Citrinos em risco na Campina de Faro
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Citrinos em risco na Campina de Faro
Citrinos em risco na Campina de Faro
01-06-2012 20:24
fonte : observatoriodoalgarve.com
Seca está a afectar produção agrícola, algo que afetará sobretudo os citrinos.
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A Associação dos Agricultores do Concelho de Faro classificou esta sexta-feira de "trágico" o estado da agricultura na campina de Faro, uma das duas regiões do país com menos humidade no solo, de acordo com um boletim oficial divulgado.
A par da zona norte do distrito de Aveiro, a campina de Faro é a região do país mais afetada, com cerca de 10% de água no solo, segundo o 6.º relatório sobre o acompanhamento e avaliação dos impactos da seca, publicado pelo Ministério da Agricultura e Ambiente. De acordo com Ana Lopes, presidente daquela associação, a falta de chuva nos campos não está a ser suprida pela rega, uma vez que "a falta de água na própria folha também afeta a qualidade e a dimensão do produto", exemplificando com o caso dos citrinos. "Devido à falta de chuva, as nossas laranjas e tangerinas estão com falta de calibre, o que faz com que sejam rejeitadas por muitos e portanto tenham dificuldade de penetração no mercado", disse, apontando as grandes superfícies "muitos difíceis" nesta matéria. Segundo a líder da Associação dos Agricultores do Concelho de Faro e Concelhos Limítrofes (AACFCL), devido à seca, "muitas árvores morreram e a produção caiu em muitos casos mais de metade". O relatório do Governo indica que a percentagem de água no solo no Alentejo e Algarve apresenta valores inferiores a 40%, contra valores que variam entre 60% e 90% nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. À exceção do extremo oeste do concelho de Vila do Bispo, com seca severa, o resto da região apresenta um quadro de seca extrema, com a Campina de Faro a ter cerca de 10% de água no solo. O resto do sotavento tem 20% e o barlavento 30%, num quadro de precipitação média regional de 200 milímetros nos primeiros cinco meses do ano, isto é, um terço da média dos anos anteriores. Ana Lopes aponta a construção do primeiro troço da Via do Infante (A22), inaugurado em 1991, como um dos principais originadores da falta de água no solo. "Na altura, não fizeram um dique para evitar que a água viesse para sul da estrada e a água vem toda por junto pela ribeira do Rio Seco, em vez de ficar numa lagoa, onde aos poucos se iria infiltrando no solo", explicou. Recordou que, antes disso, há mais de duas décadas, a campina de Faro produzia cerca de um terço de toda a produção hortofrutícola do país e hoje "não passa de umas poucas dezenas de agricultores. A presidente da AACFCL desvalorizou a decisão do Governo de subsidiar a eletricidade utilizada nos motores de rega, cuja utilidade disse ser "muito pouca para os mais pequenos". Fonte da Direção Regional de Agricultura do Algarve disse à Lusa que a futura "eletricidade verde" terá como destinatários todos os agricultores portugueses, independentemente da sua dimensão, que serão subsidiados em 40% do total da fatura. Os pagamentos deverão começar a ser efetuados ainda na primeira quinzena de junho, mediante a simples apresentação de fatura.
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=49093
01-06-2012 20:24
fonte : observatoriodoalgarve.com
Seca está a afectar produção agrícola, algo que afetará sobretudo os citrinos.
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A Associação dos Agricultores do Concelho de Faro classificou esta sexta-feira de "trágico" o estado da agricultura na campina de Faro, uma das duas regiões do país com menos humidade no solo, de acordo com um boletim oficial divulgado.
A par da zona norte do distrito de Aveiro, a campina de Faro é a região do país mais afetada, com cerca de 10% de água no solo, segundo o 6.º relatório sobre o acompanhamento e avaliação dos impactos da seca, publicado pelo Ministério da Agricultura e Ambiente. De acordo com Ana Lopes, presidente daquela associação, a falta de chuva nos campos não está a ser suprida pela rega, uma vez que "a falta de água na própria folha também afeta a qualidade e a dimensão do produto", exemplificando com o caso dos citrinos. "Devido à falta de chuva, as nossas laranjas e tangerinas estão com falta de calibre, o que faz com que sejam rejeitadas por muitos e portanto tenham dificuldade de penetração no mercado", disse, apontando as grandes superfícies "muitos difíceis" nesta matéria. Segundo a líder da Associação dos Agricultores do Concelho de Faro e Concelhos Limítrofes (AACFCL), devido à seca, "muitas árvores morreram e a produção caiu em muitos casos mais de metade". O relatório do Governo indica que a percentagem de água no solo no Alentejo e Algarve apresenta valores inferiores a 40%, contra valores que variam entre 60% e 90% nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. À exceção do extremo oeste do concelho de Vila do Bispo, com seca severa, o resto da região apresenta um quadro de seca extrema, com a Campina de Faro a ter cerca de 10% de água no solo. O resto do sotavento tem 20% e o barlavento 30%, num quadro de precipitação média regional de 200 milímetros nos primeiros cinco meses do ano, isto é, um terço da média dos anos anteriores. Ana Lopes aponta a construção do primeiro troço da Via do Infante (A22), inaugurado em 1991, como um dos principais originadores da falta de água no solo. "Na altura, não fizeram um dique para evitar que a água viesse para sul da estrada e a água vem toda por junto pela ribeira do Rio Seco, em vez de ficar numa lagoa, onde aos poucos se iria infiltrando no solo", explicou. Recordou que, antes disso, há mais de duas décadas, a campina de Faro produzia cerca de um terço de toda a produção hortofrutícola do país e hoje "não passa de umas poucas dezenas de agricultores. A presidente da AACFCL desvalorizou a decisão do Governo de subsidiar a eletricidade utilizada nos motores de rega, cuja utilidade disse ser "muito pouca para os mais pequenos". Fonte da Direção Regional de Agricultura do Algarve disse à Lusa que a futura "eletricidade verde" terá como destinatários todos os agricultores portugueses, independentemente da sua dimensão, que serão subsidiados em 40% do total da fatura. Os pagamentos deverão começar a ser efetuados ainda na primeira quinzena de junho, mediante a simples apresentação de fatura.
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