Andorinhas residentes?
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Rogerio
António A Gonçalves
6 participantes
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Andorinhas residentes?
Viva,
Quando temos cada vez mais registos em pleno Inverno de andorinhas habitualmente não invernantes em Portugal, não resisti em partilhar aqui um exemplo dessa situação, no que é aparentemente um caso de alguns inds de Delichon urbicum que invernam em Portugal.
Já em 22/11/2014, ao cair da noite, observei pelo menos 3 andorinhas a entrarem para os ninhos construídos em postes de iluminação pública, mesmo junto às lâmpadas - https://ebird.org/view/checklist/S49019848 , na zona de Alfarim, Sesimbra. Na altura considerei a situação curiosa, mas pensei que seria eventualmente um caso pontual.
Ontem, com o Pedro Marques e o Nélson Pereira, já a noite tinha caído, novamente no mesmo local ouvimos Delichon urbicum e relembrei-me deste caso de 2014 e fomos espreitar os postes de iluminação pública na zona (quase todos têm ninhos de Delichon urbicum junto às lâmpadas) e observámos pelo menos 2 Andorinhas dentro de 2 ninhos distintos - https://ebird.org/view/checklist/S51373098 .
Será que alguns indivíduos se tornaram residentes e têm garantido o seu aquecimento nas noites de Inverno, junto às lâmpadas? Um caso curioso de aquecimento central.
Seria interessante perceber quantos indivíduos ficam e confirmar se efectivamente passam todo o Inverno no local, o que estas 2 observações casuais parecem corroborar.
Cumprimentos
António Gonçalves
Quando temos cada vez mais registos em pleno Inverno de andorinhas habitualmente não invernantes em Portugal, não resisti em partilhar aqui um exemplo dessa situação, no que é aparentemente um caso de alguns inds de Delichon urbicum que invernam em Portugal.
Já em 22/11/2014, ao cair da noite, observei pelo menos 3 andorinhas a entrarem para os ninhos construídos em postes de iluminação pública, mesmo junto às lâmpadas - https://ebird.org/view/checklist/S49019848 , na zona de Alfarim, Sesimbra. Na altura considerei a situação curiosa, mas pensei que seria eventualmente um caso pontual.
Ontem, com o Pedro Marques e o Nélson Pereira, já a noite tinha caído, novamente no mesmo local ouvimos Delichon urbicum e relembrei-me deste caso de 2014 e fomos espreitar os postes de iluminação pública na zona (quase todos têm ninhos de Delichon urbicum junto às lâmpadas) e observámos pelo menos 2 Andorinhas dentro de 2 ninhos distintos - https://ebird.org/view/checklist/S51373098 .
Será que alguns indivíduos se tornaram residentes e têm garantido o seu aquecimento nas noites de Inverno, junto às lâmpadas? Um caso curioso de aquecimento central.
Seria interessante perceber quantos indivíduos ficam e confirmar se efectivamente passam todo o Inverno no local, o que estas 2 observações casuais parecem corroborar.
Cumprimentos
António Gonçalves
Re: Andorinhas residentes?
Boa Noite ,
4 Delichon urbicum no Centro Urbano de Évora dia 31 Dezembro de 2018 estavam a entrar e a sair dos ninhos em pleno dia , registei a observação porque a achei desproporcionada ao tempo normal de ocorrência da espécie.
https://ebird.org/view/checklist/S51112071
No Algarve tenho observado regularmente a espécie numa enorme zona de nidificação entre as semanas finais de Fevereiro e meados de Outubro , mas verifico ausência total no restantes meses de inverno .
4 Delichon urbicum no Centro Urbano de Évora dia 31 Dezembro de 2018 estavam a entrar e a sair dos ninhos em pleno dia , registei a observação porque a achei desproporcionada ao tempo normal de ocorrência da espécie.
https://ebird.org/view/checklist/S51112071
No Algarve tenho observado regularmente a espécie numa enorme zona de nidificação entre as semanas finais de Fevereiro e meados de Outubro , mas verifico ausência total no restantes meses de inverno .
Re: Andorinhas residentes?
Olá António,
É um tema muito interessante este que aqui trazes. Sempre tive especial interesse pelas questões da migração e a questão da presença de andorinhas no Inverno enquadra-se neste assunto.
Começo por comentar esta intervenção do Rogério:
A questão aqui é: qual é o "tempo normal de ocorrência da espécie"? Quando somos pequenos aprendemos que as andorinhas chegam com a Primavera. Mas será mesmo assim?
Vejamos o que nos diz o ebird. Abaixo está o gráfico de frequência da andorinha-dos-beirais em Portugal para o período de Outubro a Fevereiro.
Como se pode ver, a frequência mínima é atingida durante a primeira quinzena de Dezembro, a partir daí a frequência de ocorrência começa a aumentar consistentemente. Aliás este padrão já tinha sido constatado durante os trabalhos de campo do Atlas das Aves Invernantes do Baixo Alentejo (1992-95), o que me leva a concluir que a maioria das observações efectuadas no mês de Janeiro, e possivelmente até em finais de Dezembro, diga respeito a chegadas e não a invernantes. Portanto no caso da observação de Alfarim, e não havendo registo da presença das aves no local durante o mês de Dezembro, parece-me prematuro concluir que se trata de invernantes, pois é grande a probabilidade de já estar a haver algumas chegadas.
Bom, isto parece simples mas a seguir já vou complicar um pouco - aqui no sotavento onde me encontro há dois enormes dormitórios de andorinha-das-rochas, um deles em Altura e outro em Monte Gordo. Tenho controlado estes dormitórios com alguma regularidade para contar as andorinhas-das-rochas, e nas últimas semanas em todas as visitas que fiz, ou quase, observei andorinhas-dos-beirais no meio das outras.
No caso de Altura observei 2 no dia 12, 1 no dia 22, 8 no dia 23, 1 no dia 24, 4 no dia 25 e 2 no dia 27 (com várias observações em Novembro também).
Quanto a Monte Gordo vi 4 no dia 19 (e tinha visto lá 9 no dia 29 de Novembro)
Estas foram as únicas observações em todo o país ao longo de todo o mês até dia 27 de Dezembro. Depois houve uma observação em Palmela no dia 28 e a observação do Rogério em Évora no dia 31, seguida da vossa observação de ontem em Alfarim. Este padrão de ausência de registos fora do Algarve durante quase todo o mês de Dezembro reforça a minha convicção de que está já a haver chegadas, nomeadamente na latitude Lisboa-Évora. Já as observações que fiz aqui em baixo sugerem a possibilidade de ter havido um pequeno número de aves a invernar no sotavento, devido às datas das observações e à regularidade das mesmas. Mas é claro que é difícil ter certezas.
Por fim uma nota sobre o título do post: o facto de haver andorinhas nesta altura, e mesmo que não se trate de chegadas, não significa necessariamente que sejam indivíduos residentes. Podem ser invernantes vindas do norte de Espanha, da Suíça, da Holanda ou de outro lado qualquer. As andorinhas-das-rochas que invernam por aqui desaparecem a partir de Março e muitas delas se calhar vêm de muito longe e o mesmo poderá suceder com as Delichon.
Já agora saliento que existe um outro tópico sobre o mesmo assunto (aqui) eventualmente posso fazer a fusão dos tópicos, se concordares.
É um tema muito interessante este que aqui trazes. Sempre tive especial interesse pelas questões da migração e a questão da presença de andorinhas no Inverno enquadra-se neste assunto.
Começo por comentar esta intervenção do Rogério:
Rogerio escreveu:4 Delichon urbicum no Centro Urbano de Évora dia 31 Dezembro de 2018 estavam a entrar e a sair dos ninhos em pleno dia , registei a observação porque a achei desproporcionada ao tempo normal de ocorrência da espécie.
A questão aqui é: qual é o "tempo normal de ocorrência da espécie"? Quando somos pequenos aprendemos que as andorinhas chegam com a Primavera. Mas será mesmo assim?
Vejamos o que nos diz o ebird. Abaixo está o gráfico de frequência da andorinha-dos-beirais em Portugal para o período de Outubro a Fevereiro.
Como se pode ver, a frequência mínima é atingida durante a primeira quinzena de Dezembro, a partir daí a frequência de ocorrência começa a aumentar consistentemente. Aliás este padrão já tinha sido constatado durante os trabalhos de campo do Atlas das Aves Invernantes do Baixo Alentejo (1992-95), o que me leva a concluir que a maioria das observações efectuadas no mês de Janeiro, e possivelmente até em finais de Dezembro, diga respeito a chegadas e não a invernantes. Portanto no caso da observação de Alfarim, e não havendo registo da presença das aves no local durante o mês de Dezembro, parece-me prematuro concluir que se trata de invernantes, pois é grande a probabilidade de já estar a haver algumas chegadas.
Bom, isto parece simples mas a seguir já vou complicar um pouco - aqui no sotavento onde me encontro há dois enormes dormitórios de andorinha-das-rochas, um deles em Altura e outro em Monte Gordo. Tenho controlado estes dormitórios com alguma regularidade para contar as andorinhas-das-rochas, e nas últimas semanas em todas as visitas que fiz, ou quase, observei andorinhas-dos-beirais no meio das outras.
No caso de Altura observei 2 no dia 12, 1 no dia 22, 8 no dia 23, 1 no dia 24, 4 no dia 25 e 2 no dia 27 (com várias observações em Novembro também).
Quanto a Monte Gordo vi 4 no dia 19 (e tinha visto lá 9 no dia 29 de Novembro)
Estas foram as únicas observações em todo o país ao longo de todo o mês até dia 27 de Dezembro. Depois houve uma observação em Palmela no dia 28 e a observação do Rogério em Évora no dia 31, seguida da vossa observação de ontem em Alfarim. Este padrão de ausência de registos fora do Algarve durante quase todo o mês de Dezembro reforça a minha convicção de que está já a haver chegadas, nomeadamente na latitude Lisboa-Évora. Já as observações que fiz aqui em baixo sugerem a possibilidade de ter havido um pequeno número de aves a invernar no sotavento, devido às datas das observações e à regularidade das mesmas. Mas é claro que é difícil ter certezas.
Por fim uma nota sobre o título do post: o facto de haver andorinhas nesta altura, e mesmo que não se trate de chegadas, não significa necessariamente que sejam indivíduos residentes. Podem ser invernantes vindas do norte de Espanha, da Suíça, da Holanda ou de outro lado qualquer. As andorinhas-das-rochas que invernam por aqui desaparecem a partir de Março e muitas delas se calhar vêm de muito longe e o mesmo poderá suceder com as Delichon.
Já agora saliento que existe um outro tópico sobre o mesmo assunto (aqui) eventualmente posso fazer a fusão dos tópicos, se concordares.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Andorinhas residentes?
Olá,
eu sei que não são andorinhas, mas hoje observei dois andorinhões (Apus apus) em voo sobre o Parque da Cidade do Porto (https://ebird.org/view/checklist/S51378697).
Chegadas ou invernantes (é o dilema) ?
Pedro Cardia
eu sei que não são andorinhas, mas hoje observei dois andorinhões (Apus apus) em voo sobre o Parque da Cidade do Porto (https://ebird.org/view/checklist/S51378697).
Chegadas ou invernantes (é o dilema) ?
Pedro Cardia
pedrocardia- Número de Mensagens : 845
Data de inscrição : 26/01/2009
Re: Andorinhas residentes?
pedrocardia escreveu:
Chegadas ou invernantes (é o dilema) ?
Pode não ser uma coisa nem outra
Podem ser bichos errantes que andam em viagem pela Europa ao sabor dos ventos e em busca de alimento, sem ficarem muito tempo no mesmo sítio
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Andorinhas residentes?
Olá Gonçalo,
Este é um tema que considero também muito interessante.
Pois... A minha questão é obviamente uma extrapolação, considerando apenas a minhas 2 observações na área com intervalo de alguns anos. Mas sendo uma a 22/11 (que não me parece chegada, mas será registo tardio de alguns inds que ficaram para trás?) e outra de 05/01 (que pode ser efectivamente já relativa a chegadas precoces) parece-me interessante averiguar se existem registos de ninhos ocupados também em Dezembro e daí o meu apelo a quem passe na área para que esteja também atento.
Eu tenho alguns registos de inds isolodados incorporando bandos de Andorinhas - das - rochas na área de Sintra - Cascais, no mês de Dezembro, sendo que a última foi no dia 09/12/2018 (https://ebird.org/view/checklist/S50556459) na Peninha, mas o observação de ninhos ocupados nesta altura é que me deixa com vontade de extrapolar.
Efetivamente podem ser inds que têm origem em populações noutras áreas a Norte, que invernam na área, mas a confirmar-se a ocupação dos ninhos durante todos os meses de Inverno será sempre difícil fazer essa confirmação. E aí qual será o estatuto da espécie para a área: População estival e população invernante?
E claro que concordo com a fusão.
Abraço
António
Este é um tema que considero também muito interessante.
Gonçalo Elias escreveu:
Como se pode ver, a frequência mínima é atingida durante a primeira quinzena de Dezembro, a partir daí a frequência de ocorrência começa a aumentar consistentemente. Aliás este padrão já tinha sido constatado durante os trabalhos de campo do Atlas das Aves Invernantes do Baixo Alentejo (1992-95), o que me leva a concluir que a maioria das observações efectuadas no mês de Janeiro, e possivelmente até em finais de Dezembro, diga respeito a chegadas e não a invernantes. Portanto no caso da observação de Alfarim, e não havendo registo da presença das aves no local durante o mês de Dezembro, parece-me prematuro concluir que se trata de invernantes, pois é grande a probabilidade de já estar a haver algumas chegadas.
Pois... A minha questão é obviamente uma extrapolação, considerando apenas a minhas 2 observações na área com intervalo de alguns anos. Mas sendo uma a 22/11 (que não me parece chegada, mas será registo tardio de alguns inds que ficaram para trás?) e outra de 05/01 (que pode ser efectivamente já relativa a chegadas precoces) parece-me interessante averiguar se existem registos de ninhos ocupados também em Dezembro e daí o meu apelo a quem passe na área para que esteja também atento.
Gonçalo Elias escreveu:
Estas foram as únicas observações em todo o país ao longo de todo o mês até dia 27 de Dezembro. Depois houve uma observação em Palmela no dia 28 e a observação do Rogério em Évora no dia 31, seguida da vossa observação de ontem em Alfarim. Este padrão de ausência de registos fora do Algarve durante quase todo o mês de Dezembro reforça a minha convicção de que está já a haver chegadas, nomeadamente na latitude Lisboa-Évora. Já as observações que fiz aqui em baixo sugerem a possibilidade de ter havido um pequeno número de aves a invernar no sotavento, devido às datas das observações e à regularidade das mesmas. Mas é claro que é difícil ter certezas.
Por fim uma nota sobre o título do post: o facto de haver andorinhas nesta altura, e mesmo que não se trate de chegadas, não significa necessariamente que sejam indivíduos residentes. Podem ser invernantes vindas do norte de Espanha, da Suíça, da Holanda ou de outro lado qualquer. As andorinhas-das-rochas que invernam por aqui desaparecem a partir de Março e muitas delas se calhar vêm de muito longe e o mesmo poderá suceder com as Delichon.
Já agora saliento que existe um outro tópico sobre o mesmo assunto (aqui) eventualmente posso fazer a fusão dos tópicos, se concordares.
Eu tenho alguns registos de inds isolodados incorporando bandos de Andorinhas - das - rochas na área de Sintra - Cascais, no mês de Dezembro, sendo que a última foi no dia 09/12/2018 (https://ebird.org/view/checklist/S50556459) na Peninha, mas o observação de ninhos ocupados nesta altura é que me deixa com vontade de extrapolar.
Efetivamente podem ser inds que têm origem em populações noutras áreas a Norte, que invernam na área, mas a confirmar-se a ocupação dos ninhos durante todos os meses de Inverno será sempre difícil fazer essa confirmação. E aí qual será o estatuto da espécie para a área: População estival e população invernante?
E claro que concordo com a fusão.
Abraço
António
Re: Andorinhas residentes?
António A Gonçalves escreveu:E aí qual será o estatuto da espécie para a área: População estival e população invernante?
Sem ter indivíduos marcados, é muito difícil perceber se há muita rotação de aves e se são os mesmos indivíduos.
Lembro-me que há muitos anos foi feito um estudo dos Ch. alexandrinus na ria de Alvor. A espécie é muitas vezes considerada residente mas o estudo, que recorreu a marcação com anilhas coloridas, permitiu concluir que muitos dos indivíduos que nidificavam na zona não ficavam por lá no Inverno, ao passo que outros ficavam. E também chegam a Portugal para invernar indivíduos de origem estrangeira.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25661
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Andorinhas residentes?
Este tópico é muito interessante e posso contribuir com informação relevante. Não é em Portugal, mas sim na Extremadura num pueblo que fica sensivelmente à mesma latitude de Évora. Aqui nunca deixei de observar Delichon, nunca foram muitas mas estavam presentes em Novembro, Dezembro e já em Janeiro também. No outro dia recebi uma fotografia tirada nesta mesma aldeia, de um ninho de Delichon com juvenis quase voadores!! A estimativa que o pessoal por cá faz é que a postura ocorreu pelos meados de Dezembro, estando estes juvenis quase a sair e havendo outros ninhos com eclosões recentes e juvenis mais novos.
Edit: encontrei este registo https://ebird.org/spain/view/checklist/S51660485
Edit: encontrei este registo https://ebird.org/spain/view/checklist/S51660485
Eduardo Realinho- Número de Mensagens : 38
Idade : 39
Local : Guarda
Data de inscrição : 21/07/2012
Re: Andorinhas residentes?
Para quem não sabe e sobre este tema, publiquei com o TVN o seguinte artigo:
https://bioone.org/journals/Ardea/volume-105/issue-1/arde.v105i1.a6/Urban-Roost-of-Wintering-Barn-Swallowsi-Hirundo-rustica-i-in/10.5253/arde.v105i1.a6.full
Júlio
https://bioone.org/journals/Ardea/volume-105/issue-1/arde.v105i1.a6/Urban-Roost-of-Wintering-Barn-Swallowsi-Hirundo-rustica-i-in/10.5253/arde.v105i1.a6.full
Júlio
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