Finalmente um pica-pau-galego! :)
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Agostinho_MRCM
Gilberto Pinelas
pedro121
Lemuel Silva
8 participantes
Fórum Aves :: Aves :: Aves de Portugal
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Finalmente um pica-pau-galego! :)
Bom dia!
Quero partilhar convosco algo que me deixou bastante feliz. Finalmente encontrei um pica-pau-galego!
Provavelmente não será nenhuma noticia extraordinária para a maioria de vocês, afinal não é nenhuma espécie rara. O facto é que eu passei 19 anos à espera de observar esta espécie e ainda não tinha conseguido (tantos pica-paus que observei com a dita esperança). Finalmente consegui!
Um grande abraço e cumprimentos para todos com votos de observações muito esperadas e muito felizes!
Quero partilhar convosco algo que me deixou bastante feliz. Finalmente encontrei um pica-pau-galego!
Provavelmente não será nenhuma noticia extraordinária para a maioria de vocês, afinal não é nenhuma espécie rara. O facto é que eu passei 19 anos à espera de observar esta espécie e ainda não tinha conseguido (tantos pica-paus que observei com a dita esperança). Finalmente consegui!
Um grande abraço e cumprimentos para todos com votos de observações muito esperadas e muito felizes!
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
Idade : 38
Local : Porto
Data de inscrição : 30/03/2011
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Parabéns!! é uma espécie que gosto muito e que infelizmente não ocorre por aqui.
pedro121- Número de Mensagens : 16020
Idade : 48
Local : Obidos
Data de inscrição : 14/02/2008
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Parabéns, Lemuel!
Gilberto Pinelas- Número de Mensagens : 4507
Idade : 60
Local : Cascais
Data de inscrição : 20/12/2015
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Não sei se alguma vez vi, os pica-paus são algo tímidos. Quando vir um qual a principal característica a confirmar? Os padrões de vermelhos na testa/nuca?
Agostinho_MRCM- Número de Mensagens : 449
Idade : 38
Data de inscrição : 16/05/2014
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Agostinho_MRCM escreveu:Não sei se alguma vez vi, os pica-paus são algo tímidos. Quando vir um qual a principal característica a confirmar? Os padrões de vermelhos na testa/nuca?
O tamanho diminuto e as barras brancas transversais no dorso.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Gonçalo Elias escreveu:Agostinho_MRCM escreveu:Não sei se alguma vez vi, os pica-paus são algo tímidos. Quando vir um qual a principal característica a confirmar? Os padrões de vermelhos na testa/nuca?
O tamanho diminuto e as barras brancas transversais no dorso.
Obrigado Gonçalo.
Agostinho_MRCM- Número de Mensagens : 449
Idade : 38
Data de inscrição : 16/05/2014
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Parabéns. Eu ainda não consegui.
lrodrigues- Número de Mensagens : 923
Idade : 54
Local : Porto
Data de inscrição : 24/02/2009
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
lrodrigues escreveu:Parabéns. Eu ainda não consegui.
Da próxima vez vens cá abaixo com mais tempo e a coisa resolve-se.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Boa tarde,
Obrigado a todos os que me parabenizaram, foi realmente uma observação feliz
Observei o pica-pau-galego numa bétula, num pequeno bosque de bétulas e carvalhos alvarinhos pertencente ao baldio de Guadramil (aldeia do Parque Natural de Montesinho). Curiosamente, esta é a zona de maior influência mediterrânica do parque, estando estas árvores tão atlânticas completamente desfasadas de tudo o que as envolvia. Acho que só conseguem sobreviver por ser uma zona um pouco mais elevada, num recanto com a humidade de um pequeno ribeiro.
Enfim, quanto ao pica-pau, posso dizer-vos que era muito discreto e silencioso a maioria do tempo. Muito pequeno também. Movimentava-se à volta do tronco da bétula (um pouco como a trepadeira) completamente indiferente à nossa voz e olhares curiosos (prova que é um local tranquilo, sem pessoas).
Obrigado a todos os que me parabenizaram, foi realmente uma observação feliz
Observei o pica-pau-galego numa bétula, num pequeno bosque de bétulas e carvalhos alvarinhos pertencente ao baldio de Guadramil (aldeia do Parque Natural de Montesinho). Curiosamente, esta é a zona de maior influência mediterrânica do parque, estando estas árvores tão atlânticas completamente desfasadas de tudo o que as envolvia. Acho que só conseguem sobreviver por ser uma zona um pouco mais elevada, num recanto com a humidade de um pequeno ribeiro.
Enfim, quanto ao pica-pau, posso dizer-vos que era muito discreto e silencioso a maioria do tempo. Muito pequeno também. Movimentava-se à volta do tronco da bétula (um pouco como a trepadeira) completamente indiferente à nossa voz e olhares curiosos (prova que é um local tranquilo, sem pessoas).
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
Idade : 38
Local : Porto
Data de inscrição : 30/03/2011
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Lemuel Silva escreveu:Boa tarde,
Obrigado a todos os que me parabenizaram, foi realmente uma observação feliz
Observei o pica-pau-galego numa bétula, num pequeno bosque de bétulas e carvalhos alvarinhos pertencente ao baldio de Guadramil (aldeia do Parque Natural de Montesinho). Curiosamente, esta é a zona de maior influência mediterrânica do parque, estando estas árvores tão atlânticas completamente desfasadas de tudo o que as envolvia. Acho que só conseguem sobreviver por ser uma zona um pouco mais elevada, num recanto com a humidade de um pequeno ribeiro.
Enfim, quanto ao pica-pau, posso dizer-vos que era muito discreto e silencioso a maioria do tempo. Muito pequeno também. Movimentava-se à volta do tronco da bétula (um pouco como a trepadeira) completamente indiferente à nossa voz e olhares curiosos (prova que é um local tranquilo, sem pessoas).
Boas,
Não me recordo de ver 'minor' por Guadramil nos anos 90, de qualquer maneira tenho alguns registos na zona oriental do parque.
Aproveito para fazer apenas uns comentários sobre os vidoieiros (bétulas) e associação ou não desta espécie a meios mais mediterrânicos. Essa zona do parque é bastante fria, mas também é relativamente quente, todavia o estio na zona é relativamente curto e, no final de Agosto as temperaturas facilmente baixam para limites inferiores a 10ºC. É muito diferente da realidade sul do país e, sobretudo do litoral. De qualquer maneira muitos dos vidoeiros foram plantados pelos serviços florestais no século XX pelo que a sua presença aí, pode eventualmente ser artificial, como noutras zonas do Norte e Centro do país.
O Dendrocopos minor é muito comum em alguns meios mediterrânicos, como por exemplo, nos montados e sobreirais do vale do Sado onde é muito fácil de detectar. Também me recordo de o ver na zona de Vale d'Águia em Miranda do Douro onde parecia ocupar bosques mistos de azinheira com outras folhosas.
E, o grande potencial de Guadramil é para Serinus citrinella. Há um ou dois registos de Inverno, mas o certo é que criam muito perto no lado espanhol, pelo que convém estar atento, nesta zona tão remota do território. Cheguei a anilhar na zona de Guadramil, mas não capturei nada de especial.
Boas observações,
Luís
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luis Reino escreveu:O Dendrocopos minor é muito comum em alguns meios mediterrânicos, como por exemplo, nos montados e sobreirais do vale do Sado onde é muito fácil de detectar. Também me recordo de o ver na zona de Vale d'Águia em Miranda do Douro onde parecia ocupar bosques mistos de azinheira com outras folhosas.
Pois, quando começámos a ver aves o Sado era o sítio "clássico" para ver essa espécie. Mas parece-me que nas últimas décadas ela sofreu uma grande expansão se instalou em locais onde antes não aparecia. Isto é particularmente notório no Algarve, onde há 30 anos a espécie era rara e hoje pode ser considerada frequente, mesmo nos concelhos do litoral (tenho diversas observações em locais muito perto da costa, por exemplo nos concelhos de Lagos, Silves, Albufeira, Olhão, Tavira, Castro Marim e VRSA).
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Gonçalo Elias escreveu:Luis Reino escreveu:O Dendrocopos minor é muito comum em alguns meios mediterrânicos, como por exemplo, nos montados e sobreirais do vale do Sado onde é muito fácil de detectar. Também me recordo de o ver na zona de Vale d'Águia em Miranda do Douro onde parecia ocupar bosques mistos de azinheira com outras folhosas.
Pois, quando começámos a ver aves o Sado era o sítio "clássico" para ver essa espécie. Mas parece-me que nas últimas décadas ela sofreu uma grande expansão se instalou em locais onde antes não aparecia. Isto é particularmente notório no Algarve, onde há 30 anos a espécie era rara e hoje pode ser considerada frequente, mesmo nos concelhos do litoral (tenho diversas observações em locais muito perto da costa, por exemplo nos concelhos de Lagos, Silves, Albufeira, Olhão, Tavira, Castro Marim e VRSA).
Pois - achas que pode ser 'apenas' por o país estar mais arborizado de uma maneira geral?
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luis Reino escreveu:Pois - achas que pode ser 'apenas' por o país estar mais arborizado de uma maneira geral?
Não sei responder, mas tenho a sensação de que eles colonizaram áreas que já estavam arborizadas anteriormente e onde a espécie estava ausente. Aliás até tenho a sensação de que isso acontece com outras espécies florestais (Pic vir, Col pal, Acc gen, por exemplo).
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25577
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luis Reino escreveu:
Aproveito para fazer apenas uns comentários sobre os vidoieiros (bétulas) e associação ou não desta espécie a meios mais mediterrânicos. Essa zona do parque é bastante fria, mas também é relativamente quente, todavia o estio na zona é relativamente curto e, no final de Agosto as temperaturas facilmente baixam para limites inferiores a 10ºC. É muito diferente da realidade sul do país e, sobretudo do litoral. De qualquer maneira muitos dos vidoeiros foram plantados pelos serviços florestais no século XX pelo que a sua presença aí, pode eventualmente ser artificial, como noutras zonas do Norte e Centro do país.
Luís
Só acrescentar que a bétula é uma espécie que geralmente da-se mal com os ares marinhos e por isso normalmente está associada a alguma altitude aguentando bem as temperaturas frias.
Rui Figueiredo- Número de Mensagens : 592
Local : Lisboa/Porto/Faro
Data de inscrição : 05/09/2012
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luis Reino escreveu:Lemuel Silva escreveu:Boa tarde,
Obrigado a todos os que me parabenizaram, foi realmente uma observação feliz
Observei o pica-pau-galego numa bétula, num pequeno bosque de bétulas e carvalhos alvarinhos pertencente ao baldio de Guadramil (aldeia do Parque Natural de Montesinho). Curiosamente, esta é a zona de maior influência mediterrânica do parque, estando estas árvores tão atlânticas completamente desfasadas de tudo o que as envolvia. Acho que só conseguem sobreviver por ser uma zona um pouco mais elevada, num recanto com a humidade de um pequeno ribeiro.
Enfim, quanto ao pica-pau, posso dizer-vos que era muito discreto e silencioso a maioria do tempo. Muito pequeno também. Movimentava-se à volta do tronco da bétula (um pouco como a trepadeira) completamente indiferente à nossa voz e olhares curiosos (prova que é um local tranquilo, sem pessoas).
Boas,
Não me recordo de ver 'minor' por Guadramil nos anos 90, de qualquer maneira tenho alguns registos na zona oriental do parque.
Aproveito para fazer apenas uns comentários sobre os vidoieiros (bétulas) e associação ou não desta espécie a meios mais mediterrânicos. Essa zona do parque é bastante fria, mas também é relativamente quente, todavia o estio na zona é relativamente curto e, no final de Agosto as temperaturas facilmente baixam para limites inferiores a 10ºC. É muito diferente da realidade sul do país e, sobretudo do litoral. De qualquer maneira muitos dos vidoeiros foram plantados pelos serviços florestais no século XX pelo que a sua presença aí, pode eventualmente ser artificial, como noutras zonas do Norte e Centro do país.
O Dendrocopos minor é muito comum em alguns meios mediterrânicos, como por exemplo, nos montados e sobreirais do vale do Sado onde é muito fácil de detectar. Também me recordo de o ver na zona de Vale d'Águia em Miranda do Douro onde parecia ocupar bosques mistos de azinheira com outras folhosas.
E, o grande potencial de Guadramil é para Serinus citrinella. Há um ou dois registos de Inverno, mas o certo é que criam muito perto no lado espanhol, pelo que convém estar atento, nesta zona tão remota do território. Cheguei a anilhar na zona de Guadramil, mas não capturei nada de especial.
Boas observações,
Luís
O pica-pau está sempre lá, pelo menos a semana passada voltei a visitar o mesmo bosque e ele lá andava.
Também me parece que estas manchas de alvarinhos e bétulas sejam artificiais. Guadramil é zona potencial de azinheiras e de carvalho negral em zonas especificas, mas sobretudo de azinheiras, afinal de contas é praticamente a unica espécie de arvores com plantulas aqui, por todo o lado. De qualquer forma o tal bosquete está rodeado por um imenso pinhal artificial, que é a paisagem dominante de Guadramil. Calculo que a maioria das árvores tenha sido plantada depois de se terem fechado as minas de ferro (os pinheiros), mas o bosquete de betulas é mais antigo (40 a 60 anos).
Muito interessante essa referência do Serinus citrinella. Não sabia que era uma raridade. Já o vi na Serra da Peneda várias vezes anos atrás, quando andava a estudar os lobos. No Montesinho não tenho a certeza mas também me parece que sim. Isto porque já me aconteceu ver chamarizes grandes a passar e a pousar no monte que me pareceram ligeiramente diferentes e mais acinzentados. Não estava a observar aves nem tinha os binóculos comigo, mas a partir de agora vou estar mais atento às aves da zona fronteiriça.
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
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Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Olá outra vez,
Sim o primeiro registo para Guadramil é talvez para 1989-90 do Paulo Catry et al. São registos de inverno e, se bem me recordo foi numa casa que acho que era dos Serviços Florestais ou da Guarda Fiscal. A observação está documentada no Airo. Quanto aos teus registos no Gerês são surpreendentes. Como nidificante não cria (ou não criava) nas zonas próximas da Galiza, por isso, são registos algo inesperados, até pelo facto de também não estarem documentados no Atlas do Gerês com o qual colaborei muito activamente. Resumindo, não colocas a hipótese de eventualmente ser daqueles registos que por vezes acontecem ‘numa fase inicial’ de quando ainda temos pouca experiência?
Sim o primeiro registo para Guadramil é talvez para 1989-90 do Paulo Catry et al. São registos de inverno e, se bem me recordo foi numa casa que acho que era dos Serviços Florestais ou da Guarda Fiscal. A observação está documentada no Airo. Quanto aos teus registos no Gerês são surpreendentes. Como nidificante não cria (ou não criava) nas zonas próximas da Galiza, por isso, são registos algo inesperados, até pelo facto de também não estarem documentados no Atlas do Gerês com o qual colaborei muito activamente. Resumindo, não colocas a hipótese de eventualmente ser daqueles registos que por vezes acontecem ‘numa fase inicial’ de quando ainda temos pouca experiência?
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Já agora, a zona de Guadramil e, as minas que referes, são ou eram bastante perigosas. Recordo-me de quando estava à procura dos citrinella de quase ter caído num buraco escondido no mato e entre pinheiros. Convém ter muito cuidado na linha de fronteira.
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luis Reino escreveu:Olá outra vez,
Sim o primeiro registo para Guadramil é talvez para 1989-90 do Paulo Catry et al. São registos de inverno e, se bem me recordo foi numa casa que acho que era dos Serviços Florestais ou da Guarda Fiscal. A observação está documentada no Airo. Quanto aos teus registos no Gerês são surpreendentes. Como nidificante não cria (ou não criava) nas zonas próximas da Galiza, por isso, são registos algo inesperados, até pelo facto de também não estarem documentados no Atlas do Gerês com o qual colaborei muito activamente. Resumindo, não colocas a hipótese de eventualmente ser daqueles registos que por vezes acontecem ‘numa fase inicial’ de quando ainda temos pouca experiência?
Luís Reino, já faço observação de aves há muitos anos, seguramente há pelo menos 20. Não costumo equivocar-me frequentemente, sou perfecionista e exigente a um ponto que chateia, embora lembro-me de isso já ter acontecido pelo menos uma vez, numa ocasião que até foi o Gonçalo Elias a esclarecer-me. De qualquer forma o tempo e a exigência não são garantias de nada e errar é humano. O que importa aqui é que tenho a certeza da observação porque pura e simplesmente vi bem as aves, de binóculos, com tempo e suficientemente perto, ao ponto de ter percebido o que era ainda antes de confirmar no guia de campo. As vezes estou enganado, como toda a gente, mas nesta altura posso afiançar que não, aliás, não é uma espécie particularmente dificil de distinguir se tivermos a observar em condições favoraveis.
Mas vamos ao contexto das observações. Foi nas primeiras duas semanas de Outubro de 2012, outono portanto. Lembro-me que fiz uma série de esperas (como biólogo) na serra da Peneda às ultimas horas do dia, para tentar localizar a alcateia da Peneda, no ambito de um projeto em que estava a trabalhar. Durante as esperas a pessoa tem que se entreter e eu aproveitava para ver as aves (fiel amigo), foi nessas circunstâncias que encontrei esta espécie. Não costumo registar tudo o que vejo mas tenho um registo de dia 8 de Outubro relativamente a esta espécie porque achei piada ao facto de naquele dia terem pousado precisamente num dos muros do fojo da serra da Peneda. Eu também estava sentado no mesmo muro mas um pedaço mais acima. Foquei-os bem, vi os traços distintivos e identifiquei logo a espécie porque já a conhecia muito bem dos meus guias de campo.
Última edição por Lemuel Silva em Sex Mar 29, 2019 7:15 am, editado 5 vez(es)
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
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Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Caracterização do habitat da observação:
O fojo da Peneda fica a grande altitude, cerca de 1200 metros de altitude. É uma zona aberta de planaltos de montanha, sem árvores e com grandes rochas graniticas dispersas pela paisagem (provavelmente pelos glaciares).
O fojo da Peneda fica a grande altitude, cerca de 1200 metros de altitude. É uma zona aberta de planaltos de montanha, sem árvores e com grandes rochas graniticas dispersas pela paisagem (provavelmente pelos glaciares).
Última edição por Lemuel Silva em Sex Mar 29, 2019 6:46 am, editado 2 vez(es)
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
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Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luís Reino, quando à observação do pica-pau, foi mesmo pertinho dessa casa dos guarda-florestais que referiste, uns 200 metros antes de lá chegar.
Relativamente aos perigos da mina, há avisos para a existência de um poço. De qualquer forma foi tapado há alguns anos atrás (cimentado). Contudo, estou certo que podem existir buracos mais pequenos afinal o monte está minado por galerias. Eu sou uma pessoa muito atenta, na vida costumo olhar muito bem para onde piso e relativamente a Guadramil já costumo ter especial cuidado. De qualquer forma agradeço a preocupação e aviso, afinal de contas podia não estar alerta para isso, obrigado.
Relativamente aos perigos da mina, há avisos para a existência de um poço. De qualquer forma foi tapado há alguns anos atrás (cimentado). Contudo, estou certo que podem existir buracos mais pequenos afinal o monte está minado por galerias. Eu sou uma pessoa muito atenta, na vida costumo olhar muito bem para onde piso e relativamente a Guadramil já costumo ter especial cuidado. De qualquer forma agradeço a preocupação e aviso, afinal de contas podia não estar alerta para isso, obrigado.
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
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Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Vou estar atento ao Serinus citrinella por aqui. E vou ver se arranjo uma prova fotográfica, agora que percebi que é algo tão raro, convém documentar mais convincentemente
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
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Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Lemuel Silva escreveu:Vou estar atento ao Serinus citrinella por aqui. E vou ver se arranjo uma prova fotográfica, agora que percebi que é algo tão raro, convém documentar mais convincentemente
Obrigado pelos esclarecimentos.
Os meus conselhos de segurança 'eram para a comunidade em geral' e, não especificamente para ti, até pelo facto de conheceres bem a zona.
Toda a gente comete erros, mas o contexto que referiste muda completamente o ângulo de apreciação. Acho que observações de outono/Inverno são o mais expectável para esta espécie, mas erradamente pensei que eram de nidificação. Também visitei o Gerês, incluindo no Atlas das Aves do Gerês durante o Inverno e com vários observadores igualmente experientes (e.g., Luís Gordinho, Alexandre Vaz), mas nenhum de nós conseguiu sacar esta espécie. Mas são sempre visitas curtas e no Gerês os dias de Inverno podem ser complicados sobretudo em locais como os que assinalaste na Peneda. Já documentaste esses registos no ebird? Sim, e durante o Inverno convém estar atento a toda a área de Montesinho aos citrinella, por exemplo, nos pinhais em redor da aldeia de Montesinho, na Lama Grande, na zona da Moimenta, etc.
Boas observações e obrigado.
L
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Lemuel Silva escreveu:Caracterização do habitat da observação:
O fojo da Peneda fica a grande altitude, cerca de 1200 metros de altitude. É uma zona aberta de planaltos de montanha, sem árvores e com grandes rochas graniticas dispersas pela paisagem (provavelmente pelos glaciares).
tens que me dizer onde é essa zona dos citrenella, pois acho que o sítio que conheço melhor é Lamas de Mouro e claro a zona de Castro Laboreiro. Mas, já não visito essas bandas faz muito tempo...
L
Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Luis Reino escreveu:Lemuel Silva escreveu:Caracterização do habitat da observação:
O fojo da Peneda fica a grande altitude, cerca de 1200 metros de altitude. É uma zona aberta de planaltos de montanha, sem árvores e com grandes rochas graniticas dispersas pela paisagem (provavelmente pelos glaciares).
tens que me dizer onde é essa zona dos citrenella, pois acho que o sítio que conheço melhor é Lamas de Mouro e claro a zona de Castro Laboreiro. Mas, já não visito essas bandas faz muito tempo...
L
Luís Reino, boa noite. Estive a localizar a zona no google maps a ver se posso ajudar. Deixo aqui em baixo o link. A primeira coisa que vai ver é o muro do fojo, foi neste muro que as aves pousaram:
https://goo.gl/maps/ucYzMAWJCiB2
Se unirmos as localidades (aldeias) de Cabreiro, Sistelo e Gavieira obtemos um triângulo. Dentro deste triângulo não há nada, são baldios contínuos e é lá que fica este fojo de lobo. O sítio exacto, como pode ver pelo link, é mais perto da Gavieira, ali por trás da Branda de Gorbelas. O estradão até lá está em péssimas condições, é uma estrada de terra batida extremamente pedregosa e dificil de passar. É essencial levar um bom 4x4, com condutor experiente, ou então preparar a aventura de manhã bem cedo de forma a ir e voltar a pé.
Até aqui é possível fazer o estradão de carro (devagar): https://goo.gl/maps/psmfAfubBRv
Depois só a pé, ainda é um bocadinho mas se for cedo não há problema.
Votos de sucesso,
Abraço.
Lemuel Silva- Número de Mensagens : 880
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Re: Finalmente um pica-pau-galego! :)
Lemuel Silva escreveu:Luis Reino escreveu:Lemuel Silva escreveu:Caracterização do habitat da observação:
O fojo da Peneda fica a grande altitude, cerca de 1200 metros de altitude. É uma zona aberta de planaltos de montanha, sem árvores e com grandes rochas graniticas dispersas pela paisagem (provavelmente pelos glaciares).
tens que me dizer onde é essa zona dos citrenella, pois acho que o sítio que conheço melhor é Lamas de Mouro e claro a zona de Castro Laboreiro. Mas, já não visito essas bandas faz muito tempo...
L
Luís Reino, boa noite. Estive a localizar a zona no google maps a ver se posso ajudar. Deixo aqui em baixo o link. A primeira coisa que vai ver é o muro do fojo, foi neste muro que as aves pousaram:
https://goo.gl/maps/ucYzMAWJCiB2
Se unirmos as localidades (aldeias) de Cabreiro, Sistelo e Gavieira obtemos um triângulo. Dentro deste triângulo não há nada, são baldios contínuos e é lá que fica este fojo de lobo. O sítio exacto, como pode ver pelo link, é mais perto da Gavieira, ali por trás da Branda de Gorbelas. O estradão até lá está em péssimas condições, é uma estrada de terra batida extremamente pedregosa e dificil de passar. É essencial levar um bom 4x4, com condutor experiente, ou então preparar a aventura de manhã bem cedo de forma a ir e voltar a pé.
Até aqui é possível fazer o estradão de carro (devagar): https://goo.gl/maps/psmfAfubBRv
Depois só a pé, ainda é um bocadinho mas se for cedo não há problema.
Votos de sucesso,
Abraço.
Obrigado,
Fica para um dia, pois ainda é um local longe de Caminha e, nos dias de Inverno não é um sítio fácil de alcançar. Vai estando atento ai por Montesinho e, sabe-se lá se um dia destes não cria, por exemplo entre Portelo e Montesinho que tem bom habitat, sobretudo nas encostas viradas a norte com vidoeiros, Pinus sylvestris e outras Pinaceae...
Abraço,
L
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