha daquela área associada aos valores floristicas das formações dunares e da presença das Garças.

Abraço

Paulo

Boas,

Desde que há cerca de 1 ano o meu sogro se mudou para os arredores de Aveiro, que eu visitei a área 2 x (não com muito afinco e orientação "não é o meu nome do meio", admito), mas das duas, não cheguei a perceber muito bem onde ficava a pateira. Há várias construções do parque à beira da estrada desde que se sai da Torreira até S. Jacinto. Em qual delas há algum trilho que leve à pateira?
Infelizmente quando lá fui não vi ninguém e estava tudo fechado.

Obrigado

Abraço
António

António A Gonçalves escreveu:Boas,

Desde que há cerca de 1 ano o meu sogro se mudou para os arredores de Aveiro, que eu visitei a área 2 x (não com muito afinco e orientação "não é o meu nome do meio", admito), mas das duas, não cheguei a perceber muito bem onde ficava a pateira. Há várias construções do parque à beira da estrada desde que se sai da Torreira até S. Jacinto. Em qual delas há algum trilho que leve à pateira?
Infelizmente quando lá fui não vi ninguém e estava tudo fechado.

Obrigado

Abraço
António

Olá António,
Segundo me indicou a técnica da RNDSJ (também quero dar lá um salto e também tinha as mesmas dúvidas que tu) segues a estrada marginal da Torreira em direcção a S. Jacinto, passas 2 parques de campismo, e depois vai-te surgir do lado direito o centro de interpretação. Tens em frente como referência o café "Portela".
O trilho que passa na pateira é o azul, é circular, com cerca de 6km, e inclui uma ida à praia para espreitar marítimas.

abraço,
Helder

Obrigado Helder.

Abraço

Hoje dei um salto à RNDSJ.
Na pateira estariam para cima de 500 patos.
Essencialmente Anas penelope (Piadeira) e Anas crecca (Marrequinha), vários Anas clypeta e Anas platyrhynchos (Pato trombeteiro e real), poucos Anas strepera (Frisada), um casal de Aythya fuligula (Negrinha) e outro de Tachybaptus ruficollis (Mergulhão pequeno).

http://vimeo.com/18852121

De quando em vez surgia um Accipiter gentilis (Açor) para colocar tudo na ordem

Na praia vi, para lá da zona de rebentação das ondas, várias Melanitta nigra (Negrola) "em jangada"...

O vídeo é muito útil para aprender os sons de Anas penelope e Anas crecca.

Boas

Tal como o Helder eu fui este fim de semana á pateira, fiquei agradavelmente surpreendido com o espaço, achei o observatório simples e funcional, permitindo uma excelente visualização da zona, no entanto os trilhos são para esquecer, mal sinalizados, alagados ou seja manutenção zero, eu compreendo que não haja €€ para fazer a manutenção dos mesmos, mas nesse caso podiam colocar um painel informativo a avisar que os trilhos estavam intransitáveis.

De qualquer modo depois de não ter conseguindo ver o merganso no salreu a pateira "salvou-me" o dia.

boas gostava saber como encontra se os trilhos para chegar a pateira. gostava de ir la nesta semana e nao quero ir a cegas. obrigado

CoelhoC escreveu:boas gostava saber como encontra se os trilhos para chegar a pateira. gostava de ir la nesta semana e nao quero ir a cegas. obrigado

Bem, seguindo os trilhos marcados não consegues ir á pateira, pela simples razão que parte do trilho está debaixo de agua, a meu ver a melhor opção é a partir do centro de interpretação apanhares esta estrada florestal paralela ao mar, e seguires por ela até chegares á pateira:

http://maps.google.pt/?ie=UTF8&ll=40.67526,-8.731019&spn=0.001888,0.004823&t=h&z=18


mesmo os outros caminhos estão parcialmente alagados, por isso é necessário algum cuidado

pateira

http://maps.google.pt/?ie=UTF8&ll=40.688619,-8.726358&spn=0.001887,0.004823&t=h&z=18

Escusado será dizer que os patos são extremamente nervosos, portanto é necessário evitar as perturbações, se eles se assustarem de repente é provável que seja o açor, da primeira vez que isto aconteceu eu pensei que tinha sido por minha causa até ver o Açor falhar uma marequinha...

Não sei se o Açor será o mesmo, e até poderão ser varios, mas em Agosto estava eu dentro do observatório e um juvenil passou mesmo a razar a janela.
Na altura fiquei sem perceber se tinha cometido algum crime, porque estava tudo cheio de placas de acesso proibido

cumps,

Rui

RuiCaratao escreveu:
Na altura fiquei sem perceber se tinha cometido algum crime, porque estava tudo cheio de placas de acesso proibido

Também ficaste com essa sensação? Pensei que era só eu.

De facto não percebo, os trilhos estão marcados, portanto é suposto quererem visitantes, mas no entanto os trilhos estão intransitáveis, e para mais a colocação das placas de acesso proibido não fazem muito sentido, da maneira como estão colocadas não consigo perceber quais são as zonas em que o acesso é proibido de facto, o mesmo já me aconteceu no Paul do boquilobo, em que seguindo o percurso pedestre assinalado apanhei com uma placa de acesso proibido/condicionado...decidam-se!!

Só fui lá 2 vezes. Da 1ª falhei a pateira mas consegui a 2ª.

De facto, quem pretender efectuar o percurso aconselho no minimo botas de agua já que em vários pontos o percurso deve estar inundado ( o ano passado em alguns pontos tinha pelo menos 30 cm de profundidade e vários metros de extensão alagados) além de ter alguma falta de manutenção.

Percurso pedestre até a pateira:
http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007-AP-DunasSJacinto/Visitar+Area+Protegida/Sugestoes+Visita/Percursos+pedestres/Ficha+de+Percurso/tazul.htm
Alerta: penso que é proibido efectuar os percursos ao domingo.

Analisando as fotografias aéreas dá para entender que há claramente caminhos mais fáceis e curtos para chegar a pateira mas tem sinais de proibido.

No entanto, deve ser o lugar mais fácil para ver piadeiras e patos-trombeteiros na região...

nunes escreveu:
Alerta: penso que é proibido efectuar os percursos ao domingo.

Essa proibição tem a ver com o facto de os domingos serem dias de caça na ria e ser necessário eliminar qualquer perturbação resultante da presença de pessoas junto à pateira. Se não me engano no passado essa proibição era extensiva às quintas-feiras.

A meu ver esta proibição faz todo o sentido durante a época de caça, mas talvez não se justifique durante o resto do ano.

nunes escreveu:Alerta: penso que é proibido efectuar os percursos ao domingo.

Essa foi uma das razões que me levou previamente a contactar o CI da reserva. Não me colocaram qualquer entrave em efectuar o percurso a um Domingo.
Já agora gostaria aqui de salientar que a técnica com quem falei é muito atenciosa, e foi de uma grande ajuda pois avisou-me das condições do terreno, inclusive explicando-me como chegar à pateira evitando as zonas alagadas.

BE acusa Exército de destruir dunas e pinheiros em área protegida de São Jacinto
28.01.2011
Lusa

O Bloco de Esquerda (BE) acusou hoje o Exército de ter destruído, sem autorização, mais de cem hectares de pinheiro bravo e de dunas cinzentas em São Jacinto, Aveiro.

A denúncia partiu do deputado do BE Pedro Filipe Soares, que entregou um requerimento na Assembleia da República a questionar os Ministérios do Ambiente e da Defesa sobre esta situação.

O parlamentar diz que a destruição “aconteceu (de Junho) até ao final do ano passado” numa área que integra a Zona de Protecção Especial (ZPE) da Ria de Aveiro e a Reserva Ecológica Nacional e incluiu “numerosas exemplares de espécies protegida como o salgueiro-anão e a cladonia”.

Os bloquistas lembram que qualquer afectação de uma área superior a cinco hectares está sujeita a um parecer do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e adiantam que tal parecer “nunca foi pedido” pelo Exército.

“No início de Junho, o instituto levantou um auto em que se dava conta de uma área entre 20 e 25 hectares de pinhal destruída sem autorização”, adianta Pedro Filipe Soares, acrescentando que a penalização foi encaminhada para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro que, por sua vez, informa que o caso está em fase de instrução.

O deputado do BE refere ainda que as Forças Armadas Portuguesas justificaram esta atitude como tratando-se de “uma limpeza sazonal”. Contudo, o parlamentar realça que “alguns dos pinheiros que foram cortados tinham mais de 30 anos”.

No requerimento entregue ontem na Assembleia da República, o deputado questiona o Ministério da Defesa sobre quais as medidas que serão tomadas para que sejam apuradas as responsabilidades sobre esta matéria. O parlamentar quer saber também que medidas vão ser tomadas pelo Ministério do Ambiente para impedir que esta destruição continue e para mitigar os danos já efectuados.

Hoje dei um salto à pateira da RNDSJ, e fiquei algo desiludido. Pensei encontrar lá mais espécies e individuos... O frio no norte da europa das últimas semanas acalmou e as hormonas não esperam... digo eu!
A maioria são Anas clypeata, Anas crecca e alguns platyrhynchos. Ayththya fuligula só vi 1 ind.
Também achei curioso não ver nenhuma Anas penelope.

Helder Vieira escreveu:Hoje dei um salto à pateira da RNDSJ, e fiquei algo desiludido. Pensei encontrar lá mais espécies e individuos... O frio no norte da europa das últimas semanas acalmou e as hormonas não esperam... digo eu!
A maioria são Anas clypeata, Anas crecca e alguns platyrhynchos. Ayththya fuligula só vi 1 ind.
Também achei curioso não ver nenhuma Anas penelope.

Seguramente são as hormonas, porque no dia 15 de Fevereiro havia bastantes piadeiras. Como aliás das restantes que referes, sobretudo marrequinhas e trombeteiros.

Como só agora tive conhecimento deste tópico, apercebi-me da diferença de condições do terreno entre o ano passado e este. Segundo li nos posts anteriores, no ano passado algumas partes do percurso estavam alagadas em Janeiro, algo que este ano não aconteceu (a seca assim determinou).

Relativamente aos percursos, na primeira vez que lá fui falhei o percurso azul (mas confesso que por culpa minha) e acabei por chegar à pateira por caminhos não convencionais. Em alguns dos posts anteriores são referidas placas de acesso interdito. Fico com a dúvida se não estavam acompanhadas por redes de vedação, porque actualmente é o que acontece. Embora não tenha a certeza, penso que toda a zona da pateira se encontra vedada com rede (com a natural excepção do observatório).

Ao fazer umas pesquisas na net para encontrar informações sobre o horário da lancha para São Jacinto encontrei dois sites com horários diferentes:

http://www.moveaveiro.pt/03horarios/moveferryh.htm

http://cnfasjacinto.com.sapo.pt/horarios.htm

Dá-me ideia que o primeiro é o correcto (tem data de 2011) e que o segundo não estará actualizado, de qualquer forma se alguém souber confirmar, agradeço.

Boa noite

Posso confirmar que a empresa encarregue da ligação entre Aveiro e S. Jacinto é a MoveAveiro. Por isso penso que a informação correta é a da moveaveiro.

Obrigado David.