Duas crias de andorinha em casa, o que fazer?

Muito boa tarde a todos

Uma amiga minha acabou de dizer-me que tem em casa duas andorinhas. Parece que na terra dela alguêm destruiu um ninho de andorinha e as crias acabaram em casa dela, enfim, não sei bem a história e de momento não é isso que importa. A questão agora é: o que fazer nesta situação? Se ela fosse de Gaia recomendava-lhe que ela levasse as crias ao Parque Biológico mas ela é da Figueira da Foz! Será que existe algum grupo no país que possa deslocar-se a casa das pessoas e ajudar, levar as crias para as criar e libertar? Eu não sei, estou só a supor mas se souberem! Esta minha amiga perguntou-me o que fazer como quem diz, e agora? Como as crio? Mas criar andorinhas é um assunto melindroso, nunca tentei criar uma ave que não comesse sementes. Lembrei-me então das ONGs, instituições, essas coisas. Enfim, o objectivo é tentar manter as aves vivas. Por favor, se acharem que sabem alguma coisa que possa ajudar digam. Grande abraço para todos.

Andorinhas não me parece... E também para quê? Mais valia terem morrido logo. As Andorinhas dado o seu regime alimentar trazem grandes entraves á sua criação em cativeiro. Mas suponhamos que sucedem em cria-las até idade adulta em cativeiro. Que futuro essas aves enfrentam sem uma mãe ou um modelo para os ensinar a serem andorinhas? Nunca aprenderão o que devem comer, nâo descorando o papel da inacticidade dos seus comportamentos. Como aprenderão ou saberão para onde rumar no final da época de nidificação?

Fossem aves granivoras, ainda dava, não eram os primeiros melros, pintassilgos, pardais, ou outras aves que se criam em cativeiro, e nem precisas de recorrer associações, poderias tu mesmo criar as crias, e mais tarde liberta-las.

Telmo Ribeiro escreveu:Andorinhas não me parece... E também para quê? Mais valia terem morrido logo. As Andorinhas dado o seu regime alimentar trazem grandes entraves á sua criação em cativeiro. Mas suponhamos que sucedem em cria-las até idade adulta em cativeiro. Que futuro essas aves enfrentam sem uma mãe ou um modelo para os ensinar a serem andorinhas? Nunca aprenderão o que devem comer, nâo descorando o papel da inacticidade dos seus comportamentos. Como aprenderão ou saberão para onde rumar no final da época de nidificação?

Fossem aves granivoras, ainda dava, não eram os primeiros melros, pintassilgos, pardais, ou outras aves que se criam em cativeiro, e nem precisas de recorrer associações, poderias tu mesmo criar as crias, e mais tarde liberta-las.

Pois, quando a minha amiga falou comigo foi o que pensei também. Disse-me há pouco que as avezitas eram quase adultas, em fase pré-vôo. Recomendei que lhes oferecesse alimentação para aves insectívoras, à venda em caixas nas lojas animais. Pode ser que se safem e que o instinto faça o resto....ou não. Enfim, sei que a Elisa nunca desistiria, mais vale dar-lhe uma ponta de esperança

Eu sugiro telefonar para o SEPNA que poderá encaminhar as aves para um centro de recuperação.

O contacto é o 808200520.

Olá,

Talvés já vá tarde para estas andorinhas, mas já consegui aguentar andorinhões mais de uma semana até serem recolhidos por um Centro de Recuperação, alimentando-os com comida para gato, daquela tipo patê, misturado com água! A mistura foi administrada com ajuda de uma seringa com um pequeno tubo de borracha (do utilizado pelos enfermeiros como garrote) na local da agulha. Este material é maleável, pode-se introduzir na graganta da ave sem a magoar.
De qualquer forma a intervenção de técnicos especializados no mais curto espaço de tempo é fundamental.

Saudações,

Pedro Correia

Pedro Correia escreveu:Olá,

Talvés já vá tarde para estas andorinhas, mas já consegui aguentar andorinhões mais de uma semana até serem recolhidos por um Centro de Recuperação, alimentando-os com comida para gato, daquela tipo patê, misturado com água! A mistura foi administrada com ajuda de uma seringa com um pequeno tubo de borracha (do utilizado pelos enfermeiros como garrote) na local da agulha. Este material é maleável, pode-se introduzir na graganta da ave sem a magoar.
De qualquer forma a intervenção de técnicos especializados no mais curto espaço de tempo é fundamental.

Saudações,

Pedro Correia

Olá Pedro. Obrigado por partilhares a tua experiência, é deveras interessante e um dia, quem sabe, pode vir a ser útil!

No estanto neste caso não foi preciso. Afinal as andorinhas já estavam numa fase pré-vôo. Dois dias depois do desastre, quando a minha colega acordou de manhã e abriu a persiana, elas começaram a voar no quarto! Foi só abrir a janela e deixá-las ir, demais! lol