Pombo Torcaz

e impressão minha ou ele esta no ninho

Sim está! deve estar a incubar!

Fez o ninho num Carvalho português (Quercus faginea broteroi) parece-me. Acho piada e fico feliz. Lá está, fauna e flora autóctone andam de mãos dadas

Lemuel Silva escreveu:Fez o ninho num Carvalho português (Quercus faginea broteroi) parece-me. Acho piada e fico feliz. Lá está, fauna e flora autóctone andam de mãos dadas

Sabes uma coisa? Tenho a sensação (nunca fiz uma análise quantitativa) que isso é especialmente verdade no caso das espécies migradoras. Isto é, a quantidade de espécies estivais nidificantes é mais elevada nas zonas onde a vegetação autóctone está mais bem preservada. É só uma sensação, não fundamentada em coisa nenhuma para além da minha percepção pessoal...

Já num outro post comuniquei a observaçao de um ninho de torcaz numa oliveira o ano passado.

Este ano no mesmo local confirmei a nidificaçao de 2 pombos torcaz no mesmo olival.
Os ninhos estavam a cerca de 50 metros de distancia um do outro.

Gonçalo Elias escreveu:

Lemuel Silva escreveu:Fez o ninho num Carvalho português (Quercus faginea broteroi) parece-me. Acho piada e fico feliz. Lá está, fauna e flora autóctone andam de mãos dadas

Sabes uma coisa? Tenho a sensação (nunca fiz uma análise quantitativa) que isso é especialmente verdade no caso das espécies migradoras. Isto é, a quantidade de espécies estivais nidificantes é mais elevada nas zonas onde a vegetação autóctone está mais bem preservada. É só uma sensação, não fundamentada em coisa nenhuma para além da minha percepção pessoal...

Pois é Gonçalo, não me ademira nada que isso seja verdade, parece-me muito lógico até. A nossa avifauna estival, portanto aquela que não está cá todo o ano, ao longo de milhares de anos, sempre que regressou, deparou-se com o mesmo mosaico de flora no nosso país, tendo adaptado os seus hábitos reprodutores a esse mesmo ambiente, hábitos que se transformaram em necessidades e que se materializaram com a escolha de determinados locais para fazer o ninho conforme a espécie. Estes "costumes" anuais, transmitidos aos longo de gerações, chegaram até nós. É verdade que a flora do nosso país mudou substancialmente, grande parte dos carvalhais foram substituídos por monoculturas de Eucaliptus e também por imensos pinhais mas provavelmente as aves estivais, por só estarem cá uma parte do ano, não têm tido tanta necessidade de adaptação, mantendo-se fiéis aos seus "velhos costumes". Provavelmente a avifauna residente já terá começado a dar mais provas de adaptação, pelo menos algumas espécies sei que sim, outras não. Mas a avifauna estival, estando cá tão pouco tempo, não tem tanta necessidade de explorar novos habitats, havendo provavelmente menos exemplos de capacidade de adaptabilidade ao novo mosaico florestal por parte deste grupo de espécies. Faço sentido? Tudo teorias claro, tentei apenas pensar de um ponto de vista lógico. Mas a natureza é perita em quebrar a lógica humana

Gonçalo Elias escreveu: Isto é, a quantidade de espécies estivais nidificantes é mais elevada nas zonas onde a vegetação autóctone está mais bem preservada. É só uma sensação, não fundamentada em coisa nenhuma para além da minha percepção pessoal...

Tirando os noitibós-cinzentos, sim porque a esses ninguém lhes tira os eucaliptais

pedro121 escreveu:
Tirando os noitibós-cinzentos, sim porque a esses ninguém lhes tira os eucaliptais

Olha que os noitibós não são exclusivos de eucaliptais.

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:
Tirando os noitibós-cinzentos, sim porque a esses ninguém lhes tira os eucaliptais

Olha que os noitibós não são exclusivos de eucaliptais.

Sim, mas podendo escolher... os primeiros do ano aqui no oeste aparecem normalmente sempre em eucaliptais, este ano então tem sido um abuso, acho que só vi/ouvi dois que não estavam ligados a eucaliptos.

O que eu quis dizer é que tens muito noitibó em regiões onde nem sequer existem eucaliptais.