Puffinus sp. - Ajuda na identificação

Na saída de barco às Berlengas, este Sábado, onde destaco a observação de dezenas de Puffinus mauretanicus, Calonectris diomedea, cerca de uma dezena de Hydrobates pelagicus, 6 ou 7 Sterna sp (algumas pareceram-me Sterna paradisaea, mas na altura estava mais ocupado em não cair borda fora e não consegui 100% de segurança e 4 Catharacta skua, observei também este indivíduo que me pareceu um P. griseus.
Deixo esta foto em que que as dimensões e o formato mais estreito e pontiagudo das asas e da cauda parece-me característica da espécie, mas que também poderá ser efeito da muda evidente deste indivíduo. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o facto de me parecer homogeneamente escuro, mas não consegui uma boa observação das partes inferiores e as dimensões totais do bicho, também me deixaram algumas dúvidas... O que vos parece?


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Obrigado

António

Bem, esta não é fácil, o facto da ave ter a plumagem desgastada faz com que parece mais clara, mas por outro lado as novas penas parecem certas para griseus, nesse dia antes de vocês saírem do porto passou uma griseus pelo Cabo, isso e a estrutura da ave levam-me a achar que pode ser, é pena não teres uma foto das partes inferiores para tirarmos as duvidas, mas a estrutura parece-me de griseus, as asas são demasiado compridas e estreitas para ser mauretanicus, e não vejo os pés.

Caros amigos:

A proporções de asa, cabeça e bico, são bastante coincidentes com aquelas para Puffinus griseus. As pardelas uniformemente escuras (e que criam em cascos de rolha...), ou têm o bico claro (que não se vê nesta foto) ou o bico proporcionalmente mais pequeno relativamente à cabeça, face ao que se vê aqui - para além do facto óbvio de não se ver projecção de pernas para além da cauda.

Curiosa é a história da muda. Enquanto uma bibliografia refere a muda de adultos durante o período de reprodução, outros referem-na para o período entre Maio e Agosto (já nas áreas de invernada)...da minha parte, só me recordo de ver uma ave desta espécie em muda, e foi em Agosto (na verdade, as observações também não são muitas, dado que esta espécie é pouco comum, senão mesmo rara, nas nossas águas).

Abraços

Alexandre

PS: obrigado, Gonçalo, pelo «reminder»