Anuário 10, onde anda?

O anuário 10, respeitante ás observações de raridades feitas em 2012 ainda não viu a luz do dia, o atraso já está a assumir dimensões cómicas, eu percebo que com as alterações à constituição do CPR os atrasos sejam inevitáveis, mas mesmo assim...

Quando abriste um tópico semelhante para o Anuário 9, estávamos em Agosto de 2014. Entretanto já passaram quase dois anos, portanto o atraso do Anuário 10 à data de abertura do tópico é muito superior (em quase um ano) à data da abertura do tópico correspondente para o Anuário 9.

Eu sei, eu sei, por outro lado demorei anos depois do anuário 8 ter sido publicado a abrir o tópico, para o anuário 10, eu abri menos de 24 horas depois do anuário 9 ter sido publicado.

Aqui fica a lista completa das datas de saída dos relatórios anteriores (no caso das Pardelas apenas tenho o ano e não o mês).

1995 - Pardela 5 - saiu em 1997  ----> atraso de 1 ano e xx meses
1996 - Pardela 8 - saiu em 1998 ----> atraso de 1 ano e xx meses
1997 - Pardela 11** - saiu em 2000 ----> atraso de 2 anos e xx meses
1998 - Pardela 11** - saiu em 2000 ----> atraso de 1 ano e xx meses
1999 - Anuário 1*** - saiu em Março de 2003 ----> atrasos de 3 anos e 3 meses
2000 - Anuário 1*** - saiu em Março de 2003 ----> atrasos de 2 anos e 3 meses
2001 - Anuário 1*** - saiu em Março de 2003 ----> atrasos de 1 ano e 3 meses
2002 - Anuário 2 - saiu em Março de 2004 ----> atraso de 1 ano e 3 meses
2003 - Anuário 3 - saiu em Março de 2005 ----> atraso de 1 ano e 3 meses
2004 - Anuário 4 - saiu em Março de 2006 ----> atraso de 1 ano e 3 meses
2005 - Anuário 5 - saiu em Dezembro de 2007 ----> atraso de 1 ano e 12 meses
2006 - Anuário 6** - saiu em Junho de 2009 ----> atraso de 2 anos e 6 meses
2007 - Anuário 6** - saiu em Junho de 2009 ----> atraso de 1 ano e 6 meses
2008 - Anuário 7** - saiu em Fevereiro de 2011 ----> atraso de 2 anos e 2 meses
2009 - Anuário 7** - saiu em Fevereiro de 2011 ----> atraso de 1 ano e 2 meses
2010 - Anuário 8 - saiu em Novembro de 2012 ----> atraso de 1 ano e 11 meses
2011 - Anuário 9 - saiu em Junho de 2016 ----> atraso de 4 anos e 6 meses

2012 - Anuário 10 - ainda não saiu ----> atraso já vai em 3 anos e 6 meses

** - volume duplo (relatório abrange dois anos)
*** - volume triplo (relatório abrange três anos)

Com excepção do relatório de 1999, que saiu com mais de 3 anos de atraso (integrado num volume triplo, o que permitiu recuperar o tempo perdido), nunca um relatório tinha saído com mais de 3 anos de atraso.

Sim, mas o assustador é que nunca um relatório saiu sem atraso de no mínimo 1 ano, pode-se fazer melhor, deve-se fazer melhor!

pedro121 escreveu:Sim, mas o assustador é que nunca um relatório saiu  sem atraso de no mínimo 1 ano, pode-se fazer melhor, deve-se fazer melhor!

Marrocos serve de exemplo, com o relatório a sair com menos de uma semana de atraso

De qualquer forma eu ficaria satisfeito se o relatório saísse:
- uma vez por ano
- com um atraso máximo de um ano, um ano e pouco

Esta é a minha visão, mas creio que está longe de ser consensual...

Gonçalo Elias escreveu:

Marrocos serve de exemplo, com o relatório a sair com menos de uma semana de atraso

marrocos serve de exemplo sem duvida, mas uma semana não é atraso, querias que sai-se no dia 1?

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:

Marrocos serve de exemplo, com o relatório a sair com menos de uma semana de atraso

marrocos serve de exemplo sem duvida, mas uma semana não é atraso, querias que sai-se no dia 1?

Já agora...

2012 foi um ano em que apareceram varias espécies giras, estou bastante curioso para ver algumas das decisões, pode ser que mais uma das rapinas fique resolvida, e a ver se sai o resultado da elegans.

Bom, agora que o anuário 9 já saiu era simpático que a TR fosse actualizada, já que muitos dos registos já estão publicados em anuário, e por outro lado como a ultima actualização foi em 2012, os registos entretanto feitos não constam da TR

Mais um trimestre sem novidades...

pedro121 escreveu:Bom, agora que o anuário 9 já saiu era simpático que a TR fosse actualizada

Sugiro que arranjes uma cadeira bem confortável

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:Bom, agora que o anuário 9 já saiu era simpático que a TR fosse actualizada

Sugiro que arranjes uma cadeira bem confortável

Sim, continua tudo na mesma http://www.spea.pt/fotos/editor2/reg_nao_publicados_v7_2012_12_31.pdf

Mas quem sabe, neste ano de acontecimentos tão improváveis, quem sabe até a TR é actualizada?

Já passaram quase seis meses desde que o Anuário 9 viu a luz do dia.

Se o A10 não sair nos próximos seis meses, então o atraso terá aumentado relativamente ao volume 9.

Gonçalo Elias escreveu:Já passaram quase seis meses desde que o Anuário 9 viu a luz do dia.

Se o A10 não sair nos próximos seis meses, então o atraso terá aumentado relativamente ao volume 9.

Não vai sair, isso parece-me certo. A única maneira de controlar a situação é fazer volumes duplos ou triplos abrangendo vários anos, ou seja pode-se publicar todos os registos aceites (assumindo que há registos aceites) até 2016 e fazer disso o anuário 10, e depois publicar os registos que ficaram para trás à medida que forem aceites nos anuários seguintes.

Qual é a vantagem? A vantagem para alem de começar a limpar a pilha de registos fáceis, era puder alterar o nº de espécies homologáveis, o mais cedo possível!!!

Ou seja se o anuário sair ainda em 2017 pode fechar o ciclo para espécies como Larus argentatus, Bra bre, Oce cas, Lar hyp, Gav imm, Phy ino, Acr pal, Str lon e Xem sab, confiando as avaliações destas espécies aos revisores do eBird.

Do mesmo modo seria necessário fazer nova redução do numero de espécies nos Açores, mas ai confesso que não sei quais cortar.

E no continente há uma certa felosa que tem que passar para raridade...

pedro121 escreveu:
Não vai sair, isso parece-me certo. A única maneira de controlar a situação é fazer volumes duplos ou triplos abrangendo vários anos, ou seja pode-se publicar todos os registos aceites (assumindo que há registos aceites) até 2016 e fazer disso o anuário 10, e depois publicar os registos que ficaram para trás à medida que forem aceites nos anuários seguintes.

Qual é a vantagem? A vantagem para alem de começar a limpar a pilha de registos fáceis, era puder alterar o nº de espécies homologáveis, o mais cedo possível!!!

A ideia tem lógica, mas saliento que isso já foi feito no passado (mais de uma vez) e rapidamente se volta ao mesmo.

pedro121 escreveu:Ou seja se o anuário sair ainda em 2017 pode fechar o ciclo para espécies como Larus argentatus, Bra bre, Oce cas, Lar hyp, Gav imm, Phy ino, Acr pal, Str lon e Xem sab, confiando as avaliações destas espécies aos revisores do eBird.

Para limpar tudo o que está para trás (cinco anos) e estimando um total de 600 registos por ano, estamos a falar de 3000 registos. Achas mesmo que isso é viável?

pedro121 escreveu:Do mesmo modo seria necessário fazer nova redução do numero de espécies nos Açores, mas ai confesso que não sei quais cortar.

Por aquilo que sei ninguém mantém uma b.d. actualizada daquilo que tem sido visto nos Açores...

Gonçalo Elias escreveu:
Para limpar tudo o que está para trás (cinco anos) e estimando um total de 600 registos por ano, estamos a falar de 3000 registos. Achas mesmo que isso é viável?

Acho que sim por três razões,

1º os registos recentes tem quase sempre fotos/video/audio o que facilita muito a analise, sendo muito mais rápida a mesma, também porque em muitos casos o registo está pré-aprovado, já que vários observadores foram ver a ave e é de id fácil

2º O processo de circulação dos registos antigamente era muito moroso, não há razão para não se fazer tudo em simultâneo ou seja deixa de haver circulação, todos os membros do comité recebem os registos ao mesmo tempo, assim que tiverem todos votado, avança-se para o próximo lote, os registos duros ficam para eventuais reuniões.

3º O numero de registos submetidos ao CPR tem que baixar, tem que haver menos espécies, o eBird tem que ficar responsável pelas raridades administrativas, isso permiti diminuir o numero de registos a analisar mas mais importante que isso permite poupar tempo em tudo, processar o registos, votar o registo, publicar o registo, deixando as raridades administrativas a cargo do eBird poupa-se muitas horas de trabalho.

Bom, restam os Açores, quanto a isso não há solução à vista já que não é um problema de haver espécies com muitos registos, são é muitas espécies...

pedro121 escreveu:2º O processo de circulação dos registos antigamente era muito moroso, não há razão para não se fazer tudo em simultâneo ou seja deixa de haver circulação, todos os membros do comité recebem os registos ao mesmo tempo, assim que tiverem todos votado, avança-se para o próximo lote, os registos duros ficam para eventuais reuniões.

Em teoria sim. Em teoria a tecnologia deveria tornar as coisas mais rápidas e mais eficientes. Na prática as coisas não funcionam assim.

pedro121 escreveu:3º O numero de registos submetidos ao CPR tem que baixar, tem que haver menos espécies, o eBird tem que ficar responsável pelas raridades administrativas, isso permiti diminuir o numero de registos a analisar mas mais importante que isso permite poupar tempo em tudo, processar o registos, votar o registo, publicar o registo, deixando as raridades administrativas a cargo do eBird poupa-se muitas horas de trabalho.

De acordo, já anteriormente escrevi que sou favorável a uma solução desse tipo.

pedro121 escreveu:Bom, restam os Açores, quanto a isso não há solução à vista já que não é um problema de haver espécies com muitos registos, são é muitas espécies...

Eu acho que há muitas espécies e algumas delas com muitos registos.

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:Bom, restam os Açores, quanto a isso não há solução à vista já que não é um problema de haver espécies com muitos registos, são é muitas espécies...

Eu acho que há muitas espécies e algumas delas com muitos registos.

teria que se ver, mas já houve cortes recentes, de qualquer modo nunca olhei realmente para a situação e não sei o que faz sentido.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:

pedro121 escreveu:Bom, restam os Açores, quanto a isso não há solução à vista já que não é um problema de haver espécies com muitos registos, são é muitas espécies...

Eu acho que há muitas espécies e algumas delas com muitos registos.

teria que se ver, mas já houve cortes recentes, de qualquer modo nunca olhei realmente para a situação e não sei o que faz sentido.

como escrevi acima, creio que actualmente não existe nenhuma b.d. actualilzada sobre o que é visto nos Açores e por isso é muito difícil desde logo aceder à informação.

Gonçalo Elias escreveu:
como escrevi acima, creio que actualmente não existe nenhuma b.d. actualilzada sobre o que é visto nos Açores e por isso é muito difícil desde logo aceder à informação.

Não é difícil, dá é trabalho, teríamos que pegar nos registos registos aceites de tudo, cortar as espécies que já não são homologaveis, e construir a BD, depois ir ao eBird e adicionar os registos que não estivesse, e depois teríamos que pescar registos noutros lados.

É fazível, dá trabalho.

Uma solução menos trabalhosa seria pesquisar das espécies homologáveis quais as que tem mais registos, e depois analisar se o numero de registos aumenta com o aumento da cobertura dos observadores residentes e em função disso cortar.

só ir ao ebird poderia não chegar. apanhas os registos de alguns "locais", mas nem todos (Santa Maria é exemplo de não termos quase nada no ebird) mas os registos dos estrangeiros nem por isso. claro que esses estão praticamente circunscritos ao corvo...

existe a listagem gerida pelo Peter Alfrey e companhia, que reflete mais as visitas estrangeiras: http://azoresbirdsightings.blogspot.pt/

e há ainda a lista gerida pelo aves dos açores, esta já com registos de mais locais (ebird e outros) https://avesdosazores.wordpress.com/

Então mas o Peter Alfrey não faz já um relatório anual?

PNicolau escreveu:Então mas o Peter Alfrey não faz já um relatório anual?

Pois, mas será completo? É que o problema é sempre o mesmo, nos Açores aparecem espécies nearticas e palearticas, o pessoal estrangeiro está de Setembro a fins de Outubro, a amostragem está a melhorar com o aumento de observadores locais, mas mesmo assim há um efeito claro em que a amostra está distorcida nalguns meses. Alem disso o focus está muito nos passeriformes e quasi-passeriformes, outros grupos estão menos sobre a lupa.

O cenário é um bocado semelhante ao do continente, tens espécies que explodiram em numero de registos, mas foi devido ao aumento efectivo ou aumento do numero de observadores.

E isso tem que ser visto com cuidado.

pedro121 escreveu: ...quasi-passeriformes...

Gostei da expressão... mas o que significa exactamente?