Maritimas

Araújo da Silva escreveu:"Passaram" para norte certo, Pedro?

(pode ser que o mau tempo encoste apenas uma dessas aves à foz do Cávado )

Não, todas as aves estavam a passar para sul, levadas pelo vento.

E assim de um dia para o outro os papagaios do mar aparecem em força. Parabéns Pedro!

Teodoro

Isidoro Soares Teodoro escreveu:E assim de um dia para o outro os papagaios do mar aparecem em força. Parabéns Pedro!

Teodoro

Sim, mas foi sol de pouca dura, a ver se temos mais sorte nos próximos tempo, eu vi-os da cruz, ainda fui ve se estavam a entrar na baia, sempre era mais perto e teriam que reduzir a velocidade, mas nada, ainda não foi desta que lhes vi o bico... temos que ir para o mar em Março...

Sol de pouca dura mesmo, estive lá uma meia hora depois do Pedro e já não passou nenhum.

Passaram 171 Alca e 1 airo...

cardosohelder escreveu:Sol de pouca dura mesmo, estive lá uma meia hora depois do Pedro e já não passou nenhum.

Passaram 171 Alca e 1 airo...

Melhores dias virão Helder, mas para já parece que ou aparece alguma coisa amanha ou então para os proximos tempos o tempo foi-se, por outro lado os barcos de pesca devem sair, hyper adulta?

Não sei como conseguem...
Estive lá 3 dias e a única coisa que vi (sempre que ia à costa) foi a mobelha grande e 3 Pardela das Baleares. O resto passava muito longe e não distinguia. O vento não me ajudava a segurar era muito forte

Paulfer escreveu:Não sei como conseguem...
Estive lá 3 dias e a única coisa que vi (sempre que ia à costa) foi a mobelha grande e 3 Pardela das Baleares. O resto passava muito longe e não distinguia. O vento não me ajudava a segurar era muito forte

Estiveste 3 dias onde?

Quando disse estive lá, queria dizer em Peniche. Ou andava pelo farol ou na Papoa

Paulfer escreveu:Quando disse estive lá, queria dizer em Peniche. Ou andava pelo farol ou na Papoa

Devias ter dito qualquer coisa, sempre tinhas tido mais apoio no terreno.

Mas não foi nestes dias pois não? De qualquer modo não tendo experiência com maritimas é preferível fazer observação com companhia, muitas vezes estamos a falar de pontos, que vão muito depressa e com ondas a encobri-los, vento a fazer tremer o telescopico etc... Faz toda a diferença ter alguém ao lado que diga, olha para ali, estas a ver aquilo? é uma rissa, por isto...

Acredita, quando comecei, o tempo que demorei a perceber o que era uma mauritanicus... e os meses de observação até ter a certeza do meu primeiro moleiro-grande...

Por isso, se vierem a Peniche e quiserem ver marítimas/gaivotas, não custa nada dar-me um toque ou ao Helder, no que podermos ajudar...

Por acaso foi este fim de semana.
E bem que precisava de ajuda pois em marítimas sou um zero e estava sozinho a observar, a minha companhia ficava no carro.

Obrigado Pedro

Então foi mesmo pena, no sábado o tempo estava incapaz, mas no domingo devia ter dado qualquer coisinha, pelo menos rissas, moleiros-grandes e alcas tordas, mas o dia forte foi na segunda, de manha estava bastante vento e não choveu quase nada, não estava perfeito mas já foi muito bom.

Um problema com marítimas, para quem vem de fora é que se não estiver a dar não há nada a fazer, se não passam não se pode ir para outro lado ver se se ai há aves, como se pode fazer com terrestres, com maritimas se não passam perdemos o dia.

A diferença é que para mim e para o Helder, mas mais ainda para mim, é que estamos muito perto do local de observação, não custa nada ir ver se no dia X a coisa está boa ou não, se estiver, óptimo! se não...fica para outro dia, e para cada dia em que vamos tentar e as aves aparecem, há n dias em que lá chegamos e não se passa nada. mas para nós isso não é grave, agora para quem vem de fora...

Paulfer escreveu: foi a mobelha grande e 3 Pardela das Baleares.

Tu viste a mobelha grande dentro do porto? ou junto ao bar O Quebrado, já não é vista uma mobelha-grande em Peniche á algum tempo, o ultimo avistamento foi em inicio de Janeiro, por isso pode ser um individuo novo, eu hoje vi uma Gavia sp, mas muito longe não consegui eliminar artica.

Paulfer escreveu:Não sei como conseguem...

Voltando á questão inicial, por pura coincidência na segunda feira depois das marítimas eu e o Hélder estivemos precisamente a falar nisso, nomeadamente como outro observador que é uma referencia absoluta na observação de marítimas em Portugal conseguia identificar algumas espécies a partir de terra que eu não conseguiria, e acredita que tenho 100% certeza de que ele consegue e isto apesar de nunca ter observado aves com ele ou sequer o conhecer pessoalmente.

A razão porque acredito, é porque não conseguindo eu fazer o que ele faz, eu consigo identificar algumas espécies em circunstancias que para outras observadores seriam pontos, ou que seriam pontos para mim á alguns anos, ou seja eu neste momento estou melhor como observador de marítimas, e estou melhor porque tenho mais experiência, ainda não consigo identificar muita coisa, e garantidamente ainda tenho muito que aprender.

Não sei o nome daquilo mas é junto àquela ''habitação'' de um hippie. Aliàs, tive de ''entrar na casa'' dele para tirar fotos à mobelha. Acho que deves saber do que falo.

Uma boa passagem hoje, especialmente Alca tordas, com mais de 1200 a passarem em hora e meia, mais alguns papagaios e uma Mobelha sp.

Pois...

As Alca torda vimos também no Cabo Raso, às centenas a passar para sul, mas Papagaios do mar ainda não foi desta. Provavelmente passaram despercebidos no meio do fluxo quase continuo de Alcas, mas estavam a passar bastante afastadas.
Antes das 8h ainda vi uma Rissa e nessa altura passaram também bastantes Larus michahellis e fuscus para norte junto ao farol e entre elas 2 com muita pinta para atlantis: uma sub adulta e outra de 3º CY
Seguem algumas fotos:









3CY:







Cumprimentos
António Gonçalves

Muita pinta mesmo, especialmente o sub-adulto. Quanto aos papagaios o problema é a distancia, no carvoeiro a passagem estava a ser feita muito perto a única ave que passou longe foi a Gavia..............

Pedro121 escreveu:Quanto aos papagaios o problema é a distancia, no carvoeiro a passagem estava a ser feita muito perto

E já viste o bico?

António A. Gonçalves escreveu:e entre elas 2 com muita pinta para atlantis: uma sub adulta e outra de 3º CY

Oi António, as tuas Larus michahellis fazem de facto lembrar atlantis, se nos focarmos apenas em uma ou duas caracteristicas, pricipalmente o riscado da cabeça. A ave subadulta ainda assim podendo estar dentro da variação possivel de atlantis não mostra nos loros o riscado intenso caracterisitico destas, nem a extensão do preto nas primarias a chegar à P4, como seria de esperar, no entanto esta divisão do riscado na zona gular é realmente notória. É de notar que geneticamente as aves da costa portuguesa(Berlengas) e da costa galega não se diferenciam significativamente ao nivel genético e fenótipos semelhantes poderão ocorrer em ambas as populações, fruto de uma suposta troca genética de ambas que poderá até ser regular.

A 2ª ave de 3cy parece partilhar o mesmo riscado intenso, mas aqui é preciso referir que em qualquer grande gaivota o seu 3cy é sempre o que apresente o maior riscado cefálico. No entanto repara que as primárias interiores até à P3 formam um painel alar evidente, que não é comum a atlantis, estas deverão apresentar as primárias interiores escuras, embora esta variação possa ser mais abrangente neste grupo de penas de voo se contarmos com aves das Canárias e Madeira, mas são tambem mais precoces a mudar e hormonalmente o que não é o caso desta ave.
Repara tambem nas grandes coberturas muito riscadas ao invés de escuras e uniformes como na maiorias de atlantis.....eu diria que esta ave é do continente, talvez da mesma fornada desta de Peniche http://seabirdinginpeniche.weebly.com/1/post/2013/02/possvel-larus-michahellis-atlantis.html

cumps,
Rui

RuiCaratao escreveu:

Pedro121 escreveu:Quanto aos papagaios o problema é a distancia, no carvoeiro a passagem estava a ser feita muito perto

E já viste o bico?

Nem por isso, se estivesse com o equipamento do Hélder talvez tivesse visto, diga-se que dos 4 eu só vi 1, o Hélder é que os topou a todos, eu estava a ter problemas com a magnificação e não estava claramente nos meus dias, o meu colega para alem de dar com os papagaios deu também com o airo e com a gavia sp., eu dei mais apoio moral...

Curiosamente hoje as aves estão a retornar para cima, parei só para ver o que se passava no mar e estão a passar muitas tordas para norte.

Olá Rui e Pedro,

Obrigado Rui e Pedro pelos comentários.
Pela variação possível e falando apenas das atlantis dos Açores, penso que certezas só com aves observadas lá.

Rui,
De qualquer forma o que me levou a fotografar a ave subadulta foi obviamente a cabeça muito marcada e com o capuz tão bem delineado.
Para além disso não observei no local e nem posteriormente nas fotos qualquer espelho na P9. A luz estava fraca, mas o tom cinza pareceu-me na altura mais escuro comparativamente às restantes michahellis que passavam na altura.
Por outro lado da experiência que tive com a subespécie nos Açores (mas no mês de Setembro) reparei em muitas com os loros muito pouco ou nada marcados.
Infelizmente não fiz tantas fotos a Gaivotas como agora desejaria e apenas fotografei aquelas tinham a plumagem mais ou menos característica para a subespécie ou as que estavam mais pertinho (e nenhuma adulta ou subadulta em voo).
Pena também ainda não haver registos de exemplos da subespécie desta época do ano e ou mais registos em voo em http://gull-research.org/atlantis/4cyfebr.html

Quanto à de 3 cy concordo plenamente com todos os argumentos contra.

Cumprimentos
António

Antonio A. Gonçalves escreveu:Por outro lado da experiência que tive com a subespécie nos Açores (mas no mês de Setembro) reparei em muitas com os loros muito pouco ou nada marcados.

Tens toda a razão António, há aves em que o raiado cefálico é realmente muito semelhante ao das aves do continente, muito mais esbatido, no entanto está presente na maioria das aves ainda que tenue, mas na região dos loros na mesma intensidade que no resto da cabeça. Há excepções claro, e esta ave é um exemplo http://gull-research.org/atlantis/atlantis5cy/5cyoct015.html , repara agora nesta ave de riscado cefálico ténue mas homogeneamente marcada nos loros e restante cabeça http://gull-research.org/atlantis/atlantis5cy/5cysept06b.html
Mas quantas das aves do continente chegam por ano aos Açores, a troca genética é concerteza uma realidade, e aves da nossa costa "lusitanius" que não anilhadas passam facilmente despercebidas no meio das atlantis, observam-se anualmente michahellis subadultas nos Açores de fenótipo "michahellis" por exemplo. Volto a frisar que geneticamente as 2 populações são indistintas e curiosamente as aves das Canárias e Madeira são as que apresentam a menor introgressão de genes de michahellis do mediterrânio, e que a expansão se deu do Atlântico para Este e não o contrário.

Infelizmente não fiz tantas fotos a Gaivotas como agora desejaria e apenas fotografei aquelas tinham a plumagem mais ou menos característica para a subespécie ou as que estavam mais pertinho (e nenhuma adulta ou subadulta em voo).
Pena também ainda não haver registos de exemplos da subespécie desta época do ano e ou mais registos em voo em http://gull-research.org/atlantis/4cyfebr.html

... exacto toda a variação seria importante, nem que um dia conseguissemos chegar à conclusão que apenas aves num determinado periodo do ano e numa determinada idade fossem seguramente identificáveis à semelhança do que acontece com Larus fuscus fuscus, neste momento acho que apenas aqueles individuos muito tipicos podem ser com alguma segurança identificados como atlantis
Infelizmente o interesse por esta subespecie parece ser quase na sua totalidade manifestado pelos observadores estrangeiros que visitam a região durante a época de migração e a progressão das galerias com novas fotos practicamente estagnou.

cumps,
Rui

Hoje de manhã...





Na simpática companhia do Inocêncio Oliveira, que teve a amabilidade de me guiar em alguns dos seus locais (Angeiras, Vila Chã, Azurara...), e foi com muito agrado que encontramos esta magnífica ave estreia para mim!

Boa Helder.

Helder Vieira escreveu:
Na simpática companhia do Inocêncio Oliveira, que teve a amabilidade de me guiar em alguns dos seus locais (Angeiras, Vila Chã, Azurara...), e foi com muito agrado que encontramos esta magnífica ave estreia para mim!

Muito bem, e a glaucoides? Não apareceu?

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:
Na simpática companhia do Inocêncio Oliveira, que teve a amabilidade de me guiar em alguns dos seus locais (Angeiras, Vila Chã, Azurara...), e foi com muito agrado que encontramos esta magnífica ave estreia para mim!

Muito bem, e a glaucoides? Não apareceu?

Nope.