Reintrodução da Águia-pesqueira em Portugal

É caso para se dizer...OLÉÉÉÉÉ!

O texto já tem dois meses mas como tem a ver com o tópico aqui fica:
(notar a lista de links no final)

Alqueva: Águias-pesqueiras reintroduzidas em 2012 já iniciaram a dispersão
Luís Palma – CIBIO (28-09-2012)

As águias-pesqueiras libertadas na barragem de Alqueva afastaram-se progressivamente do local onde foram libertadas, iniciando os seus movimentos dispersivos.

Após a libertação, as águias-pesqueiras alimentaram-se dos peixes colocados em plataformas artificiais, até serem autónomas no que respeita a alimentação. Nos primeiros dias, foram observadas a alimentarem-se do peixe que lhes era fornecido, a beberem água, tomarem banho e a tentarem pescar.



Águias-pesqueiras a alimentarem-se em plataforma artificial.

Gradualmente, foram-se afastando iniciando a dispersão e posterior migração. A última águia a abandonar o local de libertação, fê-lo no dia 11 de setembro. Nenhuma águia apareceu nos dias subsequentes nem foi detetada através de rádio-telemetria.

Tal como as suas congéneres que terminaram o desenvolvimento junto dos progenitores nos países de origem, as aves libertadas em Alqueva irão para a África Ocidental, em busca de locais com presas abundantes e fáceis de capturar, onde permanecerão 2 a 3 anos antes do seu regresso à Europa. Algumas porém, poderão manter-se na Península Ibérica.

Na zona de libertação, continuam a ser criadas condições favoráveis para o regresso das primeiras aves. Com a ajuda de voluntários e técnicos da EDIA, foram colocados mais ninhos artificiais nas ilhas das proximidades do local da libertação, para que as águias que sobrevivam e regressem na primavera de 2013 ou 2014, se sintam atraídas com a disponibilidade de locais de nidificação.

Ninho artificial

Terminou o 2º ano do projeto de reintrodução da águia-pesqueira com a esperança de que a próxima primavera seja acompanhada de boas novidades, com o regresso de alguma das águias libertadas em 2011.

http://aguiapesqueira.wordpress.com/
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=578931&tm=8&layout=122&visual=61
http://sicnoticias.sapo.pt/vida/2012/07/26/onze-crias-de-aguia-pesqueira-chegaram-a-portugal-no-ambito-do-programa-de-reintroducao-da-especie

*Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Este ano ainda não vi qualquer notícia sobre as pesqueiras do Alqueva.

No ano passado chegou uma remessa de águias no dia 14 de Julho e a libertação das mesmas ocorreu a 9 de Agosto.

Alguém sabe o que está previsto para este ano?

http://aguiapesqueira.wordpress.com/

Epa, acho que vi uma reportagem na SIC?? do pessoal aqui ha uns meses a trazerem mais uma duzia delas

Jorge não estarás a pensar nesta reportagem?
http://sicnoticias.sapo.pt/vida/2012/07/26/onze-crias-de-aguia-pesqueira-chegaram-a-portugal-no-ambito-do-programa-de-reintroducao-da-especie

É a única que conheço, mas já é de Julho do ano passado

Epaaa, julgo que não. Ou é do alzheimer ou vi qualquer coisa ha pouco tempo. Ha aqui pessoal concerteza que ronda esse projecto que poderá confirmar, ou nao.

Olá
este ano o projeto das Pesqueiras já tem 11 exemplares a voar.
 

Gande Manel, vieste me salvar das garras do alemão uga

Sempre atento aos Irmãos

Interessante. Mas não houve quaisquer notícias sobre o assunto...

E sabes se algum dos exemplares do ano passado foi visto de volta?

Não tou a par de nada

Já há uns dias que não falo lá com o pessoal, como trabalho na envolvente do Alqueva tenho andado também de olhos no céu" até há uns dias atrás ainda não tinha sido visto nenhum exemplar de anos anteriores.

A expectativa era a de que os exemplares libertados em 2011 voltassem este ano, ou estou a fazer confusão?

Esse é o objetivo, até podem estar cá algumas aves e ainda não terem sido vistas.

Olá Manuel, tens alguma novidade sobre as águias libertadas este ano? Nos blogs não há qualquer novidade...

Passou mais um ano e não há quaisquer novidades / notícias sobre o projecto das pesqueiras, nomeadamente sobre as aves libertadas em 2011 e 2012...

Alguém sabe se o projecto se mantém?

Gonçalo Elias escreveu:Passou mais um ano e não há quaisquer novidades / notícias sobre o projecto das pesqueiras, nomeadamente sobre as aves libertadas em 2011 e 2012...

Alguém sabe se o projecto se mantém?

Eu acho que sim, mas não tenho a certeza. Estava planeado serem libertadas aves até quando?

Pelo que ouvi este ano ainda vão ser libertadas umas quantas. Há uns dias lembrei-me deste projeto e fui ao site do mesmo mas não encontrei qualquer informação/novidade.

As Águias pesqueiras deste ano já se encontram em Alqueva há cerca de 2 semanas

Nova página do Facebook com informações recentes sobre este projecto:
https://www.facebook.com/reintroducao.da.aguia.pesqueira.em.portugal/timeline

Águia-pesqueira regressa a Portugal depois de 13 anos de ausência

O Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto descobriu que a águia-pesqueira voltou a reproduzir-se em território nacional.

12:00 Sexta feira, 1 de maio de 2015

O investimento de Portugal, Espanha e Itália na recuperação da águia-pesqueira na região mediterrânica, que deixou de se reproduzir em território nacional em 1997 e desapareceu em 2002, acaba de dar os primeiros resultados: um casal reprodutor foi descoberto no Parque Natural da Costa Vicentina, no sul do país.

A descoberta deve-se a uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO)/InBIO Laboratório Associado, da Universidade do Porto, que conseguiram identificar com sucesso um macho e uma fêmea adultos de águia-pesqueira.

A espécie Pandion haliaetus deixou de se reproduzir em Portugal em 1997, com a morte acidental da fêmea reprodutora do último casal que se reproduzia na Costa Vicentina, depois do desaparecimento progressivo das populações da costa continental da Europa mediterrânica. Cinco anos mais tarde, em 2002, foi observado pela última vez o macho deste casal.

Apostar na recuperação da espécie
Os indícios do regresso da águia-pesqueira ao nosso país surgem como resultado de um investimento colaborativo na recuperação da espécie na região mediterrânica. Com efeito, depois da reintrodução de alguns animais na Andaluzia em 2003, e três anos depois em Itália, foi a vez de Portugal e o País Basco avançarem também nesse sentido, em 2011 e 2013, respetivamente.

Ao todo, foram libertados na Península Ibérica 125 juvenis na Andaluzia, a que se juntam os 40 já libertados em Portugal (na Barragem de Alqueva) e os 23 no País Basco. Esta reintrodução é uma tentativa de reconstituir a população ibérica da espécie.

Os animais que conseguirem sobreviver até à idade adulta constituirão um contingente de potenciais reprodutores, como comprovado pelos 13 casais instalados na Andaluzia no ano passado. O projeto português está a ser desenvolvido na Barragem de Alqueva por investigadores e técnicos do CIBIO-InBIO, com o apoio financeiro da EDP.

O regresso ao ninho
O primeiro registo fotográfico de uma das aves libertadas na Barragem de Alqueva foi feito em 2014. Ainda que esse animal não tenha sido novamente avistado, foram recentemente fotografadas duas aves - machos, aparentemente - libertadas no âmbito do projeto português de reintrodução, nas barragens de Alqueva e do Pedrógão.

Deste modo, apenas quatro anos depois do início do projeto, os animais libertados estão a regressar ao local onde se reproduziram pela última vez em Portugal. Sendo os machos os precursores dos territórios de reprodução, brevemente poderá acontecer a instalação dos primeiros casais reprodutores.

Segundo Luís Palma, investigador do CIBIO/InBIO, "estão agendadas para breve novas monitorizações nas duas barragens, com vista a conseguirmos identificar os indivíduos observados e verificarmos se existem tentativas de definição de territórios de reprodução".

O biólogo acrescenta que "tratando-se ou não de aves reintroduzidas em Portugal, a sua capacidade de reocupação do território perdido decorre certamente do fluxo de indivíduos entre as populações mediterrânicas, representado um contributo decisivo destes programas concertados de recuperação".

Mudar a gestão do litoral
Agora "torna-se absolutamente urgente desenvolver medidas de gestão do litoral que permitam conciliar a presença humana, nomeadamente no que se refere à exploração recreativa do local, com a recuperação e conservação da avifauna", afirma um comunicado conjunto do CIBIO/InBIO, Universidade do Porto e EDP.

"Este ordenamento do território, que não chegou entretanto a existir, é fundamental para permitir a reconstituição de uma população reprodutora de águia-pesqueira ao longo das várias áreas costeiras protegidas, e não deixar que este casal seja apenas mais um efémero episódio da história da espécie em Portugal", afirma Luís Palma.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/aguia-pesqueira-regressa-a-portugal-depois-de-13-anos-de-ausencia=f922609#ixzz3Ytph8OyD

Uma excelente notícia e só mostra que a natureza consegue ter sempre razão! Libertas "aqui" mas ela reproduz-se "ali" porque é onde ela se sente melhor e onde há melhores condições para a espécie. Acima de tudo que recomecem a reproduzir-se por cá

João Tomás escreveu:Uma excelente notícia e só mostra que a natureza consegue ter sempre razão! Libertas "aqui" mas ela reproduz-se "ali" porque é onde ela se sente melhor e onde há melhores condições para a espécie. Acima de tudo que recomecem a reproduzir-se por cá

Exacto João e não deixa de ser curioso assinalar que o primeiro local a ser reocupado é exactamente aquele que foi o último a ser abandonado.

João Tomás escreveu:Uma excelente notícia e só mostra que a natureza consegue ter sempre razão! Libertas "aqui" mas ela reproduz-se "ali" porque é onde ela se sente melhor e onde há melhores condições para a espécie.

Mas não há indicações nenhumas de que as aves que ocuparam o ninho sejam das que foram soltas no Alqueva, alias dado a ausência de informações de proveniência do casal para já só podemos especular, podem perfeitamente ser aves da população mediterrânica, das ilhas britânicas, da Europa central, etc... em suma podem ter origem em qualquer lado.

pedro121 escreveu:Mas não há indicações nenhumas de que as aves que ocuparam o ninho sejam das que foram soltas no Alqueva, alias dado a ausência de informações de proveniência do casal para já só podemos especular, podem perfeitamente ser aves da população mediterrânica, das ilhas britânicas, da Europa central, etc... em suma podem ter origem em qualquer lado.

Arrisco dizer que provavelmente não são aves do projecto Alqueva - se fosse o caso estariam anilhadas e não creio que fizesse sentido deixar essa informação de fora.