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Lince Ibérico: Duas crias nasceram no centro de Silves no domingo de Páscoa

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Paulo Alves
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Mensagem por Pedro Marques Ter Abr 06, 2010 2:35 am

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Mensagem por Paulo Alves Ter Abr 06, 2010 7:03 am

Uma boa notícia! Lince Ibérico: Duas crias nasceram no centro de Silves no domingo de Páscoa Icon_cheers
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Mensagem por Gonçalo Elias Dom Jun 20, 2010 8:16 am

Silves aprendeu com as mortes dos primeiros linces-ibéricos



20.06.2010 - 08:24 Por Helena Geraldes

publico.pt
O que se esconde para lá dos portões do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI), na Herdade das Santinhas em Silves, é a luta pela sobrevivência da espécie de felino mais ameaçada do planeta, o Lynx pardinus. Passados seis meses de trabalho, Silves aprendeu a ganhar e a perder as suas primeiras crias de lince-ibérico.

Lince Ibérico: Duas crias nasceram no centro de Silves no domingo de Páscoa 303913?tp=UH&db=IMAGENS&w=350 Hoje, há 16 linces no centro de reprodução em cativeiro de Silves (DR)





O desafio conservacionista começou na tarde de 26 de Outubro, quando Azahar, fêmea com cinco anos, chegou do Zoobotânico de Jerez de la Frontera e inaugurou os cercados daquele centro, uma das peças do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal (2008-2012). Até 1 de Dezembro, chegaram os restantes 15 linces, de forma faseada.

"Estes meses correram bem e todos os linces se adaptaram rapidamente à situação", contou Rodrigo Serra, director do centro. "No espaço de 15 dias a um mês, os animais já encaravam os tratadores como aliados". Hoje, passados mais de seis meses da chegada de Azahar, os 16 linces "apresentam todo o espectro de comportamentos naturais, a julgar pela forma como usam os cercados", acrescentou.

Nada mais seria de esperar para o ano de arranque em Silves do que uma boa adaptação dos animais. Acontece que o felino das barbas e dos pêlos em forma de pincel na ponta das orelhas surpreendeu a equipa do centro. Da primeira tentativa de reprodução em Silves e dos quatro casais escolhidos - Azahar e Drago, Erica e Enebro, Era e Calabacín e Espiga e Daman - nasceram duas crias, a 4 de Abril. "Esta foi a terceira vez que Azahar engravidou, mas, pela primeira vez, conseguiu levar a gravidez até ao fim", sublinhou Rodrigo Serra. "Ficámos muito entusiasmados. Foi a primeira reprodução comprovada em Portugal nos últimos 30 anos".

Mas Abril não trouxe só alegrias. Nesse mesmo mês, a equipa de técnicos de Silves viu-se obrigada a saber como ultrapassar a perda destes animais. A primeira cria morreu a 11 de Abril e a segunda a 18 de Abril.

De acordo com os resultados das autópsias realizadas no Centro de Análises e Diagnóstico de Málaga, em Espanha - centro que realiza as autópsias dos linces que morrem em cativeiro -, as crias estavam bem formadas e com as proporções correctas, mas "nasceram com problemas congénitos incompatíveis com a vida", explicou Serra. "Por aquilo que percebíamos através das câmaras de vigilância, as crias estavam a mamar. Mas, quando morreram, tinham um terço do peso que seria normal". A primeira cria morreu com 117 gramas, quando devia ter 382 gramas; a segunda tinha 144 gramas, em vez de algo entre 560 e 520 gramas.

Apesar de apresentar um "comportamento exemplar", a progenitora Azahar, com 8,5 quilos, nunca duplicou a quantidade de alimento ingerida diariamente, como seria normal. "Ao contrário do que acontece com os outros animais, a Azahar tinha comida disponível durante todo o dia, e de diferentes variedades. Mas enquanto esteve grávida comeu sempre o mesmo, o que não era suficiente".

Crias não tinham hipótese

Devido ao nanismo e ao mau desenvolvimento fetal congénito - uma das crias apresentava má formação da tiróide, responsável pela hormona do crescimento -, as crias estavam mais fragilizadas, menos imunes e mais atreitas a complicações. À segunda cria foi diagnosticada uma ruptura de intestino. Mas, para ambas, a gota de água terá sido uma infecção bacteriana aguda. "Nenhuma tinha hipóteses de sobrevivência, nem mesmo se fosse alimentada à mão", disse Rodrigo Serra.

Na verdade, os dois primeiros meses de vida das crias são cruciais. No ano passado, 40 por cento das crias que nasceram em cativeiro em Espanha morreram nesse espaço de tempo. De 28 animais, sobreviveram apenas 17. Os técnicos do centro estão agora a estudar a compatibilidade genética dos progenitores.

"Foi uma surpresa muito grande", comentou Rodrigo Serra, referindo que tudo foi feito pelas crias. "Assim que nos apercebemos de problemas, entrámos imediatamente em contacto com o centro de El Acebuche, em Doñana (Espanha)". Segundo o responsável, ainda que a intervenção dos técnicos nos cercados seja reduzida ao essencial, para não perturbar os animais, quando se aperceberam de problemas com a segunda cria, tomaram a opção de agir. "Decidimos intervir com a segunda cria quando nos apercebemos que esta estava a perder actividade. Entrámos no cercado e retirámo-la. Mas acabou por morrer passadas duas horas. Não havia nada a fazer".

"O impacto na equipa técnica e nos funcionários foi grande", admite. "Mas conseguimos refrear o desespero esforçando-nos por lembrar as coisas boas que já conseguimos alcançar".

Hoje, a "equipa continua coesa", a trabalhar nos detalhes e já está a preparar a próxima época de cria. "Estamos lançadíssimos para a época de reprodução de 2010/2011", garantiu
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Mensagem por barrento Dom Jun 20, 2010 10:29 am

Perdoem-me a ignorância, mas a " a compatibilidade genética dos progenitores" não deveria ter sido estudada à partida?
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Mensagem por daniel.sobral Qui Jun 24, 2010 12:44 pm

Não sei exactamente o que eles querem dizer com "compatibilidade genética dos progenitores", mas cheira-me a algo do género minimizar a consaguinidade, que é um problema grave em populações pequenas como a do Lince Ibérico.

Se for isso, imagino que não seja particularmente fácil de fazer (a não ser que eles saibam com exactidão as genealogias dos animais até algumas gerações atrás), e provavelmente o que eles querem dizer é que, uma vez que o problema parece ser grave, vão tentar mais esforços para ver quais serão as combinações de pais mais "variada" do ponto de vista genético...
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Mensagem por Gonçalo Elias Qui Mar 22, 2012 11:16 am

Nasceram sete crias de lince-ibérico no centro de Silves
22.03.2012
Helena Geraldes

Sete crias de lince-ibérico, uma das espécies-símbolo da luta contra a extinção de animais, nasceram no início de Março no Centro de Reprodução de Lince-ibérico em Silves. Uma acabou por morrer e as outras seis estão bem de saúde.

A época de partos em Portugal foi inaugurada com Biznaga, uma fêmea que deu à luz três crias a 5 de Março, segundo informações do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). “Duas das crias foram abandonadas uma hora após o nascimento, pelo que está a ser tentada a sua sobrevivência com amamentação artificial e incubadora”, de acordo com uma nota do instituto. Hoje pesam cerca de 400 gramas cada uma. A terceira cria acabou por morrer passadas 48 horas, apesar de a fêmea ter “demonstrado cuidados parentais normais”.

Biznaga, com seis anos, foi mãe pela primeira no ano passado e deu à luz duas fêmeas, depois de 64 dias de gestação. Mas Biznaga acabou por abandonar as crias poucas horas depois, algo normal para as fêmeas primeiriças. Os animais acabaram por não resistir.

Além de Biznaga, outra fêmea foi mãe no início deste mês. A 6 de Março foi a vez de Castañuela dar à luz quatro crias. “Apesar de serem muito raros partos com número tão elevado de crias, esta fêmea mostra grande dedicação e demonstra estar a cuidar adequadamente de toda a sua prole, que segue com actividade e ritmos de lactação normais”.

A temporada de cria 2011/2012 começou em Dezembro e só terminará em Abril. Em Silves foram formados nove casais, pelo que se esperam mais novidades para breve. Além das parelhas Biznaga e Drago e Castañuela e Fado foram formados os casais Fresa e Eon, Flora e Foco, Fruta e Fresco, Era e Fauno, Espiga e Calabacin e Azahar, Enebro, Erica e Gamma. As datas previstas para os partos estendem-se até a primeira semana de Abril, segundo o Programa ibérico de reprodução em cativeiro para esta espécie.

A população residente do Centro de Reprodução de Lince-ibérico em Silves conta, de momento, com 18 linces (nove fêmeas e nove machos): 13 dos que inauguraram o centro em 2009, três foram transferidos no final de 2010 e dois transferidos no final de 2011.

"Este é um projecto muito querido do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade", disse ao PÚBLICO Paula Sarmento, presidente do Instituto. "O lince-ibérico é uma espécie emblemática para a Península Ibérica, nomeadamente para Portugal", acrescentou.

Este é o segundo ano de reprodução em Silves. Na época 2010/2011 foram registados seis abortos e três crias - das fêmeas Biznaga, Fresa, Fruta e Azahar. Mas nenhuma das três crias sobreviveu.

"Agora, este ano está a correr muito melhor e aguardamos com alguma expectativa" o que se passa em Silves, disse Paula Sarmento. "O centro está a acompanhar as mães e as crias, 24 horas por dia, através de televigilância", acrescentou.

A rede ibérica dos cinco centros de reprodução em cativeiro – Silves, El Acebuche, La Olivilla, Granadilla e Gerez – conta esta época de reprodução com um total de 28 casais. E já há uma história de sucesso para contar. Pela primeira vez, uma equipa de um destes centros (El Acebuche, em Doñana) recuperou uma cria que tinha sido abandonada pela mãe, Boj, através sete dias em cuidados intensivos numa incubadora, e conseguiu que a progenitora a aceitasse de volta.

A reprodução em cativeiro é uma solução de fim de linha para tentar evitar a extinção do lince-ibérico (Lynx pardinus). O objectivo é reforçar com estes animais as duas únicas populações em estado selvagem, em Doñana e na Serra de Andújar, na Andaluzia. Para este ano, o programa de conservação espanhol pretende reintroduzir na natureza entre 14 e 15 linces nascidos em cativeiro, nomeadamente nas populações silvestres de Guadalmellato (Córdova) e Guarrizas (Jaén).

"As condições difíceis que o país atravessa são indiscutíveis. Mas projectos como este, que contam com patrocínios como medidas de minimização de impactes, podem ser uma mais-valia para o desenvolvimento de uma região, nomeadamente através do turismo de natureza", considerou ainda Paula Sarmento.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1538988
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Mensagem por JDGS Qui Mar 22, 2012 11:42 am

Grande notícia, vamos ver se estes se safam Rolling Eyes
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Mensagem por Gonçalo Elias Ter Abr 03, 2012 2:12 pm

Nasceram mais 12 crias de lince-ibérico em Portugal
03.04.2012
Helena Geraldes

Nasceram nos últimos dias mais 12 crias de lince-ibérico em Portugal, um número inédito no centro nacional de reprodução que luta para evitar a extinção desta espécie de felino. Com um total de 17 crias, Silves é hoje o centro ibérico com mais nascimentos.

Das 12 crias, apenas uma não sobreviveu, informa o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Os onze animais estão a ser amamentados naturalmente, no interior das caixa-ninho, pelas fêmeas Fresa, Flora e Fruta. Os progenitores são Éon, Foco e Fresco.

Normalmente as ninhadas desta espécie têm dois animais mas desta vez, tiveram quatro. As três ninhadas resultam do emparelhamento de animais com três anos de idade que já nasceram em cativeiro, a maioria no centro de reprodução El Acebuche, no Parque nacional espanhol de Doñana, no Sul de Andaluzia.

A juntar a estas 11 crias, o centro de Silves cuida de outras seis que nasceram no início de Março. Segundo o ICNB estas continuam bem de saúde. “Os registos da videovigilância das caixas-ninho revelam que Castañuela, a fêmea que tinha parido quatro crias no início de Março, mantém os cuidados parentais adequados. Segue também positiva a amamentação artificial pelos técnicos do CNRLI, das duas crias da Biznaga, que pesam agora já cerca de 800 gramas”.

A temporada de partos prolonga-se durante o mês de Abril. Até agora, segundo a agência Europa Press, já nasceram 40 crias: 17 em Silves, 11 no centro de La Olivilla, nove em El Acebuche e três em Granadilla.

A reprodução em cativeiro é uma solução de fim de linha para tentar evitar a extinção do lince-ibérico (Lynx pardinus). Esta ferramenta de apoio ao programa de recuperação da espécie no seu habitat natural tem como objectivo conservar o máximo de variabilidade genética existente actualmente na natureza (85%) durante um período de 30 anos. Para isso é preciso que o programa de reprodução em cativeiro conte com, pelo menos, um núcleo reprodutor de 60 animais (30 machos e 30 fêmeas).

Os cinco centros ibéricos tentam ainda ter um número suficiente de animais para a sua reintrodução nas áreas de distribuição histórica da espécie. A primeira vez que nasceram linces em cativeiro foi em 2005 e desde então o número de crias tem vindo a aumentar, à excepção de 2010 (oito crias) por causa da doença renal crónica que afectou os animais. No ano passado sobreviveram 25 crias (12 machos e 13 fêmeas).

No total, a população de linces em cativeiro era, em 2011, de 96 animais (49 machos e 47 fêmeas).

A próxima fase da conservação ex-situ da espécie é preparar animais nos centros para a libertação na natureza. A 14 de Fevereiro de 2011, Grazalema e Granadilla – nascidas no centro de reprodução de La Olivilla – tornaram-se nos primeiros linces-ibéricos nascidos em cativeiro a ser libertados na natureza. Em Novembro desse ano, Granadilla estabeleceu o seu território na zona de reintrodução de Guarrizas; Grazalema foi encontrada morta em Agosto numa jaula para controlo de predadores em Castela-La Mancha.

Este ano, em Janeiro, já foram libertados 11 linces na zona de Guadalmellato, em Córdova e em Guarrizas. As informações disponíveis até agora indicam que estão a adaptar-se bem à liberdade.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1540565
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