Censo Ibérico de Águias-pesqueiras Invernantes '19

CENSO IBÉRICO DE ÁGUIA-PESQUEIRA - 12 DE JANEIRO DE 2019

O censo ibérico de águias-pesqueiras invernantes será realizado no dia 12 de Janeiro de 2019, sábado. Este censo será realizado simultaneamente em Portugal e em Espanha, sendo uma iniciativa conjunta do portal avesdeportugal.info e da Fundación Migres. No caso português, este será o quarto censo nacional desta espécie. O terceiro censo, realizado em Janeiro de 2017, chegou a um total de 155-184 águias-pesqueiras em Portugal.

O evento está aberto a todos os interessados, basta que saibam identificar uma águia-pesqueira. Os locais que interessa visitar são as zonas húmidas costeiras (estuários, rias e lagoas) e também as grandes albufeiras do interior. Nas zonas húmidas de maior dimensão a organização ficará a cargo dos "coordenadores de zona".

Para já gostaríamos de saber se há pessoas com interesse em participar nesta iniciativa (e com disponibilidade para visitar pelo menos uma zona húmida no dia 12 de Janeiro). Pedimos assim aos interessados que respondam a este post, indicando qual o local ou locais que estão disponíveis para visitar no dia indicado.

CENSO IBÉRICO DE ÁGUIA-PESQUEIRA - 12 DE JANEIRO DE 2019

Que locais visitar?

- locais de prioridade 1 (a vermelho no mapa) – são os sítios onde deverá haver três ou mais águias-pesqueiras, por isso é importante assegurar uma boa cobertura;
- locais de prioridade 2 (a amarelo no mapa) – são os sítios onde em anos anteriores já foi registada a presença de pelo menos uma pesqueira nos meses de Dezembro ou Janeiro.

Cada um dos locais de prioridade 1 irá contar com um coordenador de zona que ficará responsável pela organização dos grupos de contagem. Em seguida fica cada um dos coordenadores para cada uma das áreas de prioridade 1:

Ria de Aveiro – Associação BioLiving
Vale do Tejo (entre Constância e Vila Franca de Xira) – José Freitas
Estuário do Tejo - lezírias – Pedro Inácio
Estuário do Tejo – restante área – Daniel Raposo
Estuário do Sado – Mário Estevens
Albuferia do Alqueva – Jorge Safara
Ria Formosa – Sérgio Correia

Notícia da Wilder sobre o censo

https://www.wilder.pt/seja-um-naturalista/ajude-a-conhecer-melhor-a-aguia-pesqueira-em-portugal/?fbclid=IwAR1vDRXE8ROeWjWvelCxSUKohTj26HX4543BvensfexGw0Aa6OTzB_wabas

Eu gostaria de participar no Mondego embora ainda não tenha a certeza se tenho disponibilidade nesse dia.

Eu vou participar do lado Espanhol.
Mandei email ao coordenador da minha zona, mas não me respondeu. Vou tentar falar com ele outra vez mais perto da data, se não vou dar uma volta na mesma e depois logo se vê a quem passo os resultados.

@luis correia, se não tiveres resposta podes sempre contactar a Fundación migres, pode ser que eles tenham algum contacto alternativo

Caros,
conseguirei participar no dia 12 à volta de Lisboa.
Estava a pensar no Paul da Barroca e de Rilvas, mas terei alguma disponibilidade para trocar estas localizações por outra caso haja necessidade.
Provavelmente só conseguirei fazer a observação ao final da manhã-princípio da tarde.
Com quem devo confirmar?

Podes contactar o Daniel Raposo que é o coordenador dessa área (sugiro envio de mp através do Forum).

Gonçalo Elias escreveu:Podes contactar o Daniel Raposo que é o coordenador dessa área (sugiro envio de mp através do Forum).

Ok Gonçalo vou fazer isso

Já há alguém a coordenar o Mondego?

Agostinho_MRCM escreveu:Já há alguém a coordenar o Mondego?

Sim Agostinho, Porquê?

João Tomás escreveu:

Agostinho_MRCM escreveu:Já há alguém a coordenar o Mondego?

Sim Agostinho, Porquê?

Porque se eu amanhã tiver tempo poderia dar lá um salto.

Agostinho_MRCM escreveu:

João Tomás escreveu:

Agostinho_MRCM escreveu:Já há alguém a coordenar o Mondego?

Sim Agostinho, Porquê?

Porque se eu amanhã tiver tempo poderia dar lá um salto.

mas convirá coordenares-te com o resto da equipa da área

Caros,
só consegui juntar-me ao Censo da parte da tarde e com resultado Zero !
Os locais visitados foram:
Albufeira do Vale do Gaio
Albufeira de Vale Lameira
Albufeira de Alcáçovas
Açude Norte da Herdade das Banhas
Albufeira do Pego de Altar - já cheguei muito ao fim do dia com boa visibilidade mas sem atividade nenhuma na albufeira

Não consegui chegar aos Açudes de Vale da Arca.
Valeu pelo passeio

Obrigado Rui, foi actualizado o ficheiro, que está disponível para consulta através deste link:

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1G0SV-FgP5AbZRIk0VGShllKC2Wp4vM273oXMyBIo6XQ/edit#gid=0

Uma questão, as albufeiras de vale lameira, alcáçovas e herd. banhas ficam em que concelho, sabes?

85-89, sem as principais áreas de nidificação preenchidas, será que batemos o recorde?

No Estuário do Douro, estive com o Miguel Martins, e não vimos nenhuma durante a manhã (8h30 - 11h30). Quando saimos a maré estava demasiado baixa para aparecerem.

Lars Gonçalves escreveu:85-89, sem as principais áreas de nidificação preenchidas, será que batemos o recorde?

Áreas de nidificação?

Áreas de invernação. 😅😅

Gonçalo as albufeiras que perguntaste pertencem ao concelho de Viana do Alentejo

Rui Figueiredo escreveu:Gonçalo as albufeiras que perguntaste pertencem ao concelho de Viana do Alentejo

ok obrigado

O mapa da águia-pesqueira no vale do Tejo parece uma autoestrada de pesqueiras

se seleccionares apenas o ano de 2019 ainda ficará mais evidente a distribuição

Et voilá

Mapa apenas com a informação de Janeiro de 2019

Censo Ibérico de Águias-pesqueiras Invernantes'19 - resultados e agradecimentos

Terminado o 4º Censo nacional de águia-pesqueira, vimos informar que já se encontram disponíveis para consulta os resultados finais. Foram observadas um total de 175-196 águias-pesqueiras que escolheram o território português para invernar.

Assim como na última edição, que decorreu em Janeiro de 2017, podemos verificar que quase 90% população invernante se concentra maioritariamente em cinco grandes zonas húmidas: ria de Aveiro; vale do rio Tejo, estuário do rio Tejo, estuário do rio Sado e ria Formosa. Este censo veio também confirmar a importância de outros locais para a invernada da espécie, embora com números inferiores de indivíduos, como os estuários de menores dimensões (Minho, Cávado, Mondego e Mira) e também as albufeiras de grandes dimensões do Alentejo, como a do Alqueva e a do Caia. Por fim, existe ainda um pequeno número de indivíduos que se distribui por pequenas zonas húmidas costeiras.

Os resultados detalhados podem ser consultados aqui:
https://docs.google.com/spreadsheets/d/1G0SV-FgP5AbZRIk0VGShllKC2Wp4vM273oXMyBIo6XQ/htmlview?fbclid=IwAR3QgKd1RyTQkEfSBy1TuL22BAYHZejkLjCKTFaglRn-QIM1xbzg7jnc1P8
No primeiro separador do documento apresenta-se, para cada um dos locais visitados, o número total de águias-pesqueiras e o nome dos participantes. Já no segundo separador encontra-se o comparativo dos totais de aves por distrito para as quatros edições do censo (anos de 2015, 2016, 2017 e 2019).

Foi ainda preparado um mapa nacional com os locais visitados e respectivos totais de indivíduos contados. As diferentes cores significam:
- branco: 0 indivíduos contados;
- verde: 1 indivíduo contado;
- amarelo: 2 a 5 indivíduos contados;
- vermelho: 6 ou mais indivíduos contados.
Mapa: https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=1XYzsKpOf9GFrP1z2PB_usPghUIcTQ7ft&ll=41.330174214093674%2C-7.045430481803237&z=13

Os resultados nacionais deste quarto censo são, quando comparados com os da terceira edição, ligeiramente superiores. Este aumento poderá ser explicado por um maior número de participantes, que este ano andou próximo das 210 pessoas, e uma maior experiência na coordenação e organização do censo nas principais áreas de invernada da espécie. O resultado obtido vem reforçar os números obtidos na edição de 2017, o que poderá revelar de forma muito aproximada a população real que inverna em Portugal.
Tomando em atenção as áreas mais importantes para a espécie, notou-se um aumento do número de aves observadas no vale e no estuário do rio Tejo e também na ria Formosa. Este aumento dever-se-á muito provavelmente a um maior conhecimento das áreas o que permitiu uma melhor organização das equipas. Pelo contrário, no estuário do rio Sado notou-se uma diminuição do total de indivíduos contados, que poderá não reflectir uma quebra populacional, mas antes a dificuldade que se registou este ano em angariar observadores experimentados para realizar o censo nesta importante zona húmida.


Por fim, na opinião da organização este censo foi um sucesso a todos os níveis: grande adesão de voluntários, elevado grau de cobertura do território nacional, excelente organização das equipas nos locais de maior dimensão, condições meteorológicas muito favoráveis e acima de tudo muitas águias-pesqueiras observadas e fotografadas. É fundamental dar continuidade a este censo para se poder, por um lado, ir conhecendo melhor os hábitos e preferências de habitat da espécie, e por outro acompanhar a tendência da sua população invernante. Assim, tencionamos realizar um novo censo de águias-pesqueiras em Janeiro de 2021.

Renovamos os agradecimentos a todos os que participaram nesta iniciativa e desde já fazemos votos de que possamos contar novamente com todos no futuro.

A organização.