ajuda, é que não faço mesmo a mínima ideia...

Viva, vinha pedir ajuda para identificar este "hóspede" da minha varanda (Bragança) numa destas noites mais frias do ano (-4ºC). Tenho estado atento mas ainda não voltou. Obrigado!
(peço desculpa pela foto mas não quis incomodar muito...)

é um rabiruivo

Obrigado!
Z

Rabirruivo-preto macho (Phoenicurus ochruros).

Paulo Alves escreveu:Rabirruivo-preto macho (Phoenicurus ochruros).

Exacto. Agora a questão que se coloca: aterrimus ou gibraltariensis?

é pá que isto está a passar para um outro nivel

Gonçalo Elias escreveu:

Paulo Alves escreveu:Rabirruivo-preto macho (Phoenicurus ochruros).

Exacto. Agora a questão que se coloca: aterrimus ou gibraltariensis?

O exemplar da foto pertence à subspécie P. o. gibraltariensis, porque apresenta o peito e abdómen cinzentos. É invernante no nosso país.
P. o. aterrimus é residente em Portugal. Apresenta o peito e abdómen pretos e cinzento no ventre.

Pois Paulo foi o que eu pensei mas o habitat é bastante atípico para gibraltariensis   

Gonçalo Elias escreveu:Pois Paulo foi o que eu pensei mas o habitat é bastante atípico para gibraltariensis   

Eu se fosse um gibraltariensis e lá fora estivesse -4º C também dormia abrigado num telheiro

Já agora Gonçalo, especifica as preferências de habitat das duas subspécies sff.

Bem, posso dar a minha impressão sobre o assunto, que vale o que vale (não conheço quaisquer estudos científicos):

aterrimus - este é fácil pois é nidificante; a norte do Tejo observa-se sobretudo em zonas habitadas, tanto em meio urbano (cidades e vilas) como rural (aldeias e até quintas ou casas isoladas); nidifica frequentemente nos edifícios, por baixo dos telhados, em cavidades, saliências, traves, nichos, etc.; adicionalmente, ocorre em meios rochosos, especialmente nas serras, onde nidificará (suponho eu) em cavidades entre as rochas; a sul do Tejo ocorre quase exclusivamente em meio rochoso, especialmente na faixa costeira (península de Setúbal, costa sudoeste e barlavento algarvio); muito localmente no interior alentejano, em meios rochosos ou em zonas urbanas.

gibralltariensis - observa-se apenas como invernante; o habitat é mais fácil de aferir nos locais onde não nidifica, o que é o caso em quase toda a região a sul do Tejo (excepto a costa rochosa e certas zonas do norte alentejano); estas aves observam-se em diversos tipos de habitat, mas sobretudo em zonas florestais pouco densas e em zonas agrícolas com poucas ou nenhumas árvores, mas preferencialmente com poisos à vista, por exemplo cercas / vedações. Não faço ideia onde passam a noite mas como não observo uma preferência por edifícios (e muitas vezes tenho-os observado longe de construções), depreendo que passam bem sem estes, mas posso estar completamente equivocado quando a esta parte e pode acontecer que estas aves procurem realmente as construções como abrigo nocturno.

Olá
Como já referi antes noutras entradas do Forum eu tenho observado ambos (agora no inverno) no meu jardim, que como sabem fica localizado dentro da vila. Considerem só uma achega para a conversa..

Muito obrigado a todos pelas (boas) referências que me dão sobre o meu novo "inquilino".
Apenas queria dar nota que o mesmo tem sido regular na escolha do seu poiso nocturno, todas as noites no mesmo vão sob o telhado de uma varanda das típicas na zona histórica da cidade de Bragança, mesmo em frente à mata que envolve o seu castelo.
Z