Larus genei deixa de ser raridade!

Fui informado pelo Comité Português de Raridades que os registos de Gaivota-de-bico-fino (Larus genei) em Portugal Continental deixaram de carecer de homologação a partir de 2009, devendo todos os registos desta espécie ser enviados para o Noticiário da SPEA (noticiario@spea.pt).

Boas

Não deixa de ser uma decisão esperada face ao numero de observações dos últimos tempos, eu faço observação á muito pouco tempo, mas analisando os registos das observações para esta espécie até 2005 e comparando com os observações enviadas para o noticiário ornitológico nos últimos anos verifica-se um aumento significativo no nº de observações e do nº de indivíduos observados.

No entanto esta decisão levanta-me algumas duvidas, nomeadamente quais os critérios para uma espécie deixar de ser raridade ou para passar a ser raridade, como disse eu tenho pouca experiência e situações que para mim podem ser estranhas para os mais experientes podem ser óbvias como por exemplo:

1º Apus caffer, tudo bem que o nº de observações é diminuto mas é um nidificante confirmado e regular, portanto porque ser considerado ainda uma raridade?

2º Hippolais opaca, pelo que eu consigo perceber, não se tem bem a certeza da situação desta espécie em Portugal, existem registos regulares em nº suficiente para não ser considerada uma raridade?

3º Botaurus stellaris, tudo bem que a espécie deve ser mais abundante que o nº de registos conhecidos parece indicar, mas se nos guiarmos somente pelos registos... não será uma raridade?

4º Falco eleonorae, dadas as características da espécie a sua presença em Portugal deve ser irregular, mas de irregular a raridade....


e como estas tenho mais algumas, a questão de fundo é quais os critérios para deixarem de ser consideradas raridades e no caso de uma espécie escassa a partir de que momento é que é considerada raridade?

Pedro tanto quanto sei não existe um critério quantitativo e as decisões são tomadas caso a caso.

Boas Gonçalo

Eu fiz uma pesquisa na net e descobri que em Inglaterra o comité de raridades (BBRC) usa grosso modo o seguinte critério:

Uma espécie deixa de ser considerada raridade se tiver mais de 150 registos nos últimos 10 anos, com dez ou mais registos em pelo menos 8 destes anos (para compensar fenómenos de invasão).

Olá Pedro,

De facto no Reino Unido existem critérios quantitativos mas em Portugal isso nunca foi feito (algumas espécies já foram removidas da lista tendo apenas meia dúzia de registos).

1 abraço,
Gonçalo