Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
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Paulo Alves
paulo dias
Jlourenço
7 participantes
Fórum Aves :: Aves :: Aves de Portugal
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Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Numa época do ano em que a maioria das informações que chegam a este fórum são da avifauna dos estuários dos rios, praias e albufeiras, julgo que tem interesse divulgar as aves de outros ecossistemas.
Decidi, por isso, partilhar com todos os frequentadores deste portal e deste sítio de encontro de todos os que amam e estudam as aves, os resultados das visitas que ontem comecei a fazer a um espaço que dista da minha residência uns 10 km e que não tem nada de especial a não ser representar muitos outros biótopos semelhantes da região de Entre-Douro-e-Minho.
É um local na freguesia de Vilar das Almas do concelho de Ponte de Lima pelo meio do qual corre o rio Neiva, constituído por galerias ripícolas de amieiros e de salgueiros da espécie Salix atrocinera e pelos campos adjacentes, de cultivo de milho, delimitados e protegidos por sebes, nem sempre contínuas, de salgueiros da mesma espécie, choupos negros Populus nigra, tojos das espécies Ulex europaeus e Ulex micranthus (mais abundante a primeira) e codeços da espécie Adenocarpus lainzii. Entre estes agros, como aqui por vezes se diz, alguns espaços abandonados onde crescem herbáceas nativas que acrescentam maior biodiversidade florística ao ecótopo. A fechar deste espaço, que terá uns 60/70 hectares, encontram-se bouças, nome que na região designa matas antropogénicas de eucaliptos, pinheiros bravos e alguns carvalhos do género Quercus robur com sub-coberto arbustivo, quando existe, de matos das referidas espécies de tojo e ainda do Ulex minor.
Na visita que fiz ontem não encontrei nada de especial, mas a razoável diversidade de avifauna contactada significa que o local poderá proporcionar observações interessantes:
-Parus major
-Parus ater
-Aegithalus caudatus
-Carduelis carduelis
-Carduelis chloris
-Carduelis spinus (2 indivíduos)
-Certhia brachydactyla
-Emberiza cirlus (1 exemplar)
-Estrilda astrild (2 bandos)
-Fringilla coelebs (muito abundante)
-Lullula arborea (um bando de meia dúzia)
-Motacilla alba
-Motacilla cinerea (apenas 1 indivíduo)
-Certhia brachydactyla
-Passer domesticus
-Passer montanus
-Phyloscopus collybita
-Prunella modularis (já a cantar)
-Saxicola torquata
-Serinus serinus
-Sturnus unicolor
-Sylvia atricapila
-Sylvia melanocephala
-Troglodytes troglodites
-Picus viridis
-Erithacus rubecula
-Turdus merula
-Turdus philomelos (apenas 2 exemplares)
-Cettia cetti
-Buteo buteo (3 indivíduos; 2, primeiro, e 1, depois)
-Anthus pratensis
-Phoenicurus ochrorus
Gostava de assinalar duas curiosidades: a primeira é não ter encontrado nenhum Turdus iliacus. Este ano parece haver muito poucos, pelo menos aqui no Minho. Ainda só vi um pequeno bando, curiosamente quando voltava para casa, já longe do local. A segunda é que os Carduelis spinus costumam ser muito abundantes nestes biótopos onde os amieiros são abundantes, mas ontem só consegui contactar 2 indivíduos.
João Lourenço
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Boas
Gostei muito da tua intervenção, em especial a descrição do habitat, pormenor que eu
(possivelmente muitos outros observadores) descuidam nas nossas observações/experiências na natureza.
Boas observações
Gostei muito da tua intervenção, em especial a descrição do habitat, pormenor que eu
(possivelmente muitos outros observadores) descuidam nas nossas observações/experiências na natureza.
Boas observações
paulo dias- Número de Mensagens : 747
Data de inscrição : 18/10/2007
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Jlourenço escreveu:A segunda é que os Carduelis spinus costumam ser muito abundantes nestes biótopos onde os amieiros são abundantes, mas ontem só consegui contactar 2 indivíduos.
Também tenho notado a falta dos Lugres pela minha zona (Tomar, Abrantes...)
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Olá João!
Adorei o enquadramento sobre o habitat visitado (sou fã destas descrições).
Quanto às aves, gostaria de salientar a observação da Lullula arborea. São comuns nas galerias ripícolas da nossa região? Nunca as vi nesse habitat. Em relação ao spinus, só posso adiantar que apenas ouvi dizer que passaram por cá este ano
Abraço e aguardo por relato semelhante
Jorge
Adorei o enquadramento sobre o habitat visitado (sou fã destas descrições).
Quanto às aves, gostaria de salientar a observação da Lullula arborea. São comuns nas galerias ripícolas da nossa região? Nunca as vi nesse habitat. Em relação ao spinus, só posso adiantar que apenas ouvi dizer que passaram por cá este ano
Abraço e aguardo por relato semelhante
Jorge
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
acho que os lugres estão a procurar outras paragens .. nunca os tinha visto na zona do Gavião no ano passado em Março ao parar o carro vi cair petalas das flores olhei e eram mais de 40\50 miuto dessimulados a comer as flores ou sementes ... mandei fotos nessa altura para o forúm
_________________
cumprimentos José Heitor
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jheitor- Número de Mensagens : 11723
Idade : 61
Local : cacem
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Olá Jorge,
A Lullula arboreanão tem o mesmo habitat na primavera/verão e no outono/inverno. Durante o período de nidificação, em geral frequenta clareiras de zonas mais altas e com algumas árvores mas no período frio desce às zonas baixas com temperaturas mais amenas e com frequência em campos próximos de rios ou ribeiros. O pequeno bando que observei ontem estava a comer num campo a 30 metros da margem do Neiva.
Um grande abraço.
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Olá João,
A Lullula arborea é uma das espécies que ainda não registei na minha área de estudo - o estuário do Cávado e os habitats naturais e semi-naturais que o envolvem – mas que sei não ser rara na nossa região. Não é difícil encontrar pequenos bandos no alto da arriba fóssil de Esposende, um pouco a montante, mas, surpreendentemente, em habitat rupícola (com “U”).
A novidade que acaba de me dar estimula-me a procurar a espécie naquelas pequenas «matas aluviais residuais» nas margens do estuário e nos campos de cultivo em redor.
Vou andar mais atento.
Abraço
Jorge
A Lullula arborea é uma das espécies que ainda não registei na minha área de estudo - o estuário do Cávado e os habitats naturais e semi-naturais que o envolvem – mas que sei não ser rara na nossa região. Não é difícil encontrar pequenos bandos no alto da arriba fóssil de Esposende, um pouco a montante, mas, surpreendentemente, em habitat rupícola (com “U”).
A novidade que acaba de me dar estimula-me a procurar a espécie naquelas pequenas «matas aluviais residuais» nas margens do estuário e nos campos de cultivo em redor.
Vou andar mais atento.
Abraço
Jorge
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Bom dia João,
Boa iniciativa. Por acaso não sabes se a galeria ripícola corresponde a um habitat da Diretiva? Pela tua descrição, parece-me um 91E0pt1 Amiais ripícolas, mas a minha experiência com habitats no Alto Minho é nula (pois sei, é uma falha grave...).
E aproveito para puxar a brasa à minha sardinha. Já pensaste em introduzir estes dados na base de dados Biodiversity4All? Assim ficam disponíveis para todos que queiram estudar aves e a biodiversidade. É só uma sugestão...
Mais interessante se tornará ainda quando estiver concluída a possibilidade de identificar não só espécies na Bio4All, mas também habitats associados a uma certa área. Quer dizer, poder identificar a tua área de visita, caracterizá-la como habitat e associar as observações que vais fazendo a ele.
Vou ter na próxima semana uma reunião com a equipa da Bio4All, para fazer o ponto de situação desse desenvolvimento da modalidade dos habitats, que está a ser feito no âmbito de uma parceria com a empresa onde trabalho. Depois relatarei aqui a previsão de quando este módulo estará operacional na net.
Um abraço,
Henk Feith
Boa iniciativa. Por acaso não sabes se a galeria ripícola corresponde a um habitat da Diretiva? Pela tua descrição, parece-me um 91E0pt1 Amiais ripícolas, mas a minha experiência com habitats no Alto Minho é nula (pois sei, é uma falha grave...).
E aproveito para puxar a brasa à minha sardinha. Já pensaste em introduzir estes dados na base de dados Biodiversity4All? Assim ficam disponíveis para todos que queiram estudar aves e a biodiversidade. É só uma sugestão...
Mais interessante se tornará ainda quando estiver concluída a possibilidade de identificar não só espécies na Bio4All, mas também habitats associados a uma certa área. Quer dizer, poder identificar a tua área de visita, caracterizá-la como habitat e associar as observações que vais fazendo a ele.
Vou ter na próxima semana uma reunião com a equipa da Bio4All, para fazer o ponto de situação desse desenvolvimento da modalidade dos habitats, que está a ser feito no âmbito de uma parceria com a empresa onde trabalho. Depois relatarei aqui a previsão de quando este módulo estará operacional na net.
Um abraço,
Henk Feith
Henk Feith- Número de Mensagens : 484
Data de inscrição : 19/06/2007
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Jorge,
Julgo que é possível e até provável encontrares a Lullula arborea, agora no inverno, nos ecótopos que indicas. Já observei a espécie, há uns bons anos atrás, num sítio que de certeza conheces: uns campos de cultivo em Rio Tinto, junto ao Marachão. Foi no Inverno e ia acompanhado do Francisco Campinho.
Henk Feith,
Lamento, mas não consegui aceder à descrição referida, para confirmar se o biótopo que sumariamente descrevi lhe corresponde. Se me ajudasse, agradecia.
Relativamente ao repto que me deixa, vou aceitá-lo, mas preferia na segunda modalidade, espécies associadas a uma determinada área. Esperemos que a modalidade não demore a estar operacional.
Abraço
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
João,
Podes consultar as fichas decritivas de todos os habitats no (horrível) site do ICNB:
http://www.icn.pt/psrn2000/caract_habitat.htm
Um abraço,
Henk
Podes consultar as fichas decritivas de todos os habitats no (horrível) site do ICNB:
http://www.icn.pt/psrn2000/caract_habitat.htm
Um abraço,
Henk
Henk Feith- Número de Mensagens : 484
Data de inscrição : 19/06/2007
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Henk,
Estive a consultar o Plano Anual da Rede Natura 2000 que amavelmente me puseste disponível e concluí que o habitat em referência corresponde ao sub-tipo Amiais e Salgueirais Paludosos (91EOpt3 [/i) que se insere no tipo Florestas Aluviais de [i]Alnus glutinosa e Fraxinus angustifolia. Está, porém muito degradado e alterado pela intervenção humana pelo que o que resta são as galerias ripícolas do Neiva e de algumas valas de drenagem já centenárias, se não milenares.
Todo o espaço que descrevi na minha primeira intervenção deste tópico, seria portanto, em tempos remotos, um grande bosque de amieiros e salgueiros da espécie Salix atrocinera que se desenvolveu em terrenos permanentemente encharcados resultantes dos sedimentos de aluvião do rio Neiva. O aproveitamento agrícola de terrenos tão ricos de matéria orgânica levou o homem a desbastar o bosque e a construir valas de drenagem. Em consequência o que restou foram as galerias ripícolas cujo estrato arbóreo é composto pelas mesmas duas espécies e campos de cultivo de cereal (atualmente o milho). As sebes, como todos sabemos foram criadas para delimitar e proteger os agros dos ventos.
Com o abandono muito recente de um ou outro dos campos menos férteis surgiram, ou pequenos bosquetes ainda muito jovens, ou espacos onde crescem herbáceas autóctones como a salgueirinha Lythrum salicaria, os mostrastes Mentha suavaeolens e juncos.
O espaço por mim descrito é portanto muito mais antropogénico que natural.
João
Estive a consultar o Plano Anual da Rede Natura 2000 que amavelmente me puseste disponível e concluí que o habitat em referência corresponde ao sub-tipo Amiais e Salgueirais Paludosos (91EOpt3 [/i) que se insere no tipo Florestas Aluviais de [i]Alnus glutinosa e Fraxinus angustifolia. Está, porém muito degradado e alterado pela intervenção humana pelo que o que resta são as galerias ripícolas do Neiva e de algumas valas de drenagem já centenárias, se não milenares.
Todo o espaço que descrevi na minha primeira intervenção deste tópico, seria portanto, em tempos remotos, um grande bosque de amieiros e salgueiros da espécie Salix atrocinera que se desenvolveu em terrenos permanentemente encharcados resultantes dos sedimentos de aluvião do rio Neiva. O aproveitamento agrícola de terrenos tão ricos de matéria orgânica levou o homem a desbastar o bosque e a construir valas de drenagem. Em consequência o que restou foram as galerias ripícolas cujo estrato arbóreo é composto pelas mesmas duas espécies e campos de cultivo de cereal (atualmente o milho). As sebes, como todos sabemos foram criadas para delimitar e proteger os agros dos ventos.
Com o abandono muito recente de um ou outro dos campos menos férteis surgiram, ou pequenos bosquetes ainda muito jovens, ou espacos onde crescem herbáceas autóctones como a salgueirinha Lythrum salicaria, os mostrastes Mentha suavaeolens e juncos.
O espaço por mim descrito é portanto muito mais antropogénico que natural.
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Caro João,
O que descreves representa a quase totalidade dos habitats ripícolas e aluviais, não só em Portugal mas em toda a Europa humanizada.
No entanto, com o abandono de muitas terras agrícolas, assiste-se a uma recuperação da floresta ripícola e aluvial. Um bom exemplo pode ser encontrado aqui: http://ambio.blogspot.com/2009/11/estara-tudo-perdido.html. Grande conhecedor destes processos é o Carlos Aguiar.
Um abraço,
Henk
O que descreves representa a quase totalidade dos habitats ripícolas e aluviais, não só em Portugal mas em toda a Europa humanizada.
No entanto, com o abandono de muitas terras agrícolas, assiste-se a uma recuperação da floresta ripícola e aluvial. Um bom exemplo pode ser encontrado aqui: http://ambio.blogspot.com/2009/11/estara-tudo-perdido.html. Grande conhecedor destes processos é o Carlos Aguiar.
Um abraço,
Henk
Henk Feith- Número de Mensagens : 484
Data de inscrição : 19/06/2007
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
João,
é por isso que no plano sectorial da RN2000 está sempre mencionado «habitats naturais e semi-naturais»
Abraço
Jorge
PS. Brevemente gostaria de falar-lhe acerca da possibilidade de organizarmos uma visita a uma margem do Cávado.
é por isso que no plano sectorial da RN2000 está sempre mencionado «habitats naturais e semi-naturais»
Abraço
Jorge
PS. Brevemente gostaria de falar-lhe acerca da possibilidade de organizarmos uma visita a uma margem do Cávado.
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Henk,
De acordo. Também o biótopo de Vilar das Almas está a iniciar um processo de recuperação. Os jovens bosquetes, no meio dos campos agrícolas, são disso uma prova. Mas ainda dominam largamente os espaços mais humanizados.
Gostei muito de saber o que se passa na Ribeira da Foz e da tua descrição.
Também concordo contigo em relação ao Carlos Aguiar. É um grande apaixonado pelas dinâmicas dos ecossistemas e conhece como muito poucos este tema.
Abraço.
Jorge,
Quando quiseres telefona-me.
João
De acordo. Também o biótopo de Vilar das Almas está a iniciar um processo de recuperação. Os jovens bosquetes, no meio dos campos agrícolas, são disso uma prova. Mas ainda dominam largamente os espaços mais humanizados.
Gostei muito de saber o que se passa na Ribeira da Foz e da tua descrição.
Também concordo contigo em relação ao Carlos Aguiar. É um grande apaixonado pelas dinâmicas dos ecossistemas e conhece como muito poucos este tema.
Abraço.
Jorge,
Quando quiseres telefona-me.
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Boa tarde,
Para os que estão interessados neste tópico, visitei hoje, de novo, o local de Vilar das Almas.
A manhã estava enevoada e muito fria e choveu um pouco pelas 11 horas.
Contactei menos variedade e menos quantidade de aves:
-Parus major
-Parus ater
-Carduelis carduelis
-Carduelis chloris
-Estrilda astrild
-Fringilla coelebs
-Motacilla alba
-Motacilla cinerea (apenas 1 indivíduo)
-Certhia brachydactyla
-Passer domesticus
-Passer montanus (bastante mais abundante que o anterior)
-Phyloscopus collybita
-Prunella modularis
-Saxicola torquata
-Sylvia atricapila
-Sylvia melanocephala
-Troglodytes troglodites
-Garrulus glandarius
-Picus viridis
-Erithacus rubecula
-Turdus merula
-Turdus philomelos (apenas 1 exemplares)
-Anthus pratensis
-Phoenicurus ochrorus
-Pica pica
-Emberiza cia
-Corvus corone (1 exemplar)
-Anthus spinoletta.
Esta última espécie tornou bastante interessante a visita. Encontrei-a num campo de cultivo parcialmente alagado, próxima da água, a comer. Já a tinha obervado na primavera, em Espanha, e no Inverno na foz do Minho. Em zonas mais interiores nunca a tinha contactado. Muito elegante e arisca, como sempre.
De registar também que continuei a não detetar o Turdus iliacus e desta vez nenhum Carduelis spinus.
Um abraço.
João Lourenço
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Boa tarde,
Para os que seguem este tópico, voltei a Vilar das Almas. Estava uma manhã soalheira e corria um vento norte moderado, que ao meio dia começou a abrandar.
Contactei com as seguintes espécies:
-Parus major
-Parus ater
-Carduelis carduelis
-Carduelis chloris
-Carduelis spinus (apenas 3 indivíduos)
-Estrilda astrild (dois bandos)
-Fringilla coelebs
-Motacilla alba
-Motacilla cinerea (apenas 1 indivíduo)
-Passer domesticus
-Passer montanus
-Phyloscopus collybita (este tinha as patas escuras)
-Prunella modularis
-Saxicola torquata
-Troglodytes troglodites
-Garrulus glandarius
-Picus viridis
-Erithacus rubecula
-Turdus merula
-Turdus philomelos
-Turdus viscivorus
-Anthus pratensis
-Phoenicurus ochrorus
-Pica pica
-Emberiza cia
-Aegitalus caudatus
-Corvus corone
-Accipiter nisus
-Buteo buteo
-Sturnus unicolor
-Aegitalus caudatus
Nada de especial. Duas novidades para o local: o Accipiter nisus e o Turdus viscivorus.
Boas observações.
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Boa João!
Apreciei os carduelis que não tenho encontrado em Esposende.
Entretanto os meus esforços para registar a Lullula arborea na minha área de estudo (estuário do Cávado e habitats adjacentes) já deram os seus resultados:
Hoje, 20.01.2012 na orla norte do pinhal da restinga junto às dunas (núcleo turístico de Ofir).
Abraço
Jorge
(andou por ali o Paulo Rodrigues)
Apreciei os carduelis que não tenho encontrado em Esposende.
Entretanto os meus esforços para registar a Lullula arborea na minha área de estudo (estuário do Cávado e habitats adjacentes) já deram os seus resultados:
Hoje, 20.01.2012 na orla norte do pinhal da restinga junto às dunas (núcleo turístico de Ofir).
Abraço
Jorge
(andou por ali o Paulo Rodrigues)
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Olá Jorge,
Parabéns pela observação. Era previsível que a encontrasses, como te tinha dito.
Abraço
João
Parabéns pela observação. Era previsível que a encontrasses, como te tinha dito.
Abraço
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Jorge,
Parabéns também pela fotografia, está muito boa.
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Boa noite,
Para os que seguem este tópico, fui hoje a Vilar das Almas. Estava uma manhã cheia de sol, e corria um vento norte moderado ou brando.
Contactei as seguintes espécies:
-Parus major
-Parus ater
-Carduelis carduelis
-Carduelis chloris
-Carduelis spinus (novamente muito poucos)
-Estrilda astrild
-Fringilla coelebs
-Motacilla alba
-Motacilla cinerea (apenas 1 indivíduo, no mesmo sítio)
-Passer domesticus
-Passer montanus
-Phyloscopus collybita
-Prunella modularis
-Saxicola torquata
-Troglodytes troglodites
-Garrulus glandarius
-Picus viridis
-Erithacus rubecula
-Turdus merula
-Turdus philomelos
-Turdus viscivorus
-Anthus pratensis
-Phoenicurus ochrorus
-Emberiza cia
-Aegitalus caudatus
-Corvus corone
-Accipiter nisus
-Buteo buteo
-Sturnus unicolor
-Aegitalus caudatus
-Sylvia melanocephala
-Lullula arborea (umas 7 ou 8, no mesmo campo onde as vi na primeira visita ao local)
-Ardea cinerea (1 indivíduo)
-Parus caeruleus
Duas novidades para o local: 1 Ardea cinerea, previsível e 2 Parus caeruleus, também previsível. É de notar, porém, que esta última espécie, sendo muito comum por todo o país, nesta região torna-se menos abundante.
Abraço e boas observações.
João
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Esta foto merecia um lugar na galeria....Muito boa
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Boa tarde,
Fui hoje de manhã novamente a Vilar das Almas e valeu bem a pena. Observei o Fringilla montifringilla, uma invernante rara e que eu nunca tinha visto em liberdade. Apenas vi um indivíduo, um macho. Não pude procurar mais, porque se fazia tarde, mas vou ver se lá volto amanhã ou domingo. Tanto quanto sei, há muito poucos registos para o Minho. Mas o Gonçalo sabe com certeza.
Também observei pela primeira vez no local o Turdus iliacus (este ano é tão difícil vê-lo) e a Streptopelia decaocto, muito previsível porque parte da povoação de Vilar das Almas situa-se imediatamente a nascente.
Eis a lista completa das aves contactadas:
-Parus major
-Parus ater
-Carduelis carduelis
-Carduelis chloris
-Carduelis spinus (novamente apenas 2 ou 3)
-Serinus serinus
-Estrilda astrild
-Fringilla coelebs
-Motacilla alba
-Motacilla cinerea (apenas 1 indivíduo, no mesmo sítio)
-Passer domesticus
-Passer montanus
-Prunella modularis
-Saxicola torquata
-Troglodytes troglodites
-Garrulus glandarius
-Picus viridis
-Erithacus rubecula
-Turdus merula
-Turdus philomelos
-Anthus pratensis
-Phoenicurus ochrorus
-Emberiza cia
-Aegitalus caudatus
-Corvus corone
-Buteo buteo
-Sturnus unicolor
-Aegitalus caudatus
-Lullula arborea (desta vez, 2 pequenos bandos em campos diferentes)
-Ardea cinerea (1 indivíduo)
-Parus caeruleus
-Pica pica
-Turdus iliacus
-Certhia brachydactyla
-Fringilla montifringilla -Streptopelia decaocto
Boas observações.
João Lourenço
Fui hoje de manhã novamente a Vilar das Almas e valeu bem a pena. Observei o Fringilla montifringilla, uma invernante rara e que eu nunca tinha visto em liberdade. Apenas vi um indivíduo, um macho. Não pude procurar mais, porque se fazia tarde, mas vou ver se lá volto amanhã ou domingo. Tanto quanto sei, há muito poucos registos para o Minho. Mas o Gonçalo sabe com certeza.
Também observei pela primeira vez no local o Turdus iliacus (este ano é tão difícil vê-lo) e a Streptopelia decaocto, muito previsível porque parte da povoação de Vilar das Almas situa-se imediatamente a nascente.
Eis a lista completa das aves contactadas:
-Parus major
-Parus ater
-Carduelis carduelis
-Carduelis chloris
-Carduelis spinus (novamente apenas 2 ou 3)
-Serinus serinus
-Estrilda astrild
-Fringilla coelebs
-Motacilla alba
-Motacilla cinerea (apenas 1 indivíduo, no mesmo sítio)
-Passer domesticus
-Passer montanus
-Prunella modularis
-Saxicola torquata
-Troglodytes troglodites
-Garrulus glandarius
-Picus viridis
-Erithacus rubecula
-Turdus merula
-Turdus philomelos
-Anthus pratensis
-Phoenicurus ochrorus
-Emberiza cia
-Aegitalus caudatus
-Corvus corone
-Buteo buteo
-Sturnus unicolor
-Aegitalus caudatus
-Lullula arborea (desta vez, 2 pequenos bandos em campos diferentes)
-Ardea cinerea (1 indivíduo)
-Parus caeruleus
-Pica pica
-Turdus iliacus
-Certhia brachydactyla
-Fringilla montifringilla -Streptopelia decaocto
Boas observações.
João Lourenço
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Grande observação esse tentilhão!
Parabéns e abraço
Jorge
Parabéns e abraço
Jorge
Re: Galerias ripícolas do Neiva em Vilar das Almas
Hoje voltei a ver o montifringilla, desta vez uma fêmea que se alimentava num campo com um bando de verdelhões. Observei também, novamente o Anthus spinoletta.
Como novidade para o local, um Columba palumbus.
Boas observações.
João Lourenço
Jlourenço- Número de Mensagens : 54
Data de inscrição : 06/12/2011
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