História de uma Andorinha
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Simon Wates
ACPereira
6 participantes
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História de uma Andorinha
Reenvio e-mail que recebi. O texto está um pouco exagerado, de qualquer forma achei interessante partilhar.
ACP
Aconteceu numa praça, no Japão.
Não se sabe como o pássaro morreu.
Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida.
Seria um fato corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.
Segundo o relato do fotógrafo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo que se colocava bem próximo.
Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado.
Só então a ave solidária levantou vôo e, atrás dela, todo o bando.
As fotos traduzem a sequência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.
Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito.
Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.
Serão os animais realmente os irracionais?
ACP
Aconteceu numa praça, no Japão.
Não se sabe como o pássaro morreu.
Ele estava ali no asfalto, inerte, sem vida.
Seria um fato corriqueiro, mas o fotógrafo fez a grande diferença.
Segundo o relato do fotógrafo, uma outra ave permanecia próxima àquele corpo sem vida e ficara ali durante horas. Chamando pelo companheiro, ela pulava de galho em galho, sem temer os que se aproximavam, inclusive sem temer ao fotógrafo que se colocava bem próximo.
Ela cantou num tom triste. Ela voou até o corpinho inerte, posou como querendo levantá-lo e alçou vôo até um jardim próximo. O fotógrafo entendeu o que ela pedia e, assim, foi até o meio da rua, retirou a ave morta e a colocou no canteiro indicado.
Só então a ave solidária levantou vôo e, atrás dela, todo o bando.
As fotos traduzem a sequência dos fatos e a beleza de sentimentos no reino animal.
Segundo o relato de testemunhas, dezenas de aves, antes de partirem, sobrevoaram o corpinho do companheiro morto. As fotos mostram quanta verdade existiu naquele momento de dor e respeito.
Aquela ave que fez toda a cerimônia de despedida, quando o bando já ia alto, inesperadamente voltou ao corpo inerte no chão e, num grito de não aceitação da morte, tenta novamente chamar o companheiro à vida. Desesperada, mas com amor e carinho, ela se despede do companheiro, revelando o seu sentimento de dor.
Serão os animais realmente os irracionais?
ACPereira- Número de Mensagens : 12
Idade : 46
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: História de uma Andorinha
Obrigado! Adorei este relato!
Pois, será que as pessoas são punidos por não respeitar os sentimentos do reino natural? Este é um pensamento meu que ocupa com alguma frequência.
Simon
Pois, será que as pessoas são punidos por não respeitar os sentimentos do reino natural? Este é um pensamento meu que ocupa com alguma frequência.
Simon
Simon Wates- Número de Mensagens : 747
Idade : 62
Local : Lagos
Data de inscrição : 20/06/2007
Re: História de uma Andorinha
É realmente uma situação muito curiosa.
Tenho ideia de ter visto ou ouvido algo do género mas com mamiferos.
Dá que pensar se o limite do irracional para o racional é tão definido como nós o pensamos.
As questões éticas (como refere o Simon) levariam a uma longa e interessante discução. Também já pensei algumas vezes no assunto e confesso que já tive opiniões/conclusões varias o que me deixa algo inquieto.
A ética como se relaciona com julgamentos de valor é algo oscilante no tempo, nas sociedades, com o conhecimento, chegando à diferenciação individual.
O relato é mesmo muito fixe.
A. Tomás
Tenho ideia de ter visto ou ouvido algo do género mas com mamiferos.
Dá que pensar se o limite do irracional para o racional é tão definido como nós o pensamos.
As questões éticas (como refere o Simon) levariam a uma longa e interessante discução. Também já pensei algumas vezes no assunto e confesso que já tive opiniões/conclusões varias o que me deixa algo inquieto.
A ética como se relaciona com julgamentos de valor é algo oscilante no tempo, nas sociedades, com o conhecimento, chegando à diferenciação individual.
O relato é mesmo muito fixe.
A. Tomás
Agostinho Tomás- Número de Mensagens : 173
Idade : 46
Local : Ponte de Sôr
Data de inscrição : 18/06/2007
Re: História de uma Andorinha
A cena parece efectivamente comovente.
Curiosamente assisti a uma cena "semelhante" na Ponta da Erva, mas com a espécie das barreiras (Riparia riparia):
Estavam grandes bandos pousados na estrada levantando voo muito tarde à aproximação dos carros e uma acabou por ser atropelada. Quando o bando voltou uma das andorinhas que voltou a pousar, pousou em cima da andorinha já morta, dando-lhe bicadas, simulando cópulas, numa demonstração que me pareceu nitidamente de domínio e nada carinhosa. Ambos os indivíduos eram juvenis desse ano.
Enfim talvez tivessem tido uma relação mais conflituosa enquanto vivos . Brincadeira à parte e conquentemente a este e outros episódios não gosto de projectar sentimentos humanos nos animais nem para o "bem" nem para o "mal".
Abraço
António
Curiosamente assisti a uma cena "semelhante" na Ponta da Erva, mas com a espécie das barreiras (Riparia riparia):
Estavam grandes bandos pousados na estrada levantando voo muito tarde à aproximação dos carros e uma acabou por ser atropelada. Quando o bando voltou uma das andorinhas que voltou a pousar, pousou em cima da andorinha já morta, dando-lhe bicadas, simulando cópulas, numa demonstração que me pareceu nitidamente de domínio e nada carinhosa. Ambos os indivíduos eram juvenis desse ano.
Enfim talvez tivessem tido uma relação mais conflituosa enquanto vivos . Brincadeira à parte e conquentemente a este e outros episódios não gosto de projectar sentimentos humanos nos animais nem para o "bem" nem para o "mal".
Abraço
António
Re: História de uma Andorinha
António A Gonçalves escreveu:Brincadeira à parte e consequentemente a este e outros episódios não gosto de projectar sentimentos humanos nos animais nem para o "bem" nem para o "mal".
Concordo totalmente contigo António, mas no-entanto acho uma boa dose de sentimentos humanos não esta fora do sítio neste fórum. Se-calhar já estou a entrar a 3ª idade e a romanticismo das coisas me atrai mais que antes.
Esta situação faz-me lembrar de um acontecimento que testemunhei em São Marcos de Atobeira, Castro Verde num dia escaldante no Julho de 2007:
Estive sentado fora do central cultural de dita vila com dois amigos quando parei que umas 20 Delichon urbicas estavam posadas na passadeira em frente em pleno sol a meia tarde. Quando levantavam os nossos binóculos ficamos bastante triste vendo que umas 5 ou 6 delas estavam deitados quase nas suas costas com seus bicos abertos. Que cena mais triste, Andorinhas mortas – se-calhar por causa de calor intenso? Depois uns largos minutos, tomando um café bastante melancólico, as aves mortas levantavam de repente em voo! Depois pensei que se-calhar ficavam um pouco “ga-ga” com o grande calor ou ainda possivelmente estavam a tentar espantar parasitas?
De tudo modo, nunca vi algo semelhante antes!
Um abraço
Simon
Simon Wates- Número de Mensagens : 747
Idade : 62
Local : Lagos
Data de inscrição : 20/06/2007
Re: História de uma Andorinha
António A Gonçalves escreveu:Brincadeira à parte e conquentemente a este e outros episódios não gosto de projectar sentimentos humanos nos animais nem para o "bem" nem para o "mal".
Por acaso acho que é pelo facto de dizermos que existem sentimentos "humanos" que achamos que os outros animais não os podem ter.
A minha opinião é que existem sentimentos que os animais têm e que são comuns a muitas espécies. Obviamente que os sentimentos serão mais próximos se se tratarem de duas espécies de mamíferos, por exemplo, mas também entre mamíferos e aves haverá certamente sentimentos iguais. Até existirão sentimentos que as aves têm e os mamíferos não, como por exemplo, o sentimento de que estão a voar na direcção certa durante a migração...
Abraço,
ACP
ACPereira- Número de Mensagens : 12
Idade : 46
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: História de uma Andorinha
António A Gonçalves escreveu:, pousou em cima da andorinha já morta, dando-lhe bicadas, simulando cópulas, numa demonstração que me pareceu nitidamente de domínio e nada carinhosa. Ambos os indivíduos eram juvenis desse ano.
Boas
Está sequência de fotos já circula á algum tempo na net, pessoalmente acho que a interpretação comum para a sequência é demasiado "humana" já que nas fotos o que eu vejo é tentativas (?) de copula, mas enfim pode ser do meu espírito cínico...
pedro121- Número de Mensagens : 16011
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: História de uma Andorinha
Tambem e' o que vejo.
Nao me arrisco a comentarios sobre alma de animais, ou sentimentos dos mesmos, nao faço depender disso o respeito que lhes tenho.
Alias, a primeira coisa que me veio 'a cabeça foi o infame trabalho de Moeliker sobre necrofilia em patos-reais ( http://www.nmr.nl/nmr/binary/retrieveFile?instanceid=16&itemid=2574 ).
Nao deixa de ser um registo muito interessante.
Nao me arrisco a comentarios sobre alma de animais, ou sentimentos dos mesmos, nao faço depender disso o respeito que lhes tenho.
Alias, a primeira coisa que me veio 'a cabeça foi o infame trabalho de Moeliker sobre necrofilia em patos-reais ( http://www.nmr.nl/nmr/binary/retrieveFile?instanceid=16&itemid=2574 ).
Nao deixa de ser um registo muito interessante.
Pedro Fernandes- Número de Mensagens : 703
Local : Rabat
Data de inscrição : 01/07/2007
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