ID limicola

Boa tarde, é a primeira vez que utilizo o forum - espero que com sucesso!
A qualidade da imagem não é boa, mas foi o que se conseguiu!
O local do registo é a albufeira do Azibo - Macedo de cavaleiros.
Se alguem puder ajudar...

https://2img.net/r/ihimizer/img22/3905/nuet.jpg

Tringa glareola, adulto em plumagem nupcial.

Paulo Alves escreveu:Tringa glareola, adulto em plumagem nupcial.

Hum, curioso, se foi nesta altura quer disser que a migração de retorno já começou, conheço uma pessoa que gostaria de ver um destes este ano...:D:D

Obrigado, Paulo. É um bicho raro aqui para as minhas paragens... as minhas suspeitas confirmaram-se!
Na realidade, Pedro, tenho vários registos fotográficos em que a identificação da espécie me levanta dúvidas, alguns já não são deste ano como é o caso - este é de 2011.

João Paulo Duque escreveu:
Na realidade, Pedro, tenho vários registos fotográficos em que a identificação da espécie me levanta dúvidas, alguns já não são deste ano como é o caso - este é de 2011.

Hummm, o outono de 2011 foi MUITO bom para limicolas raras, mesmo no interior, esta espécie é sem duvida um achado no interior norte, mas pode ter aparecido outras ainda melhores...

pedro121 escreveu:

Paulo Alves escreveu:Tringa glareola, adulto em plumagem nupcial.

Hum, curioso, se foi nesta altura quer disser que a migração de retorno já começou, conheço uma pessoa que gostaria de ver um destes este ano...:D:D

Quem será?!

Paulo Alves escreveu:
Quem será?!

Dou duas pistas:

1ª observa aves no interior do país.

2ª Nunca viu duas limicolas tipicas do interior...

O registo não é do Outono - é de 08/04/2011!

pedro121 escreveu:
duas limicolas tipicas do interior...

Quais, já agora

Helder Vieira escreveu:
Quais, já agora

O Maçarico-bastardo e o Pilrito de temminck, ambos "são" de agua doce (parece que estou a falar de peixes), e ambos ocorrem principalmente em barragens no interior e arrozais, são ambos pouco frequentes em estuários.

pedro121 escreveu:

Paulo Alves escreveu:
Quem será?!

Dou duas pistas:

1ª observa aves no interior do país.

2ª Nunca viu duas limicolas tipicas do interior...

Esse gajo é um "maçarico" pa!

Paulo Alves escreveu:
Esse gajo é um "maçarico" pa!

Sim, nem me digas, imagina que nem uma Porzana viu, e o ano passado eram frangas por todo o lado, deve ter problemas com os mosquitos e não se chega á agua... :D

pedro121 escreveu:

Paulo Alves escreveu:
Esse gajo é um "maçarico" pa!

:)Sim, nem me digas, imagina que nem uma Porzana viu, e o ano passado eram frangas por todo o lado, deve ter problemas com os mosquitos e não se chega á agua... :D

frangas, só de aviário.

Bom, diga-se que tenho à minha disposição um local difícil de trabalhar (Boquilobo) e as outras que apareceram estavam em "quintais" distantes bem, não tão distantes, mas o suficiente para me fazer ficar em casa

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:
Quais, já agora

O Maçarico-bastardo e o Pilrito de temminck, ambos "são" de agua doce (parece que estou a falar de peixes), e ambos ocorrem principalmente em barragens no interior e arrozais, são ambos pouco frequentes em estuários.

Ok, o temminckii (nunca observei) por acaso tinha pensado nele... o outro só o vi no interiror

Vou mas é tomar um café...

Helder Vieira escreveu:
Vou mas é tomar um café...

Hummm, falando em tomar café, numa recente viagem para não ver duas raridades ao Alentejo, falou-se em qual a melhor ave vista enquanto se tomava café, bem a pergunta inicial era outra, mas é melhor ficarmos pelo café...

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:
Vou mas é tomar um café...

Hummm, falando em tomar café, numa recente viagem para não ver duas raridades ao Alentejo, falou-se em qual a melhor ave vista enquanto se tomava café, bem a pergunta inicial era outra, mas é melhor ficarmos pelo café...

Xiiii, essa malta deve ter listas intermináveis... "aves desde a varanda", "no jardim de casa".....
Lembro-me de uma ocasião estar a tomar café na esplanada do café Velasquez, na praça homónima (ou Francisco Sá Carneiro... raio de mania de mudar os nomes às coisas!!!), e ouvir um Otus scops a chamar-me

Helder Vieira escreveu:

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:
Vou mas é tomar um café...

Hummm, falando em tomar café, numa recente viagem para não ver duas raridades ao Alentejo, falou-se em qual a melhor ave vista enquanto se tomava café, bem a pergunta inicial era outra, mas é melhor ficarmos pelo café...

Xiiii, essa malta deve ter listas intermináveis... "aves desde a varanda", "no jardim de casa".....
Lembro-me de uma ocasião estar a tomar café na esplanada do café Velasquez, na praça homónima (ou Francisco Sá Carneiro... raio de mania de mudar os nomes às coisas!!!), e ouvir um Otus scops a chamar-me

Não sei se estás a brincar, mas a mim aconteceu-me o mesmo ( não na Velasquez ) ...resultado - acordei, no dia seguinte, de madrugada e lá fui eu fotografar os bichos:D

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:
Quais, já agora

O Maçarico-bastardo e o Pilrito de temminck, ambos "são" de agua doce (parece que estou a falar de peixes), e ambos ocorrem principalmente em barragens no interior e arrozais, são ambos pouco frequentes em estuários.

Sim, são ambos de água doce, mas daí a dizer que ocorrem principalmente no interior vai alguma distância. Em ambos os casos há muito mais registos no litoral que no interior.

Gonçalo Elias escreveu:[

Sim, são ambos de água doce, mas daí a dizer que ocorrem principalmente no interior vai alguma distância. Em ambos os casos há muito mais registos no litoral que no interior.

Tens que ler melhor o que eu escrevi, ou talvez eu não tenha escrito correctamente:), o eu queria dizer que ocorrem principalmente em barragens no interior, e em arrozais, mas obviamente que os arrozais não são necessariamente no interior, nem tal faria sentido já que a maior parte fica no litoral...

De qualquer modo os números de registos para estas espécies devem ser vistos com precaução, dada a diferença do numero de observadores entre o litoral e o interior.

pedro121 escreveu:De qualquer modo os números de registos para estas espécies devem ser vistos com precaução, dada a diferença do numero de observadores entre o litoral e o interior.

Não estou muito de acordo com a tua visão.

Vê o caso do Tringa ochropus (que não é mais fácil de detectar que o Tringa glareola) - tem muito mais registos no interior que na faixa costeira, e no entanto o habitat é semelhante: barragens, açudes e arrozais.

Pela minha experiência como observador (e já andei muito no interior e muito no litoral), posso dizer que no caso de T. ochropus vejo tanto no interior como no litoral, aliás já vi esta espécie mais de 100 vezes no interior (proporcionalmente muito mais que no litoral), mas no caso de T. glareola só uma vez (ou talvez duas) vi no interior e muitas no litoral. O que eu quero dizer é que indo a qualquer açude no interior na época própria é relativamente fácil ver T. ochropus e quase impossível ver T. glareola, mas indo ao litoral na época própria é relativamente fácil ver T. glareola.

Quanto ao C. temminckii: a comparação óbvia será com C. minuta, que também não ocorre habitualmente no interior e creio que não será por falta de observadores (porque há outras limícolas que são vistas com regularidade. Adicionalmente, C. temminckii tem bastantes registos no litoral, mas não é em estuários e sim em salinas, açudes e também lagoas costeiras. Há pouquíssimos registos no interior e não me parece que seja por falta de observadores mas sim por falta de aves.

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:De qualquer modo os números de registos para estas espécies devem ser vistos com precaução, dada a diferença do numero de observadores entre o litoral e o interior.

Não estou muito de acordo com a tua visão.

Vê o caso do Tringa ochropus (que não é mais fácil de detectar que o Tringa glareola) - tem muito mais registos no interior que na faixa costeira, e no entanto o habitat é semelhante: barragens, açudes e arrozais.

Pela minha experiência como observador (e já andei muito no interior e muito no litoral), posso dizer que no caso de T. ochropus vejo tanto no interior como no litoral, aliás já vi esta espécie mais de 100 vezes no interior (proporcionalmente muito mais que no litoral), mas no caso de T. glareola só uma vez (ou talvez duas) vi no interior e muitas no litoral. O que eu quero dizer é que indo a qualquer açude no interior na época própria é relativamente fácil ver T. ochropus e quase impossível ver T. glareola, mas indo ao litoral na época própria é relativamente fácil ver T. glareola.

Quanto ao C. temminckii: a comparação óbvia será com C. minuta, que também não ocorre habitualmente no interior e creio que não será por falta de observadores (porque há outras limícolas que são vistas com regularidade. Adicionalmente, C. temminckii tem bastantes registos no litoral, mas não é em estuários e sim em salinas, açudes e também lagoas costeiras. Há pouquíssimos registos no interior e não me parece que seja por falta de observadores mas sim por falta de aves.

Sim, no global estou mais ou menos de acordo, mas continuo a achar que o padrão de ocorrência destas duas espécies em Portugal precisa de mais tempo/observações para ficar mais claro. Especialmente para o temminckii.

Sem dúvida.