Família austríaca tenta viver sem plásticos
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Gonçalo Elias
jheitor
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Família austríaca tenta viver sem plásticos
Família austríaca tenta viver sem plásticos
27.06.2012
fonter : publico.pt
Há vários meses que uma família austríaca “expulsou” o plástico de casa, especialmente embalagens, e tenta viver com as alternativas às substâncias sintéticas, em nome de um Ambiente menos tóxico.
Segundo contaram nesta quarta-feira os Krautwaschl-Rabensteiner – um casal e três filhos – à revista Der Spiegel, tudo começou com uma experiência de um mês, depois de umas férias na Croácia, em 2009. Sandra, 40 anos e fisioterapeuta, ficou surpreendida com a quantidade de vezes que os filhos lhe perguntavam de onde vinha o lixo que dava à costa. Quando regressaram à Áustria viram o documentário “Plastic Planet”, do realizador austríaco Werner Boote, sobre os efeitos tóxicos do plástico no Ambiente, e decidiram mudar o seu estilo de vida.
No livro publicado na Alemanha, “Plastikfreie Zone” (“Zona Livre de Plásticos”), a família conta como tentou tirar de casa todos os produtos de plástico e arranjar alternativas, nomeadamente escovas de dentes em madeira, embalagens de leite de vidro e sacos de papel.
“Algumas pessoas pensam que vivemos agora na Idade da Pedra. Mas não é nada disso”, contou Sandra Krautwaschl-Rabensteiner à Der Spiegel. “A vida tornou-se um pouco mais simples, mais calma e mais confortável.”
A experiência que deveria durar um mês prolongou-se. Mas a família não chegou ao “zero plástico”. Por exemplo, hoje ainda usam equipamentos electrónicos e capacetes de bicicleta que têm partes de plástico. Mas tentam comprar ao máximo produtos em segunda mão e partilham o carro com outra família. “Percebemos que não é possível fazer isto a 100%”, disse Sandra Krautwaschl-Rabensteiner. Ainda assim, com o tempo, conseguiram reduzir os resíduos de plástico “a quase nada”.
Em 2007, nos Estados Unidos, Colin Beavan, 43 anos, e a sua família fizeram uma experiência semelhante. Este escritor quis saber até que ponto é possível um cidadão chegar para fazer a diferença e reduzir a sua pegada ecológica. Durante um ano, este norte-americano a viver no centro de Nova Iorque com a sua mulher, filha e cão, tentou não fazer lixo, só comer alimentos orgânicos produzidos localmente e não usar transportes movidos a combustíveis fósseis. O desafio No Impact Man transformou-se num projecto que hoje ajuda cerca de 40 mil pessoas a tomar decisões diárias mais sustentáveis.
"Estamos a destruir o planeta e não nos estamos a divertir com isso. Isso não nos faz felizes", simplifica. "Precisamos de mudanças a todos os níveis da sociedade. Como produzimos a nossa energia, quantas coisas compramos e como as usamos, no fundo, como vivemos", conta ao PÚBLICO no ano passado.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1552253
27.06.2012
fonter : publico.pt
Há vários meses que uma família austríaca “expulsou” o plástico de casa, especialmente embalagens, e tenta viver com as alternativas às substâncias sintéticas, em nome de um Ambiente menos tóxico.
Segundo contaram nesta quarta-feira os Krautwaschl-Rabensteiner – um casal e três filhos – à revista Der Spiegel, tudo começou com uma experiência de um mês, depois de umas férias na Croácia, em 2009. Sandra, 40 anos e fisioterapeuta, ficou surpreendida com a quantidade de vezes que os filhos lhe perguntavam de onde vinha o lixo que dava à costa. Quando regressaram à Áustria viram o documentário “Plastic Planet”, do realizador austríaco Werner Boote, sobre os efeitos tóxicos do plástico no Ambiente, e decidiram mudar o seu estilo de vida.
No livro publicado na Alemanha, “Plastikfreie Zone” (“Zona Livre de Plásticos”), a família conta como tentou tirar de casa todos os produtos de plástico e arranjar alternativas, nomeadamente escovas de dentes em madeira, embalagens de leite de vidro e sacos de papel.
“Algumas pessoas pensam que vivemos agora na Idade da Pedra. Mas não é nada disso”, contou Sandra Krautwaschl-Rabensteiner à Der Spiegel. “A vida tornou-se um pouco mais simples, mais calma e mais confortável.”
A experiência que deveria durar um mês prolongou-se. Mas a família não chegou ao “zero plástico”. Por exemplo, hoje ainda usam equipamentos electrónicos e capacetes de bicicleta que têm partes de plástico. Mas tentam comprar ao máximo produtos em segunda mão e partilham o carro com outra família. “Percebemos que não é possível fazer isto a 100%”, disse Sandra Krautwaschl-Rabensteiner. Ainda assim, com o tempo, conseguiram reduzir os resíduos de plástico “a quase nada”.
Em 2007, nos Estados Unidos, Colin Beavan, 43 anos, e a sua família fizeram uma experiência semelhante. Este escritor quis saber até que ponto é possível um cidadão chegar para fazer a diferença e reduzir a sua pegada ecológica. Durante um ano, este norte-americano a viver no centro de Nova Iorque com a sua mulher, filha e cão, tentou não fazer lixo, só comer alimentos orgânicos produzidos localmente e não usar transportes movidos a combustíveis fósseis. O desafio No Impact Man transformou-se num projecto que hoje ajuda cerca de 40 mil pessoas a tomar decisões diárias mais sustentáveis.
"Estamos a destruir o planeta e não nos estamos a divertir com isso. Isso não nos faz felizes", simplifica. "Precisamos de mudanças a todos os níveis da sociedade. Como produzimos a nossa energia, quantas coisas compramos e como as usamos, no fundo, como vivemos", conta ao PÚBLICO no ano passado.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1552253
jheitor- Número de Mensagens : 11723
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Data de inscrição : 25/12/2010
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
jheitor escreveu:não usar transportes movidos a combustíveis fósseis.
A ideia é gira mas convém ter presente que os veículos eléctricos também poluem e não é pouco - a diferença é que essa poluição não acontece à saída do escape mas sim a montante, na produção de electricidade.
Última edição por Gonçalo Elias em Qui Jun 28, 2012 3:37 am, editado 1 vez(es)
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Gonçalo Elias escreveu:jheitor escreveu:não usar transportes movidos a combustíveis fósseis.
A ideia é gira mas convém ter presente que os veículos eléctricos também poluem e não é pouco - a diferença é que essa poluição não acontece à saída do escapa mas sim a montante, na produção de electricidade.
É verdade, mas é sempre uma opção mais ecológica. Pelo menos é o que dizem Penso q neste momento a única energia que não polui é a solar.
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
JDGS escreveu:É verdade, mas é sempre uma opção mais ecológica. Pelo menos é o que dizem
JDGS, eu aprendi a não acreditar piamente em tudo o que me dizem. Normalmente procuro a informação e tento perceber as coisas para saber o que é verdade e o que é fantasia.
No caso da energia eléctrica, a principal fonte de produção em Portugal continuam a ser o carvão e o gás natural (fósseis). A poluição existe, só que está longe dos nossos olhos.
JDGS escreveu:Penso q neste momento a única energia que não polui é a solar.
É verdade aquilo que referes, mas o problema da energia solar é o seu baixo rendimento. Serve para pequenos abastecimentos de energia a nível local, mas é complicada para quantidades muito grandes. E no caso da solar há o problema da sustentabilidade económica: só se vai aguentando devido aos subsídios.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Sim Gonçalo, mas sempre é menos poluente, para mais que para a produção de electricidade já usa 15,1% de energia hídrica e 31,8% de energia eólica. O carvão e gáz natural são, os dois juntos, 28,5%Gonçalo Elias escreveu:jheitor escreveu:não usar transportes movidos a combustíveis fósseis.
A ideia é gira mas convém ter presente que os veículos eléctricos também poluem e não é pouco - a diferença é que essa poluição não acontece à saída do escape mas sim a montante, na produção de electricidade.
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Olá Frade,
De acordo com o que escreves, mas convém notar o seguinte:
- os valores percentuais que indicas referem-se à última factura da EDP; no entanto se comparares com os meses anteriores poderás constatar que variam fortemente de um mês para outro; há meses em que a eólica predomina, e há outros em que carvão + gás natural passam os 40%; por isso não convém tomar os dados de um qualquer mês como referência
- dando de barato que a energia eléctrica é, actualmente menos poluente, é preciso pensar no seguinte: se quisermos que toda a frota automóvel portuguesa passe a ser movida a electricidade, qual a quantidade de energia necessária para o conseguir e onde a vamos buscar? Ao carvão, às eólicas, ao nuclear...?
- a energia eólica está muito na moda mas acarreta dois problemas, qual deles o mais grave: primeiro, só se tem aguentado graças aos subsídios (se os subsídios acabarem, a eólica não é sustentável, pelo menos aos preços actuais); segundo, como a energia produzida pelas eólicas não pode ser armazenada, é necessário fazer mais barragens para conseguir 'despejar' a energia produzida em horas de vazio; por isso a menor poluição conseguida pela energia eólica acaba por ser conseguida à custa de destruição de habitat.
Não estou a defender a continuidade do uso das energias fósseis, mas apenas a reflectir sobre as consequências das várias opções.
De acordo com o que escreves, mas convém notar o seguinte:
- os valores percentuais que indicas referem-se à última factura da EDP; no entanto se comparares com os meses anteriores poderás constatar que variam fortemente de um mês para outro; há meses em que a eólica predomina, e há outros em que carvão + gás natural passam os 40%; por isso não convém tomar os dados de um qualquer mês como referência
- dando de barato que a energia eléctrica é, actualmente menos poluente, é preciso pensar no seguinte: se quisermos que toda a frota automóvel portuguesa passe a ser movida a electricidade, qual a quantidade de energia necessária para o conseguir e onde a vamos buscar? Ao carvão, às eólicas, ao nuclear...?
- a energia eólica está muito na moda mas acarreta dois problemas, qual deles o mais grave: primeiro, só se tem aguentado graças aos subsídios (se os subsídios acabarem, a eólica não é sustentável, pelo menos aos preços actuais); segundo, como a energia produzida pelas eólicas não pode ser armazenada, é necessário fazer mais barragens para conseguir 'despejar' a energia produzida em horas de vazio; por isso a menor poluição conseguida pela energia eólica acaba por ser conseguida à custa de destruição de habitat.
Não estou a defender a continuidade do uso das energias fósseis, mas apenas a reflectir sobre as consequências das várias opções.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
José Frade escreveu:Ou seja, estamos lixados...
Creio que isso resume bastante bem o meu post
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Acho que o melhor é ter um quintal cheio de painéis solares, para alimentar o carro eléctrico. Hehe
O problema está no dinheiro que tudo isto envolve, o que faz desta ideia uma ideia praticamente impraticável para a a maioria da população.
O problema está no dinheiro que tudo isto envolve, o que faz desta ideia uma ideia praticamente impraticável para a a maioria da população.
Upupa epops- Número de Mensagens : 523
Idade : 27
Local : Aveiro
Data de inscrição : 05/06/2012
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Naturalmente...
O grande problema disto tudo é que a nossa sociedade optou por um modelo de desenvolvimento que é muito exigente em termos energéticos, mas poucos estão dispostos a pagar os verdadeiros custos que lhe estão subjacentes.
Até agora a coisa tem-se aguentado com subsídios, mas isto não é sustentável...
O grande problema disto tudo é que a nossa sociedade optou por um modelo de desenvolvimento que é muito exigente em termos energéticos, mas poucos estão dispostos a pagar os verdadeiros custos que lhe estão subjacentes.
Até agora a coisa tem-se aguentado com subsídios, mas isto não é sustentável...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Actualmente há muitas ideias de produção de energia amiga do ambiente. O mal disto tudo é que as grandes empresas petrolíferas nunca deixarão a ciência avançar. Ou seja, em quanto houver petróleo esse vai ser a principal fonte de energia. Mas convinha deixarmos de ser tão dependentes de combustíveis fósseis, pois eles não vão durar para sempre.
Em relação à energia solar, já se inventou outros sistema mais eficientes alternativos aos painéis solares. Um desses projectos penso que está a ser realizado em espanha, mas já não me lembro de muitos pormenores. Acho que tinha a haver com aquecimento de água
Em relação à energia solar, já se inventou outros sistema mais eficientes alternativos aos painéis solares. Um desses projectos penso que está a ser realizado em espanha, mas já não me lembro de muitos pormenores. Acho que tinha a haver com aquecimento de água
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
A opinião pública gosta de culpar as petrolíferas porque se começou a passar a ideia de que são elas as 'culpadas' pela situação actual. Como os combustíveis estão mais caros do que as pessoas gostariam de pagar, e como dá sempre jeito ter bodes expiatórios, as petrolíferas são o candidato perfeito.JDGS escreveu:O mal disto tudo é que as grandes empresas petrolíferas nunca deixarão a ciência avançar.
Mas a realidade é um pouco diferente. Independentemente de todas as questões associadas (ambientais e não só), a energia produzida a partir do petróleo continua a ser relativamente barata por comparação com a de outras fontes. E no caso dos transportes, por exemplo, a autonomia é consideravelmente maior nos veículos movidos a combustíveis fósseis do que nos veículos eléctricos. O problema destes últimos está nas baterias. E até agora ninguém inventou uma bateria barata e com muita autonomia...
Concordo que convinha sermos menos dependentes de combustíveis fósseis. A questão é: onde é que vais buscar a energia para substituir a do petróleo?
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Gonçalo Elias escreveu:Concordo que convinha sermos menos dependentes de combustíveis fósseis. A questão é: onde é que vais buscar a energia para substituir a do petróleo?JDGS escreveu:O mal disto tudo é que as grandes empresas petrolíferas nunca deixarão a ciência avançar.
Pois esse é o problema! Mas eu acredito que alguém terá uma ideia que irá revolucionar o Mundo das energias limpas, como já fizeram noutras áreas. Espero é que não seja para o fim deste século, porque já será tarde demais. O que podemos fazer, como cidadãos é respeitar o máximo a natureza, sendo o mais ecológicos possível. E não é necessário extremismos, mas toda a gente tinha de se comportar assim, o que é impossível
Em relação ao petróleo é um assunto complicado, eu tenho esta ideia porque já li vários textos sobre o assunto. Um deles, foi o livro "sétimo selo" de José Rodrigues dos Santos. Eu sei que é apenas um romance, mas muita da informação que possui é verdadeira, embora possa existir algum exagero Mas uma coisa é certa, deve ser a indústria que movimenta mais dinheiro e portanto há muita corrupção.
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
JDGS escreveu:Mas uma coisa é certa, deve ser a indústria que movimenta mais dinheiro
Quando dinheiro movimenta não sei, mas é 'apenas' a nona indústria em termos de rentabilidade dos capitais investidos, atrás de sectores como as farmacêuticas, a mineração, os equipamentos médicos ou os serviços financeiros.
http://money.cnn.com/magazines/fortune/fortune500/2009/performers/industries/profits/
JDGS escreveu:e portanto há muita corrupção.
A relação entre as coisas não é linear. Em Portugal não se movimenta muito dinheiro (a nível europeu), mas em termos de corrupção o país está muito mal colocado. E em África é muito pior: na maioria dos países movimenta-se pouco dinheiro e a corrupção é altíssima.
Nota que a corrupção surge associada à burocracia, à opacidade dos processos e à ineficácia da justiça (tudo problemas que temos em Portugal), e não necessariamente às grandes movimentações de capital.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25584
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Família austríaca tenta viver sem plásticos
Gonçalo Elias a Presidente!!!
(ou pelo menos a ministro do ambiente!)
(ou pelo menos a ministro do ambiente!)
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