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Mensagem por Gilberto Pinelas Qua Set 23, 2020 2:43 pm

Reboleira, 3 de janeiro de 2020

Desta vez, e para que o PRamalho não diga que não fiz o “trabalho de casa” no “campo”, para além da única foto possível desta ave, deixo aqui uma pequeníssima narrativa daquilo que vi e em que circunstâncias se realizou esta observação:

Enquanto fumava um cigarro á janela do meu gabinete, sem que algo fizesse prever o surgimento desta ave, inesperadamente, a mesma pousou num pequeno arbusto á minha frente a cerca de 5 metros de distância. Numa postura totalmente irrequieta entre os pequenos ramos do dito arbusto, a olho nu, sem qualquer artefacto que pudesse melhorar o avistamento, ainda assim, deu para perceber perfeitamente que se assemelhava a uma “collybita”, quiçá mais pequena, até, e que tinha nitidamente uma pequena barra alar branca/esbranquiçada no painel da asa. Este pormenor foi ainda mais nítido quando a ave saltou do arbusto para o relvado e se mostrou integralmente por alguns segundos enquanto procurava comida.
Após ter realizado uma saída de felino da janela e ter voado para a gaveta da secretária para agarrar a máquina fotográfica, quando voltei, a ave tinha desaparecido. Volvido um minuto ou coisa que o valha, voltou a aparecer, pousando num pequeno tronco junto ao bebedouro, onde, numa postura novamente irrequieta, abrindo e fechando parcialmente as asas em simultâneo, consegui apenas obter uma foto. Após esse instante/momento, creio que, devido á proximidade e assustada pelo barulho do disparo da máquina, saiu de cena e nunca mais a vi até hoje.

ID Phylloscopus FSCN2062-A

Dito isto, deixo aqui alguns comparativos com as duas espécies que, no meu entendimento, mais se assemelham a esta ave:

ID Phylloscopus Comparativo-27

ID Phylloscopus Comparativo-16

ID Phylloscopus Comparativo-25

ID Phylloscopus Comparativo-14-A

ID Phylloscopus Comparativo-24-A

ID Phylloscopus Comparativo-34-A

Será possível ser uma destas?

Obrigado.
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Mensagem por PNicolau Qua Set 23, 2020 4:01 pm

Bem, se chamas a isto ter o trabalho de casa bem feito... Com uma foto..

Ora, para mim parece collybita. A ave não é esbranquiçada por baixo, e não tem um supercílio longo. Ainda hoje vi uma collybita com um painel claro nas asas. Esta barra alar não me convence.

Mas está na altura delas e é continuar à procura, e de preferência tirar muitas fotos. Por exemplo tentar usar playback para puxar os bichos cá para fora.

Mas digamos que se a ave tivesse bom aspecto, já terias pessoal, incluindo o Ramalho, a pedir coordenadas para ir ver a ave amanhã de manhã.

EDit: já vi que a foto foi em Janeiro...
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Mensagem por João Tomás Qua Set 23, 2020 4:39 pm

Eu também concordo que a barriga da tua ave não seja branca.
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Mensagem por Gilberto Pinelas Qua Set 23, 2020 5:54 pm

PNicolau, eu não disse que o trabalho tinha sido bem feito. O que eu disse e quis demonstrar de certa forma ao PRamalho, é que nem sempre é possível fazê-lo, e, neste caso, a ave e as circunstâncias, demonstraram isso mesmo. Eu não estava propriamente a observar aves, estava numa pausa do trabalho; apesar da máquina estar no gabinete, ela não estava comigo; a minha postura não era de todo aquela que tenho quando estou no campo e com um propósito de observar aves, etc. No entanto, e naquilo que as circunstâncias permitiram, fiz o que foi possível e decidi partilha-lo convosco. Vocês nem imaginam quantas aves tenho observado nestas circunstâncias, neste registo “Windows” e depois dá nisto… 

Relativamente á ave propriamente dita, aceito e respeito todas as opiniões. Sobre o pormenor da cor da barriga, eu acho que esse pormenor depende muito da foto e da luz existente no momento. Por acaso nesse dia não havia sol, estava nublado e não sei se terá influenciado esse pormenor. Sinceramente não sei, e, sem ter quaisquer certezas, diga-se em abono da verdade, deixo aqui alguns exemplos disso mesmo:

ID Phylloscopus Comparativo-12-A

ID Phylloscopus Comparativo-29-A

ID Phylloscopus Comparativo-56-A

E podia dar-vos mais exemplos que demonstram que esse pormenor invocado (barriga branca), nem sempre é possível confirmar a 100%.

Quanto ás “Collybitas”, e já vi muitas, com barra alar evidente e esbranquiçada como esta, eu nunca vi. Nem nas “Tristis” e já tenho algumas. Tens fotos dessa que observaste, hoje, PNicolau?
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Mensagem por Gilberto Pinelas Qui Set 24, 2020 10:16 am

Citação:

“Exacto, até no caso da felosa. As felosas normalmente ficam na mesma área, portanto se eu achar que vi uma trochiloides, podes ter a certeza que vou bater as árvores todas até tentar encontrar a ave de novo, caso a tenha deixado fugir na primeira vez.

Aliás, isso até me aconteceu quando eu ouvi uma inornatus no meu quintal a partir da casa de banho, e quando saí para fora a correr ela já não lá estava. No dia seguinte, andei a bater a zona toda e acabei por dar com a inornatus a 300 metros, e aí consegui gravar e fotografar.

Agora... Uma felosa com uma barra alar convincente e sacas uma única foto? Porque digamos que é mesmo uma espécie rara como tu pensas.. Como raio vais fazer a identificação com uma foto má perante um primeiro para PT, e quando tens borealis, plumbeitarsus, nitidus para excluir? Isto já excluindo humei, inornatus e proregulus pela estrutura, e assumindo que examinandus e xanthodryas não ocorrem no WP.”



PNicolau, eu não consigo dizer que não tens razão naquilo que dizes, ou que, através desta ave, me submeti a este escrutínio já com a certeza de que, a mesma, é de facto uma “trochiloides”. Aliás, eu já tinha dito noutro tópico que, entre outras aves, esta ave estava em standby e não a tinha submetido ao CPR, por não ter a certeza da sua ID.

Pois, na primeira instância e com a dita Phy. Inornatus”, tu também incorreste numa situação muito semelhante ás minhas, mas, posteriormente, tiveste tempo disponível para procura-la até a encontrares e eu não consegui fazer isso. Para além disto, as “Phy. Inornatus” até são aves colaborantes para quem tenha o propósito de as localizar, visto terem uma vocalização muito própria, distinta e audível relativamente ás outras felosas que aparecem por aqui no outono/inverno.

Voltando á questão, como é que eu podia fazer mais do que fiz se estávamos no Inverno, com dias muito curtos; quando tentei chegar de manhã cedo á empresa, tinha sempre ou quase sempre os jardineiros no jardim com sopradores a juntarem toneladas de folhas dos plátanos e dos choupos; quando saía para almoçar, tinha de dar boleia aos meus colegas até ao restaurante e quando saía já era de noite? Como é que eu podia fazer mais, como é que eu podia recolher mais informação para além da obtida? Como, PNicolau? Ainda me desloquei até á empresa durante dois fins de semana em prejuízo da família, e, para além de toneladas de “Phy. Collybita” que foram varridas a pente fino, nunca mais a vi.
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Mensagem por HL Sex Set 25, 2020 2:37 am

Os meus 2 cêntimos: acho que quando não é possível fazer o dito trabalho de casa, não vale a pena estar a esticar uma ID com fotografias ou gravações que são dúbias, isto é, que não mostram elementos suficientes para chegar a uma ID segura.
O exercício de tentar a ID até pode ser construtivo para assimilar detalhes das espécies candidatas, mas não para forçar uma ID.

Se me permites uma sugestão, nas pausas para o café leva sempre a câmara e gravador.
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Mensagem por Gilberto Pinelas Sex Set 25, 2020 5:30 am

Hugo, eu percebo e aceito perfeitamente o que queres dizer; eu comungo da tua opinião quando dizes que o exercício de tentar a ID pode ser construtivo, mas não confundamos as coisas. Muito sinceramente e á semelhança do que vejo noutros sítios, onde, sem preconceitos, se discutem verdadeiramente aves, excetuando aquele pormenor da cor da barriga invocado pelo PNicolau e pelo João Tomás, tu és capaz de dizer que, aqui, já se fez o mesmo, nem que fosse para assimilarmos os tais detalhes das espécies candidatas? Claro que não, Hugo. E, se não o fazemos, como podes afirmar que estou a esticar a ID, se nem sei a opinião concreta dos demais para poder argumentar a favor ou contra?

Em suma: o essencial (prós e contras das características da ave face a eventuais espécies candidatas…) carece de discussão e o acessório/minudências é discutido até á exaustão. Enfim…

Hugo, encontrando-me á sete meses em teletrabalho, a tua sugestão já foi considerada, e, as câmaras, estão sempre ao meu lado para registar novos personagens alados que queiram visitar o novo spot controlado da nova janela. Smile

Obrigado.
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Mensagem por HL Sex Set 25, 2020 5:52 am

Gilberto Pinelas escreveu:...aquele pormenor da cor da barriga invocado pelo PNicolau e pelo João Tomás, tu és capaz de dizer que, aqui, já se fez o mesmo, nem que fosse para assimilarmos os tais detalhes das espécies candidatas? Claro que não, Hugo. E, se não o fazemos, como podes afirmar que estou a esticar a ID, se nem sei a opinião concreta dos demais para poder argumentar a favor ou contra?...
Na minha opinião, fazer o tal exercício fica ao critério de quem tiver tempo. Não acho que seja trochilloides, pelas razões já referidas: a sobrancelha parece-me muito ténue, a barra alar também me parece muito subtil e as partes inferiores não me parecem esbranquiças. Mas também nunca vi collybita com aquela suposta barra alar. Não tenho tempo para ir mais a fundo, principalmente porque não me consigo agarrar a mais detalhes para estar a tentar fazer o tal exercício de ID.
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Mensagem por PNicolau Sex Set 25, 2020 6:39 am

Gilberto Pinelas escreveu:Hugo, eu percebo e aceito perfeitamente o que queres dizer; eu comungo da tua opinião quando dizes que o exercício de tentar a ID pode ser construtivo, mas não confundamos as coisas. Muito sinceramente e á semelhança do que vejo noutros sítios, onde, sem preconceitos, se discutem verdadeiramente aves, excetuando aquele pormenor da cor da barriga invocado pelo PNicolau e pelo João Tomás, tu és capaz de dizer que, aqui, já se fez o mesmo, nem que fosse para assimilarmos os tais detalhes das espécies candidatas? Claro que não, Hugo. E, se não o fazemos, como podes afirmar que estou a esticar a ID, se nem sei a opinião concreta dos demais para poder argumentar a favor ou contra?

Em suma: o essencial (prós e contras das características da ave face a eventuais espécies candidatas…) carece de discussão e o acessório/minudências é discutido até á exaustão. Enfim…

Hugo, encontrando-me á sete meses em teletrabalho, a tua sugestão já foi considerada, e, as câmaras, estão sempre ao meu lado para registar novos personagens alados que queiram visitar o novo spot controlado da nova janela. Smile

Obrigado.
Gilberto, o problema é que muitas vezes argumentar contigo é infrutífero, e portanto é difícil argumentar com alguém que não ouve e dá a sensação de que já tem a ideia formada. Mais do que isso, não é um exercício interessante.

Neste caso, na minha opinião, não há muito para discutir e portanto não é interessante. É uma collybita com uma "barra alar" que não é convincente, ou seja, vem provavelmente do desgaste da pena ou da posição da mesma. A "barra" não é branca, não está na posição certa da asa (devia começar atrás da álula e não por cima das coberturas) e não é bem definida (irregular na espessura, curvatura estranha). As cores da ave estão erradas, o supercílio da ave não é bem definido.. Portanto eu vejo uma collybita numa única foto que está também meio desfocada (nem se vê a cauda da ave).

O problema é que tu perdes realmente muito tempo com aves deste estilo, que sem mais fotos não têm nada que discutir. E com mais fotos seriam óbvias.

Depois, acho que tens de começar a ser um bocadinho mais realista naquilo que vês e não achar que cada ave estranha é um primeiro para Portugal ou para o Paleártico ocidental. As probabilidades disso acontecer são nulas. As raridades são raridades por algum motivo. E se achas mesmo que é uma mega raridade, então apresenta provas.
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Mensagem por Gilberto Pinelas Sex Set 25, 2020 3:12 pm

PNicolau, embora isto desse pano para mangas, eu não vou discutir mais sobre questões pessoais; se é infrutífero ou não; se é interessante ou não; se não ouço ou serão os outros que não querem ouvir; se já tenho ideias formadas ou serão os outros que as têm; se perco muito tempo com este tipo de aves ou serão os outros que não investem nelas; se tenho fotos más e os outros têm fotos boas; se não sou realista naquilo que vejo ou serão os outros que não caíram na realidade; se as fotos não têm nada para discutir ou serão os outros que fogem da discussão; etc, etc. No entanto, o que eu sei e bem, é que, discutirmos o óbvio, seria muito mais desinteressante e demasiado fácil, pois está ao alcance de qualquer um, para além de ser bastante confortável.

Dito isto, e mesmo partindo do principio que já não vais responder, isto, sim, parece-me óbvio, mesmo assim e sobre algumas particularidades mencionadas no teu texto, gostaria de comentar o seguinte:

Neste texto dizes que é uma “Collybita” com uma “barra alar” que não é convincente. No entanto, noutro texto, dizes que é uma felosa com uma barra alar convincente. Afinal, em que ficamos? É ou não é convincente?

Dizes também que a barra não é branca. Pois, pode não ser branca imaculada, mas, com toda a certeza e até pelo que vi no local, é, no mínimo, esbranquiçada e muito evidente, longe de se assemelhar a qualquer uma que se possa ver numa mera “Collytbita”. Aliás, parece-me não suscitar dúvidas, de que, a cor da mesma, está perfeitamente em linha com os exemplos apresentados. Concordas?

Dizes também que a barra também não está na posição certa. Ok, aceito que não esteja, mas, também como já vimos e nunca se discutiu, há exemplos de que essa mesma barra, por razões diversas e noutras aves, pode apresentar-se dessa forma ou muito semelhante. Aliás, no primeiro comparativo, julgo que, esse pormenor, pode ser um exemplo disso mesmo.

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Parece-te bem, poderemos equacionar uma destas hipóteses, quiçá, ainda mais extremada/fora do comum?

Referes também que as cores estão erradas. Ok, aceito que possam estar, mas, olhando para os comparativos, não consigo ver tal evidência. Queres explicar melhor essa questão?

Outros dos pormenores que referes e dizes não estar em conformidade com a espécie sugerida é o supercilio da ave. Ok, aceito que, na tua opinião não esteja, sobretudo, se estás a referir-te a uma ave “by the book”, mas, como sabes e bem, esta é uma característica que pode ter grandes variações, logo, muitas formas podem ser exibidas. Concordas? Mais: poderá a ave em observância revelar uma dessas variações?

Dizes ainda que parto do principio que, todas as aves estranhas que vejo, são raras e as primeiras para Portugal ou para o Paleártico Ocidental. Bom, aqui, tenho de abrir uma exceção e dizer-te que, isso, não passa de uma mera invenção. E, mesmo que fosse verdade, não seria o único a considerar ou a ter tal abordagem…. Concordas?

Para terminar, concluis que esta ave é uma collybita. Ok, é a tua opinião, aceito, e, sobre isso, penso que não há mais nada acrescentar. Não obstante, lanço-te um derradeiro desafio. Se dizes que as raridades são raridades por alguma razão, e que, para que possamos confirma-las, temos de apresentar provas irrefutáveis, consegues apresentar as mesmas provas que invocas para validares a tua conclusão, para validares uma “Phy. collybita” com uma barra alar evidente e esbranquiçada como esta? Sim, porque, para mim e outros tantos observadores, uma simples “Phy collybita” com estas características pode ser uma mega raridade. Consegues fazê-lo? Fica o desafio!

Obrigado.
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Mensagem por PNicolau Sex Set 25, 2020 3:26 pm

Gilberto, eu não acho que a barra alar é convincente. Eu estava a colocar-me na tua posição como a ave tendo uma barra alar convincente, que tu claramente achas. Se eu achasse que a barra alar fosse convincente, a minha postura seria outra. Ou seja, tu vês uma felosa com barra alar convincente e não fazes esforço para a reencontrar?

Nenhuma das aves que colocaste aqui tem a barra alar no sítio errado, excepto a tua.

Uma ave muito rara tem de ser by the book, ou então tem de ser muito mas muito bem provada. Esta ave não é by the book em nenhuma característica.

Quanto à questão das cores, já me pronunciei antes.
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Mensagem por PNicolau Sex Set 25, 2020 3:41 pm

Gilberto Pinelas escreveu:

Outros dos pormenores que referes e dizes não estar em conformidade com a espécie sugerida é o supercilio da ave. Ok, aceito que, na tua opinião não esteja, sobretudo, se estás a referir-te a uma ave “by the book”, mas, como sabes e bem, esta é uma característica que pode ter grandes variações, logo, muitas formas podem ser exibidas. Concordas? Mais: poderá a ave em observância revelar uma dessas variações?

Dizes ainda que parto do principio que, todas as aves estranhas que vejo, são raras e as primeiras para Portugal ou para o Paleártico Ocidental. Bom, aqui, tenho de abrir uma exceção e dizer-te que, isso, não passa de uma mera invenção. E, mesmo que fosse verdade, não seria o único a considerar ou a ter tal abordagem…. Concordas?

Para terminar, concluis que esta ave é uma collybita. Ok, é a tua opinião, aceito, e, sobre isso, penso que não há mais nada acrescentar. Não obstante, lanço-te um derradeiro desafio. Se dizes que as raridades são raridades por alguma razão, e que, para que possamos confirma-las, temos de apresentar provas irrefutáveis, consegues apresentar as mesmas provas que invocas para validares a tua conclusão, para validares uma “Phy. collybita” com uma barra alar evidente e esbranquiçada como esta? Sim, porque, para mim e outros tantos observadores, uma simples “Phy collybita” com estas características pode ser uma mega raridade. Consegues fazê-lo? Fica o desafio!

Obrigado.
Eu sou estatístico, portanto para mim as probabilidades importam.

Probabilidade de ser Mega raridade? Muito baixa mas possível.
Probabilidade de ser uma trochiloides em Janeiro? Muito baixa mas teoricamente possível.
Probabilidade de ser uma trochiloides com uma barra alar estranha, na zona da Asa errada? Aproximadamente zero, mas um indivíduo totalmente aberrante, não sei.
Probabilidade de ser uma trochiloides com um supercílio fraco tipo collybita? Provavelmente perto de zero, mas quem sabe.
Probabilidade de ser uma trochiloides com a barriga muito pouco esbranquiçada? Baixa certamente.

Um qualquer destes eventos já é raro. A probabilidade da intersecção deles todos é aproximadamente zero, para todos os efeitos é zero.

Probabilidade de veres uma felosa em Janeiro e ela ser uma collybita? Perto de 1.
Probabilide de uma collybita apresentar uma barra alar? Possível, como descrito no Collins. Mas digamos que é um evento raro.
Probabilidade de uma collybita ser aberrante no meio dos centenas de milhar/milhões das que invernam em Portugal? Um evento raro repetido muitas vezes torna-se provável. E atenção que a tua ave pode ter simplesmente falta de penas ou um desgaste qualquer, nem tem de ser aberrante.

Portanto... A tua ave fica como collybita. Não há absolutamente nada que indique o contrário, muito menos a suposta barra alar na zona das pequenas coberturas, quando devia ser na zona das grandes coberturas (ou pelo menos médias, algo que por si só não seria suficiente).
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Mensagem por Gilberto Pinelas Sáb Set 26, 2020 6:47 am

PNicolau, lamento informar-te, mas, face ao desafio lançado, eu diria que não superaste a prova, acabando, como é teu apanágio, por incorrer exatamente naquilo que me acusas constantemente, ou seja: forçar a ID. Neste caso a tua ID, a ID daquilo que tu, de um modo quase cego (demasiado afirmativo, pouco colaborante…), acreditas ser.

Dizes que, a minha ave, excetuando todos os exemplos dados, tem a barra alar deslocada, fora do sitio. Pois vejamos, se assim é, como dizes:

ID Phylloscopus Comparativo-plumagem-1

Visto isto, agora pergunto: achas que tens razão? Continuas a achar que, a barra alar, está mesmo fora do sítio e nas coberturas pequenas da ave, como dizes?

Relativamente á questão de a ave ser “by the book” ou não, quero que saibas que, eu, não tenho pejo nenhum ou qualquer problema em concordar contigo. De facto, a ave, não é uma estampa, quiçá, devido a qualidade da foto, mas o que eu saber e outros, é se, afinal, tens ou não provas concretas, de que, esta ave, é uma mera collybita, aberrante que seja. Consegues apresentar uma única foto de uma ave dessas, e que, já agora, seja convincente? E, já agora, adotando o teu principio, vendo a “coisa” pelo teu prisma, porque razão a ave pode ser uma “Phy. Collybita” aberrante e não pode ser uma “Phy. Trochiloides” aberrante, também?

Encerras a tua justificação com um exercício de hipótese nula, dizendo que és um estatístico, um homem dos números, e que, as probabilidades importam. Ok, nada contra o facto de seres um estatístico (felicito-te); nada contra a estatística em prol do estudo das aves (é necessária), e, também concordo que as probabilidades importam (também no sentido inverso…). Mas, neste caso concreto, em que, se impõe ou se impunha, discutirmos pormenores/características de uma ave (estrutura, padrões, cores, ângulos, posturas, comportamento, etc), e que, tudo isto, requer detalhe e, sobretudo, muita sensibilidade, eu temo que, essa mesma estatística que apresentas para te justificar, seja igual a um biquíni que dá uma ideia, mas esconde o essencial. Muito sinceramente, eu acho que, ás vezes, focas-te demasiado no destino, quando deverias focar-te no caminho. Concordas?

Obrigado.
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Mensagem por Gonçalo Elias Sáb Set 26, 2020 7:38 am

Gilberto Pinelas escreveu:porque razão a ave pode ser uma “Phy. Collybita” aberrante e não pode ser uma “Phy. Trochiloides” aberrante, também?

Probabilidades.

Tipo 1.000.000 para 1.

Se em Portugal nunca foi registada a Phylloscopus trochiloides, porque razão a primeira que aparece iria logo ser uma ave aberrante, na época errada?

Seja como for, Gilberto, tu estás no teu direito de achar que a ave é a espécie que dizes ser - afinal de contas foste tu que a viste. Envias para o CPR e eles que decidam. Digo-te já que se eu ainda estivesse no CPR (já lá estive mas já saí há muito tempo) votaria não.

Ah e já agora aceita este conselho: quando achares que viste uma espécie rara (pode perfeitamente acontecer, atenção!), não te contentes com fotos "manhosas". Vai atrás do bicho, tira 50, 100, 300 fotos em todas as posições possíveis e imaginárias, de modo a conseguires melhorar as evidências que tens para apresentar. Uma felosa em Janeiro tipicamente está a invernar e vai permanecer na zona durante dias, às vezes semanas a fio, oferecendo sucessivas oportunidades para obteres mais imagens. Faz vídeos, grava o som, tudo aquilo que conseguires. Informa de imediato outros observadores para irem lá registar a ave também, porventura conseguirem outro tipo de registos que ajudem a esclarecer a identidade da ave. Partilha as imagens de imediato e não 8 meses depois. Observa o bicho com binóculos também e faz notas daquilo que observares (o que se vê em fotos nem sempre reflecte fielmente o que vemos no campo).
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Mensagem por PNicolau Sáb Set 26, 2020 8:59 am

Gilberto,

Conseguiste ignorar todos os meus argumentos excepto o da posição da barra alar, portanto parabéns por isso. Quanto à tua outra pergunta de probabilidades, está respondida no meu post anterior. Basta ter um conhecimento básico sobre probabilidade e ornitologia para perceber.

Relativamente à barra alar, que até pode não começar nas pequenas coberturas e é bastante possível que eu tenha feito uma má leitura da foto (não que a tua esteja bem feita necessariamente, até porque as tuas pequenas coberturas para mim nem são na asa, mas infelizmente a foto não dá para muito). Se leres o meu post, perceberás que o meu argumento não se baseia somente em invalidar a barra alar, que para mim continua claramente na posição errada, mas baseia-se no conjunto de factores que não batem certo. Que tu insistes em ignorar, nomeadamente o supercílio.

Não posso deixar de dizer que é de facto louvável que tu tenhas colocado aqui a imagem da morfologia de um tordo, quando a imagem ao lado dessa mesmo que aqui colocaste, do Collins, mostra precisamente a morfologia de uma felosa e da posição das barras alares. E mostra como a segunda barra alar fica alinhada com a cobertura das primárias, contrariamente à da tua ave. Mas por algum motivo achaste que comparar um tordo com uma felosa era melhor do que comparar uma felosa com uma... Felosa. E decidiste conscientemente que a imagem das barras alares não era relevante mostrar, e portanto decidiste omiti-la. Isso é revelador.

Mas eu já disse o que tinha a dizer. Não vou perder mais tempo a discutir a foto de uma felosa que à luz das evidências é collybita normal com uma risca qualquer nas asas, que infelizmente sem mais fotos não dá para perceber o que é.

Tu ainda não percebeste que te cabe a ti provar que a ave é uma raridade, e não aos outros provar que não é. Por isso continuas a achar que vês megas raridades sempre que sais de casa, a uma taxa superior a qualquer outro observador. Infelizmente, achas que só tu é que tens imaginação e os outros são obtusos. Sugiro uma leitura sobre as Hastings Rarities na Wikipedia.
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Mensagem por Gilberto Pinelas Sáb Set 26, 2020 9:56 am

Olá, Gonçalo.

Antes de mais, felicito-te e congratulo-me com a tua aparição e participação nesta discussão.

A relação que apresentas para justificares uma probabilidade, é tal e qual acertarmos nos números do euro milhões, mas, a verdade, é que há sempre alguém que acerta neles, logo, basta teres colocado o 1 em vez do 0, para que, esta ave, seja ou tenha de ser minimamente discutida. Concordas?

Quanto a questão que me colocas, respondo-te na proporção inversa da mesma: e porque razão não poderia aparecer a primeira para Portugal, aberrante que fosse (para mim, não é…)? És capaz de explicar-me(nos) convincentemente essa suposta impossibilidade?

Outra particularidade que referes e que me deixa perplexo, ou, no mínimo, curioso, é facto de dizeres que, a confirmar-se a primeira ave ( Phylloscopus trochiloides ) para Portugal, ela aparecia na época errada. No entanto, mais adiante, dizes para ir atrás dela porque, uma felosa em janeiro, tipicamente, estaria a invernar e iria permanecer na zona. Afinal em que ficamos? A época estaria errada ou afinal ela poderia estar mesmo lá, e, a época, ser condizente?

Outro aspeto que frisaste, foi a legitimidade de eu poder enviar a dita ave para o CPR para, numa ultima instância, conseguirmos a sua ID, e, consequentemente, ser ou não aprovada. Sobre isso, nada a dizer, nada contra. Existe sempre essa possibilidade, logo, pode ser uma alternativa. No entanto, e agora focando-me apenas noutra surpreendente, inusitada e precipitada particularidade tua, quero dizer-te o seguinte: ao dizeres desassombradamente e explicitamente que, se esta ave fosse submetida ao CPR e tu estivesses lá, votarias não, tanto mais, tendo tu o estatuto e a responsabilidade que tens, e o que isso acarreta, ao dizeres isto pubicamente e desta forma, no mínimo, foi muito deselegante. O que tu fizeste, chama-se, literalmente, condicionar/influenciar o voto, caso eu decida colocar esta ave á mercê do colégio do CPR. Isto não se faz, Gonçalo. É feio tratar assim um membro deste fórum...

Obrigado.
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Mensagem por pedro121 Sáb Set 26, 2020 10:55 am

Gilberto Pinelas escreveu:

Outra particularidade que referes e que me deixa perplexo, ou, no mínimo, curioso, é facto de dizeres que, a confirmar-se a primeira ave ( Phylloscopus trochiloides ) para Portugal, ela aparecia na época errada. No entanto, mais adiante, dizes para ir atrás dela porque, uma felosa em janeiro, tipicamente, estaria a invernar e iria permanecer na zona. Afinal em que ficamos? A época estaria errada ou afinal ela poderia estar mesmo lá, e, a época, ser condizente?

Obrigado.

Ambas estão correctas, a época é errada tendo em conta os registos na Europa ocidental e significaria que a ave estaria a invernar, não sei se há algum caso de invernagem na europa.
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Mensagem por Tissot Sáb Set 26, 2020 10:59 am

Eu tinha já prometido a mim mesmo deixar de comentar por estas bandas, mas está na hora de voltar. Não me felicite pela minha participação, sr. gilberto, dispenso. E para que eu não perca o cherne da questão vou directo ao assunto. Por mero desejo de protagonismo e por truta e meia lançam-se postas de pescada para que a historieta fique dourada.
Já dizia o grande filósofo oriental Laotzé...

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Mensagem por Gonçalo Elias Sáb Set 26, 2020 11:01 am

Gilberto Pinelas escreveu:Antes de mais, felicito-te e congratulo-me com a tua aparição e participação nesta discussão.

Ora essa, estamos aqui para isso. Debater, trocar impressões sobre aves e, neste caso, identificação.

Gilberto Pinelas escreveu:A relação que apresentas para justificares uma probabilidade, é tal e qual acertarmos nos números do euro milhões, mas, a verdade, é que há sempre alguém que acerta neles, logo, basta teres colocado o 1 em vez do 0, para que, esta ave, seja ou tenha de ser minimamente discutida. Concordas?

Sem dúvida. Mas para se reclamar o prémio, o boletim premiado tem de estar impecavelmente conservado. Não pode haver dúvidas quanto à sua autenticidade. Se o bilhete estiver com rasuras, ou parcialmente ilegível ou danificado, ou houver algum tipo de dúvidas sobre as marcas que apresenta, não há prémio para ninguém. Não estou com isto a dizer que não é o boletim correcto, até pode ser, mas cabe ao detentor do boletim provar que se trata do boletim premiado, não é a Santa Casa que tem de provar que o boletim não tem prémio... Fui claro?  Wink

Gilberto Pinelas escreveu:Quanto a questão que me colocas, respondo-te na proporção inversa da mesma: e porque razão não poderia aparecer a primeira para Portugal, aberrante que fosse (para mim, não é…)? És capaz de explicar-me(nos) convincentemente essa suposta impossibilidade?

Eu não usei o termo impossibilidade nem qualquer outra palavra dessa família. Não te vou tentar convencer de algo que eu não defendi.

Gilberto Pinelas escreveu:Outra particularidade que referes e que me deixa perplexo, ou, no mínimo, curioso, é facto de dizeres que, a confirmar-se a primeira ave ( Phylloscopus trochiloides ) para Portugal, ela aparecia na época errada. No entanto, mais adiante, dizes para ir atrás dela porque, uma felosa em janeiro, tipicamente, estaria a invernar e iria permanecer na zona. Afinal em que ficamos? A época estaria errada ou afinal ela poderia estar mesmo lá, e, a época, ser condizente?

Sim, poderia. Mesmo sendo na época errada, poderia aparecer uma em Janeiro. Quando sugeri ires atrás dela foi no sentido de que, se por acaso, e contra todas as probabilidades, aparecesse (ou aparecer) uma em Janeiro, então existem boas hipóteses de ela ficar no mesmo local durante algum tempo, dando-te a oportunidade de conseguires melhores fotos desse improvável registo. Repara que quanto mais improvável for um registo, mais bem documentado ele tem de estar.

Gilberto Pinelas escreveu:ao dizeres desassombradamente e explicitamente que, se esta ave fosse submetida ao CPR e tu estivesses lá, votarias não, tanto mais, tendo tu o estatuto e a responsabilidade que tens, e o que isso acarreta, ao dizeres isto pubicamente e desta forma, no mínimo, foi muito deselegante. O que tu fizeste, chama-se, literalmente, condicionar/influenciar o voto, caso eu decida colocar esta ave á mercê do colégio do CPR. Isto não se faz, Gonçalo. É feio tratar assim um membro deste fórum...

Se eu fizesse parte do CPR, eu poderia concordar contigo, pois estaria a influenciar publicamente o voto dos meus colegas do CPR.
Acontece que eu saí do CPR em 2007 (já lá vão treze anos) e desde então nunca mais tive nada a ver com esse grupo de trabalho. Contrariamente ao que referes, eu não tenho nenhum tipo de "responsabilidade" que me impeça de dar a minha opinião.

Além disso o CPR é composto por membros muito experientes e não me parece que eles vão decidir o seu sentido de voto com base naquilo que eu escrevo neste espaço.

Mas, Gilberto, se tu realmente consideras que os membros do CPR são tão influenciáveis, a ponto de terem o seu sentido de voto condicionado por aquilo que eu escrevo neste Forum, se consideras que a opinião desse órgão colegial não é assim tão "independente", então talvez faça sentido repensares se confias na opinião e no veredicto do CPR a ponto de enviares para lá os teus registos.
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Mensagem por pedro121 Sáb Set 26, 2020 11:01 am

Ok, eu fui verificar e o melhor que se arranja é um registo de Novembro na Bélgica, como já tive ocasião de referir aqui : https://www.youtube.com/watch?v=ykwQEm6G13w a felosa verde passa principalmente em Setembro e em Outubro.

Por outro lado Hummes já pode invernar, tendo até registos em Espanha de aves invernantes.
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Mensagem por Helder Vieira Sáb Set 26, 2020 11:24 am

Tissot escreveu:Eu tinha já prometido a mim mesmo deixar de comentar por estas bandas, mas está na hora de voltar. Não me felicite pela minha participação, sr. gilberto, dispenso. E para que eu não perca o cherne da questão vou directo ao assunto. Por mero desejo de protagonismo e por truta e meia lançam-se postas de pescada para que a historieta fique dourada.
Já dizia o grande filósofo oriental Laotzé...

”Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida”.

Dito isto, e mesmo partindo do principio que já não vais responder, isto, sim, parece-me óbvio, mesmo assim e sobre algumas particularidades mencionadas no teu texto, gostaria de comentar o seguinte: bravo!!!!
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Mensagem por pedro121 Sáb Set 26, 2020 11:34 am

Não tinha de facto ideia mas Phylloscopus humei tem já mais de uma centena de registos feitos entre Dezembro e Fevereiro na Europa, é claramente uma boa aposta para os jardins de Lisboa no Inverno, sempre é mais fácil do que dar com uma no meio do Algarve
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Mensagem por PNicolau Sáb Set 26, 2020 11:43 am

pedro121 escreveu:Não tinha de facto ideia mas Phylloscopus humei tem já mais de uma centena de registos feitos entre Dezembro e Fevereiro na Europa, é claramente uma boa aposta para os jardins de Lisboa no Inverno, sempre é mais fácil do que dar com uma no meio do Algarve
Em Espanha já foram várias em vários anos.
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Mensagem por Gilberto Pinelas Sáb Set 26, 2020 11:57 am

PRamalho, atenta nisto, sff.

Irelanda:

Field Guide to Birds of the United Kingdom

“The Greenish Warbler is a very rare migrant to the UK, Isle of Man, and Ireland with nine records per year on average. It is most likely to occur during migration...”

Holanda:

https://www.turnstones.org/greenish-warbler

Espanha:

ID Phylloscopus 2

Inglaterra – 1 exemplo entre vários:

ID Phylloscopus 1B

Etc…
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Mensagem por Gilberto Pinelas Sáb Set 26, 2020 12:03 pm

PNicolau, dar como exemplo um tordo ou uma felosa era igual parao efeito em causa. A barra alar estaria sempre nas grandes coberturas ao invés do que disseste (pequenas coberturas). Já a tua resposta, era expectável, iria ser sempre a mesma. Em suma: não acrescentaste nada sobre o desafio que te lancei.

Obrigado.
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