Informação sobre raridades no portal avesdeportugal.info

Olá a todos,

Já anteriormente anunciei, na sala "Portugal Continental" e também na sala "Livros e Links", o lançamento do portal avesdeportugal.info.

Gostaria agora de explicar um pouco mais em detalhe a informação que ali é apresentada no que se refere a observações de raridades.

Como é do conhecimento geral, as observações de espécies raras ou acidentais encontram-se sujeitas a homologação pelo Comité Português de Raridades. Os registos já aprovados encontram-se publicados nos relatórios do Comité. Estes relatórios eram publicados inicialmente na revista Airo, depois na Pardela e actualmente no Anuário Ornitológico. Infelizmente, alguns destes relatórios, principalmente os mais antigos, encontram-se esgotados, sendo por isso muito difícil obter a informação. Por outro lado, mesmo para quem tem os relatórios todos, a pesquisa é morosa, pois é preciso consultar relatório a relatório.

A fim de facilitar o acesso à lista completa sobre os registos já aprovados, o portal avesdeportugal.info irá incluir, na sua secção raridades, uma ficha para cada espécie rara ou acidental. Em cada ficha apresenta-se a lista de observações homologadas até ao presente.

Neste momento já foram criadas fichas para 7 espécies, a saber:

Cygnus olor
Tadorna ferruginea
Oxyura jamaicensis
Limnodromus scolopaceus
Tringa flavipes
Phalaropus lobatus
Larus argentatus

A página principal da secção raridades está aqui.

Periodicamente serão adicionadas novas fichas de espécies raras, tendo como objectivo final o de disponibilizar, neste site, informação actualizada sobre todas as raridades já observadas em Portugal.

Saudações,
Gonçalo

Olá Gonçalo,

Este novo portal parece-me uma excelente maneira de disponibilizar informação, e desde já deixo aqui os meus parabéns à equipa que o desenvolveu.

Há aqui porém uma coisa aqui (marginalmente ligada a este post, mas isto é perguiça de abrir um novo só sobre este tema) que já há algum tempo me causa confusão. Começo por dizer que sou totalmente a favor da existência do Comité Português de Raridades (CPR) e que acho muito meritório o trabalho desenvolvido pelo mesmo, que, como tantas outras coisas, é feito da carolice (no bom sentido) dos seus membros. É importante fazer triagem dos dados submetidos e importante fazer a sua divulgação e, concordando ou discordando das homologações do mesmo, o saldo é francamente positivo.

Onde me parece que o CPR falha é na comunicação com quem submete os dados. Lembrando que o envio dos avistamentos resulta do voluntarismo de cada um, considero que é importante que haja um retorno aos participantes, sem os quais não se justifica a existência do CPR. E digo isto da minha própria experiência, que tendo enviado os primeiros registos para o CPR em 2004 nunca obtive qualquer resposta sobre as observações enviadas. Fico sem saber se sim ou se sopas acerca de um número de observações. No seguimento de um contacto directo com o CPR fui informado que por norma este comité não informa quem voluntariamente entrega as suas observações, salvo se for pedido o resultado da deliberação, coisa que pedi e ainda assim nada me chegou ao correio electrónico.

Parece-me ser uma abordagem errada. Sei que isso implicaria um maior esforço da parte do CPR de contactar todos os observadores que enviam os seus registos, mas relembro que estes assim o fazem voluntariamente e de modo a que não se percam observações interessantes nos cadernos de campo de cada um. E evita-se assim, em certa medida, que se leia por exemplo no Anuário da SPEA "existem outras observações não submetidas". Pergunto-me se parte dessas não serão por desânimo devido a esta má comunicação por parte do CPR.

Resumindo e concluindo, quando lidamos com voluntários é bom que haja uma palavra pronta para quem dá o seu contributo. Assim como as coisas são às vezes parece que o CPR sofre de autismo, e certamente não será essa a razão pela ausência de resposta - acredito que seja o esforço de responder pessoalmente a cada observador. No entanto esse esforço, parece-me a mim, é o modo correcto de responder a esta situação.

Um abraço,
Pedro

Olá Pedro,

As questões que levantas são pertinentes e de uma forma geral concordo com elas. Como certamente sabes, fui coordenador do CPR entre finais de 2002 e finais de 2006. Durante o tempo em que desempenhei essa função procurei dar particular atenção aos aspectos que referes, nomeadamente acusando a recepção de todos os registos que eram remetidos por correio electrónico para o endereço do CPR.

Actualmente já não pertenço ao CPR e por isso desconheço qual é a prática corrente no que se refere a comunicação com os observadores.

Há apenas dois ou três aspectos que me parece ser importante esclarecer:

No seguimento de um contacto directo com o CPR fui informado que por norma este comité não informa quem voluntariamente entrega as suas observações, salvo se for pedido o resultado da deliberação, coisa que pedi e ainda assim nada me chegou ao correio electrónico.

Confirmo que esta é (ou era) a prática corrente. Se pediste e nada te foi entregue, houve claramente uma falha de comunicação. Caso a situação se mantenha, apenas posso sugerir que faças uma insistência.

Parece-me ser uma abordagem errada. Sei que isso implicaria um maior esforço da parte do CPR de contactar todos os observadores que enviam os seus registos, mas relembro que estes assim o fazem voluntariamente e de modo a que não se percam observações interessantes nos cadernos de campo de cada um.

Compreendo o teu ponto de vista, mas devo referir que o CPR processa algumas centenas de observações por ano e que isso implica uma carga de trabalho burocrático cuja dimensão quem está "do lado de fora" muitas vezes não imagina. Estar a informar individualmente cada um dos observadores vai tornar o trabalho ainda mais moroso (parece simples mas não é porque é preciso estar constantemente a actualizar as fichas de registos para ver quais os que já foram aprovados). E convém lembrar que os elementos do CPR, tal como os observadores, são voluntários.

E evita-se assim, em certa medida, que se leia por exemplo no Anuário da SPEA "existem outras observações não submetidas".

Pois esta é uma parte que sempre me fez alguma confusão. Eu acho que se o Comité refere observações não submetidas, está implicitamente a "aceitá-las". Isto é, em certa medida, um contra-senso...

Resumindo e concluindo, quando lidamos com voluntários é bom que haja uma palavra pronta para quem dá o seu contributo. Assim como as coisas são às vezes parece que o CPR sofre de autismo, e certamente não será essa a razão pela ausência de resposta - acredito que seja o esforço de responder pessoalmente a cada observador. No entanto esse esforço, parece-me a mim, é o modo correcto de responder a esta situação.

Conforme referi acima, concordo genericamente com a tua visão mas como já não estou no CPR há cerca de um ano, apenas posso sugerir que envies os teus comentários directamente para o Comité. Deixo aqui o e-mail de contacto: raridades@spea.pt.

1 abraço,
Gonçalo

Aproveito para informar que já se encontra online, no site avesdeportugal.info, informação actualizada sobre mais seis espécies:

Cygnus cygnus
Anser brachyrhynchus
Gypaetus barbatus
Turnix sylvatica
Larus genei
Larus glaucoides

Deste modo, já pode ser consultada neste site informação sobre 13 espécies raras, o que representa 10% das 125 raridades que integram a Lista de Portugal.

Nos próximos dias serão adicionadas mais algumas espécies.

1 abraço,
Gonçalo

Alô Gonçalo,

dando (con)sequência a este post, enviei a lista de sugestões para o CPR. Acho mesmo que de uma melhor comunicação entre o CPR e os observadores resultarão mais observações e menos frustração.

Abraço,
Pedro

Caro Gonçalo,

Estive a ver a página e está simplesmente, excelente!

Só tenho uma dúvida. Na página dedicada à Larus genei refere dois registos homologados para a Ria de Alvor no início dos ano 90. Nos relatórios do CIR publicados na Ardeola não encontro estes registos. Convém salientar que não possuo os exemplares mais antigos do Airo e talvez por isso ter surgido esta dúvida.

1990, 22-Out, Ria de Alvor, P Harris, C Jackson, Airo 2-2
1994, 18-Mar, Ria de Alvor, 2 ind., D Radford, Airo 6-1,2

Será que alguém me consegue esclarecer.

Arade escreveu:Só tenho uma dúvida. Na página dedicada à Larus genei refere dois registos homologados para a Ria de Alvor no início dos ano 90. Nos relatórios do CIR publicados na Ardeola não encontro estes registos. Convém salientar que não possuo os exemplares mais antigos do Airo e talvez por isso ter surgido esta dúvida.

1990, 22-Out, Ria de Alvor, P Harris, C Jackson, Airo 2-2
1994, 18-Mar, Ria de Alvor, 2 ind., D Radford, Airo 6-1,2

Viva,

A situação relativamente às gaivotas-de-bico-fino (Larus genei) é a seguinte: como a espécie nidifica em Espanha, o CIR não exigia homologação para a Península Ibérica. Por isso até 1994 os registos dispensavam homologação.

A partir de 1995, com a criação do CPR, a homologação passou a ser exigida para os registos efectuados em território português.

Assim os dois registos mais antigos não foram efectivamente homologados, porque tal não era necessário. Eles foram publicados nos números do Airo que mencionaste, mas na parte do "noticiário ornitológico". Daqui resulta que o total de registos homologados até final de 2005 é de 21 e não de 23, como erradamente se referia no site.

Já rectifiquei a informação apresentada no site, que poderás consultar aqui: http://www.avesdeportugal.info/largen.html

Obrigado pelo alerta

1 abraço,
Gonçalo

O site avesdeportugal.info foi actualizado com informação sobre mais quatro espécies raras:

Anser albifrons
Calidris pusilla
Phoenicurus moussieri
Oenanthe leucopyga

Sobe assim para 17 o número de espécies raras cujo "histórico" pode já ser consultado no site. Pretende-se que a informação completa sobre as cerca de 125 espécies raras observadas até hoje em Portugal Continental seja disponibilizada na íntegra até ao fim de 2008.

Saudações,
Gonçalo

Já foram disponibizadas informações para seis novas espécies raras:

Gavia immer
Marmaronetta angustirostris
Somateria mollissima
Cursorius cursor
Charadrius vociferus
Limicola falcinellus

O número total de raridades com informação detalhada no portal avesdeportugal.info sobre agora para 23.

Saudações,
Gonçalo

Aqui fica uma actualização de informação sobre raridades on-line. Foram criadas páginas para mais 5 espécies raras, nomadamente:

Charadrius mongolus
Pluvialis fulva
Sterna bengalensis
Sylvia curruca
Phylloscopus proregulus

Ficam agora disponíveis as informações sobre 28 espécies raras (22% do total).

Saudações,
Gonçalo

Foi disponibilizada no site avesdeportugal.info informação sobre mais 6 espécies de aves raras em Portugal, a saber:

Gavia arctica
Melanitta perspicillata
Oxyura leucocephala
Fulica cristata
Apus caffer
Corvus frugilegus

Já podem pois ser consultadas informações sobre 34 espécies de raridades.

Saudações,
Gonçalo

Já foi disponibilizada informação sobre mais 5 raridades, elevando para 39 o número de espécies raras incluídas no portal. As fichas agora adicionadas e que já podem ser consultadas são:

Gavia stellata
Mergus merganser
Porphyrula alleni
Tryngites subruficollis
Emberiza aureola

Saudações,
Gonçalo

Olá Gonçalo

O seu site está expetacular.
Têm muita informacão e muito bem explicita.

Aproveito e digo só uma pequena coisa: a ficha do cruza-bico não funciona, quando se carrega no mesmo ela dirige-se para a ficha da Escrevedeira-aureolada!

Cumprimentos,
João Dias

Olá João,

Obrigado pela tua mensagem e pelo alerta. O link para o cruza-bico já está correcto.

Gostaria de referir que o site avesdeportugal.info não é "meu", mas também de todos aqueles que, através de textos ou fotografias, têm contribuído para o valorizar. Este projecto é, acima de tudo, o resultado de um trabalho de equipa e tem sido graças à colaboração desinteressada de diversos observadores e fotógrafos que o site tem vindo a evoluir. Igualmente imprescindível para a qualidade e o rigor da informação apresentada é o olhar atento de visitantes que, como tu, prontamente nos avisam de algo que esteja menos bem.

1 abraço,
Gonçalo

Há 6 novas raridades com página própria no portal avesdeportugal.info, a saber:

Crex crex
Gallinago media
Tringa stagnatilis
Tringa melanoleuca
Tringa solitaria
Turdus obscurus

Sobe assim para 45 o número de raridades com informação detalhada sobre a sua situação em Portugal Continental.

Saudações,
Gonçalo

Para os interessados em raridades, informo sobre a criação de 4 novas fichas no portal:

Xenus cinereus
Actitis macularia
Emberiza rustica
Emberiza pallasi

Saudações,
Gonçalo

Como o número de raridades com ficha é já muito elevado (50 espécies), foi adicionada a lista completa das aves raras cuja informação pode ser consultada.

Esta lista encontra-se em: http://www.avesdeportugal.info/raridades.html

Saudações,
Gonçalo

Há novas espécies raras disponíveis para consulta no portal, a saber:

Fulmarus glacialis
Anas falcata
Gallinago delicata
Larus pipixcan
Larus atricilla
Larus hyperboreus
Sterna maxima

Saudações,
Gonçalo

Já é possível consultar mais um lote de fichas de raridades:

Thalassarche melanophris
Aquila clanga
Falco vespertinus
Pluvialis dominica
Motacilla citreola
Hippolais icterina
Montifringilla nivalis
Carpodacus erythrinus
Calcarius lapponicus

Ficam assim disponíveis para consulta as informações sobre 66 espécies raras (mais de metade de um total de 125).

Já foram disponibilizadas fichas para mais 9 espécies de raridades:

Anser fabalis
Branta canadensis
Branta leucopsis
Anas americana
Aythya affiinis
Fulica americana
Larus sabini
Vanellus gregarius
Strepropelia senegalensis

Podem assim ser consultadas informações sobre 75 espécies raras (60% do total).

1 abraço,
Gonçalo

Já foram criadas mais 7 fichas de raridades, a saber:

Bartramia longicauda
Sterna forsteri
Sterna fuscata
Chaetura pelagica
Anthus hodgsoni
Anthus godlewskii
Tichodroma muraria

O total é agora de 82 espécies (dois terços do total).

Está quase

1 abraço,
Gonçalo

Foi disponibilizada no portal avesdeportugal.info uma nova fornada de 11 fichas referentes a espécies raras:

Sterna dougallii
Chlidonias leucopterus
Alle alle
Anthus cervinus
Anthus petrosus
Acrocephalus melanopogon
Acrocephalus agricola
Phylloscopus fuscatus
Ficedula parva
Serinus citrinella
Emberiza pusilla

O número de fichas de raridades disponíveis para consulta é agora de 93.
Faltam apenas 32 fichas para esta empreitada estar concluída

1 abraço,
Gonçalo

O número de raridades com ficha no portal é agora de 100.

As sete novas fichas são as seguintes:
Podiceps auritus
Calidris melanotos
Larus philadelphia
Apus affinis
Sturnus roseus
Carduelis flammea
Bucanetes githagineus

Já podem ser consultadas 8 novas fichas de raridades:

Phaethon aethereus
Oceanodroma monorhis
Sula leucogaster
Anas discors
Anas carolinensis
Bucephala albeola
Calidris fuscicollis
Acrocephalus paludicola

Boas Gonçalo,

Estive a consultar o site que me pareceu muito bem estruturado e interessante.
De qualquer forma reparei numa pequena incorrecção (e não é para puxar a brasa à minha sardinha/observação e daí até talvez seja ) no que concerne à espécie Montifringilla nivalis, pois em 22-Jan-2005 observei a espécie no cabo da Roca e esta já foi homologada e apresentada no anuário 2007.

Abraço
António