Investigadores espanhóis anunciam regresso da águia-pesqueira à Península Ibérica
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Investigadores espanhóis anunciam regresso da águia-pesqueira à Península Ibérica
Investigadores espanhóis anunciam regresso da águia-pesqueira à Península Ibérica
05.06.2009 - 15h11 PÚBLICO
Há anos que a águia-pesqueira (Pandion haliaetus), espécie Criticamente em Perigo, deixou de nidificar na Península Ibérica. Hoje, investigadores espanhóis do CSIC (Consejo Superior de Investigaciones Científicas) anunciaram o nascimento de cinco crias em dois ninhos nas províncias de Cádiz e Huelva.
"Na história da conservação da natureza em Espanha, esta é a primeira vez que se recupera um vertebrado extinto”, salientou Miguel Ferrer, investigador do CSIC à frente do projecto de reintrodução da espécie, em colaboração com a Junta de Andaluzia.
Há mais de 70 anos que a águia-pesqueira não nidificava em território espanhol; há 15 anos em Portugal.
O projecto começou em 2003 e reintroduziu 108 crias da espécie vindas da Alemanha, Finlândia e Escócia. No entanto, muitas regressaram aos seus locais de origem sem que se tivessem reproduzido em Cádiz ou Huelva.
"As jovens águias-pesqueiras fazem os seus primeiros voos no local eleito para a reintrodução, lugar que a partir desse momento consideram o seu local de nascimento. Ao alcançar a maturidade sexual regressam a este sítio para a reprodução", explica o CSIC, em comunicado.
Como são aves migradoras, os exemplares libertados na Andaluzia viajaram através do deserto do Saara até ao Mali e Senegal, onde passaram os primeiros anos de vida. Quando chegaram à idade adulta, regressaram aos locais onde foram libertados, Cádiz e Huelva. Finalmente este ano estabeleceram-se dois casais que conseguiram ter três crias nas Marismas del Odiel e duas no ninho de Cádiz.
Nos últimos dois anos, os investigadores do CSIC detectaram o regresso de exemplares de dois e três anos que tinham sido libertados. Por fim, a 19 e 20 de Março deste ano regressaram a Huelva um macho (nascido na Alemanha em 2005) e uma fêmea (nascida na Escócia em 2005). Puseram ovos a 3 de Abril e a 12 de Maio eclodiram três ovos. "As crias estão em perfeito estado de saúde e estão a completar o seu crescimento no ninho", informou Ferrer.
O casal de Cádiz não foi libertado neste projecto mas foi atraído pela presença de jovens libertados na zona. Este ano conseguiram pôr ovos que eclodiram a 15 de Maio. Também estes estão em "perfeito estado".
"A partir de agora, a população [de águia-pesqueira] poderá, mesmo, crescer de forma exponencial. Nos locais de libertação há espaço para 400 casais", acrescentou o investigador do CSIC.
Em Portugal, no princípio do século XX, a população nidificante terá atingido os 22 ou 30 casais; no final dos anos 70 já só existiam dois casais activos, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados. O último casal nidificou em 1996.
Entre as maiores ameaças estão a perseguição e o abate directo, a morte acidental nos fios de pesca abandonados nas falésias, a depleção dos recursos piscícolas marinhos e o aumento da perturbação humana.
Actualmente, a espécie continua a reproduzir-se nas Baleares e Canárias.
in publico.pt
05.06.2009 - 15h11 PÚBLICO
Há anos que a águia-pesqueira (Pandion haliaetus), espécie Criticamente em Perigo, deixou de nidificar na Península Ibérica. Hoje, investigadores espanhóis do CSIC (Consejo Superior de Investigaciones Científicas) anunciaram o nascimento de cinco crias em dois ninhos nas províncias de Cádiz e Huelva.
"Na história da conservação da natureza em Espanha, esta é a primeira vez que se recupera um vertebrado extinto”, salientou Miguel Ferrer, investigador do CSIC à frente do projecto de reintrodução da espécie, em colaboração com a Junta de Andaluzia.
Há mais de 70 anos que a águia-pesqueira não nidificava em território espanhol; há 15 anos em Portugal.
O projecto começou em 2003 e reintroduziu 108 crias da espécie vindas da Alemanha, Finlândia e Escócia. No entanto, muitas regressaram aos seus locais de origem sem que se tivessem reproduzido em Cádiz ou Huelva.
"As jovens águias-pesqueiras fazem os seus primeiros voos no local eleito para a reintrodução, lugar que a partir desse momento consideram o seu local de nascimento. Ao alcançar a maturidade sexual regressam a este sítio para a reprodução", explica o CSIC, em comunicado.
Como são aves migradoras, os exemplares libertados na Andaluzia viajaram através do deserto do Saara até ao Mali e Senegal, onde passaram os primeiros anos de vida. Quando chegaram à idade adulta, regressaram aos locais onde foram libertados, Cádiz e Huelva. Finalmente este ano estabeleceram-se dois casais que conseguiram ter três crias nas Marismas del Odiel e duas no ninho de Cádiz.
Nos últimos dois anos, os investigadores do CSIC detectaram o regresso de exemplares de dois e três anos que tinham sido libertados. Por fim, a 19 e 20 de Março deste ano regressaram a Huelva um macho (nascido na Alemanha em 2005) e uma fêmea (nascida na Escócia em 2005). Puseram ovos a 3 de Abril e a 12 de Maio eclodiram três ovos. "As crias estão em perfeito estado de saúde e estão a completar o seu crescimento no ninho", informou Ferrer.
O casal de Cádiz não foi libertado neste projecto mas foi atraído pela presença de jovens libertados na zona. Este ano conseguiram pôr ovos que eclodiram a 15 de Maio. Também estes estão em "perfeito estado".
"A partir de agora, a população [de águia-pesqueira] poderá, mesmo, crescer de forma exponencial. Nos locais de libertação há espaço para 400 casais", acrescentou o investigador do CSIC.
Em Portugal, no princípio do século XX, a população nidificante terá atingido os 22 ou 30 casais; no final dos anos 70 já só existiam dois casais activos, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados. O último casal nidificou em 1996.
Entre as maiores ameaças estão a perseguição e o abate directo, a morte acidental nos fios de pesca abandonados nas falésias, a depleção dos recursos piscícolas marinhos e o aumento da perturbação humana.
Actualmente, a espécie continua a reproduzir-se nas Baleares e Canárias.
in publico.pt
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25581
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Investigadores espanhóis anunciam regresso da águia-pesqueira à Península Ibérica
Olá
Ontem enquanto descia o Tejo, zona de Belver, em Kayak, de uma arvore morta levantou uma rapace que pela cor clara da garganta e da parte inferior, bem como pelo tipo de voo, me pareceu ser uma Águia-pesqueira. Dada a época fiquei surpreendido e quando consegui voltar, o kayak, não mais vi o indivíduo. Não sei se tal será possível, quer no local, quer nesta época do ano.
Teodoro
Ontem enquanto descia o Tejo, zona de Belver, em Kayak, de uma arvore morta levantou uma rapace que pela cor clara da garganta e da parte inferior, bem como pelo tipo de voo, me pareceu ser uma Águia-pesqueira. Dada a época fiquei surpreendido e quando consegui voltar, o kayak, não mais vi o indivíduo. Não sei se tal será possível, quer no local, quer nesta época do ano.
Teodoro
isidoro S Teodoro- Número de Mensagens : 73
Idade : 66
Data de inscrição : 19/11/2008
Re: Investigadores espanhóis anunciam regresso da águia-pesqueira à Península Ibérica
Olá Teodoro,
Existem registos ocasionais nesta época do ano, por exemplo no Anuário 3 refere-se uma observação no Tejo Internacional a 28 de Maio de 2003.
Podem ser indivíduos imaturos, não reprodutores.
1 abraço,
Gonçalo
Existem registos ocasionais nesta época do ano, por exemplo no Anuário 3 refere-se uma observação no Tejo Internacional a 28 de Maio de 2003.
Podem ser indivíduos imaturos, não reprodutores.
1 abraço,
Gonçalo
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25581
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
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