Mainá-de-crista

ta fixe

ai pela linha de cascais há muitos mas ainda não consegui fotos de jeito...

Estão em tudo o que é relvado...

jheitor escreveu:ta fixe

ai pela linha de cascais há muitos mas ainda não consegui fotos de jeito...

Experimenta em Corroios junto ao moinho de maré, também há boas oportunidades.

Boa foto....Curto o olhar ameaçador da ave

Parece ser um juv em muda. As penas velhas são castanhas, falta a crista na fronte e as infracaudais parecem não ter orlas brancas marcadas. A cor do olho já mudou para laranja. Esta plumagem é rara de se ver em fotos e se tiveres mais do lote era com gosto que as via.

fixe!
aqui não há disso...

VozdoBerço escreveu:fixe!
aqui não há disso...

...por enquanto

Rafael Matias escreveu:Parece ser um juv em muda. As penas velhas são castanhas, falta a crista na fronte e as infracaudais parecem não ter orlas brancas marcadas. A cor do olho já mudou para laranja. Esta plumagem é rara de se ver em fotos e se tiveres mais do lote era com gosto que as via.

E já agora um adulto

Gonçalo Elias escreveu:
..por enquanto

Bem, se virmos o que aconteceu á Maina-de-crista na America do Norte, onde foi em tempos um invasor em expansão e actualmente está extinto (ou quase) podemos ter esperança que o cenario cá seja parecido.

Para já não me parece.
Pelo menos aqui na zona, está em tudo o que é relvado... Mas parece-me ser bastante sociável, já os vi a comer junto de pombos, rolas e pardais.

pedro121 escreveu:

Gonçalo Elias escreveu:
..por enquanto

Bem, se virmos o que aconteceu á Maina-de-crista na America do Norte, onde foi em tempos um invasor em expansão e actualmente está extinto (ou quase) podemos ter esperança que o cenario cá seja parecido.

Segundo julgo saber, a espécie apenas ocorreu na zona de Vancouver, Canadá, não se tendo expandido para o resto do continente. É a esta situação que te referes?

Gonçalo Elias escreveu:
Segundo julgo saber, a espécie apenas ocorreu na zona de Vancouver, Canadá, não se tendo expandido para o resto do continente. É a esta situação que te referes?

Sim, ela estava em expansão a partir de Vancouver (mas limitada pela geografia envolvente) quando entrou em competição com outra especie invasora que ocupa o memso nicho ecologico e ainda por cima utiliza as mesmas cavidades para nidificar, na batalha de Alien vs Alien perdeu a a Mainá que passou de uma população de mais de 20 000 para 0 em poucas decadas.

De qualquer forma cá não temos 20 mil nem nada que se pareça.

Gonçalo Elias escreveu:De qualquer forma cá não temos 20 mil nem nada que se pareça.

Felizmente, 20 mil seria altamente preocupante, mas como temos mais de 20 000 do primo do concorrente, acho que a situação fica resolvida por si mesma.

Pedro ,

Quem é o primo ?

É que eu nestas coisas de familias gosto de saber os nomes.

Cumprimentos
Rogerio

Rogerio escreveu:
É que eu nestas coisas de familias gosto de saber os nomes.

Na América do Norte o estorninho malhado que é uma invasora muito bem sucedida teve um "bico" na extinção da Maina, não vejo porque é que ela será mais competitiva face ao primo português, aliás já alguém fez a comparação entre a área de ocorrência do maina em Portugal e zonas de nidificação confirmada do estorninho comum?

Eles por aqui dão-se bem...

Desconfio, que o factor limitante para o Mainá em Vancouver, possa ser também a temperatura.

Obrigado pelas fotos adicionais, muito interessantes.

RuiCaratao escreveu:Desconfio, que o factor limitante para o Mainá em Vancouver, possa ser também a temperatura.

Não creio, senão não se teria expandido da forma como o fez.

Ora vê isto:

However the bird's introduction came about, there were feral Crested mynahs swooping over the city streets by 1897, and in 1904 it was formally identified as a local breeder — citizenship status for birds. Despite the drastically different climate, the population soared. By 1920, there were 20,000 Crested mynahs in the city. By 1935, its success so alarmed the United States Department of Agriculture (USDA) that that august body issued a special report urging that "every precaution should be taken to check the spread of this species and prevent its spread into the United States." Crested mynahs were the suspected terrorists of the 1930s.

http://www.lostmag.com/issue27/mynahs.php

A história é como o Pedro conta. O Rui tem tb razão em relação à temperatura, que conjuntamente com um habitat sub-óptimo são apontadas como causas para que houvesse apenas uma postura por ano e havendo competição directa com os S vulgaris terá originado o declínio desde os anos 1950 (Lever 2005, Naturalised birds of the world). Pessoalmente acho a história mal explicada e investigada e baseada em evidências fracas. A história não deve ser aplicada ao caso português, pois qualquer possível previsão é provável de sair furada. Nestes casos, prognósticos só no fim do jogo... A precaução deveria ser o melhor método para evitar dissabores (ou não) futuros. Brincar com estes assuntos pode ser brincar com o fogo.

Já agora convém referir que Vancouver não é tão frio como se possa pensar. O gráfico de temperaturas não atinge valores negativos, nem mesmo em Janeiro, ficando as mínimas acima dos valores registados em Madrid.

Certamente que a proximidade do oceano Pacífico ajudará a amenizar o clima, tornando a localização menos agreste comparativamente a outras cidades canadianas, como Ottawa, Toronto ou Montreal, cujas curvas de temperaturas invernais correm 10 a 12 graus mais abaixo.

E já agora também me parece interessante referir que nas regiões da China onde a espécie ocorre naturalmente, as temperaturas mínimas são iguais às de vancouver.

Assim, parece-me que apesar da latitude, e apesar de o Canadá ser tradicionalmente considerado um "país frio" e de o mainá-de-crista poder ser associado a "terras quentes" (talvez por ser uma exótica), a zona de Vancouver não será assim tão desfavorável a esta espécie em termos climáticos.

O gráfico que se segue foi retirado do site weatheronline.co.uk e é o gráfico de temperaturas de Vancouver.

Gonçalo tens razão no que dizes mas repara que apenas tens na ilha de Vancouver, temperaturas acima dos 20º C durante 2 meses do ano máximo.
Em Taiwan tens temperaturas máx abaixo dos 20ºC em apenas 1, ou 2 meses do ano.
Mas tambem muito importante é a temperatura minima, e o periodo de tempo no qual a ave tem de suportar essas temperaturas.
É normal que as aves, consigam sobreviver a temperaturas muito abaixo às quais suportariam na sua distribuição de origem, durante um maior periodo de tempo, se viverem associadas a meios urbanos onde a alimentação disponivel todo o ano, mantem artificialmente estas especies alienigenas.

Acho que era a isto que o Rafael se referia, as Mainás, não conseguiam levar mais do que uma postura a cabo, ao passo que os competidores, mais adaptados a um clima mais frio, foram ganhando terreno.

Temperatura anual em Taipeh, Taiwan
http://tommyooi.com/wp-content/uploads/2010/07/taipei-climate.png

Temperatura na China em Janeiro
http://www.chinatouristmaps.com/assets/images/chinamaps/china-temperature-january.jpg

Temperatura em Julho
http://www.chinatouristmaps.com/assets/images/chinamaps/china-temperature-july.jpg

Temperatura anual média na China
http://www.chinatouristmaps.com/china-maps/climate/china-average-temperature.html

cumps,
Rui