Stercorarius sp.

Aveiro
01-10-18

Indivíduo 1





Indivíduo 2

a 2ª ave é um pomarinos adulto forma clara, a 2ª ave acho que é um pomarinus 1º inverno forma escura

Bem que pareciam diferentes... Muito obrigada Pedro!

Não sendo um expert em moleiros, concordo com o Pedro para a segunda ave.
Para a primeira não é claro de mais para ser uma forma escura?

João Tomás escreveu:Não sendo um expert em moleiros, concordo com o Pedro para a segunda ave.
Para a primeira não é claro de mais para ser uma forma escura?

Não, a cor dos juvenis é de um castanho mais claro, e eles são barrados, o que faz com que fiquem mais claros, e nos moleiros há um continuo entre aves mais escuras que esta e outras quase brancas (nos parasiticus). por isso escuro, intermédio e claro são indicativos nos juvenis, já que a variação é muito grande.

Cada vez percebo menos...

- Que andam os moleiros a fazer em movimentação para norte?! Digo isso porque, nesta altura, em Gaia, Esmoriz, tenho-os visto sempre para sul.
- Dia sem vento, bichos a passar perto, a entrar para a ria...  

Bom, eu então não percebo mesmo nada, foi a primeira vez que vi outros moleiros que não skua... Por isso pareceu surreal que estivessem tantos e tão perto, a passar-nos por cima (como na foto, sem crop).



O que observamos foi: os bichos vinham de sul, normalmente a dar na cabeça de alguns Larus ou Thalasseus (por vezes em grupos de 3 e 4), entravam no "canal" da ria, armando sempre confusão e indo quase até ao areal em frente ao farol. Depois voltavam para trás, em direção a norte.

Impressionante, Ana. Muito fixe, nem imaginas como me estou a roer de inveja (já vi a lista). Nos últimos dois domingos acordei bem cedo para ir tentar a minha sorte (em Gaia), mas moleiros vejo “sempre” 1 ou 2 no máximo. Curiosamente há uma semana atrás, ao final da tarde em Esmoriz, vi pela primeira vez moleiros (parasiticus) em fila indiana para sul. Eram 3 mais 1 um pouco ao largo.

Já agora, quando os bichos voltavam atrás da ria e seguiam para norte contornavam o molhe norte, ou sobrevoavam-no? Reparaste nisso?

Exato, eu pensava que se conseguisse ver um "lá no longe" já ia ser óptimo, aquilo foi mesmo surreal.
Sim, uns sobrevoavam e outros contornavam.

ASBotelho escreveu:
Sim, uns sobrevoavam e outros contornavam.

Obrigado.

Helder Vieira escreveu:Cada vez percebo menos...

- Que andam os moleiros a fazer em movimentação para norte?! Digo isso porque, nesta altura, em Gaia, Esmoriz, tenho-os visto sempre para sul.
- Dia sem vento, bichos a passar perto, a entrar para a ria...  

Aves em alimentação, isso não é nada estranho antes pelo contrario, os garajaus aproveitam o mar calmo para pescarem, e os moleiros aproveitam isso, a direcção do movimento é simplesmente seguirem os garajaus, se eles vem de sul os moleiros seguem-nos.

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:Cada vez percebo menos...

- Que andam os moleiros a fazer em movimentação para norte?! Digo isso porque, nesta altura, em Gaia, Esmoriz, tenho-os visto sempre para sul.
- Dia sem vento, bichos a passar perto, a entrar para a ria...  

Aves em alimentação, isso não é nada estranho antes pelo contrario, os garajaus aproveitam o mar calmo para pescarem, e os moleiros aproveitam isso, a direcção do movimento é simplesmente seguirem os garajaus, se eles vem de sul os moleiros seguem-nos.

Pois... e garajaus a vir de sul?!? Nesta altura também não encontro!

Helder Vieira escreveu:

pedro121 escreveu:

Helder Vieira escreveu:Cada vez percebo menos...

- Que andam os moleiros a fazer em movimentação para norte?! Digo isso porque, nesta altura, em Gaia, Esmoriz, tenho-os visto sempre para sul.
- Dia sem vento, bichos a passar perto, a entrar para a ria...  

Aves em alimentação, isso não é nada estranho antes pelo contrario, os garajaus aproveitam o mar calmo para pescarem, e os moleiros aproveitam isso, a direcção do movimento é simplesmente seguirem os garajaus, se eles vem de sul os moleiros seguem-nos.

Pois... e garajaus a vir de sul?!? Nesta altura também não encontro!

Pelo que percebi, embora possa ter percebido mal, eles estavam a atacar as aves que entravam na ria, ou seja, vinham atrás da ave, ela entrava na ria, e eles saiam para norte que seria a direcção de onde vinham as aves. Se houver já garajaus invernantes na ria, eles regressam do mar vindos da direcção onde estavam a pescar, seja sul ou norte, não?

Pedro, pelo que percebi quer das fotos (e na lista tem mais) quer do testemunho da Ana, os moleiros estavam virados para norte. Não sei se todos os listados (parasiticus foram 15) estavam em modo de ataque, ou se passaram todos para cima, mas a ideia com que fiquei é que após perseguir garajaus até à ria, ou não, seguiam para norte.
De facto com sternas a invernar na zona é possível que alguns moleiros façam o mesmo, do lado de fora da ria, e andem por ali...

Helder Vieira escreveu:Pedro, pelo que percebi quer das fotos (e na lista tem mais) quer do testemunho da Ana, os moleiros estavam virados para norte. Não sei se todos os listados (parasiticus foram 15) estavam em modo de ataque, ou se passaram todos para cima, mas a ideia com que fiquei é que após perseguir garajaus até à ria, ou não, seguiam para norte.
De facto com sternas a invernar na zona é possível que alguns moleiros façam o mesmo, do lado de fora da ria, e andem por ali...

LOl, repara, não sei se já viste gaivotas a seguir barcos de pesca? mas o mecanismo é mais ou menos o mesmo, elas seguem o barco até ao porto, se ainda estiverem com fome, saem outra vez na direcção de onde estão a vir os barcos e apanham o proximo.

Com os moleiros é basicamente o mesmo, vão atrás dos alvos, quando estes se abrigam na ria seguem na direcção onde estão mais alvos. mas isto em aves em migração, não é preciso que invernem, estavam simplesmente a parar para alimentarem-se.

pedro121 escreveu:
LOl, repara, não sei se já viste gaivotas a seguir barcos de pesca? mas o mecanismo é mais ou menos o mesmo, elas seguem o barco até ao porto, se ainda estiverem com fome, saem outra vez na direcção de onde estão a vir os barcos e apanham o proximo.

Com os moleiros é basicamente o mesmo, vão atrás dos alvos, quando estes se abrigam na ria seguem na direcção onde estão mais alvos. mas isto em aves em migração, não é preciso que invernem, estavam simplesmente a parar para alimentarem-se.

Sim, tem lógica.
O que eu quis dizer, ou lançar a debate vá, foi o facto de estranhamente (mas pode ter sido coincidência),  só ver moleiros a ir para norte, tanto nestas fotos como nas outras da respectiva lista. Já sei que estou a ser um pouco redutor, essencialmente vejo-os para sul, com uma ou outra excepção. Quando vi os tais 3 parasiticus em Esmoriz, que referi acima, em fila indiana para sul foi pouco depois de ter visto 2 para norte... e num período em que também estavam várias sternas em movimentação.

Como as movimentações, migrações, das aves marítimas ainda são de certa forma uma "incógnita", podia dar-se o caso de algumas espécies utilizarem movimentos circulares durante a migração, quer para se alimentarem, quer para fugirem a fortes tempestades, p.ex.

Helder Vieira escreveu:
Como as movimentações, migrações, das aves marítimas ainda são de certa forma uma "incógnita", podia dar-se o caso de algumas espécies utilizarem movimentos circulares durante a migração, quer para se alimentarem, quer para fugirem a fortes tempestades, p.ex.

A regra na migração pós nupcial é irem para sul, mas há uma serie de excepções, puf mau logo para começar, e todas as espécies que invernam na nossa costa, na realidade há muitas espécies que fazem movimentos nos dois sentidos, e isto como regra. mas nos moleiros pequenos, puf puf, ard gra, ard gri, ste par e ste hir os movimentos são quase sempre para sul, especialmente aqui no Carvoeiro onde não se alimentam.

Helder Vieira escreveu:

pedro121 escreveu:
LOl, repara, não sei se já viste gaivotas a seguir barcos de pesca? mas o mecanismo é mais ou menos o mesmo, elas seguem o barco até ao porto, se ainda estiverem com fome, saem outra vez na direcção de onde estão a vir os barcos e apanham o proximo.

Com os moleiros é basicamente o mesmo, vão atrás dos alvos, quando estes se abrigam na ria seguem na direcção onde estão mais alvos. mas isto em aves em migração, não é preciso que invernem, estavam simplesmente a parar para alimentarem-se.

Sim, tem lógica.
O que eu quis dizer, ou lançar a debate vá, foi o facto de estranhamente (mas pode ter sido coincidência),  só ver moleiros a ir para norte, tanto nestas fotos como nas outras da respectiva lista. Já sei que estou a ser um pouco redutor, essencialmente vejo-os para sul, com uma ou outra excepção. Quando vi os tais 3 parasiticus em Esmoriz, que referi acima, em fila indiana para sul foi pouco depois de ter visto 2 para norte... e num período em que também estavam várias sternas em movimentação.

Como as movimentações, migrações, das aves marítimas ainda são de certa forma uma "incógnita", podia dar-se o caso de algumas espécies utilizarem movimentos circulares durante a migração, quer para se alimentarem, quer para fugirem a fortes tempestades, p.ex.

Bem, repara que as listas foram na Barra... Ou seja, tens ali dois factores fortes, um é a entrada de barcos de pesca, o que faz com que gaivotas, sternas e consequentemente moleiros possam por vezes entrar em perseguição. E depois tens dois sítios de repouso para as sternas muito perto: praia de São Jacinto e salinas de Aveiro, portanto as sternas que "entram" podem não seguir um trajecto migratório normal mas estarem por cá, como diz o Pedro em alimentação. Os moleiros são uns piratas...

pedro121 escreveu:Não, a cor dos juvenis é de um castanho mais claro, e eles são barrados, o que faz com que fiquem mais claros, e nos moleiros há um continuo entre aves mais escuras que esta e outras quase brancas (nos parasiticus). por isso escuro, intermédio e claro são indicativos nos juvenis, já que a variação é muito grande.

Hum okok, já entendi Obrigado.