Motacilla flava flavissima

Hoje de manhã no cabo Espichel, mesmo em frente ao 'jardim' que está antes do santuário.

Grande malha!
Sabes como é a sua ocorrência no nosso país?

Grande achado, parabéns!
Esta nunca a observei, manda-a para cima

Cumprimentos
Inocêncio Oliveira

Obrigado Pedro.

Quanto à tua questão, eu próprio não sei responder. Ou melhor, sei que ocorre, mas não sei quantificar.

Aqui fica um resumo da informação de que disponho:

- na bibliografia (incluindo no livro Aves de Portugal do qual sou co-autor) refere-se que a espécie é regular na passagem, mesmo na Primavera, mas não apresenta números.
- no noticiário SPEA não encontrei uma única referência a esta espécie.
- no Flickr "Aves em Portugal" há meia dúzia de registos, cerca de 1 ou 2 por ano (ver em http://www.flickr.com/search/groups/?w=26922203%40N00&m=pool&q=flavissima)

Acresce a isto que em mais de 20 anos de observação não me lembro de alguma vez me ter cruzado com uma ave desta subespécie em Portugal (embora admita que tal possa ter acontecido nos idos de 1990).

A sensação que tenho é a de que esta subespécie não é lá muito frequente no nosso país, diria mesmo bastante escassa, mas como referi não tenho números que sustentem esta afirmação.

1 abraço,
Gonçalo

Aproveitando o tópico e sem querer abusar do espaço , tirei estas fotos à um tempo e fiquei a achar que era amarela demais...
Confirma-se também?

Também me parece ela! Boa

Inocêncio Oliveira

PNicolau escreveu:Grande malha!
Sabes como é a sua ocorrência no nosso país?

Dados nacionais não sei, mas na passagem outonal em Peniche é frequente, como palpite diria que 10% das alvelolas amarelas adultas em passagem outunal nalguns dias são Motacilla flava flavissima, mas das três subespécies comuns é claramente a mais rara, por comparação nalguns dias quase só se vê Motacilla flava flava que podem na passagem outonal serem mais comuns que a iberica.

Olá,

Nos censos anuais da avifauna da Barrinha de Esmoriz (Espinho/Ovar) tanto em 1995-1997 como em 2002 esta espécie apareceu na passagem migratória Outonal, se bem que fosse a menos abundante das três subespécies que detectamos (M. f. flava, M. f. iberiae, M. f. flavissima).
As aves da subespécie nominal apareciam ainda em Agosto, mas as M. f. flavissima só observei em Setembro e, principalmente, Outubro.

Pedro Cardia

Esta que coloquei foi tirada no Estuário do Mondego, no inicio de Outubro.

boa

Confesso que nunca dei a devida atenção às sub espécies, e provavelmente já me cruzei com várias. No final do verão passado vi uns resultados de anilhagem desta espécie em Salreu e fiquei surpreendido com a variedade... ficou logo como algo a ter em atenção no ano seguinte.

Infelizmente não encontro esses dados.

Tenho uma opinião parecida à do Pedro Ramalho. Talvez uns 10% não esteja longe.

Rafael Matias escreveu:Tenho uma opinião parecida à do Pedro Ramalho. Talvez uns 10% não esteja longe.

É possível que sim, Rafael, mas como referi acima parece-me que há pouquíssima informação publicada sobre este taxon, especialmente no que diz respeito a informação quantitativa.

José Frade escreveu:Aproveitando o tópico e sem querer abusar do espaço , tirei estas fotos à um tempo e fiquei a achar que era amarela demais...
Confirma-se também?

Humm, eu diria flava flava, pelo supercilio aparentemente branco.

pedro121 escreveu:

José Frade escreveu:Aproveitando o tópico e sem querer abusar do espaço , tirei estas fotos à um tempo e fiquei a achar que era amarela demais...
Confirma-se também?

Humm, eu diria flava flava, pelo supercilio aparentemente branco.

Não poderá ser uma fêmea?
Pelo que consultei a flava teria o dorso cinza e a fêmea da lavissima parece ter o supercilio branco.

Excelente fotografia Gonçalo..muito boa!!!

Boa foto Gonçalo......E bonita ave

Vi 2 inds machos de flavissima esta manha em Sagres - 1 com flavas e iberiae com vacas e outra numa fonte de água.

Anteriormente só tenho visto em passagem outonal em Sagres especialmente - acho que ocorre habitualmente - se calhar 1 em 50 ou mesmo 1 em 100 - pelo menos em Sagres. Muitas vezes vejo grupos de 50+ e nenhum são flavissimas. Os mais comuns são a flava e iberiae seguido por muito menos thunbergi e flavissima. Os thunbergis aprecem mais tarde - tipo fim de Abril e uma vez vinham acompanhados com 3 Anthus cervinus

Confirmo uns 10% no Litoral Oeste. Na verdade mais se considerar apenas as aves adultas. Devo ter umas 5 ou 6 filmadas em 2005 junto a 2 cavalos.

Creio que esta se confirma como uma...

Sem dúvida.

Sem duvida

Ao mesmo tempo e com a mesma frase...

Muito fixe Frade.

pedro121 escreveu:Ao mesmo tempo e com a mesma frase...

Será paranormal?! Eh eh

Para ter uma ideia da proporção valeria a pena consultar os dados de anilhagem da central nacional, dado esta ser uma espécie bastante capturada em alguns locais (lagoa de Sto. André, Paul da Tornada) no período de migração pós-nupcial.
Na minha opinião empírica, também apontaria para os 10%.