ESPÉCIE: Periquito-monge (Myiopsitta monachus)

Fotografei hoje de tarde 5 exemplares numa árvore na Rua Dr Sousa Rosa na zona da Foz do Porto. Desconheço se são habituais por lá pois passei por mero acaso

Boas,

Existe uma observação de 12 aves no Porto, em Fevereiro de 2008, mas não sei se tem havido observações regulares.

1 abraço,
Gonçalo

Já agora qual é o estatuto desta ave em Portugal. Logicamente que é introduzida mas já entra nas listagens ou continua como exótica?

Biba!!

Costuma ver-se na Rotunda da Boavista e no Tribunal de Família e Menores na Rua Barão de Forrester...

Não sei concretizar a espécie,mas, já os vi ( ou outros) em Bruxelas ( junto à comissão europeia), em Madrid ( Jardim Raínha Sofia)...

Categoria E (exótica não estabelecida). Por enquanto...

Em Zaragoça há 3 anos atrás, eram tantas no jardim junto ao Museu de Arqueologia, que se pensaria estar num destino exótico tropical e são muitas as cidades espanholas em que elas estão perfeitamente estabelecidas

É verdade alcedo, em Barcelona são também muito comuns.

Não nidificarão por aí algures num jardim?

Elas são regulares nesta zona (Foz, Avenida da Boavista, Parque da Cidade) há pelo menos 3 anos. Vejo-as quase todas as semanas.

E pelos vistos os gaios da zona do Campo Alegre já os imitam... E como se não bastasse andaram uma semana a enganar-me!

Esta dos gaios e dos papa-gaios tem muito que se lhe diga

No alerta de raridades de hoje do eBird aparece uma observação no Porto (de "um tal Helder Vieira" )

Ora segundo julgo saber, existe uma população residente na cidade, ou pelo menos têm sido vistos com regularidade, um pouco como os Poicephalus senegalus em Lisboa; se assim é porque é que a espécie está como raridade?

Residente e bastante barulhenta... qualquer pessoa que passa nos jardins da Foz fica curioso com o chimfrim...

Olá,

Está como raridade por duas razões:

1) não é o único papagaio que anda pelo Porto e é facilmente confundível com o Psitaculla em muitas das condições normais de observação;

2) é uma espécie exótica que está em eventual processo de estabelecimento e interessa seguir com atenção;

Pedro Cardia

pedrocardia escreveu:
Está como raridade por duas razões:

2) é uma espécie exótica que está em eventual processo de estabelecimento e interessa seguir com atenção;

Não vejo porque é que essa 2ª razão seja importante, ou seja a espécie ter que ser seguida não tem nada a ver com a sua frequência no terreno, diga-se que até pode causar o efeito contrario com menos registos a serem submetidos porque os observadores não querem justificar a observação.

Mesmo em relação à 1ª razão é discutível, a coloração é diferente a silhueta de voo também por causa da cauda, as vocalizações diferem, e claro eles são muitas vezes vistos nas zonas onde tem as "casas" o que em si mesmo é identificativo.

pedro121 escreveu:

pedrocardia escreveu:
Está como raridade por duas razões:

2) é uma espécie exótica que está em eventual processo de estabelecimento e interessa seguir com atenção;

Não vejo porque é que essa 2ª razão seja importante, ou seja a espécie ter que ser seguida não tem nada a ver com a sua frequência no terreno, diga-se que até pode causar o efeito contrario com menos registos a serem submetidos porque os observadores não querem justificar a observação.

Mesmo em relação à 1ª razão é discutível, a coloração é diferente a silhueta de voo também por causa da cauda, as vocalizações diferem, e claro eles são muitas vezes vistos nas zonas onde tem as "casas" o que em si mesmo é identificativo.

Eu concordo com as razões apontadas.
Uma das frases que é enviada na carta de revisão é a seguinte: "Esforçamo-nos por ter um elevado nível de qualidade dos dados no eBird".
Portanto se há o risco de confusão com outra espécie, logo convém confirmar se de facto era um Piriquito-monge.

Paulo Alves escreveu:
Portanto se há o risco de confusão com outra espécie, logo convém confirmar se de facto era um Piriquito-monge.

Há riscos de confusão entre N pares de especies em Portugal, logo a começar com as cotovias, corvo/gralha, apus, gaivotas juvenis, etc, etc, não é razão para serem raridades.

Lembro que quando a questão das exoticas se levantou, e como é que ficavam no filtro, o consenso foi que para as exoticas que se estão a estabelecer, como é o caso desta espécie, elas deveriam estar no filtro e que o filtro deveria estar acima de 0 para evitar estar sempre a mandar alertas.

Mais duas achegas:

São espécies que estão pouco/mal ilustradas nos guias de campo e cujas vocalizações não são tão conhecidas por todos os observadores.

Há locais "típicos" no Porto para cada uma das espécies: Passeio Alegre para a Myiopsita e Parque da Cidade para o Psitaculla. Mas em ambos os locais pode ocorrer a outra "espécie" e tanto uma como a outra ocorrem em áreas afastadas, por vezes nos mesmos locais.

Ou seja, considero que há muito o perigo de uma ID com base em assunções e não no registo dos detalhes relevantes.

Para juntar mais um pouco de confusão há ainda 4 inds. de Amazonas que deambulam (e vocalizam alarvemente alto) pela área de ocorrência das duas espécies referidas.

Pedro Cardia

pedrocardia escreveu:
Para juntar mais um pouco de confusão há ainda 4 inds. de Amazonas que deambulam (e vocalizam alarvemente alto) pela área de ocorrência das duas espécies referidas.

Tens ideia da espécie? ou espécies?

Ainda não, mas lá chegarei.
Tenho que dedicar mais tempo à procura da ID.

Pedro Cardia

pedrocardia escreveu:Ainda não, mas lá chegarei.
Tenho que dedicar mais tempo à procura da ID.

É alguém tirar fotos que a identificação fica facilitada.

pedrocardia escreveu:Mais duas achegas:

São espécies que estão pouco/mal ilustradas nos guias de campo e cujas vocalizações não são tão conhecidas por todos os observadores.

Há locais "típicos" no Porto para cada uma das espécies: Passeio Alegre para a Myiopsita e Parque da Cidade para o Psitaculla. Mas em ambos os locais pode ocorrer a outra "espécie" e tanto uma como a outra ocorrem em áreas afastadas, por vezes nos mesmos locais.

Ou seja, considero que há muito o perigo de uma ID com base em assunções e não no registo dos detalhes relevantes.

Mas esse risco não existe ao contrário? Quer dizer, alguém ver um Myiopsitta e pensar que é um Psittacula?

O que me faz confusão nesta situação toda é que, daquilo que percebo dos dados do eBird, ambas as espécies são pouco numerosas no Porto, no entanto o Myiopsitta está como raridade e o Psittacula não. Ou seja, não deveria o Psittacula estar também como raridade exactamente pelas mesmas razões?

Gonçalo Elias escreveu:

Mas esse risco não existe ao contrário? Quer dizer, alguém ver um Myiopsitta e pensar que é um Psittacula?

O que me faz confusão nesta situação toda é que, daquilo que percebo dos dados do eBird, ambas as espécies são pouco numerosas no Porto, no entanto o Myiopsitta está como raridade e o Psittacula não. Ou seja, não deveria o Psittacula estar também como raridade exactamente pelas mesmas razões?

pois, pois...

Bem visto e assunto resolvido!
Eram resquícios de uma versão anterior antes de ter pensado nestes problemas todos.

Pedro Cardia

Gonçalo Elias escreveu:No alerta de raridades de hoje do eBird aparece uma observação no Porto (de "um tal Helder Vieira" )

Esperemos que não tenhas recebido também alerta do Phoenicopteros "ruber" que anda no estuário