ESPÉCIE: Periquito-monge (Myiopsitta monachus)

Creio que também há alguns registos perdidos no Algarve, antigos. Eu lembro-me de ter confirmado a ndificação da espécie (2 ou 3 casais) nuns ninhos de cegonha-branca no Ludo, durante anterior atlas.

Há uns anos e durante anos (pelo menos 15) também andava algo parecido (pelo menos 1 exemplar) nas Caldas da Rainha, na zona do parque D. Carlos I.

Boa tarde!
Alguém me sabe dizer um sítio perto do Porto ou mesmo na cidade onde seja praticamente garantido ver esta espécie? Uma zona de ninhos ou assim onde é raro não andarem por lá!
Obrigado

Miguel Berkemeier escreveu:Boa tarde!
Alguém me sabe dizer um sítio perto do Porto ou mesmo na cidade onde seja praticamente garantido ver esta espécie? Uma zona de ninhos ou assim onde é raro não andarem por lá!
Obrigado

Olá Miguel,

O melhor local é no Jardim do Passeio Alegre, na Foz. Nas palmeiras junto à entrada do jardim mais próxima do edificio dos Pilotos há nesta altura vários ninhos e podes observar várias aves.

Estás por cá?

Olá Luís, muito obrigado!!
Vou amanhã para Valongo ter com malta amiga dos insetos, mas passo pelo Porto portanto se calhar tenho oportunidade de ir tentar ver esta espécie que nunca observei. Então e aí pela zona anda alguma coisa assim menos comum?

Só uma coisa, onde fica mesmo o edifício dos Pilotos?

Miguel Berkemeier escreveu:Só uma coisa, onde fica mesmo o edifício dos Pilotos?

Miguel, procura estas coordenadas no Google Maps: 41.147641, -8.668662

É o local onde estão a nidificar. São as palmeiras do outro lado da estrada, junto ao rio.

Madrid vai eliminar 12 mil periquitos-monge. Praga traz problemas ao ambiente e à saúde

https://observador.pt/2019/10/07/madrid-vai-eliminar-12-mil-periquitos-monge-praga-traz-problemas-ao-ambiente-e-a-saude/

Para quem estiver interessado sobre as populações europeias desta espécie, sugiro o seguinte trabalho em que participei no âmbito de um projecto europeu:

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ps.5320

Aproveitando o censo de Psittacula krameri que está a ser promovido pela SPEA, seria interessante tentar censar a população de periquitos-monge do Porto, onde existem cada vez mais observações, algumas delas envolvendo mais de uma dezena de indivíduos.

O objectivo seria obter uma uma estimativa da população total desta espécie na cidade. Neste caso a abordagem não passaria por contar dormitórios, mas sim ter uma rede de observadores distribuídos por locais estratégicos da cidade (onde haja historial de ocorrência da espécie) e tentar fazer uma contagem simultânea nos diferentes sítios. As contagens de cada local seriam depois somadas para se obter o número total de indivíduos. Os observadores ficariam em contacto uns com os outros durante o período do censo, para poderem comunicar eventuais avistamentos de bichos em deslocação de uns pontos para outros.

Um censo deste tipo poderia decorrer por exemplo num sábado à tarde das 15h às 17h.

Quem está interessado em participar?

Gonçalo Elias escreveu:Quem está interessado em participar?

Dependendo do sábado, eu alinho. No Porto, pela ideia de locais de ocorrência que tenho o ideal seria ter pelo menos 12 observadores se possível.

Presente, caso tenha agenda disponível para a data proposta. Também tenho um local para propor... (uma coisa de cada vez).

Gonçalo Elias escreveu:
Quem está interessado em participar?

Conta comigo

No seguimento de conversa com o Gonçalo, e com alguns observadores do Grande Porto (Pedro Cardia, Luís Rodrigues, Ricardo Melo e Paulo Leite), e pela análise do mapa de distribuição do ebird, tentamos selecionar os locais onde seja mais provável encontrar a espécie. Estamos também a reunir possíveis interessados para participar.
O ideal, e no seguimento de ideia proposta inicialmente pelo Gonçalo, seria um observador por local.
Alguns dos spots escolhidos podem ser um determinado local da cidade, parque ou jardim (parque da cidade) ou dois locais próximos ou contíguos (parque urbano da pasteleira/jardim do cálem).
Podemos apontar as visitas para o tal período referido, das 15h às 17h. Tentaremos marcar o censo para um sábado de tarde do próximo mês de novembro. Se possível já para o próximo dia 7.

Relativamente aos eventuais contactos com indivíduos da espécie será importante:
- apontar número de indivíduos observados;
- anotar a hora;
- caso estejam em voo anotar a hora e para que direcção se movimentam;
- avisar a observação em causa aos outros participantes no censo por mensagem, SMS ou whatsapp (breve creio que fará sentido criar um grupo nesta rede)
- tomar nota de qualquer outro detalhe que achemos relevante.

Quanto aos spots selecionamos estes:
- parque da cidade
- praça do marquês/quinta do covelo (500m de distância)
- zona de ramalde/casa de ramalde 
- parque de serralves
- jardins do palácio de cristal
- jardim do carregal/parque das virtudes/jardim da cordoaria (300m de distância)
- alameda eça de queirós/praça velasquez/parque de são roque (700m de distância)
- parque oriental da cidade
- jardim da corujeira/quinta de bonjóia (500m de distância)
- parque urbano da pasteleira/jardim do calém (500m de distância)
- pólo universitário (jardins/árvores dos recintos das faculdades)
- jardim botânico
- praça da república
- rotunda da boavista/cemitério de agramonte (200m de distância)
- jardins ao longo da avenida de montevideu/jardins do passeio alegre (este é o trajecto mais longo, mas como no passeio alegre os bichos são "+- certos" a ideia era acabar lá... eventualmente pode-se tentar partir este spot). O passeio alegre é talvez o local mais conhecido da cidade para a espécie

Aceitam-se sugestões para outros locais.

Relativamente a observadores interessados em participar, para já:
- Alexandre Rica Cardoso
- Daniel Santos
- David Santos
- Helder Vieira
- Luís Reino
- Luís Rodrigues
- Luís Santos
- Joana Santana
- Paulo Leite
- Pedro Cardia
- Ricardo Melo
- Ricardo Vieira
- Rui Brito
- Rui Ferreira

Mais interessados serão obviamente bem vindos, até porque a data não está definitivamente marcada e alguns dos referidos vivem/trabalham fora do Grande Porto, tendo portanto disponibilidade mais limitada

Olá Helder,

Excelente, obrigado pela actualização.

Sugiro que seja feito um mapa (com o google maps por exemplo) no qual sejam assinalados com pins todos os locais seleccionados, para se ficar com uma ideia da distribuição geográfica dos mesmos.

Eventualmente também se poderiam definir locais de 1ª e 2ª prioridade, isto para o caso de não haver observadores suficientes para preencher todos os locais, pelo menos ser garantida a ocupação dos sítios de prioridade 1.

Já agora referir também que embora o censo seja dirigido a periquitos-monge faz sentido que todos estejam atentos a outras espécies de psitacídeos (Psi kra e outros) e que já agora se faça uma contagem destes também - pode acontecer que se descubra algum dormitório até aqui desconhecido.

Editei acima com o nome de mais um voluntário, o David Santos.

Junto anexo mapa com os locais selecionados até agora. Alguns com alfinete amarelo, outros a azul, sendo os primeiros alegadamente prioritários. Este critério não é fácil, mas é com base no histórico de observações, pela experiência de observadores mais habituados com a espécie, após a análise do mapa do ebird, etc, embora certamente alguns locais com poucas, ou nenhumas, observações têm bom potencial. É um pormenor a afinar se necessário.

Para já estão selecionados 15 locais, com o critério já definido e explicado no meu primeiro comentário, com a ressalva que aqui no mapa os pontos 1 e o 3 aparecem em separado, mas poderão eventualmente ficar a cargo de um só voluntário.

Quanto à proposta do Gonçalo, de também contabilizar Psittacula krameri, é uma questão de lançar o repto aos voluntários Já falei no assunto a alguns.

Muito bom. Isto está muito bem encaminhado.

Para já a previsão do tempo para dia 7 de Novembro é favorável, mas como ainda faltam duas semanas ainda não deve ser tomada como certa.

Neste momento a previsão para dia 7 está um bocado incerta com possibilidade de chuva.

Vamos ver como evolui, mas se a previsão se degradar muito e não houver condições para fazer o censo como deve ser, poderá considerar-se adiar para a semana seguinte...

Gonçalo Elias escreveu:Neste momento a previsão para dia 7 está um bocado incerta com possibilidade de chuva.

Vamos ver como evolui, mas se a previsão se degradar muito e não houver condições para fazer o censo como deve ser, poderá considerar-se adiar para a semana seguinte...

E a ver vamos se não passamos a estado de emergência de novo...

Do que vi nas notícias mais recentes essa possibilidade está a ser colocada para a primeira quinzena de Dezembro.

Gonçalo Elias escreveu:Neste momento a previsão para dia 7 está um bocado incerta com possibilidade de chuva.

Vamos ver como evolui, mas se a previsão se degradar muito e não houver condições para fazer o censo como deve ser, poderá considerar-se adiar para a semana seguinte...

A malta está com medo de uns chuviscos? Eu no fim-de-semana seguinte não posso.

Os gajos estão a ficar muito ativos, hoje no Passeio Alegre já estavam a fazer ninhos. Vão cortar pequenos ramos nas árvores do jardim e trazem para as palmeiras.

lrodrigues escreveu:A malta está com medo de uns chuviscos?

Lol, não é uma questão de medo, é mais dúvidas sobre a detectabilidade dos bichos em caso de tempo adverso.

Gonçalo Elias escreveu:

lrodrigues escreveu:A malta está com medo de uns chuviscos?

Lol, não é uma questão de medo, é mais dúvidas sobre a detectabilidade dos bichos em caso de tempo adverso.

O Luís é o eterno herói optimista
Não me parece viável levar avante um evento como este, com 10-15-20 v0luntários, sem a cooperação da meteorologia. Não é importante se eu, tu ou ele não temos "medo de uns chuviscos".

Quanto às novas medidas para combater a pandemia, acham que será possível concretizar o censo nas próximas semanas? Eu diria que não...

"o dever de permanência no domicílio, devendo os cidadãos abster-se de circular em espaços e vias públicas, bem como em espaços e vias privadas equiparadas a vias públicas, exceto para o conjunto de deslocações já previamente autorizadas, às quais se juntam as deslocações para atividades realizadas em centros de dia, para visitar utentes em estruturas residenciais para idosos, unidades de cuidados continuados integrados da Rede Nacional de Cuidados Integrados ou outras respostas dedicadas a pessoas idosas, bem como as deslocações a estações e postos de correio, agências bancárias e agências de corretores de seguros ou seguradoras e as deslocações necessárias para saída de território nacional continental"

Pois, a pandemia veio complicar as coisas.

Com a anunciada aplicação de medidas mais restritivas, as quais entram em vigor no dia 4, poderá não haver condições para realizar o censo com um mínimo de qualidade, até porque o Porto e os concelhos circundantes estão todos na lista dos que vão ficar em confinamento. Nesta situação, eu sugiro que o censo seja adiado para data futura, a definir.

Helder Vieira escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:

lrodrigues escreveu:A malta está com medo de uns chuviscos?

Lol, não é uma questão de medo, é mais dúvidas sobre a detectabilidade dos bichos em caso de tempo adverso.

O Luís é o eterno herói optimista
Não me parece viável levar avante um evento como este, com 10-15-20 v0luntários, sem a cooperação da meteorologia. Não é importante se eu, tu ou ele não temos "medo de uns chuviscos".

A detectabilidade dos bichos não me parece que esteja em causa por chuviscos e nesse período. As aves continuam a ter de comer e de se deslocarem para os dormitórios. Aliás, chuviscos com abertas até podia beneficiar já que tenderiam a movimentar-se mais nas abertas.

Seria diferente se fossem aguaceiros todo o dia, coisa que não está bem nas previsões.

Gonçalo Elias escreveu:Pois, a pandemia veio complicar as coisas.

Com a anunciada aplicação de medidas mais restritivas, as quais entram em vigor no dia 4, poderá não haver condições para realizar o censo com um mínimo de qualidade, até porque o Porto e os concelhos circundantes estão todos na lista dos que vão ficar em confinamento. Nesta situação, eu sugiro que o censo seja adiado para data futura, a definir.

Infelizmente terá de ser assim. Este tipo de saídas não se enquadra em nenhuma das excepções legais e não vale a pena estarmos a arriscar. Como as aves são residentes, pode-se sempre fazer o censo mais à frente. Esperemos, a bem de todos, que se possa fazer em breve. Seria bom sinal.