Olhão: Falcão peregrino regressa à liberdade

Olhão: Falcão peregrino regressa à liberdade
Data: 21 de Janeiro de 2012
Fonte: observatoriodoalgarve.com

Um falcão peregrino atingido a tiro vai voltar a estender as asas e voar, depois de ser tratado no RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens da Ria Formosa. Libertação é amanhã. Veja como assistir.

A ave deu entrada no RIAS no dia 16 de Março de 2011 após ter sido recolhida por um particular com suspeitas de ter sido vítima de tiro ilegal.

O falcão-peregrino é o maior falcão que ocorre em Portugal. Caracteriza-se pelas suas asas largas, pela cauda curta e pelo barrete escuro. É um dos animais mais rápidos e o seu voo é um dos mais belos espetáculos da Natureza.

No Algarve os locais mais favoráveis à observação desta espécie são a Ponta da Piedade em Lagos e o cabo de São Vicente na Vila do Bispo.

Está presente no país todo o ano e frequenta sobretudo zonas rochosas, onde constrói o seu ninho, mas no Outono e no Inverno também pode ser observado a caçar em meio urbano ou em zonas húmidas costeiras.

Fratura levou a imobilização da asa

A equipa médico-veterinária do centro verificou que o falcão-peregrino apresentava uma fratura no pulso da asa esquerda, pelo que o plano de recuperação no RIAS consistiu em imobilização da asa até à total recuperação da fratura.

Posteriormente foi transferida para um câmara exterior de grande dimensão onde, na presença de indivíduos da mesma espécie treinou o voo e a caça. Atualmente a ave encontra-se apta para ser devolvida ao seu habitat natural, num local adequado à espécie.

A libertação de 1 falcão-peregrino (Falco peregrinus) realiza-se este domingo 22 de Janeiro de 2012 e o ponto de encontro, para quem quiser assistir é às 11h no RIAS localizado na sede do Parque Natural da Ria Formosa, na Quinta de Marim, Quelfes (Olhão).

O RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens da Ria Formosa (Quinta de Marim, Olhão) tem como principal função receber e proceder ao tratamento de animais selvagens autóctones feridos ou debilitados e, sempre que possível, devolvê-los ao seu habitat natural.

Estes momentos de libertação de animais recuperados são, de acordo com os técnicos e voluntários do RIAS, “o agradável culminar de um processo de recuperação muitas vezes moroso”.

São ainda “momentos privilegiados para contacto com as populações locais, de modo a dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos centros de recuperação de fauna selvagem e também as espécies que ocorrem no nosso país”.

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=48555