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Avaria em centrais reacende debate sobre nuclear

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Mensagem por Andorinha-dáurica Dom Jul 01, 2007 2:00 pm

Alemanha: Avaria em centrais reacende debate sobre nuclear

As avarias ocorridas na quinta-feira em duas centrais atómicas em Krümmel e Brunsbüttel, no extremo norte do país, onde um incêndio provocado por um curto-circuito obrigou a desligar os reactores nucleares, reacenderam o debate sobre o futuro da energia atómica na Alemanha.

Os incidentes já levaram o ministro federal do ambiente, Sigmar Gabriel, a reafirmar que «se torna mesmo necessária» a renúncia gradual à energia nuclear nos próximos 20 anos, com base no acordado entre o governo e a indústria do sector.

O social-democrara Sigmar Gabriel, que se tem batido pela aplicação do referido acordo, contra a opinião, por exemplo, do seu colega de gabinete, o ministro da economia Michael Glos, da União Social-Cristã (CSU da Baviera), advertiu hoje que «quanto mais tempo uma central nuclear está em actividade, maior é o risco de haver avarias».

Os problemas surgidos em Krümmel e Brunsbrüttel ainda vão ser alvo de inquérito, e o incêndio na primeira das referidas localidades ainda estava hoje em fase de rescaldo, com temperaturas muito altas a impedir que se iniciassem as investigações.

Um porta-voz do grupo parlamentar democrata-cristão (CDU) no Parlamento de Schleswig-Holstein, em Kiel, advertiu, por sua vez, contra «notícias para espalhar o pânico», alegando que o facto de os reactores nucleares terem sido imediatamente desligados, logo que eclodiu o fogo, «prova que os altos parâmetros de segurança funcionam».

Manfred Ritzeck criticou «alguns políticos irresponsáveis que estão a aproveitar a situação para espalhar o medo», sem se referir expressamente ao ministro federal do ambiente.

Entretanto, o Ministério Público de Luebeck abriu as investigações para apurar as causas do incêndio nas centrais nucleares.

«Como em todos os casos do género, temos de verificar se houve um não fogo posto», explicou um porta-voz judicial.

Um responsável da empresa proprietária das centrais nucleares, a norte-americana Vattenfall, não excluiu a hipótese de haver uma relação directa entre o curto-circuito que levou a desligar a central atómica e o incêndio em Krümmel.

«Quando um grande armazenador de energia como o de Brunsbüttel é desligado, há oscilações de corrente que podem ter-se reflectido na central atómica de Krümmel, e é isso que vamos agora examinar», disse o mesmo responsável.

As referidas oscilações de corrente provocaram também a avaria de cerca de 800 semáforos em Hamburgo, a segunda maior cidade alemã, alimentada parcialmente pelas centrais atómicas onde ocorreu a avaria, que se reflectiu também no funcionamento do «metro» local.

A central atómica de Krümmel, que entrou em actividade em 1983, deverá ser encerrada em 2016, e a de Brunsbüttel, que existe desde 1976, deverá ser desligada em 2009, ao abrigo do acordo entre o anterior governo SPD/Verdes e a indústria energética.

Diário Digital / Lusa
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