Açor? no bebedouro.

Olá todos.



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Frame de um vídeo. Frame da rola para comparação de tamanho.

Olá, parece-me um Buteo buteo ...

Olá, Alex.
Bem-vindo ao Fórum.

A frame está interessante.
Será que podes colocar um link com o vídeo.

A mim também me está a parecer uma Águia-de-asa-redonda.

Alberto

É parecido mas há um silêncio de morte quando ele aparece e os Gaios fartam-se de berrar continuamente a dar o alarme. Como li que o Açor é uma ameaça aos outros pássaros e também é semelhante e o Buteo não, dei prioridade ao Açor.

Edit:Ok.Vou fazer a conversão. Volto mais tarde com um link.

Também não me parece um açor. Encontra-se em que zona?

Zona Sintra fora da Serra.

http://rapidshare.com/files/418421129/rapina2.mpg

Apanhado a molhar o bico.

É um Buteo buteo,
já se vê um pouco da zona mais clara do peito.

Alberto

Ok. Mas as Águias-de-asa-redonda são ameaças aos pássaros como Rolas, Gaios e afins?
Este vem cá de Mês a Mês na Primavera e no Outono desde o ano passado. Tenho foto parcial do que julgo ser ele com uma Rola debaixo das patas e houve mais infelizes com a mesma sorte no fim do verão Outono do ano passado.

É o instinto de sobrevivência.
Normalmente dá-se uma debandada geral.

Uma correcção:
As rolas pertencem à ordem dos Columbiformes e não dos Passeriformes.

Alberto

Okay. Desculpa ainda estou na fase do tem penas é pássaro.

É um pouco confuso Alex, mas tudo o que tem penas é Ave, Pássaros são os pequenos que cantam, comem sementes, frutos e pequenos insectos.
Os columbiformes são os pombos, as rolas e era o dodô por exempo.

Pois na zona de Sintra acho que não ocorre os Açores. Mas nunca se sabe. O mais perto que encontro é na Tapada de Mafra que vi um a voar. Mas é mesmo um buteo pelo vídeo vê-se claramente. Uma coisa interessante é o pormenor do olho que me faz lembrar um Tartaranhão-Ruivo-dos-Pauis, mas claro que não é.

Eu sei Sara, eu aliás sabia mas uso comum puxa para Pássaros=Aves

João aqui , que também foi uma das consultas que fiz diz que o Açor existe em várias zonas de Portugal inclusive Sintra.
http://www.avesdeportugal.info/accgen.html

AlexS escreveu:Eu sei Sara, eu aliás sabia mas uso comum puxa para Pássaros=Aves

Viva,

Essa confusão pássaros versus aves é frequente, já agora aproveito para explicar a diferença:

A hierarquia dos seres vivos é feita por: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie. Aves é uma Classe do Filo Vertebrados (este Filo é composto por 7 classes: Mamíferos, Aves, Répteis, Anfíbios e três classes de peixes). A classe Aves tem 27 ordens (o número exacto de ordens varia consoante os sistemas utilizados). Uma dessas ordens é a dos Passeriformes (os famosos "pássaros").

Daqui resulta que os Passeriformes (ou pássaros) são um subconjunto das Aves. Por outras palavras, todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.

Claro que em linguagem corrente é habitual chamar-se pássaro a todas as aves, mas esta terminologia não é correcta.

Bem não sabia que o Açor podia visitar Sintra no Inverno...

Obrigado Gonçalo Elias.

Olá!

Posso garantir-vos que o açor está muito mais bem distribuído pelo Oeste/Estremadura do que é do conhecimento geral. Possuo imensos registos de observações que venho a acumular desde há aproximadamente 2/3 anos e quase todas foram efectuadas durante o período reprodutor, época em que a espécie é mais conspícua.

Relativamente a esta rapina o mapa de distribuição, patente no novo Atlas, está extremamente aquém da distribuição real, pelo menos no que se refere à região Estremadura.
Idem para o gavião que na minha opinião é tão "comum" como o peneireiro, apenas muito mais discreto nos seus hábitos...

Relativamente a açor existem "hot spots" que aparentam possuir densidades elevadas, particularmente nos concelhos de Alcobaça (o melhor local para observá-los), Cadaval, Mafra, Nazaré e Óbidos.
No entanto estão distribuídos pela grande maioria dos concelhos da Estremadura (e vizinhos concelhos ribatejanos), se bem que habitualmente em baixas densidades.
Sinceramente, a observação de açor aqui por terras do Oeste já é tão recorrente para mim que deixou de ser uma situação "excitante"


Abraços!

PS: São mesmo destemidos estes bichos, fazendo frequentemente frente às Bonellis, onde existe overlap territorial..

jvicente escreveu:Relativamente a esta rapina o mapa de distribuição, patente no novo Atlas, está extremamente aquém da distribuição real, pelo menos no que se refere à região Estremadura.

Não digo o contrário, mas já pensaste porque é que isso acontece?

Olá Gonçalo,

Sim, de facto já pensei um pouco nisso..
- Trata-se de uma espécie mt discreta, cuja detecção implica uma prospecção dirigida com metodologias próprias. Um censo generalista, como o do Atlas, não cumprirá com este requisito.
- No entanto as quadrículas das zonas de Montejunto, Óbidos e Alcobaça estão muito bem representadas o que, aparentamente, indica que os grupos de trabalho que se dedicaram a esses locais foram capazes de circunscrever com sucesso os territórios de ocorrência. Portanto é possível que determinadas equipas tenham sido mais eficazes do que outras durante os censos a esta espécie.
- Outra hipótese, algo "polémica", é que esteja a ocorrer uma recuperação da espécie por aqui. O Atlas só contempla registos até 2006 e, de facto, os meus registos são bastante mais recentes... No entanto existem vários locais de nidificação "históricos" no concelho de Mafra que não estão contemplados no Atlas.

Não me entendam mal. Não é minha intenção criticar negativamente o trabalho inestimável efectuado durante os censos do Atlas. E eu seu bem o trabalho envolvido na prospecção de uma espécie tão discreta como o açor.
Pretendi apenas alertar, de forma factual, para esta questão que continua algo obscura. No Oeste, os Accipiter são bem mais comuns do que se julga..


Abraços!
Jorge

Bem nunca pensei que fosse assim tão comum na zona da Estremadura. Ultimamente não tive nenhum oportunidade de me dedicar à observação de aves, de modo que não tenho visto quase nada. Mas os meus únicos registos dos Açores é no Gerês e na Tapada de Mafra que julgo que haja um casal reprodutor, pelo menos um.

Olá a todos,
João, na Tapada são (eram?) dois os casais reprodutores. Não tendo os mesmos dados do Jorge posso, pelo menos, secundar um pouco a hipótese dele relativamente a Mafra e Alcobaça.

Abraços

Ok é bom saber que ainda se reproduzem pelas redondezas. Vou esperar que venham para a Estação Agronómica de Oeiras.

Epá em Oeiras já acho difícil.. Mas aqui o Oeste tem tendência a surpreender!

Eduardo! Na próxima época "varremos" aí a zona de Alcobaça/Nazaré
Foram as Anas da Tapada, que te referiram os dois casais?

Somando as características do terreno, informação de confiança e observações minhas, aponto para um mínimo de cinco casais de açor só no concelho de Mafra (com extensões para concelhos vizinhos).

Aproveito para deixar a dica. Se alguém conhecer quem esteja interessado em estudar a espécie no Oeste, poderei facultar alguma informação interessante. Só para as épocas de 2009 e 2010 tenho um total de 25 observações.


Abraços!

É bom saber que afinal ao pé de mim, até posso ver com alguma sorte o Açor. Mas quero que venha a Oeiras, nem que roubem um casal da Tapada ou do oeste e ponham cá.

Jorge, claro k varremos!! Hehe.
Sim, foi na formação que tivemos como guias. Cheguei a ver os bichinhos por lá duas vezes.
Quanto a Oeiras não sei, mas alguém me disse ter avistado um não muito longe da ponte Vasco da Gama...

ah, e lá ao pé das bonellis também vi e fotografei o açor, como penso que já te disse, mas fica aqui o registo para a comunidade...

Abraços