LOCAL: Albufeira de Pinhão, Vila Real

Bom dia,

Sendo directo: QUERO CHEGAR ÀS 150 ESPÉCIES

Estando esta albufeira a reverlar-se um excelente local para a práctica do Birdwatching deixo crio aqui um tópico para os que se perderem para estes lados. Ainda no outro dia houve uma excursão do litoral norte até estas bandas que descobriu um Charadrius hiaticula Por isso deixo aqui o convite a quem quiser vir até Trás-os-Montes e observar montes de rapinas e silvias Quantos mais olhos mais bicharada aparece! Para já deixo o resultado da visita de ontem:

http://ebird.org/ebird/portugal/view/checklist?subID=S29372547

João Tomás escreveu:Ainda no outro dia houve uma excursão do litoral norte até estas bandas

Uiii! Quem terá sido?!    

João Tomás escreveu:
http://ebird.org/ebird/portugal/view/checklist?subID=S29372547[/

Bem fixe... e o túnel do Marão abre domingo próximo Viagem que demorou 1:10h poderá passar para 1h, não?

Hélder Vieira escreveu:Uiii! Quem terá sido?! Rolling Eyes Laughing

Não vou pronunciar o nome da malta que não quer ser pronunciada

Hélder Vieira escreveu:Bem fixe... e o túnel do Marão abre domingo próximo Wink Viagem que demorou 1:10h poderá passar para 1h, não?

Sim, mais coisa menos coisa! Mas vai servir para os dois lados

Portanto está com 117 e queres chegar as 150? Bem, 150 no interior é muita fruta, mas é possível, numa analise rápida faltam muitos patos, garças, bem faltam muitas espécies aquáticas, por isso há muita margem, o problema é que para subir os números num local destes exige um esforço continuado e persistente, ou então muitas visitas de vários observadores.

Isto porque depois de tudo o que é expectável ter sido visto, o que falta são espécies que vão estar em passagem e que podem demorar 1-2 dias no local, um patch worker pode conseguir ve-las, mas fora isso só com muita sorte.

Mas 150 é possível, 200 é que já não. não pelo local, mas por não haver muitos observadores, ou em alternativa um que vá lá todos os dias

pedro121 escreveu:Portanto está com 117 e queres chegar as 150? Bem, 150 no interior é muita fruta, mas é possível, numa analise rápida faltam muitos patos, garças, bem faltam muitas espécies aquáticas, por isso há muita margem, o problema é que para subir os números num local destes exige um esforço continuado e persistente, ou então muitas visitas de vários observadores.

Isto porque depois de tudo o que é expectável ter sido visto, o que falta são espécies que vão estar em passagem e que podem demorar 1-2 dias no local, um patch worker pode conseguir ve-las, mas fora isso só com muita sorte.

Mas 150 é possível, 200 é que já não. não pelo local, mas por não haver muitos observadores, ou em alternativa um que vá lá todos os dias

Sim é possível mas uma tarefa bastante difícil e com esforço continuado, não havendo muitos observadores por aqui. Bem mas há umas espécies que penso que poderei observar sem grande esforço, estando no local à hora certa espécies noturnas por exemplo (Bufo-real, mocho-d'orelhas); depois há outras como o melro-dágua que tenho de ir ao local certo (afluentes da albufeira). Mas sim, os grandes grupos como as limícolas e patos são os que poderão contirbuir mais... e só em passagem... durantes 1-2 dias como dizes. E ainda há as grande rapinas que eu tenho esperança de as observar por lá mas estão todos convidados na mesma ehehe!

Sim, mas também é uma questão de tempo, no global em Portugal um ponto que tenha 200 espécies representa muito esforço, já que uma boa fatia dessas 200 não são regulares no local, chegar as 250 ainda está para ser conseguido, e as 300 será utópico, a não ser que alguém faça uma zona húmida em Sagres.

Mas 150? 150 é diferente, uma zona húmida, com caniço, margens de lama, e uma envolvente mista de prados e bosques tem que dar para as 150 em qualquer zona do pais se houver esforço suficiente para isso.

Basta ver a Lagoa dos Patos que tem 187.

pedro121 escreveu:Basta ver a Lagoa dos Patos que tem 187.

Sim, mas o conceito de "lagoa" é um bocadinho flexível, já que muitas aves foram observadas nos "terrenos envolventes".

O mesmo raciocínio se aplica a muitos outros hotspots por esse país fora.

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:Basta ver a Lagoa dos Patos que tem 187.

Sim, mas o conceito de "lagoa" é um bocadinho flexível, já que muitas aves foram observadas nos "terrenos envolventes".

O mesmo raciocínio se aplica a muitos outros hotspots por esse país fora.

Como eu disse anteriormente, para chegar as 150, tens que ter uma zona húmida com uma envolvente adequada

Certo, o que eu quis dizer é que a envolvente não tem nada a ver com a lagoa / zona húmida e que o total de 150+ só é possível se forem incluídas aves de habitats que não estão relacionados com a dita zona húmida.

Gonçalo Elias escreveu:Certo, o que eu quis dizer é que a envolvente não tem nada a ver com a lagoa / zona húmida e que o total de 150+ só é possível se forem incluídas aves de habitats que não estão relacionados com a dita zona húmida.

Sim, a lógica é haver muito habitat diferente no menor espaço, isso pode não causar um grande aumento nos números de individuos, mas garante um maior numero de espécies.

O Cabo Carvoeiro sofre por não ter uma zona florestal por exemplo. A Etar da Atouguia também, isso "custa-lhes" as florestais comuns

pedro121 escreveu:Sim, a lógica é haver muito habitat diferente no menor espaço, isso pode não causar um grande aumento nos números de individuos, mas garante um maior numero de espécies.

Eu percebi, e foi exactamente por isso que escrevi o conceito de "lagoa" é um bocadinho flexível, na medida em que as aves florestais estavam nas florestas e não na lagoa.

Por outras palavras, embora o hotspot se chame lagoa, ele na realidade está a abranger uma zona muito mais vasta do que apenas a lagoa.

O mesmo raciocínio se aplica a diversos outros hotspots, como albufeiras, estuários, ribeiras, etc.

Gonçalo Elias escreveu:
Por outras palavras, embora o hotspot se chame lagoa, ele na realidade está a abranger uma zona muito mais vasta do que apenas a lagoa.

Sim, o que levanta outras questões, nalguns casos as observações nem com muita boa vontade podem ser consideradas como tendo sido feitas naquele ponto.

Por exemplo, para mim a Lagoa de Óbidos-área geral tem uma fronteira clara que são as estradas que a circundam, tudo o que esteja para lá das estradas está fora da área da lagoa, no entanto essa fronteira é clara apenas para mim. Sendo frequente outro observadores colocarem listas que teoricamente são feitas na lagoa de Óbidos (3-5 km) mas que tem espécies que indicam percursos maiores, tendo já apanhado listas que começaram no parque Dom Carlos nas Caldas da Rainha colocadas depois na Lagoa, resultando em Periquitos-de-colar e Gansos-do-canada na Lagoa...

Eu sou algo flexível nestas coisas, e quando estavam Zarros-castanhos e Papa-ratos na Poça Grande do Vau bem me esforcei para os conseguir ver dentro da fronteira, mas infelizmente não deu, e fazer uma contagem de percurso só para os poder contar na Lagoa (eram só 2 km ) pareceu-me algo desesperado, mas foi pena.

A situação que descreves constitui um problema comum a centenas de hotspots neste país: os limites são difusos.

Eu iria mais longe: não há limites dos hotspots

PNicolau escreveu:Eu iria mais longe: não há limites dos hotspots

Para já.

De qualquer modo para já um revisor pode invalidar qualquer lista que devido à sua extensão altere as zonas de ocorrência das espécies.

pedro121 escreveu:Mas 150? 150 é diferente, uma zona húmida, com caniço, margens de lama, e uma envolvente mista de prados e bosques tem que dar para as 150 em qualquer zona do pais se houver esforço suficiente para isso.

Daí ter estabelecido o limite de 150... é um número que gostaria de atingir e penso ser possível dentro de uns meses. Vamos a ver!

pedro121 escreveu:
Eu sou algo flexível nestas coisas, e quando estavam Zarros-castanhos e Papa-ratos na Poça Grande do Vau bem me esforcei para os conseguir ver dentro da fronteira,

Bem, devia ter falado mais cedo, hoje de manha estava um Papa-ratos junto à torre de observação sul.

pedro121 escreveu:Bem, devia ter falado mais cedo, hoje de manha estava um Papa-ratos junto à torre de observação sul. Very Happy

Dava-me jeito por aqui por estas bandas...

João Tomás escreveu:
Dava-me jeito por aqui por estas bandas...

Deu-me um jeitão a mim, dá para voltar a colocar a lagoa em 5º, o que já não é mau, pelo menos enquanto não conseguir convencer o Hélder a perder um tempinho a adicionar algumas coisas ao ponto, tipo picanço-de-dorso-ruivo

pedro121 escreveu:Deu-me um jeitão a mim, dá para voltar a colocar a lagoa em 5º, o que já não é mau, pelo menos enquanto não conseguir convencer o Hélder a perder um tempinho a adicionar algumas coisas ao ponto, tipo picanço-de-dorso-ruivo Very Happy Very Happy

Já tás a pedir muito

João Tomás escreveu:
Já tás a pedir muito

Não, não, existe um registo de um juvenil na Lagoa, só tenho é que convencer o Hélder a coloca-lo no eBird, alias se ele colocasse todas as pérolas que tem a Lagoa subia uns lugares.

pedro121 escreveu:Não, não, existe um registo de um juvenil na Lagoa, só tenho é que convencer o Hélder a coloca-lo no eBird, alias se ele colocasse todas as pérolas que tem a Lagoa subia uns lugares. Smile

Áh bom! Já não está cá quem falou resta saber as restantes pérolas de que falas!

Sendo feriado aproveitei para "investir" na albufeira a ver se sacava mais uma espécie para o hotspot. A visita foi interessante, sendo que o ponto alto foi mesmo o galeirão eu sei que para o resto da malta é uma espécie quase com o estatuto do pardal x) mas aqui em Trás-os-Montes sabe mesmo bem encontrar estas pérolas 118 espécies! Só faltam 32 para as 150.

Aqui fica a lista: http://ebird.org/ebird/portugal/view/checklist/S30167109

O melro-d'água é a 119ª espécie deste hotspot espécie expectável e já com algum atraso em aparecer neste local. Resultado da visita: http://ebird.org/ebird/portugal/view/checklist/S30593797

O dia de hoje rendeu mais duas espécies novas para a Albufeira E o número total de espécies passa agora para 121 (só faltam 29).

Coruja-das-torres (Tyto alba) - era uma questão de esforço noturno.
Grifo (Gyps fulvus) - eu sabia que eles passavam por ali só não sabia bem quando.

Não sendo novidade para o local, também me saiu na fava uma cigarrinha-malhada (Locustella naevia). A parte engraçada da "coisa" é que este indivíduo estava a uns míseros 10 metros do local onde detetei o indivíduo do ano passado.

Deixo aqui a lista completa:
http://ebird.org/ebird/portugal/view/checklist/S31064203