Praga de gaivotas no Porto

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1062326

As larus michahellis já estão a criar em edifícios pelo menos em Viana do Castelo, Lisboa e Lagos e possivelmente noutras cidades costeiras. Desconheço a situação no Porto, mas se calhar já aninham nos telhados.

Viva.
Na realidade, no centro do Porto, em edifícios altos também já estão a criar.
Posso dizer-vos que alguns desses edifícios tem as chamadas águas-furtadas existindo, em algumas delas, escritórios. Pois bem uma amiga tem precisamente um gabinete num desses escritórios e o número de aves que por ali pousam já começa a tomar as proporções de praga. Pelo menos para quem tem de lidar com o lixo que fazer, a saber penas e excrementos que levam a uma manutenção constante nas caleiras dos ditos edifícios, pois entopem as saídas de água. Cá para o Porto quando chove, chove!
Outro dos problemas é que na altura das crias não há quem as segure... aquilo vale bater contra as vidraças e tudo... as pessoas menos habituadas a um contacto tão directo com estas aves vêem-se num safari mesmo nos seus escritórios. Quem manda são as aves! Toca a fechar janelas!
1 abraço
Loureiro

«Há hoje um exagerado número de gaivotas e mesmo pombas, mas fundamentalmente gaivotas, alterações que não sei explicar levaram a esta situação» - Rui Rio

Curiosa esta noticia de hoje:

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=465058

Terao as preocupacoes ambientais dos municipes de Maia algo que ver com este boom de gaivotas? Pois se se queixam de lixeiras... se calhar nao e' misterio nenhum, e' comidinha facil que as gaivotas tao bem sabem explorar. Agora, avança-se so' para a matança, ou trata-se tambem a causa do excesso de gaivotas?

Interessante tambem a diabolizaçao das gaivotas, sendo referidas como praga.

Viva.
Primeiro que tudo considere-se a palavra "praga" supra referida, e que foi uma expressão minha, como estando entre aspas.
Quanto à questão da comidinha fácil lá isso é verdade mas não creio que seja essa a causa. Em tempos, já há uns bons cerca de 7/8 anos não podendo precisar, mas penso que foi por volta da entrada no milénio, foi extinta a antiga Fertor (Central de Compostagem de Ermesinde) onde efectivamente havia sempre lixo a céu aberto e onde não faltavam milhares ou até centenas de gaivotas!
Acontece que Ermesinde dista a cerca de 10 km do centro da cidade do Porto e não se falava, nessa altura, de "praga de gaivotas".
Agora quanto á solução... sempre fomos pródigos em cortar a rama em vez de eliminar a raíz!
1 abraço
Loureiro

Alo José, estava mesmo a referir-me a el Presidente:

«Há preocupações da população e dos presidentes de Câmara em combater esta situação. Toda a gente percebe os danos que ela tem causado nas próprias habitações, nos telhados das casas, nos automóveis ou ao nível do ruído. Ninguém está confortável com esta situação e toda a cidade sofre com esta praga»
Rui Rio

- e a mim ninguem me tira da cabeça que por danos, o carissimo presidente se refere a extinçao dos Airos na Berlenga...

Mas ja agora, onde é que tanto gaivotame (se sao assim tantas!) se abastece?

Um abraço
Pedro

Olá Pedro, bom dia!

Mas ja agora, onde é que tanto gaivotame (se sao assim tantas!) se abastece?

Realmente também não sei. Hoje em dia, dentro dum círculo mais ou menos grande, digamos uns 15 km, não estou a ver onde elas se possam alimentar. Claro que existe sempre a própria fonte de alimentação tradicional e as docas. Em linha recta (via aérea) toda a cidade do Porto fica bem próxima do mar. Mas acontece que estas aves deslocam-se bem para o interior caso vejam aí possibilidades de alimentação. Moro a cerca de 25km (+/-) da linha do mar para o interior e todos os dias de manhã cedo tenho visto gaivotas. De certa maneira, essa frequência com que as avisto é estranha, pois só estava habituado a vê-las por estes sítios em dias que se associavam a mau tempo no mar...
1 abraço
Loureiro

Há uns anos atrás lembro-me de ver uma gaivota a atacar e matar um pombo aparentemente saudável em plena Avenida dos Aliados. Pode ser que uma praga acaba com a outra !

Boas,

Mas ja agora, onde é que tanto gaivotame (se são assim tantas!) se abastece?

em resposta á pergunta que o Pedro Fernandes deixou no ar deixo algumas observações, que penso não serem novidade para muita gente(até porque é o que está referido na notícia da TSF - "a comidinha fácil")

É vulgar no meu percurso diário ver moradores da cidade do Porto a despejarem lixo doméstico, "restos" de pão (qd digo restos são sacos de hipermercado cheios) na Avenida de França e na rotunda da Boavista; é vê-los a despejar e as gaivotas e pombas a amontoarem-se.
(Já ouvi falar de casos tb, destes despejos na Praça da Liberdade)

Se esta situação for repetida em mais locais da cidade, que é o que me parece, e aliado ás excelentes condições que os edifícios oferecem para nidificação das ditas e a fácil adaptação destas aves, temos o rápido crescimento do 'gaivotame'.

Cumprimentos

Viva.
Retomando este tema, no próximo sábado, dia 24, a revista "Parques e Vida Selvagem" (elaborada pelo Parque Biológico de Gaia) que é distribuída gratuíta e quinzenalmente com o "Jornal de Noticias" vai dar destaque ao seguinte tema:

A GUERRA DAS GAIVOTAS. Peter Rock, um conhecido investigador de larídeos, passou nas nossas praias e fala das migrações das gaivotas e do problema das que se estão a adapatar a uma vida permanente nas cidades...

Talvez dê para esclarecer alguns dos pontos de vista que aqui foram referidos!

1 abraço
Loureiro