id passeriforme

boa noite.
será um rouxinol bravo?
agosto na sertã
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Parece-me um Ficedula hypoleuca (eles andam aí!). Para Cettia cetti falta o babete/peito esbranquiçado e a lista supraciliar...

talvez esta vista ajude a esclarecer...

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alex67 escreveu:talvez esta vista ajude a esclarecer...

Ajuda a esclarecer que não é Fic hyp.
Sendo assim diria que pelo tom acastanhado, mais ou menos uniforme, o tamanho do bico... Sylvia borin (little brown jobs  )

Á fotos em que se veja bem a cauda?

talvez esta seja a melhor em que se ve a cauda
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bom, com esta é que me lixaste, eu estava a querer ver a cauda só para garantir mas sendo assim temos um, problema, a ave é um Luscinia, mas parece tão cinzento e frio na 2ª foto que eu pensei em Luscinia luscinia como alternativa a Sylvia borin que seria o lógico e o mais provável, mas assim, complicou.

É um rouxinol Luscinia megarrhynchos. A cor "aberrante" é apenas resultado da má qualidade das fotos. Para ser L. luscinia falta-lhe a risca malar (a ave em questão tem a "cara" limpinha), além de que, na segunda foto penso que se pode ver que o comprimento da primeira primária é superior ao das coberturas primárias, o que é diagnóstico para separar as 2 espécies.

Carlos Pacheco escreveu: além de que, na segunda foto penso que se pode ver que o comprimento da primeira primária é superior ao das coberturas primárias, o que é diagnóstico para separar as 2 espécies.

Já te adiantaste, tinha dido ao Helder que hoje de manha com a cabeça descansada tinha que ver as primarias, mas já tiveste o trabalho. 

Pois esta é uma das que nos pode cair numa rede de anilhagem e facilmente passar despercebida (algo que já aconteceu algumas vezes com algumas raridades, que foram confundidas com espécies comuns), por isso tenho os caracteres diagnósticos bem presentes:)

Carlos Pacheco escreveu:Pois esta é uma das que nos pode cair numa rede de anilhagem e facilmente passar despercebida (algo que já aconteceu algumas vezes com algumas raridades, que foram confundidas com espécies comuns), por isso tenho os caracteres diagnósticos bem presentes:)

Sim, esta é obviamente uma espécie a estar atento, é pena que alguns anilhadores não estejam tão alerta para espécies como Lus lus, Acr pal, Loc flu e Phy fus, são todo espécies que quase obrigatoriamente só os anilhadores poderão detectar em Portugal.

Olha que eu penso que até estão. O problema é que quando tens muitas aves e gente com menos experiência a anilhar, por vezes pode passar. Conheço casos em que passou e outros em que esteve quase, não fosse algum olho mais atento (quer à ave quer às suas biometrias). O Acro. agricola penso que já teve duas histórias assim e com Acro. paludicola já assisti a um que vi logo o que era, mas que iria como Acro. schoenobaenus, dado estar na mão de um aprendiz ainda muito "verdinho"

Carlos Pacheco escreveu:Olha que eu penso que até estão. O problema é que quando tens muitas aves e gente com menos experiência a anilhar, por vezes pode passar. Conheço casos em que passou e outros em que esteve quase, não fosse algum olho mais atento (quer à ave quer às suas biometrias). O Acro. agricola penso que já teve duas histórias assim e com Acro. paludicola já assisti a um que vi logo o que era, mas que iria como Acro. schoenobaenus, dado estar na mão de um aprendiz ainda muito "verdinho"

Sim, talvez não me tenha explicado bem, eu já assisti a varias sessões de anilhagem e normalmente a equipa é 1-2 anilhadores e vários aprendizes, mesmo que os anilhadores estejam atentos os aprendizes não estão concientes destes pormenores, um Rouxinol é um Luscinia megarrhynchos, não vão saber que existe outro Luscinia, e mesmo que saibam, não vão pensar que um dia vai aparecer um. O ano passado apareceu uma felosa sombria no paul de Tornada que foi inicialmente identificada como P. c. tristis pelo anilhador, por acaso o Hélder Cardoso estava presente e foi chamado para ver a "tristis" e o resto é historia...

Bela lição!! Confesso que não me tinha passado pela cabeça Lus meg (quanto mais Lus lus)... mas aquela cauda avermelhada deu uma ajuda.
Logo à noite tenho de espreitar no Svenson essa questão da 1ª primária  

Helder Vieira escreveu:Bela lição!! Confesso que não me tinha passado pela cabeça Lus meg (quanto mais Lus lus)... mas aquela cauda avermelhada deu uma ajuda.
Logo à noite tenho de espreitar no Svenson essa questão da 1ª primária  

Basta o collins...

As duas Luscinia distinguem bastante bem na mão mesmo não estando propriamente atento aos detalhes (claro que convém depois verificar os detalhes, mas são "muito" diferentes)...qualquer pessoa que tenha credencial de anilhagem não deveria ter qualquer dificuldade em distinguir estas, ou pelos menos achar que existe algo estranho, se bem que é óbvio que há sempre erros e distraçoes, para alem de indivíduos mais "outliers".
Eu diria que mesmo entre os acrocephalus, o palustris só é problema em aves juvenis (existem outros acrocephalus, mas imagino que a probabilidade de aparecerem por cá para serem confundidos é muito menor). Há sempre outras espécies que me parecem ser piores...Poelice ou Parus (como preferirem) montanus e palustris por exemplo, mas como não temos nem um nem outro...

Edit: Cá temos sempre os collybita/ibericus que chegam mais tarde ou cedo dependendo que por vezes tb já dao as suas dor de cabeça

Luis, concordo contigo, mas que estas coisas acontecem, mesmo que muito raramente, é um facto como bem sabes e mesmo na presença de anilhadores muito experientes. Já vi gente experiente a "patinar" com algumas espécies, mesmo comuns. Lembro-me por exemplo de juvenis de estorninhos muito pintalgados, que deram azo a grandes discussões, tal como algumas limícolas, Emberiza,...

boa tarde
confesso que estas situações descritas com este pedido de id servem sobretudo para que esteja bem atento aos pormenores...
obrigado.