Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar dentro de dias
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Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar dentro de dias
Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar dentro de dias
30.04.2010 - 17:54 Por Helena Geraldes
publico.pt
A rã-de-unhas-africana, espécie que se tornou invasora em França e Itália, já foi detectada em duas ribeiras de Oeiras. O plano de erradicação desta exótica, predadora das espécies autóctones com potenciais efeitos assustadores, vai arrancar em Maio, foi hoje anunciado.
A Xenopus laevis, originária da África subsariana, tornou-se espécie invasora no Chile, Califórnia, Florida, Sicília e na região ocidental de França. Em 2006 foi encontrada em Portugal, na ribeira da Lage, no concelho de Oeiras. Mais tarde, também chegou à ribeira da Barcarena.
“Esta espécie alimenta-se de ovos, larvas e adultos de outros anfíbios, lagostins, peixes de água doce, vermes e moluscos”, explicou Rui Rebelo, herpetólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Na ribeira da Lage, esta rã está a alimentar-se da única outra espécie de anfíbios aí identificada, a rã-verde (Rana peresi).
Além disso, esta espécie pode transportar um fungo (Batracochytrium dendrobatidis), letal para outros anfíbios e uma das causas do declínio de várias espécies.
“De momento, a situação em Portugal não é alarmante”, garantiu o investigador na conferência “Ecologia e Conservação de Anfíbios”, que decorreu hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, iniciativa da Naturlink e do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
Mas as perspectivas não são boas. Tendo em conta a expansão rápida em França e na Sicília, Rui Rebelo teme os efeitos de uma colonização de outras linhas de água. “Será bastante assustador, esta rã pode comer todos os outros anfíbios”, alertou.
Para conseguir controlar a evolução, a FCUL e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) prepararam um plano de erradicação que vai arrancar já em Maio nas ribeiras de Oeiras.
O plano, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, pretende remover os adultos da rã-de-unhas-africana durante os próximos cinco anos e monitorizar as ribeiras envolventes.
Os investigadores da FCUL querem ainda saber quais as taxas de crescimento desta espécie em Portugal e quais as origens da sua introdução.
30.04.2010 - 17:54 Por Helena Geraldes
publico.pt
A rã-de-unhas-africana, espécie que se tornou invasora em França e Itália, já foi detectada em duas ribeiras de Oeiras. O plano de erradicação desta exótica, predadora das espécies autóctones com potenciais efeitos assustadores, vai arrancar em Maio, foi hoje anunciado.
A Xenopus laevis, originária da África subsariana, tornou-se espécie invasora no Chile, Califórnia, Florida, Sicília e na região ocidental de França. Em 2006 foi encontrada em Portugal, na ribeira da Lage, no concelho de Oeiras. Mais tarde, também chegou à ribeira da Barcarena.
“Esta espécie alimenta-se de ovos, larvas e adultos de outros anfíbios, lagostins, peixes de água doce, vermes e moluscos”, explicou Rui Rebelo, herpetólogo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Na ribeira da Lage, esta rã está a alimentar-se da única outra espécie de anfíbios aí identificada, a rã-verde (Rana peresi).
Além disso, esta espécie pode transportar um fungo (Batracochytrium dendrobatidis), letal para outros anfíbios e uma das causas do declínio de várias espécies.
“De momento, a situação em Portugal não é alarmante”, garantiu o investigador na conferência “Ecologia e Conservação de Anfíbios”, que decorreu hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, iniciativa da Naturlink e do CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).
Mas as perspectivas não são boas. Tendo em conta a expansão rápida em França e na Sicília, Rui Rebelo teme os efeitos de uma colonização de outras linhas de água. “Será bastante assustador, esta rã pode comer todos os outros anfíbios”, alertou.
Para conseguir controlar a evolução, a FCUL e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) prepararam um plano de erradicação que vai arrancar já em Maio nas ribeiras de Oeiras.
O plano, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, pretende remover os adultos da rã-de-unhas-africana durante os próximos cinco anos e monitorizar as ribeiras envolventes.
Os investigadores da FCUL querem ainda saber quais as taxas de crescimento desta espécie em Portugal e quais as origens da sua introdução.
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar dentro de dias
Só por curiosidade esta espécie é bastante utilizada, juntamente com a X. tropicalis, em estudos genéticos do desenvolvimento. E acho que uma das propriedades que se aprecia nelas é serem muito resistentes.
Basta encaminharem as rãs para um investigador mais entusiasmado e ele logo as fará desaparecer
O facto de serem vendidas como animal de estimação pode bem ser o motivo para elas terem aparecido...
Basta encaminharem as rãs para um investigador mais entusiasmado e ele logo as fará desaparecer
O facto de serem vendidas como animal de estimação pode bem ser o motivo para elas terem aparecido...
Re: Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar dentro de dias
daniel.sobral escreveu:O facto de serem vendidas como animal de estimação pode bem ser o motivo para elas terem aparecido...
Foi assim que muitas espécies de aves se naturalizaram por cá...
Gonçalo Elias- Número de Mensagens : 25662
Idade : 56
Data de inscrição : 14/06/2007
Re: Plano para erradicar espécie de rã invasora em Oeiras vai começar dentro de dias
Interessante!
Nunca as vi. Devem ser de facto, umas espécie "resistente", considerando a qualidade das águas dessas ribeiras (apesar de aparentemente muito melhor do que há alguns anos) e a sua capacidade invasora. Pelo menos um aspecto estranho têm.
Nunca as vi. Devem ser de facto, umas espécie "resistente", considerando a qualidade das águas dessas ribeiras (apesar de aparentemente muito melhor do que há alguns anos) e a sua capacidade invasora. Pelo menos um aspecto estranho têm.
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