mundo precisa de um novo modelo económico
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mundo precisa de um novo modelo económico
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fonte :expresso.sapo.pt
28-05-2012
A economia verde é o melhor motor económico para alcançar as metas do desenvolvimento sustentável. Foi com esta ideia-chave que Pavan Sukhdev começou a conferência sobre o tema "Pode a empresa de hoje criar a economia de amanhã?', que se realizou na quarta-feira no Hotel Ritz, em Lisboa.
A conferência, onde participaram Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa (proprietário do Expresso) e Ricardo Salgado, presidente do BES, assim como 300 gestores, empresários, banqueiros, académicos e dirigentes de organizações ambientalistas, foi o principal evento do Mês do Desenvolvimento Sustentável.
É uma iniciativa do Expresso e do BES que decorre durante o mês de maio e que se destina a promover a sustentabilidade em Portugal.
Pavan Sukhdev define a economia verde como a economia do amanhã, que promove o aumento do bem-estar das populações e da justiça social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez de recursos.
Economia dos ecossistemas e da biodiversidade
O economista indiano, consultor do Programa de Ambiente da ONU, tornou-se conhecido a nível mundial por ter liderado o estudo TEEB (The Economics of Ecosystems & Biodiversity), que deu origem a vários relatórios com recomendações pioneiras muito concretas sobre a valorização económica dos ecossistemas e da biodiversidade, dirigidas às organizações internacionais, governos, autoridades regionais e locais, empresas, ONG e comunidade científica.
O estudo TEEB surgiu em 2007 depois de um encontro dos ministros do Ambiente dos países do G8+5 (cinco países emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul) em Potsdam, na Alemanha, que decidiram "iniciar o processo de análise dos benefícios económicos globais da diversidade biológica, dos custos da perda da biodiversidade e das falhas das medidas de proteção face aos custos da sua efetiva conservação".
Sukhdev considera que há sectores-chave para tornar verde a economia global, como a agricultura, águas, floresta, pescas, energia, transportes, resíduos, construção ou turismo.
Para isso é necessária um nova estratégia que promova o investimento público e privado nestas áreas e que mude a regulamentação, a fiscalidade e a política de subsídios.
Estudos da ONU mostram que o impacto da economia verde nos negócios e no ambiente é muito significativo, por oposição ao "business as usual" (ver gráfico).
Empresas no centro da economia verde
Mas o centro desta mudança são as empresas, responsáveis por 60% do PIB mundial e 70% do emprego. "Como as empresas provocaram a maior parte do problema, são elas que podem catalisar a maior parte da solução", salienta o economista.
Para a empresa de hoje criar um novo modelo económico amanhã tem de mudar a maneira de fazer negócios e integrar nas contas as externalidades, isto é, os efeitos da sua atividade nos ecossistemas e na biodiversidade.
No debate que se seguiu à intervenção de Sukhdev, Carlos Pimenta, diretor do CEEETA (Centro de Estudos em Economia da Energia, Transportes e Ambiente), falou das dificuldades em mobilizar capitais em tempo de crise para investir na economia verde.
Sukhdev disse que existem capitais disponíveis, só que estão a ser usados nos sectores ou atividades errados, como os combustíveis fósseis. "Há subsídios e impostos que não são corretamente aplicados e que devem ser reafetados à economia verde".
O economista confirmou que está em preparação um novo estudo TEEB sobre recursos marinhos, uma área de interesse estratégico para Portugal.
E o secretário de Estado do Ambiente, Pedro Afonso de Paulo, disse que o nosso país "está em boa situação para apostar na economia verde", deixando um alerta: "Os empresários que veem o ambiente como um custo, em vez de um investimento, não terão sucesso nos negócios".
http://expresso.sapo.pt/o-mundo-precisa-de-um-novo-modelo-economico=f727741
fonte :expresso.sapo.pt
28-05-2012
A economia verde é o melhor motor económico para alcançar as metas do desenvolvimento sustentável. Foi com esta ideia-chave que Pavan Sukhdev começou a conferência sobre o tema "Pode a empresa de hoje criar a economia de amanhã?', que se realizou na quarta-feira no Hotel Ritz, em Lisboa.
A conferência, onde participaram Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa (proprietário do Expresso) e Ricardo Salgado, presidente do BES, assim como 300 gestores, empresários, banqueiros, académicos e dirigentes de organizações ambientalistas, foi o principal evento do Mês do Desenvolvimento Sustentável.
É uma iniciativa do Expresso e do BES que decorre durante o mês de maio e que se destina a promover a sustentabilidade em Portugal.
Pavan Sukhdev define a economia verde como a economia do amanhã, que promove o aumento do bem-estar das populações e da justiça social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez de recursos.
Economia dos ecossistemas e da biodiversidade
O economista indiano, consultor do Programa de Ambiente da ONU, tornou-se conhecido a nível mundial por ter liderado o estudo TEEB (The Economics of Ecosystems & Biodiversity), que deu origem a vários relatórios com recomendações pioneiras muito concretas sobre a valorização económica dos ecossistemas e da biodiversidade, dirigidas às organizações internacionais, governos, autoridades regionais e locais, empresas, ONG e comunidade científica.
O estudo TEEB surgiu em 2007 depois de um encontro dos ministros do Ambiente dos países do G8+5 (cinco países emergentes: Brasil, China, Índia, México e África do Sul) em Potsdam, na Alemanha, que decidiram "iniciar o processo de análise dos benefícios económicos globais da diversidade biológica, dos custos da perda da biodiversidade e das falhas das medidas de proteção face aos custos da sua efetiva conservação".
Sukhdev considera que há sectores-chave para tornar verde a economia global, como a agricultura, águas, floresta, pescas, energia, transportes, resíduos, construção ou turismo.
Para isso é necessária um nova estratégia que promova o investimento público e privado nestas áreas e que mude a regulamentação, a fiscalidade e a política de subsídios.
Estudos da ONU mostram que o impacto da economia verde nos negócios e no ambiente é muito significativo, por oposição ao "business as usual" (ver gráfico).
Empresas no centro da economia verde
Mas o centro desta mudança são as empresas, responsáveis por 60% do PIB mundial e 70% do emprego. "Como as empresas provocaram a maior parte do problema, são elas que podem catalisar a maior parte da solução", salienta o economista.
Para a empresa de hoje criar um novo modelo económico amanhã tem de mudar a maneira de fazer negócios e integrar nas contas as externalidades, isto é, os efeitos da sua atividade nos ecossistemas e na biodiversidade.
No debate que se seguiu à intervenção de Sukhdev, Carlos Pimenta, diretor do CEEETA (Centro de Estudos em Economia da Energia, Transportes e Ambiente), falou das dificuldades em mobilizar capitais em tempo de crise para investir na economia verde.
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