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Nidificação de Luscinia svecica em Portugal

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Mensagem por Paulo Lemos Seg Jan 09, 2017 3:44 pm

pedro121 escreveu:
Paulo Lemos escreveu:Noutros pontos da Europa já deve chegar dele, mas aqui entre nós tinha de ser um bocadão.
Excepto a nortada, que nem está forte, não há previsão de temporal ou adversidades sérias para breve, quase em meados de Janeiro, sendo que aqui no Oeste nem geadas houve ainda (como provam certas espécies de insectos ainda vivos e a erva verde).

Não percebi Paulo? o que interessa se faz ou não frio aqui? este tópico é para falarmos das deslocações das aves na Europa em condições de frio. Se cá faz calor, óptimo. mas o que interessa é o tempo lá fora, não aqui.

Eu, por exemplo, acho bastante interessante o frio "que faz aqui", para observar aves. Por exemplo, a abalada da população migradora de pisco-de-peito-azul daqui da zona não acontece "pelo calendário" e sim pela "meteorologia" (e não sei para onde vão, desde Novembro a Janeiro subitamente desaparecem conforme clima).
Quanto ao resto da Europa: queres mais frio? :O. Se as aves não se deslocam, é porque não só do frio depende essa deslocação.


Última edição por Paulo Lemos em Sáb maio 20, 2017 2:42 pm, editado 4 vez(es) (Motivo da edição : Nota: este tópico foi criado por cisão do tópico "Frio!!!")
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Mensagem por Paulo Lemos Seg Jan 09, 2017 4:50 pm

Ainda na mesma linha de raciocínio, provavelmente parte dos piscos "vai embora", não por estimulo directo do clima mas porque este altera o habitat e afecta os recursos disponíveis, talvez a ponto de "caberem menos". O clima também indirectamente, se levar ao maior consumo de energia.
O que seria diferente da situação que referi antes, das aves "preverem" a chegada do clima adverso e consequentemente responderem também antes a sua chegada.

O frio, seja onde for, permite sempre "algo diferente" para observar, até nas "mesmas" aves.
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Mensagem por PNicolau Seg Jan 09, 2017 6:54 pm

Bem, esta teoria dos piscos é no mínimo exótica. Não percebo bem visto que tens milhares de piscos-de-peito-azul a invernar em Portugal.
E depois tens indivíduos de passagem.
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Mensagem por Paulo Lemos Seg Jan 09, 2017 8:51 pm

Claro que sim. Mas há décadas que os observo na região, sempre nas mesmas áreas e de facto notei o descrevi.
A sua afluência anual local parece muito variável, é certo, sobretudo fora da época reprodutora, com pico em Setembro e Outubro (os de passagem?). Mas em nada afecta os números relativos e a sua dispersão nos espaços preferidos, numa estreita relação com o clima e deste com o habitat, sobretudo entre Outubro e Janeiro (Invernantes?).

Em Janeiro há já muito poucos, mas tenho notado a sua partida "em massa" apenas "e se" após grandes temporais, "como" promotores de mais do que uma forma de alteração de habitat (aliás uma combinação delas), alteração que manifesta-se em timings imprevisíveis no calendário, desde Outubro até Janeiro. Portanto, ou os de passagem alternam movimentos com diferenças de 2-3 meses, ou a alteração de habitat convida os invernantes a partir (ela é significativa nos locais considerados).
Nesta presente época e ano (Jan2017), são "raros" tal como acontece noutros passados. Mas será que os piscos migraram já para Norte ou deslocaram-se apenas, possivelmente até mais para Sul?

Já agora, é possível que cá crie, ou tivesse criado no passado, essa espécie. O habitat já foi bem melhor para nidificar (um tipo de habitat ripícola em vias de extinção local e quiçá nacional na metade Sul do País, que não apenas de caniçal puro, com óptimos recursos ao nível do solo). Fiz observações ocasionais durante o fim da primavera e meio do Verão... porém, se está aqui presente de facto, será uma espécie rara como nidificante e difícil de detectar, sobretudo entre a algazarra de scirpaceus e nunca reparei se estão presentes. É uma ave furtiva entra a vegetação e pouco voadora, excepto talvez no outono.
Desconfio (apenas isso) de nidificação nos 80s em Vale de janelas (Óbidos) devido a um canto de ave nunca identificado (com imitações), sem nunca ter visto a ave.

Quando disse a grosso modo "estimulo directo do clima", devia ter dito mesmo modo estimulo directo do clima e acrescentado "ou da capacidade de previsão de certos estados de clima, pela ave".
Em cativeiro, dá para perceber muito bem isso, especialmente em tempo real comparando com observações em estado selvagem.
Mas sublinho, os piscos partem "após" eu notar que as tempestades produziram alterações ambientais, e não antes como seria de esperar numa passeriforme desde "tipo", que será provavelmente capaz de prever com antecedência essas alterações.
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Mensagem por pedro121 Ter Jan 10, 2017 2:28 am

Paulo Lemos escreveu:Claro que sim. Mas há décadas que os observo na região, sempre nas mesmas áreas e de facto notei o descrevi.
A sua afluência anual local parece muito variável, é certo, sobretudo fora da época reprodutora, com pico em Setembro e Outubro (os de passagem?). Mas em nada afecta os números relativos e a sua dispersão nos espaços preferidos, numa estreita relação com o clima e deste com o habitat, sobretudo entre Outubro e Janeiro (Invernantes?).

Em Janeiro há já muito poucos, mas tenho notado a sua partida "em massa" apenas "e se" após grandes temporais, "como" promotores de mais do que uma forma de alteração de habitat (aliás uma combinação delas), alteração que manifesta-se em timings imprevisíveis no calendário, desde Outubro até Janeiro. Portanto, ou os de passagem alternam movimentos com diferenças de 2-3 meses, ou a alteração de habitat convida os invernantes a partir (ela é significativa nos locais considerados).
Nesta presente época e ano (Jan2017), são "raros" tal como acontece noutros passados. Mas será que os piscos migraram já para Norte ou deslocaram-se apenas, possivelmente até mais para Sul?

Já agora, é possível que cá crie, ou tivesse criado no passado, essa espécie. O habitat já foi bem melhor para nidificar (um tipo de habitat ripícola em vias de extinção local e quiçá nacional na metade Sul do País, que não apenas de caniçal puro, com óptimos recursos ao nível do solo). Fiz observações ocasionais durante o fim da primavera e meio do Verão... porém, se está aqui presente de facto, será uma espécie rara como nidificante e difícil de detectar, sobretudo entre a algazarra de scirpaceus e nunca reparei se estão presentes. É uma ave furtiva entra a vegetação e pouco voadora, excepto talvez no outono.
Desconfio (apenas isso) de nidificação nos 80s em Vale de janelas (Óbidos) devido a um canto de ave nunca identificado (com imitações), sem nunca ter visto a ave.

Quando disse a grosso modo "estimulo directo do clima", devia ter dito mesmo modo estimulo directo do clima e acrescentado "ou da capacidade de previsão de certos estados de clima, pela ave".
Em cativeiro, dá para perceber muito bem isso, especialmente em tempo real comparando com observações em estado selvagem.
Mas sublinho, os piscos partem "após" eu notar que as tempestades produziram alterações ambientais, e não antes como seria de esperar numa passeriforme desde "tipo", que será provavelmente capaz de prever com antecedência essas alterações.


Nada melhor para começar o dia que um Post do Paulo e um café. Fico logo com um sorriso, isto se não começar mesmo a rir, como é o caso com este post.
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Mensagem por Paulo Lemos Ter Jan 10, 2017 8:15 am

São modos de estar na vida Very Happy. É que neste, não tive a mínima intenção de fazer rir.

Sei que há algo publicado que confirma muito do que disse (ou do que questionei retoricamente, mas com bases para tal), mas também sei que o conhecimento nem sequer pegou a sério em parte do exposto e alguma coisa assim pareça se desviar.
Quem quiser confirmar o resto, está à vontade. Dará trabalho e gastará algum tempo, mas é "tese" com garantia.

As observações a nível local (e timings) não sei que discussão teriam. Há observações complementares desta espécie a nível local, com equivalente ou suficiente regularidade?

Encontrar nidificantes por cá, é que poderá ser mais difícil ou impossível. Durante anos nunca confirmei efectivamente nada que o indicasse, além da presença ocasional de adultos em plumagem de plena cor em data suspeita.
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Mensagem por Pedro Pereira Ter Jan 10, 2017 8:38 am

Olá a todos,

Sem querer fugir ao que me parece ser o tema central do tópico, e até porque só li os últimos posts, queria aproveitar para dizer uma coisa. Na península ibérica, os Luscinia svecica nidificam em matos de montanha acima da linha das árvores. Tanto quanto se sabe estas aves deverão invernar, na sua maioria, em África. As aves que observamos a invernar em Portugal em caniçais e outras zonas húmidas terão nascido, na sua maioria, fora da península ibérica. Resumindo: em Portugal, será mais provável encontrar a espécie a nidificar em alta montanha do que em caniçais. E ainda assim sejamos poupados no "mais provável" Smile
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Mensagem por Gonçalo Elias Ter Jan 10, 2017 9:49 am

Pedro Pereira escreveu:As aves que observamos a invernar em Portugal em caniçais e outras zonas húmidas terão nascido, na sua maioria, fora da península ibérica.

Quase todas em França (Charente-Maritime).
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Mensagem por Pedro Pereira Ter Jan 10, 2017 11:04 am

Gonçalo Elias escreveu: Quase todas em França (Charente-Maritime).

Obrigado pela precisão, Gonçalo Wink
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Mensagem por Tissot Ter Jan 10, 2017 1:44 pm

pedro121 escreveu:
Paulo Lemos escreveu:Claro que sim. Mas há décadas que os observo na região, sempre nas mesmas áreas e de facto notei o descrevi.
A sua afluência anual local parece muito variável, é certo, sobretudo fora da época reprodutora, com pico em Setembro e Outubro (os de passagem?). Mas em nada afecta os números relativos e a sua dispersão nos espaços preferidos, numa estreita relação com o clima e deste com o habitat, sobretudo entre Outubro e Janeiro (Invernantes?).

Em Janeiro há já muito poucos, mas tenho notado a sua partida "em massa" apenas "e se" após grandes temporais, "como" promotores de mais do que uma forma de alteração de habitat (aliás uma combinação delas), alteração que manifesta-se em timings imprevisíveis no calendário, desde Outubro até Janeiro. Portanto, ou os de passagem alternam movimentos com diferenças de 2-3 meses, ou a alteração de habitat convida os invernantes a partir (ela é significativa nos locais considerados).
Nesta presente época e ano (Jan2017), são "raros" tal como acontece noutros passados. Mas será que os piscos migraram já para Norte ou deslocaram-se apenas, possivelmente até mais para Sul?

Já agora, é possível que cá crie, ou tivesse criado no passado, essa espécie. O habitat já foi bem melhor para nidificar (um tipo de habitat ripícola em vias de extinção local e quiçá nacional na metade Sul do País, que não apenas de caniçal puro, com óptimos recursos ao nível do solo). Fiz observações ocasionais durante o fim da primavera e meio do Verão... porém, se está aqui presente de facto, será uma espécie rara como nidificante e difícil de detectar, sobretudo entre a algazarra de scirpaceus e nunca reparei se estão presentes. É uma ave furtiva entra a vegetação e pouco voadora, excepto talvez no outono.
Desconfio (apenas isso) de nidificação nos 80s em Vale de janelas (Óbidos) devido a um canto de ave nunca identificado (com imitações), sem nunca ter visto a ave.

Quando disse a grosso modo "estimulo directo do clima", devia ter dito mesmo modo estimulo directo do clima e acrescentado "ou da capacidade de previsão de certos estados de clima, pela ave".
Em cativeiro, dá para perceber muito bem isso, especialmente em tempo real comparando com observações em estado selvagem.
Mas sublinho, os piscos partem "após" eu notar que as tempestades produziram alterações ambientais, e não antes como seria de esperar numa passeriforme desde "tipo", que será provavelmente capaz de prever com antecedência essas alterações.


Nada melhor para começar o dia que um Post do Paulo e um café. Fico logo com um sorriso, isto se não começar mesmo a rir, como é o caso com este post.

LOL...LOL...Tu agora é que me fizeste rir Pedro!!! Não sei o que te fez sorrir/rir, mas também não quero saber... já me deixei de certas leituras...mas a receita deve ser a mesma de sempre… eu vi…eu ouvi...aqui nas Caldas é assim...eu vi mas não digo onde…...eu já li sobre isso mas já não sei onde tenho a referência...onde é que já escrevi isto???? Sleep .
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Mensagem por pedro121 Ter Jan 10, 2017 2:04 pm

Tissot escreveu:
LOL...LOL...Tu agora é que me fizeste rir Pedro!!! Não sei o que te fez sorrir/rir, mas também não quero saber... já me deixei de certas leituras...mas a receita deve ser a mesma de sempre… eu vi…eu ouvi...aqui nas Caldas é assim...eu vi mas não digo onde…...eu já li sobre isso mas já não sei onde tenho a referência...onde é que já escrevi isto???? Sleep .

Não sejas assim, tudo tem o seu lugar. O Paulo percebe bastante da avifauna local, mas a tendência que tem para extrapolar a partir disso, e a sua constante necessidade de fazer segredo e usar referencias crípticas pode ser exasperante por vezes, mas na maioria das vezes acaba por cair em situações francamente cómicas, como foi agora o caso com o Pisco.
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Mensagem por Paulo Lemos Ter Jan 10, 2017 3:56 pm

Pedro Pereira escreveu:Olá a todos,

Sem querer fugir ao que me parece ser o tema central do tópico, e até porque só li os últimos posts, queria aproveitar para dizer uma coisa. Na península ibérica, os Luscinia svecica nidificam em matos de montanha acima da linha das árvores. Tanto quanto se sabe estas aves deverão invernar, na sua maioria, em África. As aves que observamos a invernar em Portugal em caniçais e outras zonas húmidas terão nascido, na sua maioria, fora da península ibérica. Resumindo: em Portugal, será mais provável encontrar a espécie a nidificar em alta montanha do que em caniçais. E ainda assim sejamos poupados no "mais provável" Smile

Não tenho tempo agora, mas quanto tiver, posto aqui sobre esta espécie algo mais completo.
É uma das que está no topo da minha lista de "interessantes para averiguar para o Atlas".

Esta espécie não é apenas "exigente", como o rouxinol comum, mas também muito sensível e selectiva, em termos de alimentação. Sei "justificar" as suas exigências de habitat, baseado nalguma informação que quase certamente nunca foi publicada.
É errado associar em demasia uma espécie a um biótopo. A presença dela no mesmo, pode dever-se a condicionantes menos específicos, presentes noutros biótipos que podem ser igualmente colonizados. Ora, por cá, todos os possíveis habitats para esta espécie estão em regressão, regressão essa provavelmente bem forte quanto mais recentemente (menos de meio século talvez), e finalmente os de montanha também.
A tal "seca", que muitos não aceitam ocorrer, é só um dos catalisadores.

Já tenho dito alguma coisa sobre a integridade dos ambientes ripícolas, hoje "em vias de extinção" no nosso país, e estabeleci paralelismo com os de alta montanha (também os "húmidos" de zonas montanhosas em extinção entre nós, na sua verdadeira integridade). Uma eventual população residual nidificante de L. svecica (pelo menos população numerosa o suficiente para que se sustente, mesmo que dispersa) possivelmente já extinta no nosso país, num passado recente talvez ocupasse zonas baixas em habitats hoje empobrecidos e menos biodiversos, alguns demasiado "atulhados" de "puro" caniçal, de Norte a Sul. As condicionantes que exigiria, são as mesmas ou equivalentes em qualquer habitat em que a espécie ocorra (ou prefira) na Europa, sobretudo na época de reprodução. Obviamente, não apenas em áreas "selvagens", como também de agricultura/pastoreio menos intensivo (que falta muito nas nossas "zonas húmidas", excepto em montanha).
Hoje, é possível confirmar ainda facilmente, no comportamento dos passageiros ou invernantes, a importância do habitat "certo" com recursos "condicionantes" à sua presença (grandes números de aves por vezes).

Bem... é necessário perceber um pouco de invertebrados de zonas ripícolas e sua ecologia, também de zonas montanhosas (mais junto de água, terras húmidas ou sua influencia indirecta), e perceber como a sua fenologia varia em latitude... ou altitude.
Quer isto dizer, que é uma espécie sensível no nosso país como nidificante, no nosso clima. Especialmente sensível às mais recentes alterações ambientais (e consequenciais, tais como inferior biomassa e/ou irregularidade de invertebrados preferenciais).

O Tiss... "Tilt" deve estar mesmo furioso agora. afro

ps: editado.


Última edição por Paulo Lemos em Ter Jan 10, 2017 10:23 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por João Tomás Ter Jan 10, 2017 4:12 pm

Isto vai dar molho Twisted Evil
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Mensagem por Paulo Lemos Ter Jan 10, 2017 11:23 pm

Twisted Evil

Na minha opinião, o habitat adequado para essa espécie, caso se reproduzisse por exemplo no Litoral Oeste, é hoje tão raro (fragmentado em redutos insignificantes) que não tenho esperança sequer.
Se acreditasse nisso, já teria tentado, mas acredito que seria mais uma perda de tempo precioso, que melhor usaria noutras coisas. Posso estar a errar, por não tentar procura-lo e são poucos os sítios possíveis (a falsa poça do Vau por exemplo, até há uns 10 anos era um belo sítio).
Bom, também por serem poucos sítios (apesar de fácil procurar por isso), menos acredito numa "réstia" populacional aqui.

Ao longo do país (com limitações pois não sou especialmente viajado), nos últimos 20 anos poucas zonas vi de facto ideais para esta espécie, seja onde for por latitude nacional.
Em regiões de baixa altitude, os sítios mais prováveis estão desde há muito alterados pelo Homem, de uma forma pouco interessante para a espécie, ou estão demasiado despidos de protecção sem focos suficientes dela, ou demasiado infestados por Phragmites (como tal empobrecidos em recursos), faltando outras ripícolas em diferentes estratos vegetativos e até algum solo nú, ou então os insectos não abundam o suficiente como havia já testemunhado no passado.
Os spots de montanha realmente favoráveis, parecem-me raros e dispersos, ou são espaços tão reduzidos que se tornam desprezáveis. Ou simplesmente secaram, ou também faltam insectos como dantes os vi.
Mas lembro-me, quando era miúdo (há mais de 30 anos), de ver ecologia favorável em localizações bastante baixas de terras montanhosas do Norte (não obrigatoriamente alta montanha), e também em terras baixas muito mais a Sul. Insectos preferenciais com fartura não faltavam. Aliás, até pontualmente nalgumas zonas do Oeste havia relativa e regular abundância, junto a uma sucessão de habitat húmido diversificado, especialmente quando zonas húmidas eram mantidas "aparadas" por maiores rebanhos de ovelhas, formando caminhos de relva "natural nalgumas parcelas, entre tufos de Phragmnites e outras ripícolas (devo ter escrito algo sobre isto em 2000).

Actualmente, se a espécie cria em latitudes mais baixas (o nosso país por exemplo), será onde gerações de insectos ainda "explodem" em eclosões regulares na Primavera. No nosso país, essa súbita abundância vai se limitando as maiores altitudes apenas. E como até nestas a biomassa de invertebrados não é já a mesma de outrora, nem a regularidade provavelmente, torna-se também a meu ver cada vez menos provável a nidificação nessas áreas.

PS: se esta espécie tem a capacidade de facilmente nidificar "menos fiel" ao seu território, por exemplo instalando-se menos próxima de onde nasceu ou podendo um individuo alterar mais do que uma região (por excepção forçada ou não), é muito provável que tenha nidificado na Braço da Barrosa em 2005. Havia todas as condicionantes: convite da seca, que obrigou muitas aves de ambientes húmidos a mudar de região, e uma anormal situação que favoreceu "pragas" de insectos de um tipo bastante preferencial durante toda a época, num pequeno local 5* para nidificação. E, claro, a espécie foi observada aí na época "suspeita".
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Mensagem por pedro121 Qua Jan 11, 2017 3:10 am

Paulo Lemos escreveu:
Não tenho tempo agora, mas quanto tiver, posto aqui sobre esta espécie algo mais completo.
É uma das que está no topo da minha lista de "interessantes para averiguar para o Atlas".

Esta espécie não é apenas "exigente", como o rouxinol comum, mas também muito sensível e selectiva, em termos de alimentação. Sei "justificar" as suas exigências de habitat, baseado nalguma informação que quase certamente nunca foi publicada.
É errado associar em demasia uma espécie a um biótopo. A presença dela no mesmo, pode dever-se a condicionantes menos específicos, presentes noutros biótipos que podem ser igualmente colonizados. Ora, por cá, todos os possíveis habitats para esta espécie estão em regressão, regressão essa provavelmente bem forte quanto mais recentemente (menos de meio século talvez), e finalmente os de montanha também.
A tal "seca", que muitos não aceitam ocorrer, é só um dos catalisadores.

Já tenho dito alguma coisa sobre a integridade dos ambientes ripícolas, hoje "em vias de extinção" no nosso país, e estabeleci paralelismo com os de alta montanha (também os "húmidos" de zonas montanhosas em extinção entre nós, na sua verdadeira integridade). Uma eventual população residual nidificante de L. svecica (pelo menos população numerosa o suficiente para que se sustente, mesmo que dispersa) possivelmente já extinta no nosso país, num passado recente talvez ocupasse zonas baixas em habitats hoje empobrecidos e menos biodiversos, alguns demasiado "atulhados" de "puro" caniçal, de Norte a Sul. As condicionantes que exigiria, são as mesmas ou equivalentes em qualquer habitat em que a espécie ocorra (ou prefira) na Europa, sobretudo na época de reprodução. Obviamente, não apenas em áreas "selvagens", como também de agricultura/pastoreio menos intensivo (que falta muito nas nossas "zonas húmidas", excepto em montanha).
Hoje, é possível confirmar ainda facilmente, no comportamento dos passageiros ou invernantes, a importância do habitat "certo" com recursos "condicionantes" à sua presença (grandes números de aves por vezes).

Bem... é necessário perceber um pouco de invertebrados de zonas ripícolas e sua ecologia, também de zonas montanhosas (mais junto de água, terras húmidas ou sua influencia indirecta), e perceber como a sua fenologia varia em latitude... ou altitude.
Quer isto dizer, que é uma espécie sensível no nosso país como nidificante, no nosso clima. Especialmente sensível às mais recentes alterações ambientais (e consequenciais, tais como inferior biomassa e/ou irregularidade de invertebrados preferenciais).

O Tiss... "Tilt" deve estar mesmo furioso agora. afro

E bem exprimido este texto quer dizer o que? Exacto, nada. Mas há que dar credito, transformar a técnica de escrever palha numa forma de arte não é fácil.
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Mensagem por pedro121 Qua Jan 11, 2017 3:12 am

Paulo Lemos escreveu:Twisted Evil

Na minha opinião, o habitat adequado para essa espécie, caso se reproduzisse por exemplo no Litoral Oeste, é hoje tão raro (fragmentado em redutos insignificantes) que não tenho esperança sequer.
Se acreditasse nisso, já teria tentado, mas acredito que seria mais uma perda de tempo precioso, que melhor usaria noutras coisas. Posso estar a errar, por não tentar procura-lo e são poucos os sítios possíveis (a falsa poça do Vau por exemplo, até há uns 10 anos era um belo sítio).
Bom, também por serem poucos sítios (apesar de fácil procurar por isso), menos acredito numa "réstia" populacional aqui.

Ao longo do país (com limitações pois não sou especialmente viajado), nos últimos 20 anos poucas zonas vi de facto ideais para esta espécie, seja onde for por latitude nacional.
Em regiões de baixa altitude, os sítios mais prováveis estão desde há muito alterados pelo Homem, de uma forma pouco interessante para a espécie, ou estão demasiado despidos de protecção sem focos suficientes dela, ou demasiado infestados por Phragmites (como tal empobrecidos em recursos), faltando outras ripícolas em diferentes estratos vegetativos e até algum solo nú, ou então os insectos não abundam o suficiente como havia já testemunhado no passado.
Os spots de montanha realmente favoráveis, parecem-me raros e dispersos, ou são espaços tão reduzidos que se tornam desprezáveis. Ou simplesmente secaram, ou também faltam insectos como dantes os vi.
Mas lembro-me, quando era miúdo (há mais de 30 anos), de ver ecologia favorável em localizações bastante baixas de terras montanhosas do Norte (não obrigatoriamente alta montanha), e também em terras baixas muito mais a Sul. Insectos preferenciais com fartura não faltavam. Aliás, até pontualmente nalgumas zonas do Oeste havia relativa e regular abundância, junto a uma sucessão de habitat húmido diversificado, especialmente quando zonas húmidas eram mantidas "aparadas" por maiores rebanhos de ovelhas, formando caminhos de relva "natural nalgumas parcelas, entre tufos de Phragmnites e outras ripícolas (devo ter escrito algo sobre isto em 2000).

Actualmente, se a espécie cria em latitudes mais baixas (o nosso país por exemplo), será onde gerações de insectos ainda "explodem" em eclosões regulares na Primavera. No nosso país, essa súbita abundância vai se limitando as maiores altitudes apenas. E como até nestas a biomassa de invertebrados não é já a mesma de outrora, nem a regularidade provavelmente, torna-se também a meu ver cada vez menos provável a nidificação nessas áreas.

PS: se esta espécie tem a capacidade de facilmente nidificar "menos fiel" ao seu território, por exemplo instalando-se menos próxima de onde nasceu ou podendo um individuo alterar mais do que uma região (por excepção forçada ou não), é muito provável que tenha nidificado na Braço da Barrosa em 2005. Havia todas as condicionantes: convite da seca, que obrigou muitas aves de ambientes húmidos a mudar de região, e uma anormal situação que favoreceu "pragas" de insectos de um tipo bastante preferencial durante toda a época, num pequeno local 5* para nidificação. E, claro, a espécie foi observada aí na época "suspeita".

Giro, giro, o braço da Barrosa parece o Entroncamento, é só fenómenos. Very Happy Very Happy

Por falar nele, sempre quero ver o que vai acontecer com as dragagens.
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Mensagem por PNicolau Qua Jan 11, 2017 4:20 am

Pedro, não cites esse comentários todos, acho que não há necessidade de duplicar o espaço ocupado por texto estéril, e ainda para mais completamente off-topic.
Já sabemos que o Paulo Lemos tem "inside info" não publicada de múltiplas espécies, tipo FBI, mas que normalmente destoa de tudo o que se sabe e que contraria a experiência empírica e profissional dos restantes observadores/anilhadores.

É infrutífero sequer contra-argumentar com esse tipo de conversa. Torna os tópicos desinteressantes, francamente.
Eu às vezes esforço-me por tentar ler, mas simplesmente não dá é é-me mais interessante não ler do que tentar e morrer de aborrecimento (excepto a parte do clima que foi hilariante).
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Mensagem por pedro121 Qua Jan 11, 2017 5:26 am

PNicolau escreveu:Pedro, não cites esse comentários todos, acho que não há necessidade de duplicar o espaço ocupado por  texto estéril, e ainda para mais completamente off-topic.
Já sabemos que o Paulo Lemos tem "inside info" não publicada de múltiplas espécies, tipo FBI, mas que normalmente destoa de tudo o que se sabe e que contraria a experiência empírica e profissional dos restantes observadores/anilhadores.

Eu sei, mas para preservar os textos é necessário. memoria futura e isso tudo.
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Mensagem por Gonçalo Elias Qua Jan 11, 2017 5:36 am

pedro121 escreveu:Eu sei, mas para preservar os textos é necessário. memoria futura e isso tudo.

Exacto, até porque o autor dos posts pode editá-los e apagar o que lá escreveu, mas não pode alterar as citações desses mesmos textos feitas por outros Twisted Evil
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Mensagem por Tissot Qua Jan 11, 2017 5:42 am

pedro121 escreveu:
Paulo Lemos escreveu:
Não tenho tempo agora, mas quanto tiver, posto aqui sobre esta espécie algo mais completo.
...

O Tiss... "Tilt" deve estar mesmo furioso agora. afro

E bem exprimido este texto quer dizer o que? Exacto, nada. Mas há que dar credito, transformar a técnica de escrever palha numa forma de arte não é fácil.

LOL...LOL... o teu comentário, Pedro, fez-me lembrar o provérbio "Todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha."!!!!!!!! Very Happy Very Happy Very Happy Very Happy

Nota: Pedro Nicolau, espero que esta citação telegráfica do Paulo esteja mais do teu agrado. Very Happy Very Happy Very Happy
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Mensagem por Paulo Lemos Qua Jan 11, 2017 6:36 am

A mais fascinante diversidade é a humana, definitivamente. Por alguma razão curiosa, noto que para alguns "bons entendedores, meia palavra basta", enquanto outros mostram uma eterna dificuldade em perceber sequer uma linha bastante simples de discussão, acerca de uma única espécie. Algum estudo coloquei aqui em causa? Há autores (ou simplesmente os seus leitores e seguidores) parecem contrariados com os meus posts? Ou muitos autores me entenderiam muito bem, menos os seus leitores?

O conhecimento está sempre em evolução, mas também sempre deixará fora dos artigos, aquilo que vocês não estão habituados a ler: seguramente longe de "palha". Desgraçadamente, uma das tendências actuais dos artigos científicos, parece ser encurtarem-se cada vez mais (uma das razões será tornarem-se mais acessíveis), portanto preocupa-me a crescente onda de "entendidos não especialistas" que a partir disso se aculturem numa visão demasiado limitada das espécies, da ecologia e dos problemas que as afectam.
Não tenho nada contra artigos científicos, mas eles não são nem representam os próprios cientistas nem a natureza que estudam, e muito menos as suas integrais opiniões (mas cada caso é um caso e sobretudo em Portugal ainda há muita tendência a mania, às vezes usada oportunamente). Muitos dos cientistas também não se entendem sequer, portanto mais diversidade Very Happy.

No presente caso, nada do que eu disse nos últimos posts é novidade, já amplamente e entusiasticamente discutida com não um, mas sim vários investigadores com quem tenho partilhado ideias. Entre os quais catedráticos que por acaso já desde miudos experimentavam grande vocação para as áreas da biologia e cuja vida se centrou nas temáticas que estuda (aves ou outros).

Também tenho a minha opinião acerca do que de facto é "palha" e um monte de tretas. Cada vez mais e preocupantes.
No entanto, acho que o vosso problema é apenas "não atingirem" algo. Tenho noção que acaba por ser perigoso para mim, pois "melindrice", já a conheço melhor do que a qualquer "bicho" e quem mais desacredita por aí à socapa noutras coisas, é exactamente por me perceber muito bem.


Última edição por Paulo Lemos em Qua Jan 11, 2017 6:42 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Paulo Lemos Qua Jan 11, 2017 6:40 am

pedro121 escreveu:
Por falar nele, sempre quero ver o que vai acontecer com as dragagens.

Vai dar mais uma "pérola", a juntar às muitas factuais e humanas que por aqui roçam os seus "polidos" rabos nas poltronas do poder (inclusivamente institucional)
Mas verás que alguma estratégia terá incluída, para suscitar a aceitação e o aplauso dos suficientes incautos.
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Mensagem por João Tomás Qua Jan 11, 2017 10:41 am

Paulo Lemos escreveu:PS: se esta espécie tem a capacidade de facilmente nidificar "menos fiel" ao seu território, por exemplo instalando-se menos próxima de onde nasceu ou podendo um individuo alterar mais do que uma região (por excepção forçada ou não), é muito provável que tenha nidificado na Braço da Barrosa em 2005. Havia todas as condicionantes: convite da seca, que obrigou muitas aves de ambientes húmidos a mudar de região, e uma anormal situação que favoreceu "pragas" de insectos de um tipo bastante preferencial durante toda a época, num pequeno local 5* para nidificação. E, claro, a espécie foi observada aí na época "suspeita".

Que te levou a pensar que "é muito provável que tenha nidificado no Braço da Barrosa, em 2005"?
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Mensagem por Paulo Lemos Qua Jan 11, 2017 5:12 pm

Convém perceber a importancia do "se" que referi como 1ª condição a essa "muita" probabilidade, e a restante informação.
Ao editar filmagens do local mais tarde, apercebi-me também de um quase constante alarme dessa espécie nos sons de fundo, provavelmente devido à minha presença.
A informação da observação, dei-a para o antigo atlas (apenas data do 1º registo documentado por imagem, macho adulto com uma ligeira falha no peito, talvez prestes a inicial a muda de plumagem nupcial para a seguinte ou teria sido atacado pelos A. arundinaceus, como é costume estes fazerem com cartaxos e outras aves).

"Tudo" isto começou com a "reacção" que tenho observado desta espécie, à chegada do frio. Cool
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Mensagem por João Tomás Qui Jan 12, 2017 5:34 am

Paulo Lemos escreveu:Convém perceber a importancia do "se" que referi como 1ª condição a essa "muita" probabilidade, e a restante informação.
Ao editar filmagens do local mais tarde, apercebi-me também de um quase constante alarme dessa espécie nos sons de fundo, provavelmente devido à minha presença.
A informação da observação, dei-a para o antigo atlas (apenas data do 1º registo documentado por imagem, macho adulto com uma ligeira falha no peito, talvez prestes a inicial a muda de plumagem nupcial para a seguinte ou teria sido atacado pelos A. arundinaceus, como é costume estes fazerem com cartaxos e outras aves).

"Tudo" isto começou com a "reacção" que tenho observado desta espécie, à chegada do frio. Cool

E isso foi mesmo em que mês?
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