Um final feliz...

O culminar de uma manhã de observações com um final feliz para a “LBBGU Albufeira” (nome de batismo no local) cujo destino não fosse a sensibilidade e a mobilização de algumas pessoas que se encontravam na praia, sobretudo Sras., há que salientar, não seria nada risonho.
Após ter sido encontrada moribunda, sem forças e ter sido hidratada com água doce no local, a “Albufeira” deu entrada pela minha mão no “C.R.A.S.”, Centro de Recuperação de Aves Selvagens em Monsanto já com outra vivacidade e com vontade de dar uma bicadelas.
Segundo informação de quem a recolheu no Centro de Recuperação, a extrema debilidade que apresentava devia-se a uma gastroenterite severa, no entanto, devido á sua reação positiva após ter bebido água, tudo aponta para uma recuperação plena e um regresso á liberdade.

muito bom fizestes a tua boa acao do dia vais pro ceu kkkk

muito bom fizestes a tua boa acao do dia vais pro ceu kkkk

Pró céu não sei, Silva, mas ganhei o dia, sem dúvida.

Boa Gilberto!

Excelente contributo, obrigado pela partilha

O culminar de um suposto e tranquilo domingo de pesca e que terminou já de noite no núcleo da Polícia Florestal de Monsanto com o objetivo de entregar a “LBBGU Pescas”.
Resta-me agradecer publicamente a simpatia, o profissionalismo e a disponibilidade demonstrada pelos elementos desta Polícia, sobretudo, ao agente J. Matos que nos recebeu nas instalações da Cruz das Oliveiras em virtude do “LXCRAS” estar encerrado. Obrigado.

Falta o resto da história, Gilberto! o que é que se passou, ela estava ferida?

esta teve sorte e parabéns

Teresa C escreveu:Falta o resto da história, Gilberto! o que é que se passou, ela estava ferida?

A “Pescas” estava inserida num pequeno bando de gaivotas que se foi formando perto de mim enquanto pescava e, quando abordei o mesmo numa tentativa de tentar perceber se havia algumas anilhadas, a “Pescas”, ao contrário das outras, não conseguiu levantar voo deixando-se agarrar por mim. Não tinha sinais de ferimentos exteriores, não apresentava sinais de diarreia, mas sim debilidade física extrema. Não sei se pelo esforço que empreendeu enquanto migrava ou pela falta de comida, estava muito magra e sem força.

Hidratada com água doce, arranjei-lhe “ninho” no saco onde transporto o material de pesca e ali ficou toda a tarde sob vigilância minha. Embora não conseguisse pôr-se de pé, não sei se pelo facto de ter bebido água, foi arrebitando e, quando chegou á Cruz das Oliveiras, já revelava mais energia. O olhar era vivo, a sua cabecita seguia os meus dedos sem hesitação e bicava-os com força.

Bom, esta foi a história da “Pescas” e, com isto, espero que tenha ficado  


Ps: esta foi a história de domingo mas ainda falta a história de sábado...

Sim, claro, venha a história de sábado também!

A “LBBG” “Carica”, nome de baptismo, foi encontrada muito debilitada e com os mesmos sintomas das outras que já encontrei. Não conseguia andar e muito menos voar, apresentando sinais de diarreia e desidratação. Como todas as suas congéneres que encontrei, teve sorte e viajou até á Cruz das Oliveiras em Monsanto.
Mais uma vez, deixo aqui uma palavra de apreço a quem acolheu a “Carica” nas suas instalações, sobretudo, ao Sr. Brito, guarda florestal, com quem tive uma amena cavaqueira muito agradável acerca destas questões. Obrigado!

Teresa C escreveu:Sim, claro, venha a história de sábado também!

A “LBBG” “Barretus” foi encontrada ao final da tarde junto a um casal que, não querendo abandonar a ave no areal, debatia-se com enormes dificuldades em encontrar uma solução para salvar a mesma. A ave tinha exatamente os mesmos sintomas das demais que encontrei e, após ter conhecimento do relatório médico há poucos dias, fiquei a saber que a ave foi vitima de envenenamento. Neste momento encontra-se fora de perigo e a ganhar massa muscular para ser devolvida á natureza.

Dito isto, há que realçar a sensibilidade e a disponibilidade da Inês Barreto que acabou por levar a ave ao núcleo da Polícia Florestal em Monsanto afim de salva-la. No entanto, nem tudo são flores como é hábito dizer-se na gíria popular e, para surpresa nossa, antes da Inês decidir levar a “Barretus” com ela, ainda no areal da Costa, existiram duas situações que nos deixaram surpreendidos, ou melhor: a mim, não tanto. Passo a explicar:

Em primeira instancia e para o efeito foi pedida ajuda á dupla de nadadores salvadores, vulgo banheiros, da praia da “Cornélia”, tendo dito um deles, o mais velho e sem hesitações, que não ajudava a salvar a gaivota. Segundo palavras dele: “elas nascem aqui e morrem aqui, logo, não ajudo!”.

Com a primeira recusa de auxilio evidente, a Sra., a Carla, que se junto ao grupo com o mesmo propósito, numa segunda tentativa de resolver a situação, entra em contacto com a “GNR” local e pede ajuda. Eis a resposta: “não vamos buscar a ave e se a Sra. a trouxer aqui é autuada porque não pode transportar animais selvagens sem autorização!”.

Bom, bem sei que não se pode transportar animais selvagens, vivos ou mortos, sem autorização prévia e documentação necessária, mas, neste caso, com esta recusa tão perentória, parece-me a mim, no mínimo, ter existido muita falta de bom senso, sensibilidade e compreensão por parte das autoridades locais.

Para terminar e perante estas duas ultimas situações que vos relatei, uma das Sras acabou mesmo por telefonar para um dos representantes da “Quercus” que, para além de ter registado as ocorrências e ter dado instruções para situações futuras e semelhantes, também ele ficou muito indignado com a situação.

Parabéns, Gilberto! Abraço.

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