pedido de ID, Pluvialis , Borba, 01-01-2020

Tirei estas fotos em Borba no primeiro dia deste ano, mas como a ave estava bastante longe acabei por não lhe dar muita atenção na altura mas como estou a fazer limpeza resolvi olhar melhor para ela.
A ave estava sozinha no meio de um bando de abibes.
Embora as fotos sejam más existem algumas caracteristicas sobre as quais gostava da vossa opinião.
1º- as terciarias parecem bastante compridas, deixando poucas primárias visiveis.
2º- as primárias são mais compridas do que a cauda.
3º- a foto em voo está muito desfocada mas parece que as patas ultrapassam a cauda da ave.

Estás a considerar P. fulva?
Na primeira foto o triângulo agudo escuro são as primárias cima da cauda?
Não consigo ter a certeza que é que vejo na foto em voo.
Diria que é uma P. apricaria.

Só dei uma vista de olhos rápida ao Collins, uma coisa que me chamou à atenção é que o padrão das terciárias é mais fino/detalhado (foto 2) do que seria de esperar em fulva.

HL escreveu:Estás a considerar P. fulva?
Na primeira foto o triângulo agudo escuro são as primárias cima da cauda?
Não consigo ter a certeza que é que vejo na foto em voo.
Diria que é uma P. apricaria.

Só dei uma vista de olhos rápida ao Collins, uma coisa que me chamou à atenção é que o padrão das terciárias é mais fino/detalhado (foto 2) do que seria de esperar em fulva.

Sim, estaria a colocar a hipótese de P.fluva.
Na primeira foto são as primárias sim, nota-se que são compridas, mas parece que não estão muitas expostas, com poucas visiveis devido ao comprimento das terciarias.
Em relação aos entalhes percebo o que dizes, e essa era uma das minhas dúvidas também. Andei a consultar várias fontes (já agora indico quais: BotW, eBird, Shorebirds do Don Taylor e claro o collins), e parece-me das fotos e descrições que vi que em plumagem nupcial os entalhes serão menos nítidos, e em plumagem de inverno mais nítidos.
O bico também me chamou a atenção, não diria que é grande, mas parece quase do tamanho da cabeça, em apricaria seria menor.
As patas parecem compridas, mas a plumagem parece ir um pouco mais abaixo na tibia do que seria ideal, e neste caso não encontrei muitas fotos de fulva com a plumagem tão abaixo na tibia.
Por fim a zona da barriga. Fulva nos livros têm a plumagem do ventre mais marcada, mas em plumagem de inverno vi muitos registos com a barriga mais branca.
Dai ter pedido opinião porque parece ter um misto de caracterisicas.

Marcio Cachapela escreveu:
...
Em relação aos entalhes percebo o que dizes, e essa era uma das minhas dúvidas também. Andei a consultar várias fontes (já agora indico quais: BotW, eBird, Shorebirds do Don Taylor e claro o collins), e parece-me das fotos e descrições que vi que em plumagem nupcial os entalhes serão menos nítidos, e em plumagem de inverno mais nítidos.
...

O comentário em relação ao entalhes é mais no sentido do número e tamanho, não tanto da nitidez.

infra alar branco e não castanho = TDE

pedro121 escreveu:infra alar branco e não castanho = TDE

As infra alares castanhas são sempre evidentes? Ou seja, na foto em voo como concluis ser branco?
(tb me parece branco, mas tenho a certeza)

Edit:
ou melhor, o castanho das infra-alares em TDS é sempre evidente?

HL escreveu:

pedro121 escreveu:infra alar branco e não castanho = TDE

As infra alares castanhas são sempre evidentes? Ou seja, na foto em voo como concluis ser branco?
(tb me parece branco, mas tenho a certeza)

Edit:
ou melhor, o castanho das infra-alares em TDS é sempre evidente?

Em TDS não tenho a certeza absoluta porque nunca vi uma, mas em TDA são, mesmo com luz forte, ou seja se vires em voo com luz forte fica beje e não castanho, pensa leite e em galão, um galão pode ser mais ou menos escuro mas nunca é branco, se for é leite.

A ave em voo tem a asa na sombra (da própria asa) se fosse TDS (assumindo que acontece o mesmo que com TDA) seria claramente castanho a contrastar com o branco do corpo, alem disso quando ela levantou deve ter vocalizado, a vocalização de TDS é suficientemente diferente de TDE para chamar logo a atenção.

Aproveitando a boleia deste tópico, Julho e Agosto são meses de excelência para TDS na Europa, com efeito sendo um migrador de longas distancias raramente um individuo inverna na Europa, sendo que para todas as regras há excepções e nos últimos anos um individuo tem retornado para invernar em Espanha, as fotos e vídeos desse indivíduos são muito úteis para estudar as diferenças estruturais já que ele inverna com TDE, e há fotos em que dá para ver as diferenças.

ok... obrigado a ambos