ajuda na identificação, pff

Hj saquei esta foto mas n consigo identificar a ave. Tá um pouco desfocada mas para os experts julgo q será fácil!

Parece uma Coturnix coturnix (codorniz)... segundo a biblia a migração pós nupcial pode prolongar-se até Nov-Dez.

Helder Vieira escreveu:migração pós nupcial pode prolongar-se até Nov-Dez.

ou podem mesmo não migrar.

pedro121 escreveu:ou podem mesmo não migrar.

Bem, isso não sei. O facto de elas andarem por cá todo o ano não significa que os indivíduos que invernam sejam os mesmos que por cá nidificam... na verdade sabe-se muito pouco sobre isso.

Gira a foto. Vê-se a muda suspensa nas asas.

Pois Gonçalo,

Aqui está um exemplo de como a anilhagem pode ajudar a compreender esta situação, que é bastante importante para a gestão das populações. Pena que em Portugal este tipo de gestão por parte dos serviços de caça seja feita por adivinhação e palpites.

Já agora, qual é a situação actual no que se refere a largadas de codornizes (C. coturnix ou C. japonica)? Estas largadas continuam a acontecer na actualidade?

Gonçalo,

É verdade que se continua a efectuar largadas de ambas as especies de codorniz.
Essas largadas nao sao executadas com objectivo de aumentar os efectivos na zona de caça mas simplesmente em campos de treino normalmente sinalizados com o intuito de treinar caes de parar.
Dificilmente sobreviverá algum exemplar largado.
Normalmente a pessoa ou grupo de pessoas que vao treinar o cao adquire um " pacote " de codornizes, 10 a 15 para treino no maximo.

ribeiroa escreveu:Dificilmente sobreviverá algum exemplar largado.

De acordo, mas certamente algumas fugas haverá; e basta que escapem dois ou três para se começarem a misturar com as populações autóctones...

É verdade que se continua a efectuar largadas de ambas as especies de codorniz.
Essas largadas nao sao executadas com objectivo de aumentar os efectivos na zona de caça mas simplesmente em campos de treino normalmente sinalizados com o intuito de treinar caes de parar.
Dificilmente sobreviverá algum exemplar largado.
Normalmente a pessoa ou grupo de pessoas que vao treinar o cao adquire um " pacote " de codornizes, 10 a 15 para treino no maximo.

Não concordo com alguns pontos. Passo a explicar. Tenho conhecimento, por conversas com alguns guardas de zonas de caça, que são feitas libertações ao estilo das largadas das perdizes e que não envolvem só 10 ou 15 ind., mas bastante mais. Muitas acabam por ficar e sobrevivem. Estranha-me que afirme com tanta certeza que dificilmente sobrevivem os exemplares largados. Sobrevivem papagaios e aves de zonas tropicais, quanto mais codornizes muito aparentadas às "nossas". Eu tenho diversos episódios de encontro com C. japonica em plena Primavera e a cantar em plenos pulmões e com um aspecto totalmente saudável. Também já as vi aos pares. E não falo de situações ocasionais, mas sim regulares em alguns locais, como na Amareleja e em Cuba.
É na minha opinião totalmente incompreensível como é possível andar a libertar espécies exóticas com fins cinegéticos de forma totalmente legal. É um atentado e um provável contributo para a contaminação genética das nossas codornizes. Convém salientar que não sou contrário à prática da caça, mas apenas dentro de moldes rigorosos e compatíveis com a conservação da natureza e da biodiversidade. Infelizmente por cá não temos um bom exemplo, pois são inúmeras as falhas dos nossos serviços.

Cumprimentos,

Carlos Pacheco

Carlos,

Dou-lhe toda a razao no seu ponto de vista.
Fundamentei a minha opiniao com base no que tenho visto ou conhecido.
Pessoalmente nao conheço nenhuma zona de caça com repovoamento de codornizes, mas tambem é verdade que nao as conheço todas.
largada tipo perdizes francamente desconhecia. Pelo que sei e ao que me referi dos ditos pacotes a maior parte é logo abatida aquando do exercicio de treino defendendo a opiniao de que os restantes sobreviventes tenham poucas capacidades de sobrevivencia devido á sua caracteristica de cativeiro.
Realmente nao concordo com a introduçao de outras especies e aproveito para questionar visto que mencionou a contaminaçao genetica se " existe possibilidade de cruzamento das duas espeçies ? "

Cumprimentos,
Antonio Ribeiro

Caro António Ribeiro,

Sim, o cruzamento das duas espécies é possível e a descendência é fértil, daí eu ter referido esse aspecto da contaminação genética. Penso que não há muito tempo atrás ainda eram consideradas subespécies.
Ambas as espécies foram muito utilizadas em estudos sobre a ontogenia dos cantos e já vi trabalhos que analisavam as vocalizações dos híbridos. Também sei de situações de cativeiro em espaços de dimensão considerável em que bastava estarem juntas para se cruzarem, pelo que assumo que em liberdade possa ocorrer o mesmo.

Cumprimentos,

Carlos Pacheco

Esclarecidissimo.
Obrigado

Cumprimentos,
Antonio Ribeiro