Tendência das aves europeias

A população de pombo-torcaz encontra-se a subir consistentemente desde há várias décadas

Andorinhão-preto em situação estável, embora com algumas flutuações.

A população de pintarroxo caiu bastante desde a década de 1980, embora actualmente pareça estabilizar.

A população de pintassilgo tem apresentado bastantes flutuações mas sem uma tendência definida nos últimos 25 anos.

O gráfico da cegonha-branca actualizado com dados de 2014.

O alcaravão tem um histórico mais curto que outras espécies (cerca de 17 anos), o que se vê até agora é uma tendência indefinida com muitas flutuações.

O gráfico do tartaranhão-dos-pauis evidenvia um rápido crescimento populacional entre 1988 e 1995, mas nos últimos 20 anos a população parece estar mais ou menos estável.

Maçarico-das-rochas em regressão continuada desde há 30 anos

Fala-se muito na rola mas a situação do abibe não é melhor...

A petinha-dos-prados é mais uma das espécies de habitats agrícolas que se encontra em regressão na Europa.

A população de petinha-das-árvores também se encontra numa tendência descendente de longo prazo.

A população de sisão em queda livre...

Tal como acontece com a maioria das espécies de habitats agrícolas, também a laverca tem visto a sua população europeia diminuir ao longo das últimas décadas.

Rola-turca continua a sua expansão.

Depois de alguma subida no início da década de 1990, a população de peneireiro-vulgar encontra-se a diminuir há 20 anos e terá caído para metade desde 1994.

EU in 'state of denial' over destructive impact of farming on wildlife

https://www.theguardian.com/environment/2018/mar/23/eu-in-state-of-denial-over-destructive-impact-of-farming-on-wildlife?CMP=share_btn_fb

Ao contrário do que acontece com as espécies de habitats agrícolas, que estão em forte declínio por toda a Europa, as aves florestais estão maioritariamente estáveis, algumas até com tendências ascendentes.

Deixo os gráficos de quatro chapins: real, carvoeiro, azul e de poupa.

Continuando nas aves florestais deixo agora as duas trepadeiras (a comum e a azul), ambas com tendência populacional ascendente.

Hoje deixo-vos os gráficos das Emberizas. O panorama aqui é pouco animador: com excepção da E. cirlus (que é a única florestal), que está ascendente e da E. cia que está estável ou incerta, todas as outras estão em declínio há várias décadas.

A petinha-das-árvores também está em regressão desde há várias décadas

O gráfico do sisão revela uma situação bastante preocupante...

Tal como acontece para o sisão e para muitas outras espécies do sul da Europa, a série de dados para a calhandra-real é mais curta do que para as aves que ocorrem mais a norte, mas já dá para perceber que a tendência de longo prazo é de queda (com alguma estabilização em anos mais recentes).

Passamos agora para o gráfico do grou. E aqui o panorama é totalmente diferente:

Tal como acontece com outras aves que frequentam zonas agrícolas, também no caso do abibe a tendência de longo prazo é descendente.

E mesmo sem ter feito nenhum estudo sobre o assunto, tenho a percepção de que hoje em dia não se vê tão frequentemente os bandos de muitas centenas de indivíduos que apareciam há 20-30 anos.

Gonçalo Elias escreveu:O gráfico do sisão revela uma situação bastante preocupante...

Gonçalo , qual é a explicação para a grandes flutuações negativas anuais que por vezes têm mais de 50% de variação e que posteriormente recuperam para valores mais estabilizados.

Eu vejo as seguintes hipóteses.

1. Resultados de amostragem não calibrados .
2. Epidemias que afectam fundamentalmente os nascimentos num ano e são de certa forma compensadas nos anos seguintes.
3.Dispersão temporária da espécie