Gaivota anilhada- Coimbra

Não devia também ter uma colorida?

Nao.
Se tiver anilha colorida é que tem sempre metálica (caso seja um projeto legitimo/legal) e não vice versa.

Podia ter, mas não é necessário. Já o contrário, sim. As anilhas coloridas servem para fazer recapturas visuais dos indivíduos, não sendo necessário recapturá-los. Claro que com a fotografia agora consegue-se por vezes ler a anilha metálica! Por acaso não a apanhaste noutras posições?

Olá André,

Como o Camilo perguntou, não conseguiste mais ângulos da anilha. Em princípio trata-se de uma anilha Holandesa.

Abraço e sempre que vires anilhas, tirar umas fotos não custa nada e a informação é muito importante para os diferentes projectos em curso.
Thijs

Pois.. Não tenho em mais nenhuma posição. Já estava com os pés na água para tirar estas..

Puxei pela nitidez, mas não dá mais do que isto

Obrigado

Trata-se de uma anilha holandesa neste caso:
Vogeltrekstation
Arnhem, Holland
5.???.???

Abraço
Thijs

Xiiii

Mesmo assim, conseguiste decifrar !!

Por acaso, tenho sempre a preocupação de ver se há anilhas.

Já agora, que gaivota é?

Uma L. fuscus 1º inverno.

Abraço
Thijs

thysvalkenburg escreveu:Uma L. fuscus 1º inverno.

Abraço
Thijs

Obrigado. Gaivotas não são o meu forte!

Se não me engano já vi esta gaivota este ano!! Foi junto ao açude?

foi no parque verde, junto às piscinas

Boas

Já tinha pensado em iniciar um tópico sobre este tema gaivotas com anilha metálica e sem anilha colorida. Parti do principio (erradamente, sei agora) que nos projectos de anilhagem cientifica a colorida era obrigatória (pela facilidade de leitura).Isto porque tenho constatado a pesença de grande nº de gaiv. só com anilha metálica (talves mais do que duplas anilhas) e já tinha concebido uma panóplia de argumentos fantasiosos (santa ignorância!) que ia desde a má qualidade das anilhas até degradação pelo contacto com substãncias (pretensamente)"corrosivas" (petróleo,etc) e até por abrasão.
Sabem explicar a opçao de usar só anilha metálica parece-me uma contradição com os objectivos destes projectos, já que a leitura da metálica (sem captura) é dificil e só com equipamento específico para as não perturbar. Com binóculos e compacta superzoom por vezes não consigo ler as coloridas (por foto) as metálicas têm sido ilegíveis.

Olá Paulo

Quando existe um projecto concreto, as aves são marcadas também com as anilhas coloridas. Mas mesmo nesses casos, quando são marcadas as crias, estas podem na visita à colónia ainda não ter o desenvolvimento adequado para lhes ser colocada uma colorida, mas já aguentarem uma metálica.

Certas gaivotas podem ainda ser capturadas quando se realizam outras sessões, por exemplo para capturar limicolas, e são também anilhadas (apenas com metálica).

Ah, sim as anilhas coloridas podem se perder. E as metálicas também...

Boas Camilo

Camilo Carneiro escreveu:
...
Certas gaivotas podem ainda ser capturadas quando se realizam outras sessões, por exemplo para capturar limicolas, e são também anilhadas (apenas com metálica).

Ah, sim as anilhas coloridas podem se perder. E as metálicas também...

Pois as questões aparentemente simples possuem várias nuances, nunca me ocorreria as situações que tu referes. Em relação à perda das anilhas coloridas já fui confrontado com uma ou duas anilhas bastante degradadas (rasgada ou a faltar uma parte) inclusive no envio do codigo de uma no retorno o anilhador referiu a préexistência de uma anilha (com outro código) inicial que se perdera.
Tens conhecimento ou percepção relativo percentagem de perda dessas anilhas (presumo que no caso das metálicas seja residual ou talves não).

Não sei de números para a quantidade de anilhas coloridas que "se perdem", nem sei se existe alguma coisa publicada sobre isso. Nunca pesquisei. Mas claro que elas se vão gastando e eventualmente ficam ilegíveis ou saem. Aconselho que leias isto: http://gullstothehorizon.wordpress.com/2012/10/28/white-triangle/ (aliás, aconselho o blog)

Relativamente às metálicas, já me deparei com uma publicação da Dutch Birding que trata da perda de anilhas de alumínio nas L. ridibundus:

Dijk, K.V., Oosterhuis, R., Middendorp, B. & Majoor, F. (2012) New longevity records of Black- headed Gull, with comments on wear and loss of aluminium rings. Dutch Birding, 34, 20–31.
Disponivel aqui: http://frankmajoor.nl/PDF/Black-headed_Gull_longevity_aluminium_rings_%20DB_2012_page20-31.pdf

Mas como disse nunca me debrucei sobre o assunto, portanto não posso esclarecer mais. Provavelmente o pessoal daqui que mexe nas gaivotas posso ter alguma coisa pronta a acrescentar ; )

Abraço

Boas Camilo

Por acaso já conhecia o blog mas não essa história impressionante digna de um "Gull Interpol CSI" investigação. Marginalmente retive os laços fortes que podem unir anilhador/observador a uma determinada Gaivota. Por vezes na minha curtíssima experiência de "colector de anilhas" já tive de efectuar operações de criptografia para decifrar algumas anilhas .
O trabalho com as ridibundus fascinante e surpreendente não só a informação especifica relativa anilhas mas os números envolvidos são colossais (2 milhões de inds anilhados em 100 anos ). Já conhecia os records de longevidade de gaivotas por espécie, quando descobri que uma dos meus registos possuia 14 ou 16 anos (gae) pensei que fosse um record galático mas estava longe, muito longe da realidade.
Obrigadíssimo.