Ajuda na ID/Papa-moscas?

Desta vez espero acertar!

Exacto, o preto (Ficedula hypoleuca).

Obrigado Helder. Cumprimentos

Helder Vieira escreveu:Exacto, o preto (Ficedula hypoleuca).

E é um puto  

(vê-se pela quantidade de branco nas terciárias).

Gonçalo Elias escreveu:

Helder Vieira escreveu:Exacto, o preto (Ficedula hypoleuca).

E é um puto  

(vê-se pela quantidade de branco nas terciárias).

O Gonçalo fala do primeiro, não é?

Por acaso refiro-me ao segundo, que é aquele em que se vê melhor as terciárias (são aquelas penas com mais branco).

Têm miuito branco na parte externa (mas não na parte interna).

O branco nas médias coberturas na segunda ave, só é confuso para mim, ou é uma marca distintiva para com outras espécies mais raras?!

Paulo Alves escreveu:O branco nas médias coberturas na segunda ave, só é confuso para mim, ou é uma marca distintiva para com outras espécies mais raras?!

Sim, mas teria que ser bastante mais extenso para semitorquata, e de resto iberiae penso que apresenta mais marcações nas coberturas do que hypoleuca.

E segunda barra alar? Segundo o guia é distintiva do semitorquata, assim como o cinza na nuca...

José Frade escreveu:E segunda barra alar? Segundo o guia é distintiva do semitorquata, assim como o cinza na nuca...

Eu acho utopico dar com um semitorquata em Portugal, nem um albicolis encontramos que é 100 vezes mais provável, e é de mais fácil identificação!

pedro121 escreveu:

Paulo Alves escreveu:O branco nas médias coberturas na segunda ave, só é confuso para mim, ou é uma marca distintiva para com outras espécies mais raras?!

Sim, mas teria que ser bastante mais extenso para semitorquata, e de resto iberiae penso que apresenta mais marcações nas coberturas do que hypoleuca.

Creio que a esmagadora maioria dos Ficedula que passam por cá no Outono não são iberiae...

pedro121 escreveu:

José Frade escreveu:E segunda barra alar? Segundo o guia é distintiva do semitorquata, assim como o cinza na nuca...

Eu acho utopico dar com um semitorquata em Portugal, nem um albicolis encontramos que é 100 vezes mais provável, e é de mais fácil identificação!

Um gajo que é arrolador profissional dizer que é utópico dar com uma determinada espécie é o cúmulo! O mundo está perdido...  

Independentemente das estatísticas e probabilidades, não consigo ir além de um juvenil de F. hypoleuca, embora, como referiu o Paulo, é um bicho suspeito.
Confesso, que este é um trio que me assusta (os Ficedula, entenda-se), tal como a afirmação do Pedro Ramalho  

Carlos Pacheco escreveu:
Confesso, que este é um trio que me assusta (os Ficedula, entenda-se), tal como a afirmação do Pedro Ramalho  

A minha afirmação assusta-te?? mas qual delas, é que eu disse varias coisas, e de resto acho que nenhuma delas era assustadora...  

Gonçalo Elias escreveu:
Creio que a esmagadora maioria dos Ficedula que passam por cá no Outono não são iberiae...

Obviamente, e só uma percentagem dos iberiae passará em Portugal, mas alguns passaram, ou não?

pedro121 escreveu:Obviamente, e só uma percentagem dos iberiae passará em Portugal, mas alguns passaram, ou não?

Não sei se há dados sobre isso, mas vou procurar.

Paulo Alves escreveu:
Um gajo que é arrolador profissional dizer que é utópico dar com uma determinada espécie é o cúmulo! O mundo está perdido...  

Bem, profissional?????? Se fosse possível ganhar dinheiro a ver aves era tão bom, era... Pode ser possivel ganha-lo a mostrar aves, mas não a vê-las.

De qualquer modo eu trabalho com probabilidades, não vou para o meio do Alentejo em Junho á procura de uma Gaivota-marfim!   

Eu faço procura direccionada para grupos específicos conforme a altura do ano e as condições do tempo, portanto para poder faze-lo preciso de analizar os registos das varias especies raras e procurar padrões, mais ainda como o numero de registos para muitas espécies é insuficiente analiso também os espanhóis, portanto quantos registos de semitorquata existem em Espanha?  pois é e é uma espécie de leste que tem obrigatoriamente de passar em espanha para cá chegar (no outono), por outro lado quantos papa-moscas-de-colar foram vistos em espanha este ano?  

Exactamente no mesmo contexto do Paulo Alves. Se o bicho existe e migra, pode aparecer. Nunca baixar os braços!

Pedro, todos nós sabemos que há determinados periodos e locais mais propícios a observar determinadas espécies e por isso acho bem que quem busca raridades faça esse "trabalho de casa". Mas precisamente por serem raridades é que as coisas podem ser diferentes. Em 2009 fez-se o primeiro e único registo de felosa do Ártico em Portugal e em Espanha também só havia (e continua a haver) um registo. No entanto esta ave chegou cá depois de ter atravessado a Espanha sem que ninguém a tenha visto. O que eu quero dizer é que com estes papa-moscas, que até na mão de anilhadores experientes podem facilmente passar despercebidos, não seria surpresa nenhuma se pudessem aparecer por cá, mesmo não havendo registos em Espanha.

Carlos Pacheco escreveu:Exactamente no mesmo contexto do Paulo Alves. Se o bicho existe e migra, pode aparecer. Nunca baixar os braços!

Baixar os braços nunca se baixa, mas não se procura activamente por ele, se aparecer espectáculo, se não aparecer... bem quem sabe um dia?

Ja aconteceram coisas MUITO mais estranhas, Falco amurensis nos Açores por exemplo...

Carlos Pacheco escreveu: Em 2009 fez-se o primeiro e único registo de felosa do Ártico em Portugal e em Espanha também só havia (e continua a haver) um registo. No entanto esta ave chegou cá depois de ter atravessado a Espanha sem que ninguém a tenha visto.

De facto é verdade, mas o teu registo enquadra-se no padrão de ocorrência para a Europa ocidental

Carlos Pacheco escreveu:O que eu quero dizer é que com estes papa-moscas, que até na mão de anilhadores experientes podem facilmente passar despercebidos, não seria surpresa nenhuma se pudessem aparecer por cá, mesmo não havendo registos em Espanha.

Claro que sim, mas dada a localização geográfica da espécie, muitos dos registros na europa ocidental são na primavera, um individuo no outono teria que migrar 1º para norte e depois para oeste.

Carlos Pacheco escreveu:Em 2009 fez-se o primeiro e único registo de felosa do Ártico em Portugal e em Espanha também só havia (e continua a haver) um registo. No entanto esta ave chegou cá depois de ter atravessado a Espanha sem que ninguém a tenha visto.

Não necessariamente. Parece-me que estás a presumir que a ave veio em linha recta no entanto pode ter seguido outras rotas, por exemplo migrar para oeste a partir da taiga até à Islândia e depois seguir para sul até chegar a lusas terrar. Ou então migrar para sul até à Turquia e depois para oeste pelo Mediterrâneo e Norte de África e depois, encontrando terras demasiado quentes, virar para norte e assentar em Santo André

pedro121 escreveu:Baixar os braços nunca se baixa, mas não se procura activamente por ele, se aparecer espectáculo, se não aparecer... bem quem sabe um dia?

Precisamente, é porque nunca se procura activamente por ele... É um trio difícil, montes de hypoleuca para baralhar as contas, corrê-los a todos dá trabalho (e esmorece), mas se não forem procurados...

Ena as novas rotas migratórias que estamos a descobrir. E tudo sempre a contornar Espanha, claro  

Paulo Alves escreveu:É um trio difícil, montes de hypoleuca para baralhar as contas, corrê-los a todos dá trabalho (e esmorece), mas se não forem procurados...

Para já ficava tão contente com um parva...   que não seja em Sagres!!!