Renováveis ganham ao nuclear como energias de transição
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Renováveis ganham ao nuclear como energias de transição
Renováveis ganham ao nuclear como energias de transição
A aposta de Portugal para travar a dependência energética do país em relação ao que importa do exterior (85 por cento) vai ser feita pelas energias renováveis. «Não vai haver introdução da energia nuclear (na equação) como energia de transição», frisou nesta quarta-feira Humberto Rosa na 9ª Conferência Anual da BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável).
O secretário de Estado do Ambiente explicou que não só a realidade portuguesa é bem diferente de países como a França ¿ em que a maior parte da produção energética assenta numa rede de centrais nucleares já existente ¿ como um projecto conjunto com a Espanha não se coloca, pois o país vizinho tende neste momento para o encerramento de algumas centrais.
«Podíamos ter ido pelo nuclear, fomos pelas energias renováveis», reforçou o secretário de Estado em resposta à insistência de Luís Filipe Pereira ao contrapor que «o nuclear não deve ser excluído da análise» e «deve ser pensado no leque». O presidente da Comissão Executiva do Grupo EFACEC foi outro dos oradores presentes esta tarde no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e foi mais consensual quando se debruçou sobre o tema da conferência da BSCD: «Alterações Climáticas: hoje e amanhã».
Empresas devem preparar-se cá dentro
Lembrando que «Portugal continua a ter problemas de eficiência energética», Luís Filipe Pereira analisou que, no presente, «as empresas já olham para a sustentabilidade como competição». Ou seja, as empresas têm de começar a ser sustentáveis não só na sua produção como nos produtos que servem aos clientes, porque o mercado o exige. E o responsável da EFACEC, com base numa «utilização racional dos recursos diminuindo os resíduos e as emissões de CO2», anunciou para o futuro uma «redução em 10 por cento da energia eléctrica» substituída «por renováveis».
Zeinal Bava explicou que «as empresas devem preparar-se, não comprar lá fora», pois «as que não tiverem o seu percurso feito atempadamente vão ter os seus custos». O CEO da Portugal Telecom reforçou a posição revelando que «um dos cinco objectivos [do grupo] para o próximo triénio é a sustentabilidade, dando como exemplo que até 2010 quer reduzir a frota automóvel da PT em 20 por cento.
A modernização dos serviços para a verde fibra óptica é uma melhoria na mitigação de Gases de Efeito de Estufa que pode ser proporcionado pelas empresas, salientou Bava, mas Susana Fonseca também alertou que «a tecnologia pode levar a gastar mais energia, mesmo que de modo mais eficiente».
A presidente da Quercus assumiu que «a visão global» sobre as alterações climáticas ainda falha e que, a nível nacional, «parte do problema está na desarticulação de políticas». «Era necessário que outros ministérios tivessem mais qualidade ambiental» para não desaproveitar a acção do ministério do Ambiente.
Alerta para o «consenso»
Humberto Rosa acrescentou que «o futuro do transporte é eléctrico» e que o Governo vai lutar por «edifícios mais eficientes, a utilização dos resíduos como combustível ou a utilização do solo». Joaquim Goes reforçou o papel que têm as empresas passando da redução das frotas automóveis optando pelo transporte ferroviário até às lâmpadas de baixo consumo, ou a desmaterialização dos extractos bancários (passando do papel para a Internet), que o administrador do BES revelou estar a ter grande adesão.
Viriato Soromenho Marques fez questão de refrear este «consenso», pois destacou que é preciso uma energia constante para travar as alterações climáticas. Membro do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o professor de filosofia alertou para a complexidade, a incerteza e a violência psicológica que este «consenso» que se pensa ter alcançado pode gerar.
Fonte: IOL Diário
A aposta de Portugal para travar a dependência energética do país em relação ao que importa do exterior (85 por cento) vai ser feita pelas energias renováveis. «Não vai haver introdução da energia nuclear (na equação) como energia de transição», frisou nesta quarta-feira Humberto Rosa na 9ª Conferência Anual da BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável).
O secretário de Estado do Ambiente explicou que não só a realidade portuguesa é bem diferente de países como a França ¿ em que a maior parte da produção energética assenta numa rede de centrais nucleares já existente ¿ como um projecto conjunto com a Espanha não se coloca, pois o país vizinho tende neste momento para o encerramento de algumas centrais.
«Podíamos ter ido pelo nuclear, fomos pelas energias renováveis», reforçou o secretário de Estado em resposta à insistência de Luís Filipe Pereira ao contrapor que «o nuclear não deve ser excluído da análise» e «deve ser pensado no leque». O presidente da Comissão Executiva do Grupo EFACEC foi outro dos oradores presentes esta tarde no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e foi mais consensual quando se debruçou sobre o tema da conferência da BSCD: «Alterações Climáticas: hoje e amanhã».
Empresas devem preparar-se cá dentro
Lembrando que «Portugal continua a ter problemas de eficiência energética», Luís Filipe Pereira analisou que, no presente, «as empresas já olham para a sustentabilidade como competição». Ou seja, as empresas têm de começar a ser sustentáveis não só na sua produção como nos produtos que servem aos clientes, porque o mercado o exige. E o responsável da EFACEC, com base numa «utilização racional dos recursos diminuindo os resíduos e as emissões de CO2», anunciou para o futuro uma «redução em 10 por cento da energia eléctrica» substituída «por renováveis».
Zeinal Bava explicou que «as empresas devem preparar-se, não comprar lá fora», pois «as que não tiverem o seu percurso feito atempadamente vão ter os seus custos». O CEO da Portugal Telecom reforçou a posição revelando que «um dos cinco objectivos [do grupo] para o próximo triénio é a sustentabilidade, dando como exemplo que até 2010 quer reduzir a frota automóvel da PT em 20 por cento.
A modernização dos serviços para a verde fibra óptica é uma melhoria na mitigação de Gases de Efeito de Estufa que pode ser proporcionado pelas empresas, salientou Bava, mas Susana Fonseca também alertou que «a tecnologia pode levar a gastar mais energia, mesmo que de modo mais eficiente».
A presidente da Quercus assumiu que «a visão global» sobre as alterações climáticas ainda falha e que, a nível nacional, «parte do problema está na desarticulação de políticas». «Era necessário que outros ministérios tivessem mais qualidade ambiental» para não desaproveitar a acção do ministério do Ambiente.
Alerta para o «consenso»
Humberto Rosa acrescentou que «o futuro do transporte é eléctrico» e que o Governo vai lutar por «edifícios mais eficientes, a utilização dos resíduos como combustível ou a utilização do solo». Joaquim Goes reforçou o papel que têm as empresas passando da redução das frotas automóveis optando pelo transporte ferroviário até às lâmpadas de baixo consumo, ou a desmaterialização dos extractos bancários (passando do papel para a Internet), que o administrador do BES revelou estar a ter grande adesão.
Viriato Soromenho Marques fez questão de refrear este «consenso», pois destacou que é preciso uma energia constante para travar as alterações climáticas. Membro do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o professor de filosofia alertou para a complexidade, a incerteza e a violência psicológica que este «consenso» que se pensa ter alcançado pode gerar.
Fonte: IOL Diário
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