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Plantas infestantes voltam a cobrir o Guadiana na zona de Badajoz

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Plantas infestantes voltam a cobrir o Guadiana na zona de Badajoz Empty Plantas infestantes voltam a cobrir o Guadiana na zona de Badajoz

Mensagem por jheitor Sáb Jun 09, 2012 9:40 am

Plantas infestantes voltam a cobrir o Guadiana na zona de Badajoz


09.06.2012

fonte : publico.pt

No troço do rio Guadiana que atravessa a cidade espanhola de Badajoz e a pouco mais de uma dezena de quilómetros da albufeira de Alqueva a linha de água está coberta com o nenúfar mexicano, uma espécie aquática infestante oriunda do Sudoeste dos Estados Unidos e do México.

A informação foi avançada pela Confederação Hidrográfica do Guadiana que faz a gestão da bacia do rio ibérico em território espanhol.

O nenúfar mexicano é uma planta aquática similar ao nenúfar autóctone existente na Península Ibérica, mas com folhas verdes do tamanho da palma da mão e uma atraente flor amarela. Apareceu pela primeira vez em Espanha em 1985. Desde então, a Confederação Hidrográfica do Guadiana (CHG) tem feito várias tentativas para erradicar esta infestante, mas este ano assiste-se a um recrudescimento mais acentuado. Desde da confluência do rio Xévora com o rio Guadiana e até ao açude de La Granadilla – precisamente o troço do rio que atravessa a cidade de Badajoz – o rio está coberto com um manto verde.

A partir do açude de La Granadilla, nome que recebe o bairro de Badajoz onde está situado, o rio Guadiana percorre pouco mais de meia dúzia de quilómetros para depositar as suas águas na albufeira de Alqueva.

Ao longo dos últimos cinco anos, a CHG tem feito experiências e recorrido a vários processos para erradicar o nenúfar mexicano, incluindo a recolha à mão ou com maquinaria e utilizando vários produtos para travar a expansão desta planta a outras zonas do rio Guadiana, mas não são observados grandes progressos.

Nicolas Cifuentes, especialista na CHG, confirma "a realização de experiências de diversos tipos" numa tentativa para diminuir a propagação da espécie. No entanto, e apesar dos investimentos feitos ao longo dos últimos cinco anos, "tem-se assistido a um aumento considerável na proliferação desta planta aquática", obrigando a reponderar a metodologia a seguir no combate à infestação, assinala o técnico espanhol.

Para erradicar esta planta invasora admite ter de se recorrer à "dragagem" do leito do rio, frisando, contudo, que se trata de uma operação de "elevado custo". A CHG também já analisou as vantagens e os inconvenientes de se esvaziar o açude quando este apresentar um menor volume de água para retirar as raízes do nenúfar. O problema é que esta operação "exige verbas elevadas" e, como tal, não se vislumbra uma "intervenção imediata", observa Nicolas Cifuentes, admitindo que tal possa ser possível quando houver "mais disponibilidades orçamentais".

Apesar de esta planta não representar "um grave problema ambiental", a CHG está a monitorizar e a interpretar a evolução do nenúfar mexicano no troço urbano de Badajoz. Mas tem inconvenientes não negligenciáveis. Quando aparecem grandes concentrações desta planta no rio, a linha de água fica coberta de verde e pode impedir a navegação, causando problemas a pescadores e a quem circula de barco. Além disso, impede a passagem da luz, prejudicando o desenvolvimento do plâncton e, consequentemente, de outras formas de vida.

Dias mais longos, maior exposição solar e aumento da temperatura da água são factores determinantes para o reaparecimento das espécies invasoras como o nenúfar mexicano, muito embora o ano em curso esteja a ser muito benigno, tardando o aparecimento das elevadas temperaturas ambiente, que nesta altura do ano já se começam a sentir na bacia hidrográfica do Guadiana, em território espanhol e português.

Mais uma infestante
Uma outra espécie invasora, o jacinto-de-água, que chegou ao rio Guadiana em território espanhol no ano de 2004, tem sido um verdadeiro quebra-cabeças para a CHG. A sua erradicação tem exigido muito esforço e dinheiro para evitar que a planta chegue a território português.

A CHG reconhece que a erradicação total na bacia do Guadiana "não tem sido possível" Aparece no Guadiana quando está mais calor e há maior número de horas de sol. Em 2012 este fenómeno ainda não ocorreu, mas assim que chegar o calor deverá cobrir o caudal do rio, tal como aconteceu no Verão de 2011.

Os especialistas admitem a sua inevitável propagação à albufeira de Alqueva se a espécie ultrapassar a barreira instalada no rio Guadiana próximo de Mérida. Se tal vier a acontecer, admite a CHG, representará "a ruína nos blocos de rega" porque a planta poderá "paralisar" os sistemas de distribuição de água.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1549618
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