Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
2 participantes
Fórum Aves :: Aves :: Galeria
Página 1 de 1
Gilberto Pinelas- Número de Mensagens : 4507
Idade : 60
Local : Cascais
Data de inscrição : 20/12/2015
Re: Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
Que não seja scirpaceus, eu ainda entendo, mas como excluir baeticatus?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25581
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
Gonçalo, se quiseres eu posso revelar facilmente a minha argumentação que sustenta a minha convicção de que esta ave é de facto uma felosa palustre, agora, também tenho um desafio para ti: és capaz de explicar-nos porque razão consideras a hipótese de “Acro. baeticatus”? O que viste nela para considerares tal hipótese?
Gilberto Pinelas- Número de Mensagens : 4507
Idade : 60
Local : Cascais
Data de inscrição : 20/12/2015
Re: Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
Gilberto Pinelas escreveu:Gonçalo, se quiseres eu posso revelar facilmente a minha argumentação que sustenta a minha convicção de que esta ave é de facto uma felosa palustre
Sim, sff
Gilberto Pinelas escreveu:agora, também tenho um desafio para ti: és capaz de explicar-nos porque razão consideras a hipótese de “Acro. baeticatus”? O que viste nela para considerares tal hipótese?
Partindo do princípio que a foto foi tirada em Portugal, a localização é desde logo motivo suficiente para essa hipótese não ser descartada (dependendo obviamente da taxonomia seguida).
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25581
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
Ah, ok, eu julgava que, independente da questão geográfica e das probabilidades, tinhas visto algumas características interessantes/evidentes na ave que tivessem sugerido “Acro. baeticatus”, mas, afinal, enganei-me.
E, sim, vou, então, mostrar-te a minha argumentação em defesa de “Felosa palustre”. Deixa-me só organizar a informação…
E, sim, vou, então, mostrar-te a minha argumentação em defesa de “Felosa palustre”. Deixa-me só organizar a informação…
Gilberto Pinelas- Número de Mensagens : 4507
Idade : 60
Local : Cascais
Data de inscrição : 20/12/2015
Re: Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
Aqui tens, Gonçalo:
Local da observação/habitat: esta ave foi observada durante a primeira semana do mês de setembro de 2019, onde, nesse período, foi notório um significativo fluxo migratório de aves (passeriformes) no jardim onde a mesma foi observada. Neste jardim, a diversidade de árvores, arbustos e ervas de várias espécies é bastante considerável, proporcionando assim uma zona de descanso e alimentação para as aves que migram, sendo também notório, a cada ano que passa, um aumento da sua presença neste local.
Outro pormenor que me parece também importante referir, é que, esta ave, foi observada de manhã, de tarde e sob várias condições de luz, e que, segundo esta informação, “…Overhead lighting conditions can have an effect on the appearence of Marsh Warblers. In bright sunlight, they can appear strikingly pale. In overcast conditions they appear much darker…”, nas fotos obtidas, a mesma aparece exatamente nestes dois registos.
Comportamento: em termos de comportamento e enquanto conhecedor das dificuldades em observar um “Acrocephalus scirpaceus”, uma ave esquiva, no meu entendimento, esta ave revelou-se menos tímida que este, ocultando-se menos e parecendo tolerar mais a presença de quem a observava. No entanto, mesmo assim, foi extremamente difícil fotografa-la nas condições desejadas, face aos seus movimentos extremamente rápidos enquanto se alimentava, pulando de ramo para ramo através de uma incrível rapidez enquanto perseguia insetos numa pequena árvore/arbusto predileto. Nessa perseguição, a sua postura corporal, uma postura de caça, era horizontal/agachada e condizente com um “Acrocephalus” nestas circunstâncias. No entanto, e relativamente á sua outra postura invocada por muitos experts enquanto num estado de acalmia e quando se movimenta em juncos/caniços ou caules verticais, adotando uma postura mais vertical/ereta face ao “Acrocephalus scirpaceus”, confesso que não deu para me aperceber desse pormenor, porque, o meio, a vegetação onde se movimentava e onde foi observada, não reunia essa ou essas particularidades. Os ramos de um arbusto ou de uma árvore, não são a mesma coisa que um caniço, junco ou caule vertical de uma planta. No entanto, não sei se tem alguma relevância ou não, confesso que, enquanto empoleirado e parado, de facto adotava uma postura mais ereta/vertical (PE1, PE2, PE3 e PE4).
Outro pormenor/característica mencionada por alguns autores/experts, é o facto do “Acrocephalus palustris”, enquanto empolgado, levantar as penas da sua coroa anterior enquanto vocaliza, e, isso, numa única oportunidade que tive o privilégio de assistir e registar num breve instante, esta ave fê-lo (CV1 e CV2), tal e qual descrito pelas fontes.
Estrutura: no que diz respeito a esta questão e não perdendo a noção de que as diferenças estruturais, pequenas que sejam, são de extrema importância para separar as espécies de “Acrocephalus” na Europa, e que, as mesmas, em termos de avaliação, estarão sempre sujeitas á posição e á postura da ave em determinados momentos, ainda assim, esta ave em determinadas circunstâncias, noutras, não tanto, diga-se também, de uma forma genérica apresenta uma estrutura bastante compacta com uma aparência encorpada e profunda, acentuada pelo comprimento das suas coberturas infra caudais.
Outro aspeto e ou pormenor que ressalta nas suas características em termos estruturais é o facto desta ave apresentar a sua cabeça com um perfil menos atenuado, destacando-se uma testa menos plana e, ás vezes, uma coroa visivelmente arredondada, assemelhando-se a uma “Sylvia borin” (SB1 e SB2) e ao invés de um “Acrocephalus scirpaceus”, cujo perfil da cabeça é indiscutivelmente menos arredondado, com testa mais plana/achatada. Outro pormenor importante mostrado por esta ave, é o facto de esta revelar um bico visivelmente mais curto e robusto (B1, B2 e B3), sobretudo, na sua base, face á espécie concorrente em causa (Acrocephalus scirpaceus). O mesmo é enegrecido por cima, mas a mandíbula inferior revela-se pálida, de cor rosada/amarelada.
Outros dois pormenores interessantes revelados por esta ave é o facto de esta revelar olhos com iris castanha (O2) e anel orbital pálido/amarelado (O1), ambos abonatórios para “Acrocephalus palustris” em detrimento de “Acrocephalus scirpaceus” que, apesar de poder apresentar iris da mesma cor nalguns casos, no que diz respeito ao anel orbital, ao invés, este apresenta um anel orbital mais escuro e em tons acinzentados.
No que diz respeito á estrutura da asa, onde é referenciado pelos experts que, num “Acrocephalus palustris” com asa fechada, terão de ser visíveis oito pontas das suas primárias para ser considerado como tal, eu, honestamente, julgo que esta ave também consegue revelar esse pormenor (A4 e A5).
No que concerne ás características das patas desta ave, julgo que também se encaixam perfeitamente na descrição feita pelos experts relativamente á espécie agora proposta, apresentando tarsos mais pálidos de cor amarelada/rosada e garras também mais pálidas/amareladas (P1 e P2), sobretudo, quando bem iluminadas, isto ao contrário dos “Acrocephalus scirpaceus”, cujas patas revelam, normalmente, tarsos mais acinzentados e garras mais escuras, sendo que, salvo raras exceções, estes possam também apresentar patas semelhantes aos “Acrocephalus palustris” em termos de cor. Garras mais curtas e tarsos mais grossos, embora sejam outras das particularidades mencionadas pelos experts, simultaneamente, são também consideradas de somenos importância e de difícil análise, mesmo com aves na mão, pelo que, sobre esta questão e em relação a esta ave, nada mais tenho a acrescentar sobre tal.
Em termos de silhueta/jizz, como se pode verificar facilmente, esta ave também me parece encaixar perfeitamente num “Acrocephalus palustris”, tais as enormes semelhanças verificadas (J1, J2, J3, J4, J5, J6 e J7).
Plumagem: sabendo que, no Outono, as aves adultas desta espécie agora proposta apresentam um aspeto mais sombrio relativamente ás aves de 1 cy na mesma altura do ano, mesmo assim, comparativamente ao “Acrocephalus scirpaceus”, esta ave apresenta algumas diferenças significativas que passo a explicar:
- De um modo geral e em termos de cor, esta ave apresenta tons menos quentes conferindo-lhe um aspeto mais pálido (AP1, AP2, AP3, AP4, AP5, AP6, AP7, AP8, AP9, AP10, AP11, AP12 e AP13), sendo notável nas suas partes superiores um tom que, isto dependendo das condições de luz, parece variar entre o castanho azeitonado (PS2) e o castanho acinzentado (PS1). Outro pormenor também importante e que convém referir, é que, na zona do uropígio e coberturas supra caudais, esta ave não revela uma cor/tonalidade mais quente e contrastante face á cor revelada nas restantes partes superiores da mesma (U1 e U2).
Quanto ás coberturas/partes inferiores, como já foi dito atrás, esta ave apresenta genericamente um aspeto pálido/amarelado/palha, com relevo para a sua garganta mais branca e enfatizada pelo facto de a plumagem do peito de cor amarela/palha apresentar-se levemente mais escura, assim como os flancos, estes mais escurecidos tendo como base/referência a mesma cor. As coberturas infra caudais revelam-se mais pálidas e cremosas (GP1 e GP2).
No que diz respeito á asa, embora se note algum desgaste generalizado nas suas penas, ainda assim, julgo ser notório um padrão terciário contrastante em que as respetivas terciárias exibem ou evidenciam uma franja/borda pálida de cor branca acinzentada/azeitonada, contrastando com o núcleo escuro das mesmas (A6, A7, A8 e A9). O mesmo se aplica nas primárias, sendo menos evidente ou mais estreita a tal franja/borda de cor branca acinzentada ao longo das mesmas, fruto do referido desgaste. Outra particularidade e ou pormenor merecedor de destaque, é o conjunto formado pela alula enegrecida/escura e o padrão contrastante formado pelas pequenas e médias coberturas (A1, A2 e A3), cujos núcleos escuros das suas penas com franjas/bordas mais pálidas e marcantes, produzem esse efeito característico e abonatório para a espécie proposta (Acrocephalus palustris).
Relativamente á cauda, visivelmente em forma de leque (C9), a mesma revela retrizes com pontas pálidas estreitas e conspícuas (C1, C10 e C11), assim como revela facilmente também, sobretudo, na tela exterior das retrizes exteriores e ao longo das mesmas, uma borda/faixa, também ela pálida e contrastante (C2, C3, C4, C5, C6, C7 e C8).
No que diz respeito ao padrão do “rosto” desta ave, este é moderadamente pronunciado, apresentando um supercílio óbvio, pálido, menos tonificado e bem marcado acima dos loros (S1). A isto junta-se um anel orbital cremoso contrastando com um triângulo levemente mais escurecido que começa na frente dos olhos, abrangendo as bochechas e coberturas auriculares (PR1, PR2, PR3, PR4, PR5 e PR6).
Dito isto, estou convencido que, todo o resto, e refiro-me a algo, a algum pormenor que me tenha escapado e não mencionei nesta pequena descrição/introdução, julgo que, no seu conjunto, as fotos/comparativos conseguem reproduzir/traduzir a minha convicção de que esta ave é mesmo uma Felosa-palustre (Acrocephalus palustris).
A1
A2
A3
A5
A6
A7
A8
A9
AP1
AP2
AP3
AP4
AP5
AP6
AP7
AP8
AP9
AP10
AP11
AP12
AP13
B1
B2
B3
C1
C2
C3
C4
C5
C6
C7
C8
C9
C10
C11
CV1
CV2
GP1
GP2
J1
J2
J3
J4
J5
J6
J7
O1
O2
P1
P2
PE1
PE2
PE3
PE4
PR1
PR2
PR3
PR4
PR5
PR6
PS1
PS2
S1
SB1
SB2
U1
U2
U3
Local da observação/habitat: esta ave foi observada durante a primeira semana do mês de setembro de 2019, onde, nesse período, foi notório um significativo fluxo migratório de aves (passeriformes) no jardim onde a mesma foi observada. Neste jardim, a diversidade de árvores, arbustos e ervas de várias espécies é bastante considerável, proporcionando assim uma zona de descanso e alimentação para as aves que migram, sendo também notório, a cada ano que passa, um aumento da sua presença neste local.
Outro pormenor que me parece também importante referir, é que, esta ave, foi observada de manhã, de tarde e sob várias condições de luz, e que, segundo esta informação, “…Overhead lighting conditions can have an effect on the appearence of Marsh Warblers. In bright sunlight, they can appear strikingly pale. In overcast conditions they appear much darker…”, nas fotos obtidas, a mesma aparece exatamente nestes dois registos.
Comportamento: em termos de comportamento e enquanto conhecedor das dificuldades em observar um “Acrocephalus scirpaceus”, uma ave esquiva, no meu entendimento, esta ave revelou-se menos tímida que este, ocultando-se menos e parecendo tolerar mais a presença de quem a observava. No entanto, mesmo assim, foi extremamente difícil fotografa-la nas condições desejadas, face aos seus movimentos extremamente rápidos enquanto se alimentava, pulando de ramo para ramo através de uma incrível rapidez enquanto perseguia insetos numa pequena árvore/arbusto predileto. Nessa perseguição, a sua postura corporal, uma postura de caça, era horizontal/agachada e condizente com um “Acrocephalus” nestas circunstâncias. No entanto, e relativamente á sua outra postura invocada por muitos experts enquanto num estado de acalmia e quando se movimenta em juncos/caniços ou caules verticais, adotando uma postura mais vertical/ereta face ao “Acrocephalus scirpaceus”, confesso que não deu para me aperceber desse pormenor, porque, o meio, a vegetação onde se movimentava e onde foi observada, não reunia essa ou essas particularidades. Os ramos de um arbusto ou de uma árvore, não são a mesma coisa que um caniço, junco ou caule vertical de uma planta. No entanto, não sei se tem alguma relevância ou não, confesso que, enquanto empoleirado e parado, de facto adotava uma postura mais ereta/vertical (PE1, PE2, PE3 e PE4).
Outro pormenor/característica mencionada por alguns autores/experts, é o facto do “Acrocephalus palustris”, enquanto empolgado, levantar as penas da sua coroa anterior enquanto vocaliza, e, isso, numa única oportunidade que tive o privilégio de assistir e registar num breve instante, esta ave fê-lo (CV1 e CV2), tal e qual descrito pelas fontes.
Estrutura: no que diz respeito a esta questão e não perdendo a noção de que as diferenças estruturais, pequenas que sejam, são de extrema importância para separar as espécies de “Acrocephalus” na Europa, e que, as mesmas, em termos de avaliação, estarão sempre sujeitas á posição e á postura da ave em determinados momentos, ainda assim, esta ave em determinadas circunstâncias, noutras, não tanto, diga-se também, de uma forma genérica apresenta uma estrutura bastante compacta com uma aparência encorpada e profunda, acentuada pelo comprimento das suas coberturas infra caudais.
Outro aspeto e ou pormenor que ressalta nas suas características em termos estruturais é o facto desta ave apresentar a sua cabeça com um perfil menos atenuado, destacando-se uma testa menos plana e, ás vezes, uma coroa visivelmente arredondada, assemelhando-se a uma “Sylvia borin” (SB1 e SB2) e ao invés de um “Acrocephalus scirpaceus”, cujo perfil da cabeça é indiscutivelmente menos arredondado, com testa mais plana/achatada. Outro pormenor importante mostrado por esta ave, é o facto de esta revelar um bico visivelmente mais curto e robusto (B1, B2 e B3), sobretudo, na sua base, face á espécie concorrente em causa (Acrocephalus scirpaceus). O mesmo é enegrecido por cima, mas a mandíbula inferior revela-se pálida, de cor rosada/amarelada.
Outros dois pormenores interessantes revelados por esta ave é o facto de esta revelar olhos com iris castanha (O2) e anel orbital pálido/amarelado (O1), ambos abonatórios para “Acrocephalus palustris” em detrimento de “Acrocephalus scirpaceus” que, apesar de poder apresentar iris da mesma cor nalguns casos, no que diz respeito ao anel orbital, ao invés, este apresenta um anel orbital mais escuro e em tons acinzentados.
No que diz respeito á estrutura da asa, onde é referenciado pelos experts que, num “Acrocephalus palustris” com asa fechada, terão de ser visíveis oito pontas das suas primárias para ser considerado como tal, eu, honestamente, julgo que esta ave também consegue revelar esse pormenor (A4 e A5).
No que concerne ás características das patas desta ave, julgo que também se encaixam perfeitamente na descrição feita pelos experts relativamente á espécie agora proposta, apresentando tarsos mais pálidos de cor amarelada/rosada e garras também mais pálidas/amareladas (P1 e P2), sobretudo, quando bem iluminadas, isto ao contrário dos “Acrocephalus scirpaceus”, cujas patas revelam, normalmente, tarsos mais acinzentados e garras mais escuras, sendo que, salvo raras exceções, estes possam também apresentar patas semelhantes aos “Acrocephalus palustris” em termos de cor. Garras mais curtas e tarsos mais grossos, embora sejam outras das particularidades mencionadas pelos experts, simultaneamente, são também consideradas de somenos importância e de difícil análise, mesmo com aves na mão, pelo que, sobre esta questão e em relação a esta ave, nada mais tenho a acrescentar sobre tal.
Em termos de silhueta/jizz, como se pode verificar facilmente, esta ave também me parece encaixar perfeitamente num “Acrocephalus palustris”, tais as enormes semelhanças verificadas (J1, J2, J3, J4, J5, J6 e J7).
Plumagem: sabendo que, no Outono, as aves adultas desta espécie agora proposta apresentam um aspeto mais sombrio relativamente ás aves de 1 cy na mesma altura do ano, mesmo assim, comparativamente ao “Acrocephalus scirpaceus”, esta ave apresenta algumas diferenças significativas que passo a explicar:
- De um modo geral e em termos de cor, esta ave apresenta tons menos quentes conferindo-lhe um aspeto mais pálido (AP1, AP2, AP3, AP4, AP5, AP6, AP7, AP8, AP9, AP10, AP11, AP12 e AP13), sendo notável nas suas partes superiores um tom que, isto dependendo das condições de luz, parece variar entre o castanho azeitonado (PS2) e o castanho acinzentado (PS1). Outro pormenor também importante e que convém referir, é que, na zona do uropígio e coberturas supra caudais, esta ave não revela uma cor/tonalidade mais quente e contrastante face á cor revelada nas restantes partes superiores da mesma (U1 e U2).
Quanto ás coberturas/partes inferiores, como já foi dito atrás, esta ave apresenta genericamente um aspeto pálido/amarelado/palha, com relevo para a sua garganta mais branca e enfatizada pelo facto de a plumagem do peito de cor amarela/palha apresentar-se levemente mais escura, assim como os flancos, estes mais escurecidos tendo como base/referência a mesma cor. As coberturas infra caudais revelam-se mais pálidas e cremosas (GP1 e GP2).
No que diz respeito á asa, embora se note algum desgaste generalizado nas suas penas, ainda assim, julgo ser notório um padrão terciário contrastante em que as respetivas terciárias exibem ou evidenciam uma franja/borda pálida de cor branca acinzentada/azeitonada, contrastando com o núcleo escuro das mesmas (A6, A7, A8 e A9). O mesmo se aplica nas primárias, sendo menos evidente ou mais estreita a tal franja/borda de cor branca acinzentada ao longo das mesmas, fruto do referido desgaste. Outra particularidade e ou pormenor merecedor de destaque, é o conjunto formado pela alula enegrecida/escura e o padrão contrastante formado pelas pequenas e médias coberturas (A1, A2 e A3), cujos núcleos escuros das suas penas com franjas/bordas mais pálidas e marcantes, produzem esse efeito característico e abonatório para a espécie proposta (Acrocephalus palustris).
Relativamente á cauda, visivelmente em forma de leque (C9), a mesma revela retrizes com pontas pálidas estreitas e conspícuas (C1, C10 e C11), assim como revela facilmente também, sobretudo, na tela exterior das retrizes exteriores e ao longo das mesmas, uma borda/faixa, também ela pálida e contrastante (C2, C3, C4, C5, C6, C7 e C8).
No que diz respeito ao padrão do “rosto” desta ave, este é moderadamente pronunciado, apresentando um supercílio óbvio, pálido, menos tonificado e bem marcado acima dos loros (S1). A isto junta-se um anel orbital cremoso contrastando com um triângulo levemente mais escurecido que começa na frente dos olhos, abrangendo as bochechas e coberturas auriculares (PR1, PR2, PR3, PR4, PR5 e PR6).
Dito isto, estou convencido que, todo o resto, e refiro-me a algo, a algum pormenor que me tenha escapado e não mencionei nesta pequena descrição/introdução, julgo que, no seu conjunto, as fotos/comparativos conseguem reproduzir/traduzir a minha convicção de que esta ave é mesmo uma Felosa-palustre (Acrocephalus palustris).
A1
A2
A3
A5
A6
A7
A8
A9
AP1
AP2
AP3
AP4
AP5
AP6
AP7
AP8
AP9
AP10
AP11
AP12
AP13
B1
B2
B3
C1
C2
C3
C4
C5
C6
C7
C8
C9
C10
C11
CV1
CV2
GP1
GP2
J1
J2
J3
J4
J5
J6
J7
O1
O2
P1
P2
PE1
PE2
PE3
PE4
PR1
PR2
PR3
PR4
PR5
PR6
PS1
PS2
S1
SB1
SB2
U1
U2
U3
Gilberto Pinelas- Número de Mensagens : 4507
Idade : 60
Local : Cascais
Data de inscrição : 20/12/2015
Re: Felosa palustre ( Acrocephalus palustris )
Obrigado logo que possa vejo a informação em detalhe e depois comento.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25581
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Tópicos semelhantes
» Chapim-palustre (Parus palustris)
» Felosa-palustre
» Felosa-dos-juncos (Acrocephalus schoenobaenus)
» Felosa-dos-juncos - (Acrocephalus schoenobaenus)
» Acrocephalus palustris ? ( Polónia )
» Felosa-palustre
» Felosa-dos-juncos (Acrocephalus schoenobaenus)
» Felosa-dos-juncos - (Acrocephalus schoenobaenus)
» Acrocephalus palustris ? ( Polónia )
Fórum Aves :: Aves :: Galeria
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos