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Reintrodução da Águia-pesqueira em Portugal

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Mensagem por Araújo da Silva Dom Jul 17, 2011 5:13 am

Confesso que nunca gostei desta nossa mania de brincar aos aprendizes de feiticeiro... e então quando se trata de "greenwaching"...
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Mensagem por Gonçalo Elias Dom Jul 17, 2011 9:16 am

Mais duas citações sobre as preferências de habitat das pesqueiras para efeito de alimentação, extraídas do Handbook of the Birds of the World, vol. 2:

Breeding Ospreys inhabit a broad array of coastal habitats, along lakes, reservoirs, marshes, bay and sea shores, and to a lesser extent rivers. Shallow water is generally the common denominator here, because fish are easier to find and catch in the shallows than in deep water.
Ospreys are buoyant birds, and, despite their relatively long legs, can penetrate at most only about one meter below the water's surface, probably less. This means that they catch only surface-dwelling fish or those that frequent shallow flats or shorelines, constituting an important limitation and a key fact of Osprey ecology.

Ora isto conduz-nos a um aspecto que considero relevante: sendo o Alqueva uma albufeira de águas profundas, que condições oferece para a alimentação de águias-pesqueiras?
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Mensagem por António A Gonçalves Dom Jul 17, 2011 3:03 pm

Sabendo os locais (conhecidos) onde a espécie anteriormente nidificava em Portugal, também estranhei quando soube que a tentativa de reintrodução era para a zona do Alqueva.

Não estou nem contra nem a favor deste projecto, até porque desconheço os estudos realizados e a sua consequente viabilidade. No entanto é curioso que esteja previsto para o mesmo local onde o enchimento da albufeira teve um impacto negativo nalgumas populações de aves pouco comuns em Portugal (Solitário - Cercotrichas galactotes ou a Cegonha negra - Ciconia nigra). É como dizer "tirámos daqui estas espécies, por uma questão económica importante para o país, mas reintroduzimos lá uma nova e ainda mais rara." Smile

De qualquer forma, também do Handbook of the Birds of the World, vol. 2, p.50: "Few birds respond better to reintroductions than Ospreys, provided the new area has suitable habitat."

Tal como o Gonçalo Elias referiu, a questão do habitat ser viável, também me parece a questão principal.

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Mensagem por RuiCaratao Dom Jul 17, 2011 6:24 pm


Gonçalo Elias escreveu:Ora isto conduz-nos a um aspecto que considero relevante: sendo o Alqueva uma albufeira de águas profundas, que condições oferece para a alimentação de águias-pesqueiras?

Gonçalo, essa é uma questão pertinente, neste momento e por ser uma Barragem recente o Alqueva goza, do boom de peixe inicial de qualquer Barragem recente, a quantidade de matéria orgânica, é muito elevada devido à vegetação submergida e há muito alimento, contudo esta explosão inicial de vida tende a decrescer, e poderá atingir um certo equilibrio, se a cota não oscilar grandemente ao longo do ano, e houver vegetção marginal e aquática. O outro factor serão as proprias especies piscicolas, Portugal não tem espécies autoctenes adaptadas e ecossistemas lênticos, como os restantes países europeus, de modo que as espécies exóticas como a carpa, são das poucas a adaptarem-se aos grandes lagos artificiais assim que são cheios, e constituem na maioria das vezes + de 90% da fauna piscicola, exercem uma enorme pressão sobre a vegetação aquática, anfibios e outros peixes, e no fim acabam por se tornarem a espécie dominante. Para além disso, e como bem dizes são barragens profundas, que a partir dos 10/15 metros de profundidade o numero de peixes cai exponencialmente, um autêntico deserto aquático, muito diferente de qualquer lago natural existente na europa.
Concerteza que as águias pesqueiras extintas da nossa costa teriam uma dieta mais variada e rica nutricionalmente, e continuariam a tê-la caso não se tivessem extinguido como nidificantes, mas teriam tambem menos dias favoráveis para se alimentarem, dependendo mais das condições climatéricas. Se o Alqueva será o habitat mais favoravel, é quanto a mim questionavel, se tem capacidade para manter x numero de casais...provavelmente, sim, mas não serão proporcionais ao volume nem á area do grande lago artificial daqui a um par de anos.

Não avançando para a reintrodução de aves que criam em falésia, vejo os estuários e outras zonas humidas do litoral como mais favoraveis ás mesmas, os proprios numeros de bichos que escolhem o litoral e o interior para invernar parece indicar isso tambem...mas enfim, a EDP precisa de promover as barragens e o seu grande valor ecologico.

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Mensagem por Gonçalo Elias Seg Jul 18, 2011 1:59 am

Deixo aqui mais duas citações do Handbook.

A primeira tem ainda a ver com a nidificação e a sua relação com os recursos alimentares disponíveis, nomeadamente com as maiores dificuldades que enfrentam os casais que nidificam em zonas interiores:

In migratory populations, to balance the annual mortality of adults, on average roughly one bird must fledge for each nest with eggs. Pairs at coastal colonies tend to reach this level easily in most years, but those nesting inland, at freshwater sites, have more difficulty in attaining this average, which, in part, reflects differences in food availability.

A seguda citação... bom, deixo-a sem comentários e cada um que tire as suas conclusões: Very Happy

As more and more Ospreys have begun to nest on artificial platforms, certain individuals and organizations have become nearly obsessed with building such nesting sites for them.
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Mensagem por Gonçalo Elias Sex Set 23, 2011 4:21 pm

Projecto de reintrodução da águia-pesqueira em Portugal já libertou as primeiras aves
Data: 23.09.2011
Fonte: publico.pt

Já foram libertadas as dez águias-pesqueiras que chegaram ao Alentejo em Julho, vindas do Norte da Europa, para dar início ao projecto de reintrodução da espécie em Portugal. Seis delas já poderão estar a caminho de África, nas migrações.

A águia-pesqueira (Pandion haliaetus) extinguiu-se enquanto espécie que nidifica em Portugal em 1997, ano em que morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana. Desde então, a ave pode ser avistada durante as migrações.

No início de Julho deste ano, dez jovens águias, com cerca de quatro semanas de idade, foram trazidas da Suécia e da Finlândia, onde a espécie é abundante, para começar um projecto de reintrodução desta ave de rapina numa propriedade perto de Reguengos de Monsaraz. O objectivo é criar um núcleo reprodutor na zona de Alqueva.

As aves foram libertadas no final de Julho e início de Agosto, depois de passarem algumas semanas em grandes gaiolas junto à albufeira de Alqueva, até que lhe crescessem as penas das asas.

A primeira fase do projecto, que terá uma duração mínima de cinco anos, “correu dentro daquilo que estava previsto”, disse hoje ao PÚBLICO Pedro Beja, biólogo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada, ligada à Universidade do Porto, que tomou a iniciativa do projecto.

Nos primeiros dias de liberdade, as águias não se afastaram da zona onde foram colocadas, sendo alimentadas pela equipa do projecto até que aprendessem a pescar, especialmente carpas e barbos. “A pouco e pouco aumentaram a área de exploração e deixaram de aparecer todos os dias. Até que foram e já não voltaram”, contou.

Mas houve alguns “percalços”. “Um dos animais teve uma luxação na pata e está em tratamento num hospital veterinário em Madrid, um outro foi libertado e, pouco depois, deixou de se ver. Além disso, duas aves foram predadas pouco após terem sido libertadas. Eram juvenis inexperientes”, disse Pedro Beja, salientando que esta é uma situação normal em natureza. “Estamos a tentar perceber o que aconteceu com as duas águias predadas e a tomar medidas para evitar que volte a acontecer”, acrescentou o biólogo, que desconfia das raposas.

As restantes seis águias foram “fazendo movimentos cada vez mais largos até que dispersaram”, talvez a caminho de África, nas migrações. Uma delas continua na região de Alqueva. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, regressem para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem.

Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.

“Esta não é uma espécie prioritária, é catalisadora de sensibilização ambiental, para criar um estado mental diferente, em que nos damos conta de que é possível fazer coisas”, comentou Pedro Beja.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1513359
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Mensagem por Gonçalo Elias Sáb Out 01, 2011 5:08 pm

Já agora deixo aqui o link para a página da EDP no facebook sobre este projecto.

Achei "notável" a conclusão de que, uma vez que parte da população europeia inverna na Península Ibérica, sobretudo em ambientes costeiros estuarinos, mas também em albufeiras de barragens interiores, então o calor do Alentejo não deve ser problema para as pesqueiras.

Alguém pode explicar a estes senhores que no Inverno faz mais frio no Alentejo que em Lisboa?

https://www.facebook.com/grupo.edp?sk=app_229540710411081
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Mensagem por Gonçalo Elias Seg Out 03, 2011 5:34 pm

No dia 8 de Outubro, primeiro dia do Observanatura, que terá lugar na Mourisca, Setúbal, vai decorrer a seguinte apresentação:

17h30-18h30 Reintrodução da águia-pesqueira em Portugal: crónica do primeiro ano – Luís Palma, Andreia Dias, João Ferreira, Marco Mirinha, Pedro Melo & Pedro Beja (CIBIO - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos)
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Mensagem por Gonçalo Elias Qua Out 12, 2011 7:00 pm

Águias pesqueiras de Alqueva partem rumo ao sul
Data: 11 de Outubro de 2011
Fonte: expresso.pt

Chegaram, cresceram e partiram. As 10 águias pesqueiras trazidas da Finlândia e Suécia para Portugal, em julho, com apenas algumas semanas de vida, já deixaram a região do Alqueva. Seguem agora o ciclo migratório desta espécie que tende a procurar as terras quentes da África Ocidental para passar o inverno.

Fica assim concluída a 1ª etapa do projeto de reintrodução da águia pesqueira em Portugal, liderado pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), da Universidade do Porto, com o apoio da EDP.

A águia pesqueira deixou de nidificar em Portugal há cerca de uma década. Nos próximos quatro anos, esta operação será repetida até que algumas das águias criadas no Alqueva regressem à região, reconhecendo-a como o seu território natural para se reproduzirem.

Com o desaparecimento dos últimos indivíduos reprodutores (2002), já não se pode esperar que a população portuguesa de águia-pesqueira recupere naturalmente. Apesar disso, Portugal mantém condições de habitat muito favoráveis para a espécie, incluindo não só a costa rochosa que constituiu o seu último reduto, como também algumas zonas húmidas estuarinas e albufeiras de barragens.

A recuperação da águia-pesqueira nestas áreas é possível, mas tem que passar pela recolha de indivíduos em populações dadoras, onde a espécie não corre risco de extinção, e a sua posterior transferência e libertação para locais favoráveis. Com isto, é possível assegurar a criação de um núcleo reprodutor inicial, a partir do qual se pode promover a recolonização progressiva das áreas históricas de ocorrência da espécie.

O processo implica a transferência de juvenis de forma a habituarem-se mais facilmente ao local de libertação. As transferências são efectuadas de países onde existem grandes populações de águia-pesqueira, estáveis ou em crescimento.

Com esta iniciativa pretende-se demonstrar que é muitas vezes possível reverter perdas da biodiversidade desde que sejam adoptadas ações adequadas de conservação, promovendo a compatibilização das atividades humanas com a persistência de espécies sensíveis e ameaçadas.

O projeto conta com a colaboração institucional do ICNB, e está ser desenvolvido em parceria com a SAIP, a TAP e a EDIA. A nível internacional, o projeto envolve investigadores dos países dadores das aves, a Finlândia e a Suécia, e tem a estreita colaboração de parceiros espanhóis, onde um projeto similar tem vindo a ser desenvolvido com elevado sucesso desde 2003.

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/aguias-pesqueiras-de-alqueva-partem-rumo-ao-sul=f679481#ixzz1acS5kGBI
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Mensagem por Carlos Pacheco Qui Out 13, 2011 2:41 am

Bom dia,

Curiosamente soube há uns dias por um amigo meu que esteve de férias na zona de Aljezur em Setembro que estava um indivíduo pousado no antigo ninho e que passou o dia por lá a pescar, pousado...
Será que o macho ainda é vivo? Ou então pode tratar-se de algum descendente... Nesta fase do campeonato era interessante se se voltasse a instalar por lá um casal.
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Mensagem por Gonçalo Elias Dom maio 27, 2012 7:46 am

Por esta altura eu estaria à espera de ver mais notícias sobre este projecto...

Não haverá desenvolvimentos?
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Mensagem por Gonçalo Elias Qua Jun 27, 2012 8:49 am

Entretanto encontrei este site dedicado ao projecto que prometia mais desenvolvimentos em 2012... mas até agora nada.
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Mensagem por pedro121 Qua Jun 27, 2012 8:52 am

Gonçalo Elias escreveu:Entretanto encontrei este site dedicado ao projecto que prometia mais desenvolvimentos em 2012... mas até agora nada.

Os individuos com um ano fazem a migração de retorno? ou ficam no local de invernada? ou tem uma solução intermedia?
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Mensagem por Gonçalo Elias Qua Jun 27, 2012 9:01 am

Pedro, creio que só voltam passados dois ou três anos.

No entanto se vires a notícia do Público de 23.09.2011 que está no topo desta página poderás ler isto:

Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano.
Era mais sobre esta parte que eu estava à espera de encontrar algum tipo de novidade...
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui Jul 26, 2012 1:50 pm

Já está na sala de notícias mas coloco aqui também para dar seguimento ao tópico:



Onze crias de águia-pesqueira chegaram a Portugal no âmbito do programa de reintrodução da espécie

26.07.2012
fonte : sic.pt

Chegaram há cerca de duas semanas a Portugal 11 crias de águia-pesqueira. Foram cedidas pela Finlândia e pela Suécia no âmbito de um programa de reintrodução da espécie em Portugal. Está em curso desde o ano passado, na zona de Alqueva.

http://sicnoticias.sapo.pt/vida/2012/07/26/onze-crias-de-aguia-pesqueira-chegaram-a-portugal-para-um-programa-de-reintroducao-da-especie
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Mensagem por Jorge Saraiva Qui Jul 26, 2012 4:25 pm

deu hoje na sic uma reportagem com os bixos que vieram para serem soltos este ano
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui Jul 26, 2012 4:42 pm

Jorge a reportagem é a mesma que está no link e que já tinha passado à tarde.
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Mensagem por carina esteves cristovao Sex Jul 27, 2012 3:39 am

Bom dia a todos,


De uma leiga interessada: Vi as imagens da reportagem sobre a chegada das crias e fiquei intrigada com o uso de vocalizações artificiais de fêmeas para estimular as crias a alimentarem-se. Fico a pensar se os pobres animais não ficarão stressados por ouvir mães imaginárias que não chegam nunca. Como não conseguia ouvir bem, e não consigo abrir o link da sic agora, também não cheguei a saber a idade das crias e se tiveram tempo suficiente com a progenitora para aprender a subsistir sozinhas, especialmente num ambiente desconhecido. Imagino que seja um processo gradual, o da adaptação, mas de tudo o que li nas oito páginas deste tópico, se calhar não vão ter uma vida muito fácil...
Mas faço votos para que corra bem.
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Mensagem por Jorge Saraiva Sex Jul 27, 2012 4:33 am

Hei-de tentar com o link, mas ontem só via as imagens e não tinha som, no entanto sei que o sistema utilizado é o "hacking" utilisado em falcoaria e que costuma ter resultados fantásticos. Os pássaros ainda não emplumados vão sendo alimentados no ninho artificial, ao principio fechados e protegidos dos predadores mas sempre com visão para o exterior. Com o passar dos dias, vão crescendo e desenvolvendo. Quando já estão emplumados e na altura de iniciarem os primeiros voos, já com o ninho sempre aberto, já livres (é a altura mais perigosa), aos poucos começam a saltar do ninho e a exercitar as asas e experimentar e voltam sempre para as refeiçoes e normalmente para dormir tambem ou entao começam a dormir pelas redondezas. Dependendo das especies, mais ou menos precoces, ao fim de pouco tempo começam a tentar caçar, no caso de peregrinos por exemplo pode se contar com 1 mes a mes e meio de voo livre para o passaro fazer a primeira "presa" e se tornar quase autónomo, estas pandion deverá demorar mais. Assim que começam a ser autónomos deixam quase imediatamente de voltar ás refeiçoes á borla e lá vão eles. É importante o facto de não associarem as refeições ao "homem" para não haver um imprinting ás pessoas, e o facto de serem várias juntas faz com que o imprinting natural na especie se faça positivamente. Quer isto dizer que estes individuos se irão comportar naturalmente uns com os outros quando chegar a altura de coiso e tal.
É muito giro!
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Mensagem por Jorge Saraiva Sex Jul 27, 2012 4:35 am

e obrigado Gonçalo
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Mensagem por carina esteves cristovao Sex Jul 27, 2012 5:43 am

Obrigada, Jorge

Não estava familiarizada com o detalhe da técnica. Parece de facto muito interessante. O instinto de sobrevivência dos pequenotes deve ser fabuloso. Eu estava convencida de que precisavam do exemplo dos pais para aprender a caçar Shocked

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Mensagem por Jorge Saraiva Sex Jul 27, 2012 7:32 am

Na realidade acredito que beneficiam com o exemplo dos pais mas não é absolutamente necessário
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Mensagem por Gonçalo Elias Sex Jul 27, 2012 7:52 am

Jorge Saraiva escreveu:Na realidade acredito que beneficiam com o exemplo dos pais mas não é absolutamente necessário

Na realidade há várias espécies onde o normal é não conhecer os verdadeiros pais - é o que acontece com os cucos (se bem que nesse caso existem pais adoptivos).
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Mensagem por Gonçalo Elias Sáb Ago 11, 2012 6:19 am

Oito águias-pesqueiras já foram libertadas junto à albufeira de Alqueva
06.08.2012
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Na madrugada de segunda-feira foram libertadas, com sucesso, oito águias-pesqueiras junto à albufeira de Alqueva, dizem os responsáveis por este projecto de reintrodução no país de uma espécie que deixou de nidificar em Portugal há 15 anos.

Esta manhã, as águias “estão tranquilas, ainda aqui nas proximidades, pousadas em azinheiras e em postes de alimentação”, disse Andreia Dias, coordenadora operacional do projecto.

As aves, com oito e nove semanas de idade, chegaram há cerca de um mês a uma propriedade perto de Reguengos de Monsaraz, junto à albufeira de Alqueva, vindas da Finlândia e Suécia, onde a espécie é abundante. Os animais vieram ao abrigo de um projecto de reintrodução da águia-pesqueira (Pandion haliaetus) que começou no ano passado por iniciativa do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio), organização privada ligada à Universidade do Porto, e cujo objectivo é criar um núcleo reprodutor no Alentejo. Desde que, em 1997, morreu a fêmea do único casal existente no país, na costa alentejana, a ave só pode ser avistada em Portugal durante as migrações e no Inverno, especialmente em zonas húmidas, como o Paul do Boquilobo e estuários do Tejo e do Sado.

O processo de libertação começou ontem à noite. “Ao escurecer, rebatemos um pouquinho os painéis frontais amovíveis (das jaulas), para que a operação não fosse muito abrupta”, explicou Andreia Dinis. “Cerca das 5h30 retirámos os painéis. A primeira águia-pesqueira saiu às 5h45 e as outras foram saindo de forma gradual. A última deixou a jaula às 8h05”, acrescentou.

“Agora estão todas bem, estamos a observá-las aqui nas imediações. Ainda não se alimentaram mas algumas já estão em cima dos postes onde iremos colocar peixe duas vezes por dia.” A carpa será a presa mais comum das águias-pesqueiras mas não a única. Estes animais alimentam-se também de várias espécies de tainhas, robalo ou sargo, presas que podem pesar até 1,5 quilos.

Agora, a equipa de técnicos vai acompanhar as jovens aves para “actuar em caso de necessidade”, graças a aparelhos de radio-telemetria – que foram colocados nas águias a 1 de Agosto – e a visualizações directas com deslocações de carro ou barco.

Dentro das jaulas ainda estão três águias. “Continuamos a alimentá-las e a seguir o seu comportamento, para saber quando estarão prontas para voar”, acrescentou Andreia Dias.

Daqui a mês e meio, as aves deverão partir para as zonas de invernada em África, especialmente Senegal e Gâmbia. A expectativa é a de que, ao chegarem à maturidade sexual, dentro de dois a três anos, regressem a Portugal para nidificar no Alqueva, identificado como sendo a sua origem. No ano passado foram libertadas dez águias mas, pelo menos, três acabaram por morrer.

Durante os próximos anos, o projecto prevê a chegada de dez aves por ano. Se tudo correr bem, a águia-pesqueira poderá começar a progredir para a zona costeira, via zonas húmidas do Tejo e Sado.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1557947
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Mensagem por Gonçalo Elias Dom Ago 12, 2012 5:15 pm

Llegan a Andalucía 18 pollos de águila pescadora procedentes de Alemania

„ En 2012, seis parejas reproductoras de águilas pescadoras se han instalado en distintos territorios de las provincias de Cádiz y Huelva y han sacado adelante un total de 10 pollos, confirmando así el éxito del proyecto
„ Este emblemático proyecto de la Consejería de Medio Ambiente de la Junta de Andalucía cuenta con la colaboración del CSIC, Fundación Migres, Fundación Banco Santander e Iberia
Procedentes de Alemania, han llegado a Sevilla 18 pollos de águila pescadora para ser incorporados al proyecto de reintroducción de la especie en Andalucía, de donde se encuentra extinguida desde los años 60.
El proyecto responde a una iniciativa pionera de la Consejería de Medio Ambiente de la Junta de Andalucía y la dirección científica corre a cargo de Miguel Ferrer, profesor de investigación de la Estación Biológica de Doñana (CSIC); la Fundación Migres tiene encomendada la dirección técnica del proyecto.
En el proyecto colaboran Iberia, que participa en el traslado de los pollos desde Alemania, y la Fundación Banco Santander, que el pasado año se unió a las labores para la reintroducción de la especie en el Paraje Natural Marismas del Odiel y que se enmarca dentro de su programa de Recuperación de Patrimonio Natural.
Los ejemplares, que llegaron anoche al aeropuerto de Sevilla gracias a la colaboración de las Administraciones ambientales de Alemania (en concreto del ‘Brandenburg State Bird Conservation Centre’), han sido transportados a España con una edad aproximada de 4 semanas. Tras ser desembarcados, se les ha realizado un examen veterinario y han sido trasladados a los lugares en los que serán reintroducidos en la naturaleza. La reintroducción en Andalucía se está llevando a cabo en dos puntos, el citado Paraje Natural Marismas del Odiel (Huelva) y el embalse del río Barbate en el Parque Natural de los Alcornocales (Cádiz).
Durante su estancia en el hacking (técnica de cría semi-campestre que consiste en extraer pollos de sus nidos y trasladarlos a otros artificiales, en los que permanecen hasta que son capaces de volar por sí mismos; de este modo, los juveniles identifican el área de reintroducción como su área natal, a la que regresarán para criar cuando alcancen la madurez sexual), los pollos de águila pescadora serán atendidos y monitorizados por técnicos expertos que les suministrarán alimento y estudiarán su comportamiento y estado aparente de salud. A partir de las 8 semanas de vida, los pollos serán capaces de volar por sí mismos.

El proyecto de reintroducción
En 2003 se lograron reintroducir por primera vez cuatro pollos de águila pescadora en Andalucía. Habían nacido en Finlandia y se les había instalado, con seis semanas de edad, en un nido artificial construido a orillas del embalse del río Barbate (Cádiz). Tras esa primera experiencia, se incrementó a una media de veinte anuales el número de ejemplares trasladados.
En total, desde 2003 se han reintroducido 164 pollos de la especie. El objetivo es restablecer una población reproductora viable de águila pescadora en la España continental, donde no cría desde los años ochenta.
Hasta la fecha, el balance del proyecto es positivo. El primer hito alcanzado fue el establecimiento, en 2005 y 2006, de una pareja reproductora en el embalse del Guadalcacín, a unos veinte kilómetros del punto de liberación establecido en el sur de Cádiz. El segundo hito fue la constatación del retorno de aves reintroducidas a sus áreas de suelta, tras una permanencia de dos años en los cuarteles de invernada africanos.
En abril de 2009 eclosionó el primer huevo de una pareja de ejemplares procedentes del proyecto y reintroducidos en 2005. Nacieron tres pollos y volaron los tres en Marismas del Odiel. En 2012, seis parejas reproductoras se han instalado en distintos territorios de las provincias de Cádiz y Huelva y han sacado adelante un total de 10 pollos, confirmando así el éxito del proyecto.
El proyecto de reintroducción se dará por finalizado cuando se logre, a corto o medio plazo, el establecimiento de una población reproductora estable. Entonces se podrá afirmar que el águila pescadora ha vuelto a criar en la península Ibérica.

http://www.fundacionmigres.org/index.php?option=com_content&view=article&id=184&catid=1&Itemid=122
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