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Lince ibérico.

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Mensagem por Pedro Marques Qua Dez 15, 2010 12:56 pm

Boas noticias Wink

http://www.rtve.es/noticias/20101207/lince-iberico-cautividad-a-libertad/381904.shtml

Abraço,
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Mensagem por L_Almeida Qui Dez 30, 2010 8:47 am

Olá Pedro,

São de facto óptimas notícias para o lince e para todos nós. É o resultado do trabalho de muitos anos que se fez em espanha. Acho que há muita gente por lá que está de parabéns. O percurso do programa de reintrodução do lince ibérico em espanha foi tudo menos fácil. A propósito recomendo vivamente o seguinte livro:

http://www.lynxeds.com/product/lince-ibérico

Esperemos que este indivíduo tenha a sorte de se poder reproduzir em liberdade, e de eventualmente ter uma vida longa, escapando aos caçadores furtivos, a envenenamentos, à travessia de estradas, à consanguinidada, à redução e fragmentação do habitat etc, etc ...

O que continua a não haver por cá é condições para nos próximos anos efectuar uma reintrodução em território nacional onde a espécie está extinta e o habitat altamente comprometido. Continuamos a ter políticos inertes, a assobiar para o ar, a varrer responsabilidades para debaixo do tapete, a reclamarem exitos que não são seus ...




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Mensagem por Gonçalo Elias Sáb Jan 22, 2011 11:33 am

Dois linces morrem em cativeiro em Espanha vítimas de doença renal
21.01.2011
Helena Geraldes

Este mês, o esforço para travar a extinção do lince-ibérico, o felino mais ameaçado do planeta, recebeu um revés com a morte de um macho e uma fêmea, em dois centros de reprodução em cativeiro, em Espanha, vítimas de doença renal crónica.

Na manhã de 4 de Janeiro, o centro de reprodução em cativeiro de El Acebuche, em Doñana, “procedeu à eutanásia da fêmea de lince-ibérico Enea, nascida em Março de 2008” naquele mesmo centro, segundo um comunicado do Programa de Conservação Ex-Situ.

Em Novembro de 2009, Enea foi um dos animais diagnosticados com a doença, em fase terminal. Ao longo do ano seguinte, o estado de saúde desta fêmea sofreu uma degradação gradual, combatida com tratamentos veterinários. “Mas o animal não conseguiu recuperar desta última recaída, sofrida no final de Dezembro, devido ao avançar da doença”, acrescenta o comunicado.

Dias mais tarde, a 11 de Janeiro, o centro de reprodução de La Olivilla também teve de proceder à eutanásia do macho Eros, nascido no centro de El Acebuche, na Primavera de 2008. Assim como o que aconteceu a Enea, foi diagnosticada a doença a Eros através de análises ao sangue realizadas em Novembro de 2009. “A evolução da doença neste animal foi rápida, apesar dos tratamentos administrados”, concluiu o comunicado.

A doença renal crónica, que danifica os rins de forma irreversível, foi identificada como mais uma ameaça à espécie no final de 2009, afectando pelo menos 25 animais. Meses depois, os especialistas explicaram o fenómeno com os efeitos nocivos dos suplementos alimentares administrados aos animais, pelo que os suspenderam. Esta medida terá permitido a melhoria da maioria dos animais doentes, excepto aqueles em que a doença está mais avançada.

No ano passado, a doença matou seis linces, em cativeiro. “Foi um revés tremendo para o programa de conservação ex-situ”, comentou Iñigo Sanches, coordenador do Comité de Criação em Cativeiro do Lince-Ibérico em Outubro, no 1º Seminário do Lince-Ibérico em Portugal, em Faro.

No ano passado registou-se a época reprodutora mais difícil desde o início do programa, em 2003, com apenas nove crias sobreviventes. Em parte devido à doença renal crónica.

Até agora, existiam cerca de 80 animais em cativeiro.

O objectivo final do programa ibérico de reprodução em cativeiro é conseguir conservar 85 por cento da variabilidade genética existente actualmente na natureza, durante um período de 30 anos. Para tal será preciso um núcleo de 60 linces reprodutores.

A fase seguinte será fazer uma reintrodução gradual dos animais em determinadas áreas consideradas prioritárias. Na verdade, até ao final de 2012, Portugal deverá implementar um programa detalhado para a reintrodução dos animais na natureza, compromisso assumido na assinatura do protocolo de cedência dos linces.

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1476464
Estima-se que existam actualmente apenas cerca de 150 linces-ibéricos (Lynx pardinus); em meados do século XIX seriam cem mil espalhados por toda a Península Ibérica. Hoje a espécie vive em Portugal numa situação de "pré-extinção". O colapso das populações de coelhos, a sua principal presa, a caça indiscriminada e a perda de habitat explicam o cenário.
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Mensagem por L_Almeida Qua Mar 02, 2011 6:25 am

Olá,

Fica este artigo do público.

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1482882

Na esperança que pelo menos a longo prazo se dê um passo atrás, mas dois à frente.

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Mensagem por Gonçalo Elias Sex Abr 08, 2011 1:40 pm

Nasceu mais uma cria de lince em Silves e está bem de saúde
08.04.2011
Helena Geraldes - publico.pt

Ainda não tem nome mas já se aguenta bem nas patas e tem um apetite voraz. Esta cria nasceu a 24 de Março e, de momento, é a única no centro de reprodução do lince-ibérico em Silves. Em Espanha há hoje 19 crias saudáveis, número que deixa antever um ano recorde nos esforços para salvar esta espécie da extinção.

Fruta vai fazer dois anos esta segunda-feira e já foi mãe. É a terceira fêmea que este ano deu à luz no Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro para o Lince-Ibérico (CNRLI). Biznaga e Fresa perderam as suas quatro crias. De momento, Azahar - o primeiro lince que chegou a Silves, a 26 de Outubro de 2009 - é a única com gravidez confirmada.

A cria de Fruta e Fresco, casal formado a 24 de Novembro do ano passado, tem “ritmos de aleitamento e actividades normais”, informou Sandra Moutinho, assessora de imprensa do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). “Já começou a desprender as orelhas, a perder a ‘borra’ (pelagem neonatal) e mostra crescente coordenação de movimentos, já se aguentando nos seus próprios pés”.

Apesar de ser uma fêmea primeiriça e juvenil, Fruta – que chegou a Silves há apenas cinco meses, vinda do centro espanhol de El Acebuche, Doñana - “tem um cuidado extremo com a amamentação”, contou ao PÚBLICO. “Fruta acorda a cria de hora em hora para mamar quando está na caixa-ninho, e nunca sai mais de 2h40 da parideira”, acrescentou. “A actividade da cria é maior quando a Fruta demora mais a voltar ao ninho, o que é demonstrativo da saúde da cria e do comportamento adequado da Fruta. Sempre que a Fruta sai da caixa-ninho, a cria adormece e fica tranquila, sinal de que mamou e está satisfeita”.

Por estes dias, em plena época de cria, todos os cinco centros da rede ibérica de reprodução em cativeiro estão ao rubro. Iñigo Sanchez, coordenador do programa espanhol Ex-situ, revelou ao PÚBLICO esta quarta-feira que existem 19 crias vivas nos centros espanhóis. E esperam-se mais partos, incluindo em Silves. “Este número é magnífico, dado que supera em muito o recorde do programa, registado em 2009 quando tivemos 17 crias”, contou o responsável.

A morte de quatro crias no Centro da Herdade das Santinhas, em Silves, “não faz deste um ano mau”, salientou Iñigo Sanchez. “É preciso lembrar que este centro abriu há apenas ano e meio e que recebeu animais jovens e sem experiência reprodutora. O facto de todas as [oito] parelhas do centro terem copulado nesta temporada é um grande êxito e indicam que os animais se sentem bem lá”, comentou.

Ainda assim, é cedo para celebrar. Para a nova cria em Silves, sem irmãos, a fase mais crítica vai até aos 30 dias de idade. Durante este período, o animal “tem de desenvolver imunidade e aumentar uma percentagem significativa do seu peso diariamente”.

Para ajudar a que nada corra mal, é preciso “que o ambiente seja o mais tranquilo possível e que os animais se sintam confiantes”, explicaram os responsáveis do Centro. Há que “manter uma rotina mínima previsível e minimizar todas as tarefas extraordinárias”. Durante a época de cria, “intensifica-se a vigilância, medem-se comportamentos e as equipas preparam-se para potenciais intervenções”, de acordo com o protocolo definido.

A época de reprodução só é dada como terminada quando se der o desmame bem-sucedido de todas as crias nascidas e quando se ultrapassar a fase de luta entre crias da mesma ninhada.

A reprodução em cativeiro é uma solução de fim de linha para salvar uma espécie em extinção. O lince-ibérico Lynx pardinus, com pouco mais de 250 animais a viver em liberdade no planeta, tem o perfil perfeito. Ainda assim, o esforço não se fica por aqui. Em Espanha e Portugal procura-se recuperar o habitat para uma futura reintrodução de lince. Em Espanha já começaram a ser devolvidos animais à liberdade.
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Mensagem por Paulo Alves Ter Jul 12, 2011 5:50 am

Deadly Rabbit Disease May Have Doomed Iberian Lynx
12.07.2011
John Platt - Scientific American

The 1988 arrival of viral hemorrhagic disease (VHD) in Spain devastated that country's European rabbit (Oryctolagus cuniculus) population and, in the process, possibly doomed the local species most adapted to hunt rabbit, the Iberian lynx (Lynx pardinus).

The wildcat is now critically endangered, with an estimated 100 to 200 animals remaining in the wild. That makes them the world's most endangered feline species. The species numbered 4,000 animals in 1960.

One of the few areas where Iberian lynx still reside is Spain's Doñana National Park. According to research published in the March 2011 issue of Basic and Applied Ecology, the lynx was the only predator in the park not able to adapt to eating other prey when the rabbit population crashed.

"All the carnivores reduced their consumption of rabbits following the arrival of VHD, although this reduction varied from one species to another," lead author Pablo Ferreras, a researcher at the Research Institute on Cynegetic Resources in Ciudad Real, Spain, said in a prepared statement.

According to the research, predators such as the badger (Meles meles), fox (Vulpes vulpes) and Egyptian mongoose (Herpestes ichneumon) all turned to other small mammals, birds and ungulate carrion for food when the rabbits became less plentiful. Badgers, for example, reduced the amount of rabbit in their diets from 71.8 percent to 26.2 percent.

But the Iberian lynx was not able to make that switch; it still relies on rabbits for 75 percent of its diet.

Why was the lynx unable to adapt? Ferreras told me that the lynx evolved on the Iberian Peninsula during the Pleistocene epoch glacial periods at the same time as the European rabbit. "The body size of the Iberian lynx, smaller than its evolutionary ancestor, is a result of its adaptation to preying upon rabbits, smaller than the ungulates, which constituted the main prey of its ancestor," Ferreras says. "Also the hunting behavior of the Iberian lynx—by ambushing and stalking—is an adaptation to hunting rabbits in patchy Mediterranean shrubs, where large rabbit densities originally occurred."

According to Ferreras, the lynx uses Mediterranean scrubland more than any other habitat, and relies on the presence of both rabbits and shrubs to thrive. "Lynx cannot survive in areas with high rabbit densities but without Mediterranean shrubs," Ferreras says. Much of the lynx's former scrubland habitat has been lost to human development.

The shrinking supply of its major prey source has not only affected the lynx's ability to feed itself, it has altered the species's social structure. Ferreras and his team found that female lynx increased the size of their territories, whereas juvenile lynx did not disperse from their nesting areas the way they used to. The researchers are calling on managing the rabbit population either through restocking or habitat improvement in order to save the cat from extinction.

Ferreras says that restocking the park with rabbits would not present an ecological problem, as most famously happened when rabbits were introduced to Australia, because the species is native to the region and there are so many other predators to help control their numbers. The Iberian Peninsula is "a large community of 30 to 40 natural predators, from reptiles to raptors and carnivores," Ferreras says. "The few places where rabbits are perceived (probably subjectively) as a pest in the Iberian Peninsula are mostly agricultural areas, where predators are very scarce. This is not the case of the landscapes where lynx can be recovered and where we propose to increase rabbit numbers."

VHD is the second plague to hit rabbits in Spain. The first was myxomatosis, a rabbit-specific disease that was purposefully released in France in 1952 by a doctor who wanted to keep rabbits out of his garden. It spread to Spain a couple of years later, where it killed 95 percent of the country's rabbits and kick-started the precipitous decline of the Iberian lynx. VHD, which also only affects rabbits, was first observed in China in 1984. Its origins are unknown.
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Mensagem por Gonçalo Elias Ter Set 13, 2011 6:16 pm

Portugal e Espanha voltam a unir-se pelo lince ibérico
«Iberlince» é o projecto que vai abranger quase toda a área de distribuição histórica da espécie, com acções concertadas

Por: Redacção / ACS | 8- 9- 2011 16: 24


Portugal e Espanha juntaram-se mais uma vez para defender o lince ibérico e o seu habitat, no projecto «Iberlince», que vai abranger quase toda a área de distribuição histórica da espécie, com acções concertadas.

Os métodos utilizados, durante os cinco anos do projecto, «serão harmonizados entre todos os parceiros ibéricos e as acções serão comuns» nas várias áreas de distribuição histórica de onde o lince desapareceu nas últimas décadas explica o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.

Deste modo, as acções de reintrodução da espécie «serão coordenadas bem como a conservação do habitat mediterrânico e o sucesso de populações futuras», acrescenta a entidade parceira portuguesa no Iberlince.

O objectivo do projecto é que o regresso do lince «possa vir a concretizar-se valorizando a paisagem mediterrânica» através da iniciativa apoiada pela Comissão Europeia e que conta com um total de 34 milhões de euros, com as medidas a executar em Portugal orçamentadas em 1,4 milhões de euros.

A apresentação do projecto Iberlince «Recuperação da distribuição histórica do lince ibérico (Lynx pardinus) em Espanha e Portugal» vai realizar-se na sexta-feira, em Córdova, e conta com a presença de responsáveis espanhóis, como a ministra do Meio Ambiente e Meio Rural e Marinho e o presidente da Junta de Andaluzia, mas também o presidente do ICNB, Tito Rosa.

A contribuição nacional está patente na realização de uma série de intervenções em áreas de habitat potencial do lince, como a construção de abrigos e cercados para o coelho-bravo, a preparação de linces nascidos em cativeiro e acções de divulgação e sensibilização sobre a espécie.

As acções do projecto estão planeadas essencialmente para zonas transfronteiriças da área de aplicação do Plano de Acção para a Conservação do Lince Ibérico, «assegurando habitat e densidade de presas suficientes para o estabelecimento de territórios de uma população viável».

O ICNB revela que irá procurar-se «um entendimento e gestão conjunta com proprietários e populações locais cuja colaboração é fundamental para a reintrodução da espécie».

O projecto Iberlince é co-financiado a 62 por cento pela União Europeia e complementa outros trabalhos e acções anteriores que «têm permitido uma recuperação progressiva» de algumas áreas de habitat.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/lince-iberico-iberlince-espanha-icnb-tvi24/1278825-4071.html
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